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História In the other world - Mistério e pânico.


Escrita por: NyanLu

Notas do Autor


Espero que gostem, esse vai ser um capítulo bem grande.

Capítulo 7 - Mistério e pânico.


14 de fevereiro de 2017, São Paulo.

É segunda feira, e o trio passou o final de semana inteiro conversando na internet, pois eles não se encontraram. Na sexta feira, eles haviam esquecido que não teriam aula no dia seguinte e combinaram de ir para a sala do lado de cima da cantina, mas isso não aconteceu.

— É segunda, a gente pode ir para aquela sala hoje. - dizia a mensagem de Leo. -

— Era para a gente ter ido à muito tempo, você não lembrou a gente que aquele dia que combinamos de fazer isso era uma sexta feira. - dizia a mensagem que Larissa enviou ao grupo de Whatsapp. -

— Eu não estava lembrando que era sexta feira, mas hoje a gente vai, sem falta. - dizia a mensagem que Oliver mandou. -

Já era aproximadamente 9:30 da manhã de uma segunda feira ensolarada, e eles já estavam acordados a algumas horas. 

A loira comeu o seu café da manhã, e quando acabou, ela pegou novamente o seu celular.

— Já comeram? Vocês saíram do nada.

— Acabei de comer, acho que o Leonardo já acabou também, está me mandando várias coisas no privado. - dizia a mensagem de Oliver. -

— Sim, já acabei. - dizia a mensagem que o garoto de olhos verdes enviou. -

O trio ficou até 10:40 conversando no grupo, quando eles saíram para se arrumarem para a escola. A garota e Leo estavam ansiosos para entrarem naquela sala, eles queria ler mais algumas páginas daquele livro se fosse possível, mas não poderiam ficar muito tempo lá, se não alguém ia desconfiar.

Oliver estava tomando banho para ir à escola, ao acabar de jogar água em seu corpo para tirar o sabão, ele ficou pensativo.

— Eu acho que isso vai dar merda, sinto que algo vai acontecer. - pensou o moreno, debaixo do chuveiro e com as mãos na cabeça, lavando o seu cabelo liso. - 

O garoto estava preocupado, mas não deixaria que suas "paranóias" atrapalhassem o seu dia e o dia de seus amigos, que estavam tão animados para o que iria ocorrer. Ele não queria decepcionar os seus amigos, e principalmente Larissa, por ter ficado tão focada em achar o livro em todos os sites de internet e livrarias possíveis, ela realmente se esforçou para isso e o moreno sabia que isso não era comum, sua amiga era bastante preguiçosa quando se tratava de procurar alguma coisa por tanto tempo assim. 

Oliver desligou o chuveiro e pegou sua toalha, colocando - a em volta de sua cintura e indo em direção ao seu quarto, fechando a porta ao entrar. O garoto de olhos castanhos secou o seu cabelo, que era curto, e sentia saudades de quando o seu cabelo era "longo". Ele gostaria de fazer o seu cabelo crescer, mas havia feito uma aposta com Leonardo a algum tempo atrás, de copiar o corte de cabelo um do outro e ficar para sempre, ou enquanto quiserem, e o moreno não queria descumprir a promessa, mesmo podendo fazer isso. 

Ao acabar de passar a toalha em seu cabelo e apertá -lo para a água em excesso sair, ele secou o resto de seu corpo e colocou o seu uniforme escolar, que dessa vez não tinha manga longa, igual sempre usava. O garoto colocou a sua calça escolar e foi até a cozinha, pegando um prato limpo e colocando a sua própria comida, igual sempre faz. Oliver caminhou até a sala de estar com o prato de comida em mãos, e colocou na mesa, comendo toda a comida mais rápido que o normal, ele estava com medo do que iria acontecer.

— Estou com um mal pressentimento. - pensava o moreno, repetindo isso em sua mente enquanto comia muito rápido, até acabar de almoçar, limpando a boca com um guardanapo e levando o seu prato até a pia. -

Oliver escovou seus dentes, passou o fio dental e lavou a boca novamente. Colocou o seu tênis preto e já estava pronto para ir para a escola. 

— Tchau mãe, tchau pai. - dizia o moreno, pegando sua mochila pesada e colocando em seus costas, abrindo a porta de sua casa, quando se lembrou de uma coisa que estava faltando. -

O garoto voltou à seu quarto, deixando os seus pais confusos. Ele pegou a sua bolsa com seus lápis e caneta e colocou em sua mochila, fechando -a e voltando para a sala de estar. 

— Agora sim, tchau. - disse o moreno, saindo pela porta e sorrindo para seus pais. -

— Tchau, filho. - disse a mãe de Oliver, que também tinha cabelos pretos e era alta. -

O garoto saiu pela porta de sua casa, atravessou a rua e foi indo para o caminho que sempre ia para encontrar seus amigos. Ele ia passando pela rua, ouvia os pássaros cantarem e o vento soprar as folhas das árvores, ventava bastante, apesar do dia estar ensolarado. 

