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História In love speed - Dorme comigo?


Escrita por: heylife e Tah_Minina

Notas do Autor


Hey, amoras!!!

Um capítulo cheio de amor para vocês!

Espero que gostem!

Boa leitura!

Capítulo 10 - Dorme comigo?


 

Justin Bieber Point of View

 

Agradeci mentalmente quando a aula de Biologia finalmente acabou. Eu geralmente interagia bem nessa matéria, já que era uma das minhas prediletas, mas não hoje. Olívia era a única coisa em minha cabeça desde o dia anterior. E fora assim a noite toda. Enquanto Tess dormia tranquilamente agarrada a mim, eu por outro lado, não conseguia fazer nada diferente de pensar nela.

Os pensamentos eram os mais variados possíveis. Desde o momento em que coloquei meus olhos nela pela primeira vez, ainda no estacionamento do prédio, até o momento em que disse para todos naquele “almoço” que éramos um casal. E que loucura eu havia feito! Está certo que eu precisava desesperadamente que meu pai saísse do meu pé e parasse com essa história de me arranjar uma esposa.

Juntei meu material, vendo Ryan fazer o mesmo na mesa a minha frente. Assim que terminei sequer esperei que ele fizesse o mesmo e saí dali, caminhando em direção à porta que dava acesso ao corredor cheio. Olhei por entre as pessoas buscando por algum rosto conhecido, logo vendo Tereza parada próxima a seu armário a alguns metros de mim. Ela estava com Matt e eles pareciam discutir. Não demorou muito para que ela batesse a porta do armário o dando as costas afastando-se em passos largos. Ela até passaria por mim direto, mas antes que pudesse a puxei pelo braço juntando nossos corpos.

—Ai, Bieber! — Ela apertou a mão direita contra o peito. — Você quase me matou do coração!

— Não era minha intenção, Tess — murmurei a soltando. — O que houve entre você e Prescot?

— Mattew? — Ela olhou em direção a ele por cima dos ombros, voltando à atenção pra mim pouco depois. — Ele está sendo um imbecil comigo esses dias!

— Será que o problema não é o Somers? — Ergui uma das sobrancelhas a encarando sugestivamente.

— Não entendi, Drew — ela disse, mas pouco depois recuou um passo encolhendo o nariz. — Acha que ele está irritado porque eu e Charles... Oh, não! — Sorri ao vê-la revirar os olhos. — Matt é apenas meu amigo e Chaz também.

— Amigos não se beijam, Tereza!

— Os coloridos sim.

Ela piscou um dos olhos claros antes de me dar às costas, caminhando de volta ao seu armário, mas desta vez comigo logo atrás. Tess passou diretamente por Mattew que apenas a observava como se estudasse seus movimentos cuidadosamente. Aquilo não era incomum como a garota gostava de pensar. Conhecia os dois bem o suficiente para saber sobre a tensão sexual que havia entre eles, mas ele não fazia o tipo de cara que atrai a atenção dela.

Apesar de sempre ter sido tímida e recatada, Tereza sempre fora uma garota muito atraente. Desde muito nova, seguindo-me por todo lado, conheceu e conviveu com muitos caras, mas os garotos do basquete, os skatistas e até os caras do clube de luta, não a atraíam. Ela era diferente da maioria das garotas. Preferia cérebro aos músculos. Caras que a fizessem sorrir e soubessem conversar. Por isso Mattew não era pra ela. Ele era frio e reservado e Tess precisava de calor humano. Calor esse que Charles estava disposto a oferecer.

— Quero falar contigo — falei ao me posicionar a frente de Prescot.

— Se está querendo a minha bênção para namorar minha irmã, eu…

— Eu não dou a mínima pra mala da sua irmã!

— Se não liga pra mim, não me pede mais pra te ajudar com seu pai — a voz feminina soou firme atraindo minha atenção.

Ao virar, meus olhos caíram sobre Olívia, como já era esperado. Não pude resistir em correr meus olhos por seu corpo. O cabelo loiro escuro estava amarrado em um rabo, o que deixava atenção para seu rosto. Ela tinha os olhos azuis destacados pela maquiagem preta e nos lábios um batom discreto. Vestia uma regata justa ao corpo, branca e transparente, permitindo-me ver o sutiã preto rendado que estava embaixo. As pernas estavam cobertas por um jeans preto justo, o que era uma pena, já que pareciam encantadoras.

