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História In joy, sadness, memory and rebirth. - Doces sonhos são apenas sonhos


Escrita por: Srta_Bool

Capítulo 1 - Doces sonhos são apenas sonhos


E mais uma vez, as duas eram pegas pelo mesmo sonho que as assombravam.

Alex sentia todos os toques de Piper, assim como Piper sentia os toques de Alex, mas no fim era tudo um sonho. Nada seria como era 8 anos atrás, quando idealizavam sobre como seriam artistas famosas, como viveriam fazendo amor. Irônico. Auge da adolescência, onde o amor é a melhor coisa e o sexo era a melhor experiência. Sem preocupações e principalmente, sem mágoas.

Piper se perguntava se estava beirando a loucura e porquê Alex insistia em estar em sua memória. O relacionamento foi tão bom no início, ninguém nunca imaginaria que um amor tão nutrido quanto aquele, fosse acabar de forma tão duvidosa.

9 anos atrás 

Um gesto, mais que comum para a morena que já estava acostumada. Alunos e mais alunos passavam pelo salão e isso a deixava nervosa.

Balançava freneticamente seu pé direito e já não aguentava mais tamanha agonia. As unhas da secretária batiam contra o teclado enquanto mascava seu chiclete. Não que Alex fosse enjoada mas a forma que ela mascava, a deixava irritada. 

Na verdade, ela estava irritada com tudo ali. A forma em que os alunos se gabam por possuírem dinheiro suficiente para alimentar um estado inteiro, barbies humanas que se portavam como pricesas, garotos que faziam parte do time de futebol e se sentiam os reis ali. Irritada por ter sido tirada do bairro que tanto amava e irritada por ter que ficar nessa escola, que tanto falava mal.

Diane, mãe de Alex, mantinha um sonho desde que era criança, ser uma advogada renomada. Sempre fora de família simples, moravam em um bairro pobre e se mantinham da forma que conseguiam, ela fazia o possivel e o impossível para criar a menina. Trabalhava como garçonete em uma lanchonete todas as noites, de tarde cuidava de Alex e todas as manhãs estudava para que conseguisse, finalmente, ser quem sempre quis ser.

Com tantos casos solucionados ficou famosa entre tantos advogados, mudou para um lugar melhor, e não era situado no bairro pobre que vivera a vida toda. Agora morava em uma cobertura, tinha se adaptado rápido ao novo apartamento.

Alex por outro lado, não conseguia se adaptar, sabia que a mãe tinha feito tudo que podia para dar uma vida melhor para ela e por isso não reclamava, não em voz alta.

Era seu primeiro dia de aula, esperava a mulher de cabelos loiros terminar o que fazia para fazer algumas perguntas mas a mulher estava realmente interessada em mostrar seu decote para algum pai de aluno enquanto mascava seu chiclete.

Alex pigarreou chamando a atenção da secretária.

- Pode me dar a chave de meu armário e o horário, por gentileza? - Alex diz impaciente.

- Claro. - ela diz enquanto digita algo em seu computador. - aqui está sua chave e seu horário.

- Obrigada. - diz e saiu pela escola, a procura de seu armário.

Enquanto procurava fez uma avaliação em todos os alunos. As meninas sempre tão bem vestidas, os cabelos eram perfeitamente presos ou perfeitamente penteados, nenhum fio bagunçado. Líderes de torcida ou modelos. Podia jurar que não tinham um amassado em seus uniformes. 

Meninos valentões, a maioria loiro. Eram do tipo que se gabavam por serem do time de futebol, seus cabelos perfeitamente arrumados, em topete ou estilo Justin Bieber, que era o que estava na moda e ela, particularmente, detestava essa moda. 

Observava as panelinhas, nerds e ricos em um canto. Os ricos donos do pedaço e populares do outro. As barbies em um canto, nerds e sem nenhum tipo de senso de moda de outro. Alex não se encaixava em nenhum deles.

Enquanto reparava em todos os alunos, esbarrou em uma garota, baixa. Ela não se encaixava em nenhum dos grupos ali. Seus cabelos não eram como todos ali, podia jurar que a menina estava duas semanas sem pentear. Os fios ruivos espetados davam um toque de estilo próprio, usava coturno preto em seus pés, meia calça e o uniforme que Alex tanto odiara.

- Olha por onde anda novata, nunca se sabe quando pode acabar tropeçando em um desses garotos - apontou para os populares - nenhuma novata passou por aqui, sem pelo menos passar pela mão de um deles. Fica esperta. - dei risada, era provável que isso acontecia, os garotos não eram feios, o corpo atlético deles já diziam isso. As garotas com certeza ficavam como bobas nos treinos de futebol e como eles sempre eram insistentes, acabavam nas mãos deles, com certeza. Mas ela jogava no time deles, e a fruta ali, não interessava a ela.

- Prazer, Alex Vause.

- Nicole Nichols. O prazer é todo meu grandona. - disse para ela em tom brincalhão e Alex riu do apelido, tinha simpatizado com a ruiva. - Conhece alguém por aqui? Parecia procurar alguém enquanto caminhava.

- Ah, não. A questão não era quem e sim o que. Na verdade procurava meu armário. - Alex diz e procura com o olhar - sabe pra onde ficam os armários depois do número 40?

- Ah sim, eu sei sim, meu armário fica para lá. Me acompanha. - Ela sai em direção ao corredor e ela vai logo atrás. - Bom, é aqui o corredor. Qual o número?

- 47.

- Você ta com sorte hoje, morena. Fica ao lado do meu. - ela anda até seu armário e Alex a segue. - O seu é bem aqui. - um garoto se aproxima e chama Nicole. - Eu?

- Nicks, como está radiante hoje. - diz em tom de brincadeira.

- Diz logo o que você quer, Ben.

- Você sabe o que eu quero. - ele revira os olhos.

- Posso até imaginar, mas antes do sonho, primeiro o sono. - ela estende a mão para ele e Alex guardava seus materiais enquanto observava-os.

- Oh, claro. - ele saca duas notas de cem dólares para a outra e Alex arregala os olhos. - pode me dar o sonho agora?

- Claro que sim, meu caro. - ela saca suas chaves e abre seu armário e pega o saco preto com algum tipo de pó dentro. - Toma, é sempre bom fazer negócios com você.

- Obrigado. Ah, antes que eu me esqueça, tem festa em casa hoje, já sabe o que levar. - ele guarda o pacote em seu casaco e sai andando pelos corredores.

- O que foi isso? - Alex arquea uma de suas sobrancelhas e a olha com um olhar de dúvida.

- Sou vendedora de sonhos. As pessoas gostam deles. - fala como se fosse coiss mais normal do mundo.

- Não sabia que era do tipo que vendia drogas. - Alex ri e ela a acompanha.

- E você não faz o tipo que gosta de meninos. Acertei?

- Acertou! - elas riram juntas.

- Eu preciso ir para a minha aula, qual aula agora? - ela pergunta, apontando para o horário que Alex mantinha em suas mãos.

- Biologia. - Alex diz e revira os olhos.

- Boa sorte, me encontre na cantina hoje. Serei a vendedora de sonhos. - ela diz e some entre os corredores.



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