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História In my veins - Capítulo único - In my veins


Escrita por: Crazy-chan

Notas do Autor


E aí, meu povo! (Risos).

"Crazy-chan! Tá ativa, hein, mulher?". Pois ééé, acontece que, após esse longo período de inatividade, a Crazy-chan teve um pequeno "surto" com excesso de imaginação. (Risos). Então, voilá! Como esse foi o segundo tema a ganhar destaque na minha enquete, aqui está um "Armise" para retratar mais os sentimentos do gamer em relação a Lou.

Espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo único - In my veins


Fanfic / Fanfiction In my veins - Capítulo único - In my veins

Correu por entre os ramalhetes o mais rápido que pôde. O sol da manhã batia em seu rosto sonolento e o incomodava, mas aquilo, naquele momento, não vinha ao caso. Quando recebeu a ligação da garota - cujo timbre de voz perpetuava toda melancolia possível -, nada mais pareceu importar. E, de fato, não importava.

   Parou rente a um dos pinheiros e respirou fundo. O ar matinal fazia com que se sentisse enjoado especialmente pelo fato de não ter tomado café da manhã, e aquilo lhe causava certa vertigem. Ignorou o mal-estar, porém, ao perceber que, como o combinado, ela estava logo ali, sentada em um dos bancos da praça.

  Aproximou-se.

  - Louise? – inquiriu. A garota ergueu o rosto logo ao ouvi-lo, os olhos marejados e as bochechas claramente inchadas pelo provável excesso de choro na noite anterior.

  - Hey, Armin... – cumprimentou-o e forçou um sorriso. Ela, entretanto, não precisava fingir; o rapaz sabia muito bem o nível de sua tristeza e o quão abalada estava. Eram melhores amigos, afinal.

  Sentou-se ao lado dela e arriscou uma aproximação, aprumando a postura. Olhou-a com certo receio antes de prosseguir com a conversa.

  - Vim assim que pude. – explicou. Louise fez que sim e ergueu um dos lados da boca, mas logo se voltou aos próprios pés. – O que houve?

  Ela receou um pouco. Olhou para cima - em direção às copas das árvores – e permaneceu em silêncio; suspirou, por fim. Armin arqueou as sobrancelhas, mas não ousou se manifestar. A julgar pela melancolia, já tinha uma breve ideia da origem do problema.

  - O Nathaniel... – a garota disse, e o nome pareceu lhe escapar como se fosse algo sagrado. Armin não se surpreendeu; sabia o quão especial o namorado era para ela. – Nós brigamos ontem à noite...

  Mordeu o lábio inferior e, por alguma razão que desconhecia, um resquício de ódio apossou-se de sua mente. Não sabia o que havia acontecido com a melhor amiga e nem os motivos para o outro garoto tê-la repudiado, mas algo – de súbito – pareceu irritá-lo naquela história toda. Especialmente ao vê-la ali, indefesa, com a confiança abalada e a felicidade reduzida a frangalhos.  

  “Mas qual é o problema desse cara?”, o pensamento o invadiu, e teve de se segurar para não proferi-lo em voz alta. Não que o desprezasse, lógico. Nathaniel Jacott era um rapaz legal e de boa índole, mas o fato de Louise sempre se resignar com suas mesquinharias era simplesmente insuportável.

  Suspirou. Em seguida, tomando o máximo cuidado para não fazer movimentos bruscos, curvou-se em direção à garota para envolvê-la em um abraço reconfortante. Ela se empertigou, porém não ousou desviar; após um tempo, afundou o rosto na dobra de seu pescoço, e ele não pensou duas vezes para lhe afagar os cabelos castanhos. Ela fungou, algumas lágrimas descendo do rosto até se dissolverem na camiseta do amigo, encharcando-a.

  - C- calma... – o pedido soou meio sôfrego e vazio, mas, por ora, era tudo o que tinha a oferecer. Pedido que, na verdade, era válido para si próprio. Principalmente para si próprio.

  Ele a queria, essa era a mais indubitável verdade. Mas seus sentimentos, por partes, não pareciam válidos, ao que sempre se pegava lutando contra o ímpeto de deixá-los transparecer. Ele e Louise eram apenas melhores amigos, e ele não podia gostar dela para além daquele ponto. Ela nunca o amaria da mesma forma que ele a amava, pois esses sentimentos eram reservados a Nathaniel.

   E talvez essa fosse a origem de seu ódio irrefreável. O representante de turma a tinha e ainda assim ousava desperdiçar tamanha chance com situações idiotas e brigas mesquinhas, como se Louise não passasse de um mero passatempo. Como se sua companhia fosse simples e redondamente dispensável!

