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História In the end - Over my head


Escrita por: robbielegacy

Notas do Autor


Desculpem o sumiço e a demora para postar novo cap. Minhas novas datas de postagens serão SEMPRE segunda, quarta e sexta. O horário eu ainda não sei, mas trabalharei nisso. Tenham uma boa leitura e deixem seus comentários. XoXo

Capítulo 14 - Over my head


Sam carregava a mulher no colo, pois estava debilitada o suficiente para andar. Não era uma tarefa difícil: Valerie era leve em comparação àquelas coisas que enfrentava em seu (nada normal) dia-a-dia. Chegando na mansão, foi recepcionado por alguns funcionários que não demonstravam nem um pouco de espanto em sua aparição daquele jeito pela manhã. Noah estava dormindo, era muito cedo e o dia estava apenas clareando.

Quando questionado sobre deixá-la para que outra pessoa a levasse para o quarto, Sam — que não confiava em ninguém daquela casa — fez questão de ir sozinho sem a presença deles, mesmo que isso não fosse acontecer — pois sabia que estaria sendo vigiado de alguma forma. O que ele não sabia (mas achou extremamente curioso) era o fato de desaparecerem depois que o sol clareou o dia — um pouco mais do que seis da manhã.

Ela estava parcialmente molhada, mas tremia de frio. Fora colocada em sua cama ainda sonolenta e extremamente cansada quando Sam desprendia-se dela e se afastava. Mas Valerie não permitiu: segurou a mão de dedos ásperos do caçador e abriu os olhos, encarando-o.

— Obrigada. — O sorriso era gentil e ele assentiu. Por um momento se via vidrado por aquela beleza, mas havia algo a mais nela. Certamente que sim. Só não sabia o quê, ou precisaria descrever por um bom tempo. — Por ter salvo a minha vida duas vezes.

— Não há de quê. É o meu trabalho.

O olhar dela foi se entristecendo e, aos poucos, soltava a mão do maior.

— Seu trabalho. — Repetiu. — Certo. — Engoliu em seco.

— Val....

— Oi?

Ele balançou a cabeça e pigarreou buscando as palavras certas.

— Você disse que ouviu uma canção, certo? — A loira fez que sim com a cabeça. — Como foi? — Sentou-se à beira da cama e ela foi tentando se aninhar de forma confortável para lhe responder. — Consegue se lembrar?

Fez um breve instante de silêncio tentando recobrar da consciência todo o transe em que viveu. A imagem do incêndio ainda estava bastante viva em sua mente, no entanto, nada lhe pegara tão desprevenida e fosse tão real quanto o que presenciou.

— Eu me lembro de uma paz muito grande de espírito enquanto ela estava me puxando e cantando. Tinha uma voz terrivelmente angelical. — Cantarolando, repetiu as frases ditas: — “O encanto vai se quebrar, se a floresta você encontrar. Um falso deus o mundo quer conquistar e seus aliados vão ajudar. Muitas pessoas vão se envenenar por uma mentira milenar. Apenas os escolhidos vão se salvar se o sino final tocar...Para que o deus dos mortos enfim possa reinar. ” — Encarou-o assustada. — É um enigma isso, não?

— Acho que ela foi bem clara.... Talvez isso tenha sido uma profecia.

— Não faz sentido. — Balançou a cabeça. — Ela se referiu ao apocalipse?

— Não, isso é diferente. Acredite, já houve um apocalipse e não foi nada fácil de combate-lo.

— Se refere àquelas catástrofes que estava tendo? E se tiver alguma coisa a ver? E se for um novo apocalipse?

Olharam-se por um tempo em busca de respostas. Val se sentou e fitou-o diretamente ainda sem saber ao certo.

— Espero que dessa vez não custe a minha alma... De novo. — Deu de ombros e ela ficou sem entender.

— Você já vendeu a sua alma?

— Não! — Balançou a cabeça. — Deixa essa história pra lá. Você precisa dormir, hoje foi um dia... Quer dizer, ontem foi um dia complicado.

— Ei. — Tocou a mão do rapaz e entrelaçou os dedos. Deixou o olhar cair, mas logo voltava ao caçador que, relutante, tentava não cair na graça do charme feminino. — Você fez mais por mim do que todas as pessoas que eu conheço desde sempre. Pode soar piegas pra você, eu sei, mas... Eu agradeço. De verdade. Significou muito pra mim.

