História In Search Of My Place In The Sun - I'll Owe You This

Tento controlar minha respiração e pensar em uma alternativa para sair dessa situação mais que constrangedora e humilhante. Pensa Kat, pensa....

Ajunto os produtos que usei no banho e ao me abaixar para pegar o frasco de shampoo noto o vão grande entre as divisória dos boxes e antes de raciocinar e ao escutar alguém se preparando para entrar no boxe que eu ocupava então engatinhei por debaixo da divisória e suspirei aliviada pela certeza de que seja quem for que adentrou o boxe, não me viu.

Mas como tudo que é bom dura pouco logo escuto umas risadinha maliciosa e paraliso ao identificar o provável dono dela. Mas constato que não foi uma boa ideia ficar estática, literalmente, de quatro no mesmo boxe que um cara com fama de pegador usando apenas uma lingerie de renda preta.

Me coloco de pé imediatamente  e me viro pro ser em minha frente  que ostenta um sorriso de orelha a orelha enquanto me come com os olhos.

Ele se aproxima de mim e depois de morder o lábio inferior, sussurra em meu ouvido:

“Se eu soubesse que logo no primeiro dia de aula ia ganhar a capitã da torcida como pós treino teria vindo preparado.” Reforça sua declaração com uma mordida no lóbulo da minha orelha e, por mais que eu tente me controlar, minha “deusa” interior se delicia com a cena de um Peeta completamente nú(em toda sua grandiosidade, se é que podem me entender, minha mente depravada e libidinosa completa). Posso contar os oito gominhos perfeitamente desenhados em seu abdômen, seu peitoral definido e levemente bronzeado, braços e pernas torneados na medida certa e claro seu mem.... Volte a realidade Everdeen, não se esqueça no que ele se tornou.

“Acredite, você não tem o que é preciso para ter esse corpo nem por alguns minutos, Peetinha” Declaro em seu ouvido tanto para provoca-lo quanto para evitar que mais alguém escute, friso o apelido que todas que já foram para a cama com ele adotam enquanto deslizo minhas mãos pela lateral de meu corpo, desde o buço até meus quadris  afim de provoca-lo.

Antes que ele pudesse dizer ou fazer qualquer coisa um dos garotos, Troy puxa da divisória do boxe meu hidratante. Puta merda!

“Ah não capitão, pensei que o tempo que passasse com as garotas fosse para brincar, não pegar digas de beleza, Peeta” berrou a plenos pulmões para que todo time ouvisse. Caralho, qual o sentido de zoar um cara por coisas tão bestas quanto um hidratante. Homens.... penso revirando os olhos em seguida.

Peeta contraria todas as minhas expectativas e abre um sorriso presunçoso. Deus oque esse ser vai fazer?! Me desespero ao cogitar a possibilidade de ele contar sobre mim para todo o time, assim além de continuar com a fama de macho alfa ele ainda se gabaria sobre estar com Katniss Everdeen apenas de lingerie durante um banho. Pera aí! O aprendiz de satã seria extremamente capaz de pegar minha roupa apenas para aumentar seu ego. Filho da puta!

“Na verdade, Troy, peguei como lembrança de uma tarde com uma gostosa, e que tarde, viu cara?! Se quiser posso te arrumar alguém pra matar o tempo, talvez assim você me deixa em paz, neh mano?” Não entendi a graça, mas parece que o time entendeu.

Continuei estática ouvindo os garotos conversarem e rirem.

Peeta estava colado ao meu corpo, esticou um dos braços  e rasgou  as laterais de minha calcinha. “Lisinha, já tô até com água na boca.” Tento lançar o meu olhar mais raivoso mas ainda me arrepiei completamente. Ele alcança uma de suas camisas, uma xadrez em tons de azul e verde e a vestiu em meus ombros sem tirar seus olhos dos meus.

“Seja esperta, morena. Não queremos que todo o time te veja em condições pós sexo enquanto sai do meu box, não é?!” declara  me lançando um sorriso malicioso enquanto abre a porta do box e sai, ostentando uma calcinha como se fosse a porra de um prêmio. Filho da mãe!

Assim que o time se junta ao redor de Peeta, com apostas sobre quem foi a distração da vez, saio da banheiro pela porta dos fundos, já com a camisa de Peeta devidamente abotoada e enquanto atravesso o corredor do colégio  em direção a meu armário para pegar minha bolsa, a qual pedi para minha nanica guardar enquanto ia tomar banho.

Peeta fez algo bom pra mim... “Quando a esmola é grande o santo desconfia” e obviamente o aprendiz de satã não deixaria barato!

Logo já me direcionava para meu carro no estacionamento, parando no caminho para beber água.  Paro de pensar em como terei que pagar Peeta pelo seu “favor” e começo a cantarolar TRNDSTTR do Black Coast.

Concentro-me tanto na música que só me desperto ao ver três figuras loiras, uma mais alta e larga que a outra, apoiadas em meu carro. Daí me paciência, Deus!

“Meu carro agora é favela pra vocês cercarem e tomarem posse sem meu consentimento, é?”

“Calminha maninha” Disse Finnick pejorativamente me lançando um sorriso irônico  “Nossa mãe quer saber se você vai mesmo visitar nossa humilde residência .”

“Pode avisar a nossa progenitora,  que sim, eu vou, até por que esse trabalho vai levar meu nome , então que ele seja feito direito, não?!” Respondo pegando a chave do carro, o destravando para guardar minha bolsa no banco de trás. “Mas antes vou passar em casa, pegar meu notebook e comer alguma coisa” falo enquanto entro no carro e fecho a porta, e coloco o sinto.

Então Cato entra no banco do passageiro. “Que merda é essa?! Meu carro virou mesmo favela!” declaro irada enquanto distribuo tapas pelos seus ombros e braços.

Peeta e Finnick praticamente rolam pelo chão de tanto rir das caretas de dor de Cato.

“Para Everdeen, seus tapas doem! TÁ ME MACHUCANDO! Por que não usa essas mãozinhas pra algo mais prazeroso, sadomasoquismo não é meu forte” Não sei se foi pelo modo como ele falou ou se pelas caretas que fez, mas eu comecei a rir, e muito. Odair ,então, já estava vermelho de tanto rir mas o Aprendiz de Satã não parecia ver graça na sentença.

“Que mãozinha pesada Kat.” Fala enquanto massageia os locais nos quais disferi os tapas “Só fiz do teu carro favela porque preciso de carona. Tô sem carro porque o meu ficou acabado depois de um racha. Também preciso pegar meu notebook e algumas coisas” .

Recupero meu fôlego   e decido que não haverá mal algum em dar uma carona a ele, afinal, moramos no mesmo condomínio.

“Okay, contanto que fique quietinho para não espalhar germes e sêmen pelo meu banco. Finnick, chego em sua casa em uma hora.” Declaro e logo depois dou partida no carro rumo ao meu prédio, enquanto eu e Cato cantamos Maroon 5.