Depois de uma viagem longa, os amigos de Chris passaram deixar nós dois em casa, já tínhamos deixado Pete em sua casa no caminho. Nós descarregamos o carro e logo que entramos em casa desabamos no sofá.
Assim que sentei já levantei, ainda não tinha falado nada com Chris, e eu resolvi ir tomar um banho antes que ele começasse a falar algo, eu estava muito acabada, meu cabelo estava uma palha, eu realmente precisava de um banho decente, pra relaxar, colocar a cabeça no lugar, pensar no que falar pra Christian.
Entrei no meu quarto e tirei a pouca roupa que estava vestindo, liguei o chuveiro no quentinho, e sentei no chão do box, eu estava toda dolorida, dormir no chão de uma barraca por 1 semana inteira não era nada fácil, eu fechei os olhos e apenas fiquei apreciando a sensação da água quente correr por toda a extensão de meu corpo, que saudade de um chuveiro. Nunca pensei que sentiria tanta falta do meu banheiro assim.
Depois de alguns minutos eu resolvi levantar e tomar um banho "de verdade", comecei a ensaboar o meu corpo de maneira lenta e vagorosa. Então ouço a porta do meu banheiro se abrir.
- O que você quer Chris? - estou de olhos fechados me ensaboando quando pergunto, ele não responde nada. Então ouço a porta do meu box se abrindo, eu estou virada para a parede, e fico imóvel, ouço ele se aproximar de mim por trás, e sinto ele beijando meu minha nuca, meu pescoço, descendo para meus ombros. Eu começo a suspirar, ainda estou imóvel.
- Quero você Gen! - ele responde num susurro ao pé de meu ouvido, e depois da uma leve mordida no lóbulo da minha orelha, eu não consigo resistir a esse homem, então me viro e começo a beija-lo com força, o beijo fica selvagem rapidamente, logo ele pega na parte de trás de minhas coxas e me levanta, eu enrosco minhas pernas em seu quadril, e ele preciona minhas costas contra a parede, a parede estava muito gelada mas eu não dou muita bola, eu sinto seu pau roçando em mim em meio aos beijos, ele tenta encaixar em minha entrada de um jeito meio atrapalhado, mas no meio disso nós escorregamos e eu caio de bunda no chão. Sexo no chuveiro não parecia tão difícil assim nos filmes.
- Aí aí - reclamo, Chris caiu ficando por cima de mim, ele da risada da situação, mas não se incomoda muito com o fato de termos caído, eu começo a beija-lo novamente e ele termina de me deitar de costas no chão, ele para de me beijar e olha pra mim, e fica assim por alguns segundos, apenas me olhando, ele tira o cabelo grudado em meu rosto e acaricia minha bochecha. - O que foi?? - pergunto curiosa.
- Você é perfeita. - Sinto meu rosto ficando quente, nunca vi Christian tão carinhoso no meio do sexo, ele costumava ser sempre violento a ponto de deixar marcas antes, e agora ele estava me fazendo carinho?
- Me fode logo! - dou um sorriso safado pra ele.
- É pra já, madame! - ele posiciona seu pau na entrada de minha vagina e coloca tudo de uma vez, com força, com a sua mão direita ele agarra meu pescoço, eu enrolo minhas pernas em seu quadril o forçando para ainda mais perto de mim. As estocadas estão ficando mais rápidas e fortes, nós gememos alto, ele solta meu pescoço e deita seu corpo sobre mim, apoaindo a sua cabeça em meu ombro, sinto suas mãos apertando minha bunda com força, eu agarro em suas costas e forço minhas unhas nela, elas são pontudas, o ouço reclamando da dor, eu gozo, Chris começa a dar mordidas fortes em meu pescoço e alguns minutos depois ele tira o pau de mim e goza em minha barriga e meus peitos.
Ele me ajuda a levantar, me coloca debaixo do chuveiro limpando minha barriga de sua sujeira, depois que ele me enxagua ele me enrola numa toalha e me pega no colo, me leva até a cama e então me deita lá, ele se deita do meu lado, me sinto uma criança.
- O que foi isso? - pergunto curiosa.
- Eu queria cuidar de você, você faz tanto por mim, eu percebo.. - Ele estava diferente, estava mais carinhoso?! O que aconteceu com meu Christian?
