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História In Front Of Me - Cinquenta e Nove


Escrita por: LarrySRainbow

Capítulo 59 - Cinquenta e Nove


Foi em uma noite fria. 


Quando Harry estava irritado por um motivo escolar. 


Droga, ele havia se saído muito mal em uma prova. Era sempre assim, ele ficava feliz com uma conquista e puff, se frustrava com outra falha. 


Harry tinha dificuldade em várias matérias, mas as que envolviam cálculos eram as piores. Ele odiava números. Ele odiava estudar. Ele era uma vergonha para todos, principalmente para Gemma, o orgulho da família. 


Ele queria fugir. 


Então ligou para o menino Louis. 


  - Vamos sair. - Foi o que ele disse assim que Louis atendeu. 


  - O quê? - Louis respondeu sonolento. 


Harry não era do tipo rebelde como Louis. 


Por esse motivo, Louis estranhou o cacheado. Mas mesmo assim aceitou. 


Vestiu roupas quentes e deixou sua casa silenciosa para trás. 


Harry estava saindo da casa dele, com uma expressão fechada. Ele havia passado a tarde toda se lamentando por ser um bosta. 


  - O que houve? - Louis perguntou. 


O cacheado deu a volta no Jeep e enfiou a chave na fechadura da porta do carro com as mãos trêmulas. Ele estava mesmo muito irritado, tanto que xingou quando demorou tempo demais tentando destrancar a merda da porta. 


   - Me dê isso. - Louis disse, pegando as chaves da mão do outro - Deixe que eu dirijo. 


Harry o encarou surpreso. 


  - E você sabe? - O cacheado ergueu uma sobrancelha. 


  - É claro que sei. - Louis deu de ombros, entrando no carro dando sinal impaciente para que Harry fosse para o outro lado. 


  - Você ao menos tem carteira? 


  - Não. 


Harry arregalou os olhos. 


  - Então esse não é o seu lugar. - Harry disse, já se movendo para tirar Louis de trás do volante. 


  - Calma. - Louis espalmou o peito do outro o empurrando para voltar ao seu lugar - Eu não tenho carteira mas sei guiar um automóvel. Confie em mim. 


Bem, Harry quis responder que ele confiava em Louis, até demais. Porém, permaneceu calado. 


Louis deu partida e conseguiu sair do lugar, com um pouco de dificuldade, mas saiu. E tudo foi melhorando conforme o caminho. 


  - Para onde você planejava ir? - Louis perguntou sério, prestando atenção na direção. As ruas estavam vazias, mas era como se estivessem lotadas por carros, porque Louis estava dirigindo tão prudente. 


  - E-eu não sei. - Harry gaguejou. 


Ele só queria sumir. Esfriar a cabeça. Dirigir era uma terapia, mas Louis havia tomado esse posto, então Harry estava perdido. 


  - Tudo bem, eu não conheço muitos lugares, mas eu vou dirigir sem destino e se eu encontrar algum que agrade, ficaremos então. 


Harry concordou e permaneceu quietinho encolhido no banco enquanto Louis dirigia pelas ruas desertas. 


Ficaram rodando por pelo menos quinze minutos. 


Até Louis pegar uma estrada que levava a um campo plano e limpo de casas e qualquer outra construção. 


Apenas campos escuros da noite e o céu estrelado iluminando fracamente o lugar. 


Louis parou o carro sobre os curtos fios de grama gelada e desligou o automóvel. Deixando uma meia escuridão, porque estava noite e não tinham luzes ali, apenas as estrelas iluminavam. Como as luzes fracas que Harry havia o obrigado a deixar em seu quarto escuro. 


  - Vai me dizer o que houve? - Louis perguntou calmo, sem olhar para o cacheado. 


  - Eu fui muito mal em uma prova. - Suspirou chateado. 


Louis riu. 


  - Esse é o problema? 


  - Não é só um problema quando você se dá mal em quase todas as matérias, Louis. - Harry soltou irritado - Pode ser bobo para você mas para mim é um desastre. Eu estou tendo muita dificuldade. É tanta pressão... Minha mãe acha que vou fazer faculdade assim como minha irmã, mas eu não posso porque... Merda, eu sou um idiota. Nem Niall consegue me ajudar mais. 


Louis olhou para ele com uma expressão divertida e séria ao mesmo tempo. Ele queria rir, mas Harry surtaria se o fizesse. 


  - Então você não consegue estudar... - Louis disse. 


Harry suspirou e fechou os olhos. 


  - Sabe... Eu achei que estava melhorando, mas desmoronei. Porque eu sempre desmorono quando me comparo com Gemma. Ela é melhor que eu. Eu queria tanto ser como ela. 


Louis ficou quieto. Ele achava bobagem esse drama que Harry fazia apenas por medo de não conseguir entrar em uma faculdade. As pessoas não eram obrigadas a fazer uma faculdade. Ele mesmo nem pensava nisso. Mas para Harry parecia tão sério, Deus. 


  - Os cálculos são os piores. - Harry murmurou. 


  - Eu gosto. - Louis falou despreocupado. 


