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História In Time - Hi Spud


Escrita por: rangelaf

Notas do Autor


Eiiiii amoresss, desculpem a demora, mas na semana passada aconteceu alguns imprevistos e eu não tive como postar. Desculpem :(

Capítulo 5 - Hi Spud


 Haley White P.O.V

Ian ficou tão desesperado com meu estado que deixou o quarto as pressas atrás de um médico enquanto eu ficava ali, parada, sem reação alguma. Segundos depois, um médico junto de um enfermeiro passaram pela porta do quarto seguido por Ian, e logo aplicando algo em minhas veias. E então eu apaguei.

Acordei já afobada e irritada, eu sabia que eles me doparam por conta do meu estado e minha vontade era meter bala em um, qualquer um. Mas essa minha insana vontade se passou assim que vi o médico e Ian parados na minha frente esperando minha reação.

– Por favor, me deixe sair, eu preciso ver meu pai! Por favor. – Sussurrava manhosa suplicando enquanto Ian se aproximava de mim e eu o agarrava enquanto em sua camiseta já se formara uma mancha formada pelas minhas lágrimas. O médico olhou para mim com pena e logo depois disparou a falar.

- Olha senhorita White eu não posso te dar alta com a senhorita neste estado, eu preciso ter certeza que você irá se comportar. – Ele disse enquanto eu me fingia de santa.

- Eu irei Dr. Cavanaugh, eu prometo. – Tentei transmitir a minha imagem mais santa possível, é óbvio que eu não iria, meu pai morreu porra. Mas acho que meu teatro deu certo, pois segundos depois ele estava anotando algo em sua prancheta.

- Irá ser normal sentir pontadas no local do machucado por isso tome este remédio de 12 em 12 horas, são 6 comprimidos que irão dar o total de três dias. Não se esqueça também de sempre refazer o curativo para não haver risco de infecções. A enfermeira já virá para lhe ajudar com a remoção das agulhas. – Ele falava aquilo mais para Ian porque eu simplesmente não conseguia prestar atenção em nada, apenas palavras que entravam e saiam por meus ouvidos sem que meu cérebro captasse qualquer mensagem que fosse. Ele estendeu dois papeis em minha direção, eu peguei me soltando de Ian e tendo a visão de minha autorização de saída e do nome do tal remédio que eu não consegui compreender devido ao garrancho, mas com as lágrimas nem se a letra fosse uma das mais belas eu conseguiria entender.

[...]

- Obrigada! – Eu o agradeci quase que em um sussurro.

- Você não tem o que agradecer Haley! Agora vamos, vou deixar você em casa e vou na minha apenas para pegar algumas roupas. Você não irá se livrar de mim tão rápido Srta. White – Disse ele enquanto me fazia soltar uma risada pelo nariz.

- Ei! – Chamei por ele quando o mesmo já iria abrir a porta daquele quarto, que foi meu durante alguns dias. Ele virou me encarando curioso enquanto eu abria um sorriso. – Eu te amo.

Ele abriu um dos sorrisos mais lindos que eu já poderia ter visto em toda minha vida estendendo os braços para que lhe acompanhasse. Assim que lhe alcancei ele passou seus braços por meu ombro enquanto eu enlaçava os meus em sua cintura recebendo um beijo na cabeça, já que eu era mais baixa que ele.

O caminho até minha casa era um tanto quanto demorado por conta de o hospital ser mais afastado da cidade, eu podia ver os carros dos seguranças nos seguindo enquanto o silêncio predominava aquele espaço, sendo quebrado apenas pelo rap barato que tocava no rádio.

Abracei meus braços e chorei, chorei por pensar que chegaria em casa e não iria encontrar meu pai em sua poltrona olhando a TV e fumando seu charuto. Chorei por pensar que nunca mais iria o ver sorrir ao me ver chegando as onze horas da noite segura da faculdade. Meu pai nunca foi flor que se cheire, mas ele sempre foi para mim o melhor pai do mundo. Ele me dava tudo, e quando digo tudo não me refiro somente ao dinheiro e sim ao carinho, o carisma, o amor que ele sempre me proporcionou. Ele sempre foi minha mãe e meu pai, ele sempre foi meu herói, a pessoa que eu sempre quis ser quando crescesse. E eu como uma bela filha era sua princesa, a garota que esperava seu príncipe encantado enquanto se surpreendia com as loucuras e desavenças do mundo lá fora.

Eu me lembro de quando tinha mais ou menos dez anos e estávamos sentados na beira da piscina eu me virei para ele com as duas listras de protetor solar em cada bochecha que de acordo com ele “era a moda do momento” e lhe perguntei – Mas papai, e se o meu príncipe chegar tarde, e se acontecer algo com ele? Como eu serei uma princesa? – Ele olhou para mim, tirou os seus óculos e então me disse às palavras que eu jamais esqueceria.

