História In the Obsession - Prólogo

-Para, para! Eu não aguento mais! -Gritava com as mãos na cabeça.

-Você sabia! Você sabia que eu era assim desde o início, então para de agir como uma vadia burra! -Sua voz grossa junto com palavras sujas, a ensurdecia.

-Você é podre, sujo! -Encarou-o com ódio nos olhos.

-E você sabe abre as pernas para o sujo aqui. -Direcionou seu sorriso sínico para a morena.

Kayla permaneceu em silêncio, o choro diminuiu e os soluços se tornaram pequenos múrmuros. Aquele maldito sorriso com ar de superioridade continuava no rosto do homem. Aquilo a enchia de ódio. Ele sempre a tratou assim e, como ele mesmo disse, ela insistia em agir como uma vadia burra.

Passou esbarrando em seu ombro e saiu para o quintal da casa. Sentou-se no chão dos fundos e voltou a chorar. Já não havia mais lágrimas, e mesmo assim os soluços continuavam fortes. Fortes o suficiente para sacudir todo seu corpo.

Embolou seus dedos nos fios de cabelo e puxou-os, colocou toda sua força nas mãos ao puxá-los. Sentia que sua cabeça estava prestes a explodir quando sentiu grandes mãos agarrarem seus pulsos.

-Solta, Kayla! -Não deu ouvidos e continuou puxando. -Solta agora! -Assustada com o grito, deixou que as mãos masculinas puxassem as suas.

-Me deixa. -Murmurou com a voz embargada.

-Olha o que você fez. Olha!

Lentamente direcionou seu olhar para as mãos. Ambas estavam cheias de fios, aqueles que foram arrancados com seu ato violento. E mais uma vez chorou. Colocou toda sua dor para fora, não sabia quanto tempo aguentaria, mas iria tentar até não ter mais forças.

-Shi... -Fora puxada para um abraço aconchegante no peito do homem que amava. -Se você fizer isso novamente, irei cortar suas mãos.

-Por quê? -Soluçou. -Por que faz isso comigo?

-Eu sou assim, Kayla. E você escolheu me acompanhar.

-Você pode mudar.

Justin permaneceu abraçado à Kayla até a mesma pegar o sono. Deu um beijo em seu ombro e se levantou com ela no colo. Enquanto caminhava de volta para dentro de casa, suspirou e olhou para o rosto adormecido.

-Pessoas como eu, não podem ser mudadas.