- Acho que a gente precisa conversar - eu falo olhando sério pra ele.
- Eu sei.. Na verdade eu não tenho o que falar pra você Gen. Eu amo você, e eu estava morrendo de saudade.
- Chris, você quis romper comigo, e agora.. você me deixa confusa...
- Gen.. desculpa por aquele tempo. Mas eu acho que foi o melhor pra gente na época. Mas eu nunca deixei de pensar em você. Agora nós já somos adultos, as coisas estão... diferentes.. Eu quero tentar de novo - Eu não respondo mais nada, apenas lhe dou um beijo suave.
- Eu te amo Christian - Ele se aconchega em meu peito e eu começo a fazer carinho em seu cabelo, que agora estava curto, então adormecemos assim.
5 meses depois...
Nós sabíamos as dificuldades que teríamos se fôssemos manter um relacionamento dessa forma, mas mesmo assim não ligamos e entramos de cabeça, de novo. Logo que reatei com Chris fui visitar Peter e terminei com ele, não era como se nós nos amassemos, mas acho que ele não aceitou bem o término.
Nosso pai tinha ficado com nós em casa todo esse tempo, claro que não falamos nada pra ele, na verdade nós dois nem cogitavamos em falar algum dia, preferíamos manter segredo de tudo para todos, não sabíamos como ninguém iria reagir, na frente de papai agiamos como irmãos normais, brigavamos por motivos bobos e tudo. Todos nós estávamos muito felizes e muito unidos dentro de casa, Papai quase não estava viajando mais, Chris estava curtindo o seu trabalho, e eu estava na mesma, trabalhando em uma área que eu me dava muito bem. Mas algum tempo depois algo muito triste aconteceu, algo que nos pegou de surpresa. Nosso pai faleceu
Nosso mundo desabou, de novo tudo isso? Nós recebemos a notícia que ele teve um ataque cardíaco, ele estava no escritório, faltavam apenas poucas horas para ele voltar pra casa, foi um choque muito grande em nossas vidas, e ficamos de luto trancados em casa e longe da civilização por mais tempo que deveríamos. Nós não saímos muito, nem falávamos, ou comiamos, Chris largou de seu emprego, e eu fui demitida do meu. Nós recebemos de papai uma herança muito alta, ele trabalhou muito durante a vida, e ele sempre falou que queria que seus filhos se dessem muito bem sem a ajuda dele, mas ele iria colaborar o máximo que conseguisse. E foi o que ele fez. Eu senti muito a falta dele, durante muito tempo, e depois continuei sentindo, só que eu percebi que já estava na hora de nós dois seguirmos em frente.
Depois de todo o período de luto passar, eu e Christian começamos a ver como uma espécie de recomeço. Agora, não havia mais nada que nos prendia a esse lugar, a essa cidade, não havia mais nada nos segurando.
Vendemos nossa casa e juntamos com a grana da herança, e também com mais algumas econômias de nossa parte, e então nós decidimos, nós iríamos viajar.
Durante muito tempo ficamos na estradaz para nós era como uma espécie de redescobertas de nós mesmo, não escolhemos nenhum destino específico quando resolvemos viajar, ficamos apenas de cidade em cidade, de hotel em hotel, muitas vezes dormíamos no carro, ou em albergues e repúblicas lotadas de estranhos. Ficamos largados na estrada sem destino, como férias bem extensas, não tínhamos preocupações ou responsabilidades, e nós adorávamos aquilo, conhecíamos muitas pessoas maravilhosas pelo caminho, tínhamos muitas experiências mágicas com todas elas. Eu e Chris, a cada dia que passávamos estávamos mais apaixonados, e foi um período de redescobertas muito maravilhoso.
Mas uma hora que tudo chega ao fim, e foi o que nós tivemos que fazer. Era hora de parar de viver como adolescentes irresponsáveis, foram muitos meses maravilhosos na estrada, meses que nos ajudaram a superar e seguir em frente, nos ajudaram a amadurecer, de certa forma. Mas agora era hora de nos estabelecer em algum lugar e começarmos a viver nossas vidas de novo. Então fomos a busca de uma cidade, e foi o que nós fizemos, começamos a construir uma vida.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.