Sem jeito e sentindo as bochechas ruborizarem-se, Sam afastou a mão surpreendentemente dela que não entendia sua reação. E, assim, ele assentiu já se arrependendo de se afastar daquela forma.

— Como eu disse, não foi nada.

— Certo.... — Forçou um sorriso, coisa que Sam não conseguia entender o motivo de deixá-la tão sem graça. Foi assim que ele se afastou e levantou-se em seguida.

— Tente descansar um pouco. O que precisar é só... Chamar. — Aos poucos, Sam foi deixando o quarto da atriz, mas morrendo de vontade de voltar e terminar o que estava morrendo de vontade em fazer. E não fez.

xxx

Dean acordou dolorido. Tentou abrir os olhos, mas era como se algo muito pesado o empurrasse para baixo. Não havia sono, mas muito cansaço. Sentiu o chão gélido e só ao conseguir recobrar a consciência de que havia desmaiado, mas não sabia ao certo há quanto tempo permanecia apagado. Despertou confuso e bastante aflito. Olhava para os lados, mas a visão demorou um pouco para fixar-se. Foi então que escutou uma voz familiar falando consigo:

— Acordou a bela adormecida.

Era Lauren do outro lado em uma jaula separada da sua. Haviam muitos e grandes, mas só duas estavam preenchidas: a dele e a dela. Tanto a Dean quanto de Lauren estava preenchida de corpos e o cheiro de podre era apenas um mísero detalhe. Dean quase teve um ataque quando via tudo aquilo amontoado em um canto como se não fosse nada.

— O que é isso? Onde estamos? Por que você está aqui?

— Acho que pelo mesmo motivo que você. E se acalme. Perder a cabeça não vai adiantar nada.

— Ah, é? Comece respondendo as minhas perguntas.

Ela bufou e revirou os olhos.

— Não faço ideia de onde estamos, mas certamente é em algum cativeiro longe da civilização.

— Desculpe-me interromper...

Dean e Lauren procuravam de onde vinha aquela voz envelhecida e rouca, logo se manifestou na jaula em que Dean estava embaixo de alguns corpos.

— Jesus! — Exclamou Dean se assustando e ajudando o velhinho sair de lá. Tratava-se de um rapaz de idade avançada: magro, grisalho e negro. Usava vestes rasgadas e tinha um cheiro forte de urina, cecê e algo podre que vinha dos corpos. Os dentes faltavam, a barba era grande e também grisalha, mas isso não incomodava Dean, apenas os corpos amontoados ali. — Estava aí o tempo todo?

Ele fez que sim com a cabeça.

— Estamos longe, muito longe.

— Desde quando está aí? — Perguntou Dean.

— Desde muito tempo. Mas e vocês?

— Não temos ideia de onde estamos.

O homem sorriu.

— Nunca se passou pela cabeça de vocês que lugar era esse? Ora, você já esteve em um lugar igual....

— Como sabe? — Dean quis saber.

— Nos ajudou a escapar.... Um ato muito heroico da sua parte.

— Ao menos ele tem alguma qualidade... — Lauren comentou. Dean a fuzilou com os olhos.

— Pelo jeito não conseguimos salvar a todos...

— Ah, isso é o de menos. — Gesticulou como se não se importasse com aquilo. — Você salvou a todos.

— Não o senhor. — Dean enfatizou. — Mas vamos sair daqui. Vamos com certeza sair daqui. — Agarrou as grades da jaula e balançou: — VOCÊS ESTÃO OUVINDO, SEUS FILHOS DA PUTA? NÓS VAMOS SAIR DAQUI E TODOS VOCÊS VÃO MORRER. Seja lá quem estiver por trás disso.

— Você tem dúvidas de quem esteja por trás disso? — Perguntou Lauren.

— Aquelas coisas que matamos?

— “Aquelas coisas” os reptilianos que você diz, hum?

— Vocês não têm chances com eles. — Disse o homem sentando-se ao chão. — Eles são fortes demais e muito inteligentes.

— Ah, conte-nos uma novidade. — Dean bufou.

— Bom, cadáveres não é interessante a eles. — Deu de ombros.

— Por isso que se fez de morto esse tempo todo?

— Só estava esperando a minha vez de ir embora até vocês aparecerem... Arruinou os meus planos. — Resmungou.

— E será que vai convencer alguém? Acabamos de chegar. — Disse Lauren.

— Acabaram de chegar? Vocês estão aqui há quase um dia e meio! — Retrucou o homem. — É melhor começarem a agir antes que eles peguem vocês.



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