— Meus olhos estão aqui em cima. — Ela estalou os dedos diante de meu rosto, fazendo-me sair do transe.

— Você está uma delícia hoje, gatinha. — Pisquei para ela sorrindo de canto em seguida.

— Pensei que eu fosse jeitosinha.

— Não me entenda mal, amor. — Entrelacei meus dedos da mão direita aos dela. — Você é um encanto, mas não posso sair por aí elogiando qualquer uma, poderia pegar mal pra mim.

— Você é um cínico! — A vi revirar os olhos rindo em seguida, soltando minha mão. — Eu estou com um problema e ouvi dizer que você é a solução.

— Se estiver relacionado a se…

— É sobre matemática. — Olívia levou a mão direita em direção a minha boca, calando-me. — Eu preciso de ajuda. Números não são meu forte — completou recuando a mão.

— E o que te faz pensar que são o meu?

— Senhor Willians me disse que você era um dos melhores alunos dele.

— A Tess é melhor.

— Ela disse que tem um trabalho importante de química pra fazer com Chaz.

— Ta mais pra Biologia — a voz de Matt soou fraca ao fundo, como um suspiro.

— É sério! — Tereza disse puxando um livro do armário. — Eu tenho mesmo um trabalho de química pra fazer com Somers e com a Kate Moore. — Ela encolheu o nariz fazendo cara de nojo. — Aquela antipática!

— Bieber! — Olívia estalou o dedo médio no polegar diante de meu rosto novamente. — Eu preciso de aulas particulares de Álgebra.

— Álgebra? — Revirei os olhos.— Nem pra ter dificuldade em algo difícil.

— Pra mim números e letras devem andar separadamente.

— Passa em casa a noite. Minha mãe vai pro restaurante e teremos a casa toda pra nós.

—A Tessa vai estar lá?

— Eu vou pra casa do Charles com Kate.

— Só eu e você, meu amor. — Passei a mão ao redor da cintura dela, juntando nossos corpos antes que ela pudesse recuar. — Sozinhos a noite toda.

— Eu não vou ficar sozinha contigo, Justin! — Ela espalmou meu corpo me empurrando rapidamente. Soltei-a para evitar problemas. — Você ameaçou me estuprar!

Automaticamente Mattew desencostou do armário tomando postura, encarando-me com cara de poucos amigos. Mas não foi o único, Tessa também me olhava assim. Eu voltei minha atenção para Olivia que tinha o rosto vermelho e os olhos voltados para seus pés.

— Que história é essa, Bieber? — Mattew empurrou a irmã para o lado levemente, ficando cara a cara comigo. — Está enlouquecendo?

— Eu não fiz isso! — Dei um passo para o lado, voltando minha atenção para Olívia mais uma vez. — Essa garota quem está enlouquecendo.

— Você ameaçou sim! — Ela levantou o dedo na minha cara. — Você disse com todas as letras! — vociferou. — Mesmo se não quiser eu vou te pegar — ela tentou falsamente imitar minha voz.

— Isso não foi uma ameaça, sua maluca!

— Poxa vida, Justin. — Tereza apertou as têmporas por breves segundos, fechando os olhos, antes de voltar à atenção para mim. — Você me dá tanta dor de cabeça! Vocês dois, aliás! — completou olhando para Mattew também. — Vocês deveriam medir as palavras porque elas podem magoar as pessoas! Se desculpe com Olívia, imediatamente!

Bufei alto, virando para Olívia que me encarava recuada. Aquilo me fez sentir um aperto estranho no peito. Eu jamais tocaria em uma garota a força. Isso não era meu estilo e nunca seria. Para mim sexo era uma via de mão dupla, onde os dois tinham que curtir igualmente. Sempre fora assim e não mudaria naquele momento só porque aquela garota me tirava do sério.

— Desculpe-me, marrentinha. — Olhei-a sério. — Eu realmente não queria que isso soasse da maneira como soou.

— Tudo bem. — Ela ergueu o canto dos lábios em um meio sorriso. — Eu vou a sua casa hoje à noite. Mas vou levar um spray de pimenta comigo, saiba disso!

— Não vai precisar usá-lo! — falei erguendo ambas as mãos. — Sério. Eu não vou te tocar sem que queira.