  Louise era a causa de tudo. O motivo para ele mudar seu temperamento, sua maneira de viver, sua natureza pacífica. Ele a amava, e incontáveis vezes já se pegara imerso em pensamentos, debatendo a respeito das chances que lhe restavam. “Por que não eu?!”, perguntava-se com certo sofrer a cada vez que a via aos beijos e abraços com Nathaniel, os lábios congelados em um falso sorriso para se manter impassível.       

  Impassível? Armin não saberia mais dizer se o profissionalismo de suas emoções continuava intacto ou não; Alexy, seu irmão gêmeo, já demonstrava certa desconfiança, afinal, e frequentemente o importunava por suas evidentes falhas. “Você é a fim dela, né?”.   

  A garota se encolheu em seus braços, e Armin nutriu a inegável vontade de apertá-la contra si ainda mais, de protegê-la de todo o mal. Refreou-se, contudo, e se afastou, os olhos fixos ao seu rosto.   

  Suspirou mais uma vez. Ficou em silêncio, apenas a admirando por alguns instantes, ao que não evitou sorrir.

  - Armin? – Louise resolveu tomar iniciativa, fitando o amigo com certo receio. Balançou uma de suas mãozinhas delicadas em frente ao rosto do gamer. – Alô? Armin?

  Engoliu em seco. Sacudiu a cabeça, porém, e piscou em uma resposta para as indagações de Louise, que soltou um riso fraco. Pelo menos já havia abandonado um pouco da melancolia.

  Trincou os dentes. “Será que...”.

  - Lou, e – eu... – o olhar não sabia para onde ser redirecionado, pairando entre aquelas íris profundamente azuis e os lábios rosados e carnudos. Aproximou-se em um movimento involuntário, e agora estava tão perto que podia contar as sardas que as bochechas da garota exibiam. – Eu...

  Ele queria beijá-la, e foi com esse ímpeto que pousou os dedos sob seu queixo e a trouxe para mais perto de si, a boca a ponto de se mesclar com a dela. Louise arregalou os olhos, petrificada de surpresa. Estava prestes a consumar a ação quando...

  - Lou? – uma voz distinta fez-se ouvir, e Louise apressou-se para se afastar, erguendo-se em um pulo.

  Era Nathaniel.

  - Nath?! – aquele timbre de voz subitamente animado fez com que Armin se sentisse pra baixo. – O que tá fazendo aqui?

  - Oi... – o loiro deu continuidade. Acenou de leve para o gamer e deu um passo na direção da namorada. Armin desviou os olhos. – Que bom que eu te encontrei logo! – Louise se aprumou, um resquício de um sorriso brincando em seu semblante. - S- sabe...? Eu me sinto mal pela briga de ontem... Quero te pedir desculpas! Volta pra mim?

  Então era aquilo. E o final para aquele episódio já estava concebido; Armin não precisou pensar muito a respeito para saber que a melhor amiga abraçaria o namorado e o perdoaria de boa vontade, uma gargalhada pueril tomando o lugar do choro. Mas por que viera àquele lugar, mesmo?

  - Hey, Armin...? – ela o chamou, e ele ergueu os olhos bem a tempo de visualizar ambos trocarem um selinho. Nathaniel depositou mais um beijo em sua testa logo em sequência. Sorriram. – Obrigada por tudo, viu? Você é o melhor amigo que alguém poderia ter!  

  Assentiu, embora a contragosto. Para variar, sorriu, e foi assim que deu passagem para o recém-reconciliado casal se afastar aos risos. Observou-os até que sumissem de vista e, por fim, jogou a cabeça para o alto, contemplando a imensidão do céu.

  Riu com certo asco.

  - É... – uma pausa. – As coisas definitivamente não acabaram do jeito que eu queria... E nunca vão acabar, na verdade. Não para o melhor amigo que alguém poderia ter”...

 

           

      


Notas Finais


E aí, o que acharam? (Risos). É... Eu sei que fui um pouquinho cruel ("um pouquinho", Crazy-chan?!), mas acontece que as coisas têm de ser assim. Louise pertence ao Nathaniel, e isso já foi estabelecido há um tempo. (Risos). Por mais que o gamer também tenha a minha simpatia, ele nunca chegará aos pés do representante de turma; por conseguinte, a Lou já tem o "pretendente" definido.

Mas enfim...

Bom, médio, ruim, péssimo...? A caixinha logo abaixo está louca para ajudá-los nessa definição! Lembrem-se de que um review não tomará muito tempo de sua carga horária, além de não lascar o esmalte das unhas e deixar um autor feliz. (Risos).

De qualquer forma, obrigada a todos os que leram até aqui! Nos vemos na próxima!


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