- Você já é uma princesa, você é uma princesa guerreira, Haley! Eu nunca vi uma menina de tamanho conhecimento e força igual você. Você me orgulha em tudo que faz, talvez, algum dia você entenda tudo que eu lhe disse. Você não precisará nunca de um príncipe para ser uma princesa, porque você já é a minha princesa.

E então eu pulei em seu colo e logo ele me derrubou na piscina.

Aquela cena se repetia várias e várias vezes em minha mente. Hoje eu acho que tenho meu príncipe, mas onde está meu rei?

[...] 

- Eu volto em menos de meia hora, você vai ficar bem? Qualquer coisa eu peço para um segurança ir buscar minhas coisas não tem problema nenhum eles… – Lhe cortei, ele fala demais às vezes.

- Hey, fica tranquilo, pode ir, eu vou ficar bem. – Disse virando a cabeça em sua direção. – Você fala demais às vezes garoto. – Eu disse e ele riu pelo nariz.

- Ai, eu tenho direito de me preocupar com a minha namorada, tá? – Sorri com o minha namorada e ele pareceu perceber, pois do segundo seguinte já estava me esmagando contra seu peito. Sorri com aquilo, ele me fazia muito bem. Alguns segundos depois me separou de seu corpo segurando meus ombros e logo depois afastou alguns fios que insistiam em cair na minha face. – Eu já volto. – Assenti enquanto saía do carro e passava pelos grandes portões daquele imenso casarão.

Assim que passei pela porta já aberta pelos seguranças tive a visão de sua poltrona. Aquela em que ele me esperava todos os dias mesmo quando não tinha tempo. Aquela que quando criança, já me serviu de diversão. Eu não suportaria aquilo por muito tempo.

Subi as escadas quase que em um piscar de olhos e adentrei em seu quarto me jogando em sua cama impecavelmente arrumada. Talvez eu seja uma puta masoquista, mas aquilo me fazia me sentir mais próxima dele. Fiquei deitada de barriga para baixo com o rosto enterrado naquelas cobertas enquanto tentava aspirar talvez que por um ultimo segundo o seu cheiro. Devo ter passado alguns longos minutos naquela mesma posição até que resolvi que tinha que tomar um banho, fazia mais de 24 horas que meu corpo não sabia o que era isso.

Assim que adentrei meu quarto fui direto para o meu banheiro nem reparando nas coisas que ali tinha. Despi-me e entrei de baixo da água fervente do chuveiro, era disso que eu precisava... Talvez em alguns anos eu poderia me julgar como fraca, prepotente por estar chorando tanto mas até mesmo as pessoas com o coração mais duro choram, chorar não te faz mais fraco, ao contrário te faz perceber o quão forte você é, te faz se sentir vivo.

Assim que terminei de lavar meu cabelo (que estava uma merda por conta do sangue) e tomar banho, me sequei e fui em direção ao closet pegando a roupa mais confortável que encontrei, a vesti e sai de lá secando meu cabelo e olhando ao redor. Tudo ali me fazia pensar nele. Até que meus olhos pararam em uma pontinha branca de baixo da minha caixinha de lembranças, andei rapidamente vendo o que era aquilo. Um papel, um papel amassado e empoeirado, como eu nunca tinha visto aquilo? Ele parecia estar ali a bastante tempo pois a poeira e a amarelidão já começavam a aparecer. Olhei curiosa para aquilo virando os dois lados para ver se tinha algum nome, e tinha, uma letra pequena do lado esquerdo do papel.

Para Haley” – sussurrei enquanto um ponto de interrogação se formava em minha mente, o que diabos era aquilo? Desdobrei cuidadosamente aquele papel encontrando a caligrafia feia, mas inconfundível de meu pai.

“Oi espoleta,

Lembro de como se fosse ontem quando te apelidei com esse nome, era daquele desenho que você acordava cedo só para assistir, como é o nome mesmo? Bob, o Construtor?! Era aquele espantalho com cabeça de alho que sempre aprontava alguma com o fazendeiro, foi por isso que te apelidei com esse nome. Você era o espantalho e o mundo era o fazendeiro.

Lembro no dia, quando você devia ter os seus 3 anos de idade ainda, que cheguei no seu quarto e todas as parede estavam com uma linha, da sua altura naquela época mais ou menos.”

Ri lembrando daquela cena enquanto olhava aqueles desenhos, eu jamais teria coragem de apaga-los.

FLAHSBACK ON

Eu já iria fazer meus 4 anos de idade e estava muito irritada. Rabiscava aquelas paredes com toda a raiva do mundo, meus gizes de cera já estavam no cotoco, mas eu ainda sim continuava rabiscando. Vi a figura de meu pai passar meu porta mas não dei a mínima, afinal, como ele mesmo dizia “Aquele quarto era meu, exclusivamente meu”.

- Mas… Mas o que diabos é isso Haley? – Perguntou meu pai, seu semblante não era de nervoso, mas também não era um dos mais felizes.