Louis era bom em todas as matérias, seus ex-professores que o digam. Principalmente em tudo que envolvia a matemática. 


  - Gosta... - Harry debochou - O que aconteceu com o Louis que não gosta de nada? 


  - Posso ajudá-lo. - Respondeu, ignorando a pergunta debochada. 


  - Pode é? - Harry perguntou nada esperançoso. 


  - Eu nunca tive notas baixas, se você quer saber. Eu sou um cara muito habilidoso. - Piscou - Mas se você não quiser, tudo bem... 


  - Eu quero. - Harry disse de imediato. 


Niall era uma ótima pessoa para ensinar, mas Harry boiava tanto. Um problema que ele precisava consertar. 


Mas, se com Niall era difícil, imagine com Louis, o garoto por quem ele era apaixonado. Obviamente seria muito mais difícil se concentrar. Porém, Harry aceitou, não custava tentar. 


•••


Eles ainda estavam estacionados no extenso campo. As janelas do carro abertas deixando a brisa gelada da noite entrar pelas aberturas. 


Harry havia ligado o rádio. Ele adorava músicas. 


Louis estava ao seu lado, sentado com as mãos sobre a nuca, divagando com seus olhos vidrados aos céus. 


Harry começou a se lembrar da noite em Brighton. 


Como podia Louis querer esquecer daquela noite


Fora tão incrível para Harry. 


E fora a última vez em que ele beijara aqueles lábios finos e macios que Louis portava. 


Ele precisava de mais. 


Ele não estava mais aguentando não poder ter Louis como queria. 


Ele precisava descarregar tudo o que sentia. 


Uma banda desconhecida, bem estilo indie, tocava baixinho no rádio. 


Harry, sem mais rodeios, agarrou a gola do suéter de Louis e se movimentou desesperadamente até sentar-se no colo do menor, o beijando intensamente. 


Harry nunca se imaginou agindo daquela maneira. Sentando no colo de um garoto, beijando o mesmo, dentro de seu carro, em um lugar deserto. 


Liam não sabia sobre nada do que estava acontecendo. 


Aah, se ele soubesse... 


Harry havia adiado a conversa dele com o melhor amigo sobre o que tinha com Louis, porque Liam não entendeu nada quando acompanhou ele e Zayn na busca de Louis. 


Harry havia adiado tudo. Havia adiado até contar ao seu melhor amigo que estava apaixonado por um garoto. 


Liam surtaria, de um jeito bom. 


  - Harry... - Louis sussurrou confuso entre o beijo. 


Harry agarrava os cabelos lisos e negros de Louis e o beijava com paixão. O beijo estava sendo correspondido, o que deixava Harry mais feliz. 


  - Eu não consigo mais estar perto de você e não poder beijá-lo. - Harry sussurou com os lábios bem perto dos de Louis - Eu preciso disso. 


Louis mantinha os olhos fechados. 


Harry não obteve resposta verbal. 


Porque Louis levou, preguiçosamente, suas mãos até a cintura do cacheado, bem nos pneuzinhos do garoto. Louis gostava daquela parte do corpo de Harry. 


Depois, deixou suas mãos deslizarem pelas costas do garoto calmamente. Louis sentia a respiração pesada do cacheado se chocando com a sua. 


Harry cheirava a rosas. 


Louis cheirava a baunilha e menta. Nada de cheiro de cigarro. 


Harry estava, sem dúvidas, apaixonado pelo seu primeiro garoto. 


Louis estava, sem dúvidas, apaixonado pelo garoto mais lindo e bondoso que ele já conheceu. 


  - Por favor, vamos fazer diferente. - Harry pediu - Eu quero ter algo com você. Não quero que fiquemos estranhos um com o outro. Eu quero te sentir, quero beijar e abraçar você sem ter medo. 


Louis viu o verde dos olhos do garoto em seu colo, mesmo no escuro ele conseguiu ver. As pupilas de Harry dilatadas. 


Harry gostava dele. Harry realmente gostava dele. Isso era bom, porque ele também gostava muito de Harry. 


  - Nós podemos fazer isso. - Louis sussurrou em resposta, beijando o queixo o cacheado lentamente. 


  - Eu prometo que serei bom para você. - Harry prometeu baixinho. Seus dedos acariciavam os cabelos de Louis da maneira mais calma e relaxante. 


  - Você já é bom para mim, Harry. - Louis o beijou na boca. Com direito a sons molhados e respirações aceleradas. 


Por mais que Harry estivesse em seu colo, não era sujo. Ele podia estar sim excitado, mas parecia uma cena muito pura de dois garotos apaixonados, descobrindo os sentimentos mais intensos que o ser humano podia ter. 


Não passou daquilo. 


Ficaram apenas nos beijos e toques carinhosos. 


Não fora um pedido de namoro. 


Mas ambos sabiam que aquilo significava que eles estavam juntos. 


Ambos dando uma chance ao amor que nunca sentiram de verdade. 


E Louis finalmente cedeu. Deixou-se mergulhar na paixão que sentia por Harry. 













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