História In The Name Of Love - Hiatus - Prólogo

 Dezembro de 2009

Vancouver , Canada.

*"Nunca saberemos o quão forte somos até que ser forte seja a única escolha"*

• Gabriella Wright •

Algumas vezes alguém te machuca tão profundamente que acaba se proibindo de sentir , pois cada vez que se abre acaba se ferindo . Até alguma coisa te fazer querer sentir outra vez , mas de alguma forma tudo dá errado e acabamos voltando para o início , cada palavra, cada ferida, cada momento .

Como você poderia entender minhas raízes quando você nem sequer andou pelos mesmos caminhos que eu, e sei que mesmo que você pergunte, você realmente não vê,escuta ou se importa, meu passado de alguma forma me define, eu sou aquela que ninguém vê ou ouve, eu sou aquela que ninguém quer.

Fui deixada em frente a um orfanato quando tinha apenas cinco anos, eu era uma criança ingênua na quela época. Eu implorei a Deus todas as noites para que meus pais retornassem,mas isso não aconteceu, aos poucos eu fui perdendo as esperanças e simplesmente parei de rezar, bem lá no fundo eu sabia que eles não iriam mais voltar.

Os anos passaram e eu cresci, eu já não era mais uma criancinha e de alguma forma não consegui me adaptei há nenhuma família .

Quando completei 21 anos eu finalmente me via livre do orfanato, estava na hora de construir minha própria história e seguir meus próprios caminhos, mais para onde eu iria sem dinheiro, sem uma casa, sem nada. E foi ai que eu me desesperei, eu estava por minha conta , e não dependia de mais ninguém além de mim mesma .

Eu tentei de todas as formas arrumar um emprego , mas no mundo em que vivemos pessoas sem estudos , não são ninguém. Eu conheci o mundo da prostituição logo no início de tudo , foi uma oportunidade que apareceu e eu a agarrei, era difícil deixar que homens tocassem em mim. Todas as noites, todas as horas e cada minuto, eu sentia nojo de mim mesma, e foi ai que eu me perdi, eu já não era mais capaz de ver o sol, sonhar ou ter esperança, eu já não era mais eu mesma.

Seis anos se passaram e eu continuava vivendo a mesma vida asquerosa, mas uma luz se acendeu no meio de tanta escuridão, e eu finalmente tinha um motivo para largar essa vida e tomar um rumo completamente diferente, para finalmente encontrar a verdadeira felicidade.... eu havia descoberto a pouco que estava grávida, eu tinha que dar uma vida melhor para minha filha(o),condições melhores, um futuro que não fosse o mesmo que o meu.

Depois que eu larguei a boate foi como se tirassem um grande fardo de minhas costas, os dias eram repetitivos e as noites torturantes. Eu procurei com muito custo até consegui alugar um lugarzinho para morar temporariamente, era um kitnet de um casal de velhinhos bem simpáticos e bondosos, eu usei o dinheiro que ganhava na boate para pagar as despesas . Eu até consegui um emprego em uma papelaria como caixa,o dono foi bem gentil comigo, e eu estava tão feliz que tudo estava dando certo .

Eu prometi a mim mesma que quando meus sete meses chegassem , pediria demissão para poder me dedicar há vida que cresce-rá cada vez mais em meu ventre .

**Sete meses depois....**

Não consigo acreditar que o tempo passou tão rápido , eu já com meu sete meses , estou em frente a um espelho admirando minha enorme barriga . Logo, logo ele vai estar aqui comigo , em meus braços e sobe minha proteção .{…}

** Dois meses depois ……**

Eu já estava na sala em trabalho de parto , e a dor em meu ventre era tão intensa, mais eu estava tão ansiosa e feliz e o que mais me importava naquele momento , é que faltava pouco para o bebe nascer e eu finalmente o ter em meus braços , não importa se eu não sei quem é seu pai ,ele realmente não vai precisar de um , ele teria a mim por inteiro. O cansaço já estava me afetando e eu já estava exausta, mais eu não podia desistir, não agora, não ali.

– Força! Estamos quase lá, força! - disse o médico, vendo meu cansaço.

– Arhr! - um grito estridente passa por minha garganta.

Eu tinha que conseguir eu não podia desistir, juntei todas as minhas forças e empurrei , um alívio invade meu corpo me fazendo cair para traz. Por poucos segundos a sala ficou em um silêncio agoniante, até que um choro preenche o cômodo e um sorriso surge involuntariamente em meus lábios.

– Parabéns mamãe, é uma linda menina! - diz a enfermeira secando meu suor com uma toalha.

Eu não consegui mais segurar a emoção , ela tomou conta de mim, meus olhos já lacrimejavam, esse com certeza era o dia mais feliz de minha vida, agora eu não estaria mais sozinha, eu teria o porque lutar, eu teria um por que não desistir , eu teria uma razão para viver.

– Eu quero ver ela.- digo a enfermeira que a segurava , e com todo cuidado ela a coloca em meus braços, ela era tão linda, tão frágil, ela era tão delicada quanto uma xícara de porcelana.

– Então mamãe já decidiu o nome da princesinha.? -pergunta a enfermeira com um sorriso nos lábios e uma prancheta em mãos.

– **Diana** ...- sussurrou - **Diana Wright** vai ser o nome dela.

**Dois messes depois....**

O crescimento rápido de Diana era surpreendente, apenas com dois meses já aparentava ser uma criança de um ano, deitada em meus braços eu a admirava, tentando encontrar uma solução, tentando encontrar uma reposta para o que estava acontecendo, as pessoas já estavam fazendo perguntas desde a primeira semana, pois ela nasceu com a estrutura de uma criança de dois meses, os médicos fizeram vários exames mais ela aparentava não ter nada, ela era uma criança normal, saudável.

Oito meses se passaram e Diana já aparentava ter cinco anos, eu não podia mais ficar em Vancuver, boatos estavam surgindo e a vizinhança já estavam comentando, os médicos queriam interna-lá para novas pesquisas, ver se não era uma nova doença, eu tinha que protegê -lá, se isso fosse uma doença não iria a deixar morrer em um hospital, eu tinha que sair desse lugar o mais rápidoo possível.

**Michigan, Dakota do Sul 12 junho de 2012.**

Diana já aparenta uma criança de nove anos, ela age como uma. Tudo como se o seu crescimento fosse normal, ela não demonstrava estar doente, eu sinceramente estou com muito medo. Já fiz varias pesquisas e já fui em varios lugares em busca de conhecimento para saber sobre o que estava havendo, mais ninguém tinha uma resposta concreta, e isso me deixa mais preocupada.

**Indiana, Illinois 25 julho de 2016**

Minha filha está com a aparência de uma pessoa de vinte cinco anos, sendo que ela completaria cinco anos esse ano, você deve estar se perguntando se tive cuidado para esconde-la do mundo?. Com certeza! Ensinei tudo que podia a ela em casa para não envia lá para a escola, eu não queria que me encherem de perguntas que nem mesmo eu saberia a resposta. Essa é a quarta vez que nós nos mudamos de cidade só em três meses, todos esses dias Diana ficava em casa, escondida, eu sei que isso não esta só a afetando, afeta a mim também, tudo isso é tão complicado....

- Haaaaaaaaaaaaaaa- sentei-me em minha cama ,após ouvir um grito fino e estridente que acaba tirando-me de meus devaneios.

De novo não!

 **CONTINUA….**