O moreno chegou ao local que ele sempre se encontra com seus amigos, e viu eles chegarem perto. O local que eles sempre se encontram é perto de um banco, com um bueiro perto. O motivo é que no nono ano, quando eles estavam conhecendo Larissa, eles foram até esse lugar e Oliver quase caiu nesse bueiro, dando um grito um pouco fino, e isso sempre era engraçado, e não importa quanto tempo se passava, eles sempre se encontravam ali para relembrar, até que um dia eles nem lembravam disso, apenas usavam o lugar para saberem onde se encontrarem. 

Eles se viram e atravessaram a rua, chegando perto uns dos outros.

— Vocês estão ansiosos? Hoje vai ser um dia ótimo. - disse Larissa, com um sorriso animado. -

— Não sei não, ein. - disse Oliver, suspirando e olhando para a garota, com uma expressão de medo. -

— Não se preocupe, não vai acontecer nada. Você ainda está com medo de seu sonho se realizar, não é? Não fica assim, um guepardo não estaria em uma escola, e se estivesse, por que estaria justo na nossa? - dizia Leonardo, olhando para seu amigo e tentando fazer com que sua preocupação passasse. -

— Acho que você tem razão, mas e as câmeras? 

— De novo isso? Nós vamos ficar apenas alguns minutos lá, e ninguém olha as câmeras. -

— Tudo bem então. - disse Oliver, um pouco mais aliviado, pois aquele sonho nunca iria se realizar.-

O trio foi caminhando devagar até a escola, chegaram no portão e entraram, fechando - o logo depois.

Leo olhou para todos os lados possíveis da escola que ele conseguia ver, sentado no banco da escola com Larissa e Oliver. Ele queria ver se a garota de capuz que sempre seguia eles estava ainda ali, mas ele viu que não estava.

— Assim que o recreio começar, a gente lancha e conversa normalmente, e quando o sinal para acabar o intervalo tocar, vamos lá correndo e vamos só ficar lá por mais ou menos 5 minutos, tudo bem? - dizia Leonardo, puxando a cabeça de seus amigos para perto da sua e falando baixo, para garantir que ninguém ouvisse a conversa. -

Larissa e o moreno concordaram com o plano do garoto de cabelo alaranjado, e tocou o sinal para eles irem para a sala de aula. Eles subiram as escadas e foram para a sala, sentando em suas carteiras e pegando o caderno da matéria daquele horário, que ia ser ciências. 

Nem deu tempo do trio conversar, o professor chegou na sala de aula, e colocou o seu material de professor em sua mesa. Ao fazer isso, ele pegou o giz e escreveu as atividades do dia no quadro, mandando os alunos ficarem em silêncio e copiarem, pois aquela atividade era somente para aquele dia. 

O trio fez a atividade rapidamente, olhando se estava tudo certo e como o professor queria, aquilo devia valer muitos pontos. Ao olharem se tudo estava certo, eles mostraram a atividade ao professor, que deu um carimbo no caderno deles e anotou quantos pontos eles ganharam. Os amigos saíram de perto da mesa do professor e se sentaram em suas carteiras, conversando baixo para não atrapalhar a aula. Ao passar quase 50 minutos, o professor anotou no quadro as atividades que deviam ser feitas em casa, e saiu pela porta da classe com sua bolsa, dando lugar á professora de geografia.

A professora passou um horário inteiro corrigindo as atividades da semana passada, e acabou o horário. Alguns alunos começaram a gritar quando ela saiu da sala de aula, menos algumas garotas do fundo da sala, que conversavam baixo. 

A professora de matemática entrou em sala, e passou várias atividades no quadro, também para serem feitas naquele dia, não iria ser aceito depois. 

— Isso é só para hoje, façam isso rápido e entreguem em folha separada, com nome, turma e o nome da escola. - dizia a professora, falando alto por conta dos alunos da frente, que não paravam de gritar. -

O trio começou a fazer a atividade, rápidos como nunca, mas vendo se estava tudo certo, eles precisavam muito de pontos em matemática, não queriam ficar de recuperação, embora apenas Leonardo tenha ficado de recuperação em uma matéria, em algum ano, mas isso nunca mais se repetiu, Leo é muito inteligente em todas as matérias.

— Que saco, primeiro em ciências e agora em matemática, esses professores não cansam de apressar a gente a fazer as atividades rápido? - dizia Larissa, com raiva, e escrevendo os cálculos necessários na folha separada. -

— Pelo menos sabemos que vale muito ponto. - disse o garoto de olhos verdes, parando um pouco de escrever para descansar por alguns segundos, e depois começar tudo de novo. -

Ao acabarem as atividades, eles foram correndo até a mesa do professor para entregar a atividade, pois o sinal para o intervalo tocaria daqui a alguns instantes. O trio colocou suas atividad a mesa do professor e voltaram para  suas carteiras, mas o sinal tocou alguns minutos depois, e todos os alunos saíram correndo da sala, depois que o professor saiu. Eles sempre faziam isso, esperavam o professor sair primeiro para depois saírem. 

Leo, Oliver e Larissa desceram as escadas, chegando no pátio e subindo as escadas para a cantina da escola. Ao chegarem lá, eles pediram o de sempre: três salgados. 