— Fico aliviada em saber disso. — Ela mordeu o lábio involuntariamente tentando conter um sorriso, o que foi inútil.

— Hey, pessoal!

Virei-me para a direita, assim como o restante, vendo Chaz caminhar em nossa direção segurando desajeitado três livros grandes e com a mochila aberta pendurada no ombro esquerdo. Involuntariamente olhei para Tereza a vendo revirar os olhos diante da situação dele.

— Ai, Charles! — Tereza colocou as mãos na cintura a quebrando para o lado. — Você também só me dá dor de cabeça.

O vi franzir o cenho em confusão enquanto ela ajeitava as coisas dentro da mochila, fechando-a em seguida.

— Ok… — disse arrastado, distraído com Tereza, ou melhor com decote generoso que os dois botões abertos da camisa jeans davam. — Você deveria fechar a blusa, Tess — completou sério levando a mão em direção aos seios dela, levando um tapa antes que tivesse perto o suficiente.

— Eu sei fechar sozinha! — Ela virou de costas para ele fechando os botões.

— Então… — ele finalmente pareceu perceber que havia mais pessoas ali, além de Tess e seus seios. — Vocês não vão acreditar em quem eu vi saindo da secretaria agora mesmo.

— Fale logo, Charles — Mattew disse voltando a encostar-se aos armários. — Não temos o dia todo.

— Heather Brooks.

— Quem? — indaguei quase engasgando com minha própria saliva.

— Heather Brooks — repetiu.

— É quem eu estou pensando, Bieber? — Liv disse recuando um passo quando me viu confirmar. — Ai que ótimo! Era só o que nos faltava, ter que fingir um relacionamento no colégio também.

— Jeremy me paga! — esbravejei apertando as mãos em punho.

— Fique calmo, querido — Tereza disse aproximando-se de mim. Senti quando seus dedos quentes tocaram a pele nua de meus braços deslizando por ali calmamente.

— Meu pai mandou ela aqui para verificar se nossa história é real.

— Eu se. — ela continuava alisando-me no intuito de me acalmar. — Vai ficar tudo bem. Eu vou te ajudar.

— Que porra, Tess! — Soltei as mãos a agitando um pouco. Tereza sempre dizia as mesmas palavras qualquer que fosse o problema, e o engraçado era que sempre funcionava.

— Sossega aí, neném — Olívia falou sorrindo sedutoramente. — Eu estou aqui.

— Vai se foder, Olívia!

— Liv — corrigiu-me. — Me chame de Liv. Somos um casal agora, neném.

— Vocês só sabem dar apelidos brochantes?

Vi as duas garotas rirem como se eu tivesse feito alguma piada muito engraçada.

 

~~~

 

Passei a tarde ouvindo Tereza reclamar sobre o fato de Mattew não deixá-la participar da Toronto Street Race. E ele estava certo. Tess nunca havia corrido numa corrida realmente grande. Eram sempre as corridas de rua de Vancouver. Mas Toronto era praticamente cinco vezes maior, o que representava perigo para a garota. Estaríamos fora da nossa área. Não poderíamos a proteger se algo desse muito errado.

Depois de inúmeras tentativas de convencê-la a deixar isso pra lá e apenas ir assistir enquanto nós corríamos, acabei desistindo e indo pra casa esperar por Olívia, já que Tessa também tinha compromisso naquela noite.

Depois de um longo banho, vesti-me com uma roupa confortável e fui até a cozinha procurar por algo para comer. Encontrei um bilhete preso à geladeira. Era minha mãe avisando que esquecera de preparar meu jantar, dizendo que havia algum dinheiro na gaveta da mesinha no hall e que eu poderia pedir uma pizza ou comida japonesa.

Fui até o hall e abri a primeira gaveta da mesa encontrando cerca de cem dólares. Fechei a gaveta e me joguei no sofá com o celular na mão. Abri um aplicativo de entrega de comida, logo buscando por minha pizzaria favorita. Pensei em pedir uma de marguerita, mas talvez Liv pudesse não gostar, então pedi de mussarela, a clássica.

Não demorou muito até a campainha tocar. Joguei meu celular em cima do sofá, logo depois de levantar caminhando rumo à porta. Assim que abri dei de cara com Olívia, não pude conter minha expressão de descontentamento. Dei espaço para a garota entrar, batendo a porta logo atrás dela.

— Você deveria tentar ao menos fingir estar feliz em me ver — a garota disse ajeitando a bolsa que tinha pendurada no ombro direito. — Poxa! Estou te dando uma super força com seu…

— Eu estou esperando uma pizza. É só isso!

— Que bom! — Ela sorriu agradecida quando peguei os dois livros que ela segurava. — Eu não jantei.

—Você está tendo problemas em casa? — perguntei segurando o pulso dela a puxando em direção as escadas.

— Eu só… — Ela parou no meio da escada obrigando-me a olhar para ela. Pela primeira vez encontrei naquele rosto um olhar triste. — Eu não quero te perturbar com meus problemas. Você já tem os seus. São preocupação o bastante.

— Qual é, marrentinha? — falei descendo um degrau, olhando-a nos olhos. — Estamos nos ajudando. Pode se abrir pra mim se quiser. Em qualquer sentido. — Sorri malicioso parando pela primeira vez naquela noite para verificar o que ela vestia. Como as pernas dela eram sexys.

— Você é um idiota! — Ela deu um tapa de leve em meu peito, pousando a mão ali por breve segundos. — Um idiota fofo, mas ainda sim um idiota.

— E você é marrenta, mas você não veio aqui pra dizer o que já sabemos.

—Verdade.

 

   ~~~