- Eu estou estressada papai, muito estressada. – Respondi enquanto ouvia-o soltar uma risada, o que fez minha raiva aumentar mais ainda.

- Poderia saber por que Srta. TPM? – Naquele momento eu não entendi nada. Que diabos era TPM eu me perguntava, mas deixei quieto.

- Sim! – Afirmei me virando em direção a ele enquanto com uma mão segurava o giz de cera na outra – O Bob Esponja vai mudar de horário e com isso eu vou ter que acordar mais cedo! Essa vida não tá fácil! – Disse como se aquele fosse o pior dos problemas em todo universo enquanto meu pai ria, ria como se o mundo fosse acabar.

- Mas a gente pode por para gravar, não podemos? – Perguntou ele como se fosse óbvio.

- Mas é claro que não! Eu não quero que ninguém veja antes de mim. Então trate de me acordar no horário certo e agora sai porque preciso terminar minha terapia. – Eu disse como se fosse uma coisa óbvia e com a postura mais adulta possível. Ele riu mais um tempo e saiu balançando a cabeça como se não acreditasse no que acabara de ouvir.

FLASHBACK OFF

Terminei de lembrar aquela cena com um sorriso no rosto, e por incrível que pareça, as lágrimas não tomaram conta de meu rosto, como sempre acontecera.

“Você estava muito brava, precisava de algo para se acalmar então encontrou sua parede impecavelmente pintada e resolveu dar o toque Haley de ser.

E sabe de uma coisa, eu jamais teria coragem de apagar aqueles desenhos. Eles me lembram como você, para mim, teve uma infância ótima, com seus momentos de lazer, travessuras e broncas. É parte de quem você é, de quem você já foi e de quem você será. É você ali.

Mas infelizmente o passado não volta mais, se eu tivesse apenas um desejo eu pediria que aquela época nunca acabasse, que você fosse a minha princesinha para sempre.

Mas minha filha saiba que todos os momentos que eu recusei brincar com você, todas as minhas viagens fora de hora, todos os acontecimentos que eu sei que te deixavam triste, por toda a minha ausência, saiba que foi para o seu bem, para você ser a ótima advogada que você se tornará (mesmo eu achando muito contraditório com seu histórico familiar), para suas viagens de lazer anual. Para o seu bem estar.

Porém, sempre há um “mas” e este se encaixa bem em nossa história, eu sei que você jamais tomaria conta dos negócios da família. Eu sei que você não deseja esse tipo de coisa para sua vida (eu agradeço por ser assim, isso mostra que você tem ao menos um pouco de juízo nessa tua cabeça), mas, não jogue tudo no ralo. Não acabe com todo o me suor, toda a minha batalha.

Há um número colado na geladeira, aquele que você denomina como “O papel mais precioso que minha própria vida: se a casa pegar fogo eu não me salvo mas salvo o papel”. Ele te levará até Thomas. Thomas é um amigo meu de longa data que possui uma “divida” comigo e poderá ser assim que ele irá me pagar. Ele é um homem de extremamente confiança.

E o por quê eu estar escrevendo tudo isso? Simples, eu sei que você só olharia para essa caixa quando algo extremamente grave acontecesse e eu sei que esse algo estará envolvido a mim.

Minha princesa, perdão por tudo. Eu realmente não queria que tudo fosse desse jeito, eu realmente queria poder ter sido um pai mais presente. Me perdoe por não ser uma mulher e não saber como colocar um absorvente. – Ri lembrando da cena que foi quando minha menstruação desceu pela primeira vez e nós dois não sabíamos o que fazer então tivemos que perguntar pra nossa vizinha o que fazer, já que Maria, a nossa governanta estava de férias.

Meu amor, eu sei que vai ser difícil, mas saiba que eu estarei com você aonde quer que eu esteja. É uma promessa-do-cuspe-White. – Nossas promessas-do-cuspe-White deveriam ser uma das mais sagradas, tanto que só a praticamos duas vezes. A primeira era que quando alguém não estivesse satisfeito com a relação pai e filha falaríamos sem o outro o julgar e a outra era uma mais particular minha, que ele jamais deixaria traria alguma mulher para dentro de casa. – Eu te amo Haley Lewis White, nunca se esqueça disso.

PS: Você com raiva era a coisa mais fofa e engraçada, era como um coelhinho tentando te dar medo, um coelhinho-fofo-terrorista.”


Notas Finais


Genteeeeeee que cap ein? Eu chorei escrevendo ele, tinha hora que nem sabia mais o que escrever porque puts kkkkk. Espero que tenham gostado, não coloquei Justin nesse, pois queria que voces sentissem a emoção da Haley diretamente, dai se colocasse o Justin ia cortar o clima e tals. Não se esqueçam de comentar para eu poder saber o que estão achando. Beijinhosss e até o próximo,


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