O trio se sentou no banco da cantina e comeram seus lanches, e deu tempo deles conversarem por alguns minutos. Eles estavam extremamente ansiosos para irem á sala cheia de objetos misteriosos, e apesar do moreno estar com medo, ele também queria entrar lá e olhar o livro de novo, o seu mal pressentimento passou, talvez fosse apenas paranóia dele. O sinal para eles subirem á sala tocou, e todos os alunos que estavam na cantina desceram as escadas, até ficar somente os três lá. 

 A mulher que vendia lanches entrou para dentro da cantina para fazer alguma coisa, e o trio saiu lentamente de onde estavam e começaram a subir as escadas, para não fazerem barulho e a funcionária não ver eles. Larissa estava atrás dos dois garotos, e eles passaram pelo corredor escuro cautelosamente, até chegarem perto da porta da sala que queriam entrar.

A sala estava exatamente como era quando entraram pela primeira vez, mas tinha algo diferente, o livro que eles passaram dias procurando não estava no mesmo lugar, mas em vez disso tinha duas folhas de papel. 

Leonardo pegou uma das folhas e começou a ler, e nela estava escrito: 

” Para as criaturas de nosso mundo sobreviverem aqui, há apenas duas regras básicas: não deixem os humanos da Terra te notarem, e muito menos saberem o que podem fazer. Quando algo de nosso planeta interfere nesse planeta azul, tem 99% de chance de ocorrer algo ruim para os dois planetas, nunca saberemos, do mesmo modo que nunca saberemos como os humanos desse mundo interferiram no nosso a muito tempo atrás. "

O garoto de olhos verdes lia aquelas palavras atentamente, e dava espaço para Oliver ler também, quando ouviram uma respiração que ecoava em toda a sala, e Larissa tocou em Oliver.

— Não diga nada, apenas corra. Diga isso para o Le... - dizia a loira, totalmente assustada e trêmula, cochichando no ouvido do moreno, quando foi interrompida pela voz alta de Leonardo. -

— O que está falando aí, Lari? Também quero ouvir. - dizia o garoto, ainda olhando para a folha de papel. -

Quando Leonardo se deu conta, tinha um animal deitado em cima do livro, no canto da sala, e ele estava acordado e olhando diretamente para eles, com um olhar feroz. 

Larissa não pensou duas vezes, disse para eles correrem e foi na frente, correndo desesperadamente e descendo as escadas.

O garoto de cabelo laranja e o moreno ainda estavam na sala, paralisados de medo, quando Oliver pegou no braço de Leo e o puxou, saindo da sala correndo e o garoto de olhos verdes o seguindo.

Os dois foram seguidos pelo animal, que era veloz, e eles desceram as escadas correndo o mais rápido que podiam.

A loira estava tremendo, e tentando abrir o portão da escola, que não estava trancado, mas por conta do medo ela não conseguia abri-lo. A garota viu os seus amigos correndo e o animal os seguindo, e na última tentativa ela conseguiu abrir, saindo de perto do portão e indo para o banco, totalmente pálida, ao perceber que quando Leo e Oliver atravessaram a rua sendo seguidos pelo guepardo, vinha um carro. Sem pensar duas vezes, a garota saiu correndo o mais rápido que podia, empurrando os seus amigos, segundos antes do carro se chocar contra o guepardo.

O barulho da pancada com o corpo do guepardo fizeram um barulho muito alto, fazendo todos os alunos descerem desesperados de suas salas até o pátio, e verem que ali apenas tinha um carro totalmente amassado e um homem dentro, que não estava ferido por causa do cinto de segurança, mas tinha cacos de vidro em sua bochecha.

O diretor saiu correndo de sua sala, chegando do lado de fora e ligando para a ambulância, falando que havia acontecido um acidente muito grave ali. 

Ninguém entendeu nada, tinha apenas o carro ali, e o homem gritava, com a voz rouca e totalmente desesperado:

— Eu atropelei um animal selvagem. E dois garotos, uma garota também!! Eles sumiram!! - gritava o homem, fora do carro e aos poucos brotava lágrimas de desespero e culpa em seu rosto. -

Logo chegou a ambulância, junto com a polícia, e começaram a fazer perguntas para o homem e para as pessoas ali presentes.  

O homem contou toda a história para eles, mas foi taxada como louco, mas mesmo assim iriam investigar. Os homens ligaram para os pais de Leo, Larissa e Oliver, e eles chegaram poucos minutos depois. 

— Cadê o meu filho? Onde ele está? - berrava a mãe de Oliver, enquanto os outros pais apenas choravam, não sabiam o que fazer

Os policiais disseram que eles iam fazer o possível para encontrar eles, e logo saíram para procurá-los. 

O diretor garantiu que tudo iria ficar bem, e que logo iriam ser achados. Os pais não se acalmaram, mas foram para casa. 

Enquanto o homem era levado pela ambulância para ver se ele tinha algum ferimento interno, uma fenda quase invisível no local do acidente se fechou.

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Se gostaram, comentem, favoritem e indiquem minha história para outras pessoas.
Obrigada por ler :3


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