 

Assim que chegamos ao meu quarto, a campainha tocou obrigando-me a descer novamente. Paguei-o e tranquei a porta da frente. Levei a pizza para o quarto, depois de pegar meu celular sobre o sofá e passar pela cozinha para arranjar algum refrigerante. Encontrei Liv sentada confortavelmente em minha cama, mexendo em seus livros despreocupadamente. Ela sorriu assim que notou minha presença.

— Eu encontrei a parte em que estou com mais dúvidas.

— Me deixe ver — falei puxando o livro da mão dela logo depois de deixar a pizza sobre a cama, assim como as duas latinhas de coca cola. — Funções? Sério?

— Não desdenha não! — Ela fez um biquinho meigo, enquanto apontava o dedo a minha cara. Apenas jogue-me na cama dando uma olhada nos exercícios descritos no livro, ignorando-a. — Eu cheguei agora na escola, depois de mais de mais de dois meses que as aulas começaram. Não peguei o conteúdo do começo.

— Sem estresse. — Puxei um pedaço de pizza enquanto ainda analisava os exercícios. — Se é ruim em álgebra, por que não pegou geometria ou aritmética?

— Era a única que tinha vaga.

— Eu faço geometria — falei dando uma mordida grande no pedaço de pizza.

— Ainda bem que não peguei — ela franziu o nariz tomando o livro de mim. — Imagina passar duas horas com você?

— Pois você vai passar muito mais do que isso agora que somos um casal — falei após engolir. — E só pra você saber, há coisas muito mais divertidas em Álgebra do que funções algébricas de segundo grau. Que chatisse!

— Você gosta mesmo de matemática? — Ela me olhou duvidosa enquanto abria uma das latinhas de Coca-Cola. Assenti brevemente. — Que curioso. Para mim você tem cara de quem joga basquete, vive rodeado por líderes de torcida, zoa os nerds e os obriga a fazer seus trabalhos.

— Eu não sou do time de basquete, acho líderes de torcida gostosas, mas muito grudentas, a Tess não me deixa zoar ninguém e eu faço meus próprios trabalhos.

— Que bonitinho, neném. — Senti os dedos gélidos delas tocarem meu braço. — O que mais eu não sei sobre você?

— Eu também gosto de física, química e biologia. Mas odeio Inglês. Eu sempre sou dupla da Tess e ela faz todo o trabalho sozinha.

— Você não tem vergonha de dizer isso? — ela perguntou rindo antes de dar mais um gole no conteúdo da lata.

— Eu já fiz tanto pela Tereza que você nem pode imaginar o quanto — falei terminando por fim com o pedaço de pizza. — Fora que ela adora aqueles livros chatos!

—Você é divertido, sabia? — Ela me sorriu pegando um pedaço de pizza. — Digo, quando não está sendo rude ou bancando o gostosão, você até que é legal.

— Eu sou gostoso, querida. — Pisquei para ela. — Não preciso bancar nada.

— Começou…


Notas Finais


Comentem, please!!!

Capítulo betado por Srta. Danson (DOWD)


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