- Amor, você vai visitar sua família esse ano? – Stone acende o cigarro e se senta em um sofá na varanda.
- Sabe que eu nem pensei sobre isso? – Anna retruca e faz o mesmo que ele.
- Se você quiser nós podemos ir juntos. O que você acha? – ele sugere.
- Você quer conhecer minha família, Stone? Isso tudo é só pra dizer isso? – ela fala em tom de brincadeira.
- Isso também seria bom... – Stone sorri de volta. – Não que eu QUEIRA – enfatiza aquela palavra - , mas eu acho que devo. – tira uma gargalhada de Anna.
- Ah! Muito bom! Então você não quer, somente se sente obrigado. – ela provoca.
- Não! Não foi isso que eu quis dizer! – ele logo tenta se redimir.
- Amor, eu nunca te pedi para fazer isso. – Anna dá uma tragada e o encara.
- Eu sei... E eu não estou me sentindo obrigado a nada. Eu só acho que depois de quase um ano juntos eu deveria conhecer seus pais e irmão. Nada mais justo. E eu acho que assim eu passaria a te conhecer até melhor. O que eu quero dizer é que este convívio faz parte de um relacionamento. É natural. – ela assente. – Anna... – Stone chama a atenção dela. – acaso você está me escondendo da sua família? Você tem vergonha de mim? – fala brincando e a faz gargalhar mais uma vez.
- Seu bobo! – ela dá leves tapas no peito dele e em seguida acaricia seu rosto. – Sim. É o que eu estou fazendo. Te escondendo da minha família! – entra na brincadeira.
- Eu sabia! Você tem vergonha de mim! – acarinha os cabelos dela. Anna revira os olhos. – Mas é sério. Nós podemos fazer isso se você quiser. Seria interessante passar o final do ano na Escócia.
- No meio de um bando de bois e vacas? – ela ri. Stone balança a cabeça em sinal positivo. – É sério? – ela insiste. Ele repete o ato. – Você não faz ideia do que está falando, amor. Além de viverem em uma cidade pequena no interior, meus pais moram em um rancho isolado! – Stone dá de ombros.
- Eu nunca tive essa experiência na vida! Pra mim seria novo e acho que eu gostaria. Você sabe que eu sou um cara pacato. – ele apaga o cigarro e a puxa para seu colo.
- Não dou dois dias para você se sentir entediado. – Anna encosta a cabeça no peitoral dele.
- Acredite em mim. Eu vou gostar. – a abraça forte. O frio do lado de fora era intenso.
- Seria bom visita-los. Fazer uma surpresa, talvez. – ela também apaga o cigarro e se liberta dele.
- Isso! A gente pode fazer uma surpresa! – Stone se empolga, mas em seguida muda de opinião. – Não surpresa não. Eu já sou o cara novo, eu não posso chegar sem ser avisado! – faz Anna rir de sua preocupação.
- Relaxa, amor. Meus pais e meu irmão são as pessoas mais tranquilas que você possa conhecer. Vai por mim... – Anna se levanta.
- Onde você vai? – ele repete o ato dela.
- Entrar, Stone. Está frio demais aqui fora! – exclama. Stone caminha até ela e a encurralada na parede.
- Eu te esquento. – ele a abraça e lhe dá um beijo intenso.
- Ai, amor... – Anna geme ao sentir os lábios e a língua dele descendo por seu pescoço.
- Oh!!! – ouvem outra voz e imediatamente Stone se afasta dela. – Vão procurar um quarto! – Chris exclama e em seguida eles veem também Mike por ali. Stone bufa.
- Vão a merda os dois! – ele resmunga ao entrar com Anna e deixar os amigos rindo na varanda.
- Amor, eu preciso ir ao banheiro. Onde fica? – ela questiona.
- Aquela porta ali é um. – Stone aponta e ela vai até o lugar. A porta estava trancada e ela sentia-se apertada. O namorado percebe e avisa do outro lado da sala. – Tem mais um lá em cima! – aponta para as escadas. - Vá no de cima! – diz e Anna assente.
- É no fim do corredor. – Jeff fala assim que ela passa por ele. Anna o agradece e sobe as escadas. Ela quase corre até o fim do corredor e leva a mão na maçaneta já entrando.
- Oh! Oh! – ouve uma reclamação. Percebe que era Eddie. Ele vira-se de costas para ela rapidamente.
- Desculpa, eu não imaginava que teria alguém aqui... – tenta justificar-se já fechando a porta novamente. Alguns segundos depois ele surge.
- O banheiro de baixo estava ocupado, então eu subi. – Eddie conta. - É todo seu. – segura a porta para ela.
- Obrigada. – Anna passa por ele e os dois ficam cara a cara. Eddie vira as costas e segue caminhando pelo corredor. Ela corre para se aliviar. Em seguida lava as mãos e se encara no espelho. “Isso é loucura”, pensa em relação a Eddie e o clima estranho entre os dois. Quando abre a porta novamente é surpreendida. Eddie entra no banheiro junto dela e fecha a porta. – O que é isso? – indaga sem entender o que ele fazia.
- Anna, eu sei que está tudo muito estranho entre nós dois desde aquele dia. Eu sei que eu falei merda que não devia ter falado. E eu também sei que provavelmente estou fazendo a mesma merda agora! Ai caralho! – ele parece falar com ele mesmo. – Eu amo o Stone. – leva as mãos a testa, bufa e aperta os olhos demonstrando muita apreensão.
- Eddie... – Anna tenta falar algo mas é interrompida. Ele leva um dos indicadores a boca dela.
- Shhhhh... – pede silêncio. Ela o encara com estranhamento.
- Eu sei que isso é errado pra caralho, mas se eu não fizer isso nunca vou saber! – segura os rosto de Anna com as duas mãos e invade sua boca com a língua. Anna parece relutante nos primeiros segundos, porém logo se entrega ao beijo. Ela apoia as mãos na pia sem saber o que fazer.
- O que foi isso? – questiona assim que seus lábios se separam.
- Eu tenho vontade de fazer isso há muito tempo, Anna! Você não faz ideia! – ele continua a segurar a face dela e a acaricia.
- Eddie, isso é loucura! – Anna age assustada.
- Eu sei... E eu esperava que fosse uma merda. Eu estava torcendo para ser uma merda. – ele diz.
- O que? – ela questiona.
- O beijo. Eu queria que fosse uma merda. – Eddie tira as mãos dela. – Mas foi maravilhoso. – ele coça a nuca. – Não foi? – a encara.
- Eddie, eu preciso sair daqui. – Anna se vira e abre a porta o deixando lá sozinho. -
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.