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História In Your Arms - Capítulo Único


Escrita por: coohearttdoll

Notas do Autor


Hey raios de sol!
Cheguei com minha primeira fanfic, ou melhor, oneshot. Espero que vocês gostem e se quiserem falar algo ou me dar sugestões, podem comentar. Manerem comigo pois é a primeira vez que escrevo.
Fiz de coração, pessoas. Enjoy ^^

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction In Your Arms - Capítulo Único

- Tem certeza que já vai? Nós vamos passar no bar antes de ir pra’ casa.- A voz de Tee era abafada pelo isolamento da carro. – Hein criança, me responda!

Reviro o porta luvas, embaixo do banco, atrás do cambio e nada. Onde está esse maldito trabalho?

- Você pode, por favor, calar a boca e me deixar procurar o SEU trabalho?!- grito esperando que ele me ouça e me deixe procurar essa droga em paz. Assim que acho a pauta com nossa esperança de não reprovar na matéria, saio por completo do carro e bato a porta, entregando o trabalho nas mãos de Tee. – Irresponsável do cacete!

-Ei cara, pra que tanta agressividade? Aconteceu alguma coisa?- aperta meu ombro na tentativa de me acalmar. Respiro fundo e nego com a cabeça devagar. – Você está assim desde segunda, Frame, o que houve cara?

-Nada, ‘tá tudo bem. Vou indo, aproveitem.- Sorri sem vontade e entrei no carro, logo colocando o cinto e arrancando com o carro. Sei que estou sendo rude com eles a um tempo, mas eu não posso evitar. Não sou do tipo de pessoa que consegue lidar muito bem com sentimentos, nem mesmo consigo dividir com alguém o que está se passando comigo.

Apenas com o Book.

Ah, o meu amor... Ele é o real motivo de meus pensamentos estarem uma bagunça agora. A exatamente duas semanas, ele está agindo totalmente estranho comigo; se escondendo de mim, evitando meus beijos e abraços, já chegou até mesmo a dormir no sofá quando sugeri que queria toca-lo.

Moramos juntos há dois anos e ele nunca ficou dessa forma, eu realmente não sei o que fazer.

Viro a esquina na avenida e me deparo com o congestionamento absurdo aquela hora da noite.

Não sairei daqui tão cedo.

--------X----------

Ao girar a chave na fechadura, aquela sensação se apodera de mim; a sensação de dúvida, de não saber o que fazer. Como será que ele estará hoje? O que está acontecendo com ele? Quais são seus medos? Suas angustias?

Todas essas questões rodeavam minha cabeça durante o dia inteiro e não seria nesse momento que me abandonariam. Suspirei profundamente e girei a maçaneta, encontrando uma parte do apartamento as escuras, a única luz provinha da sala de estar e para lá que eu me dirigi. Ao passar pela cozinha, me deparei com a mesma impecavelmente arrumada, exatamente do jeito que deixei assim que saí de manhã, com exceção da pequena mesa que agora tinha um tigela com lámen e um saquinho com os hashis.

Franzi o cenho, Book jantou sozinho? Apesar desse momento difícil ele sempre me esperou para jantar.

- Amor? Está em casa?- Andei devagar em direção a sala ainda sem obter nenhuma resposta.- Book?- o medo de algo ter acontecido começa a tomar meu corpo e eu jogo minha bolsa em direção ao chão, correndo imediatamente para a sala.

Quando pus meus olhos naquela cena, meu coração pareceu despencar em um abismo. Ele não pode fazer isso!

POV. BOOK

Minha decisão já estava tomada, hoje mesmo eu iria embora. Eu não podia mais ser um peso na vida de quem eu mais amo, eu não posso atrapalha-lo a esse ponto, não mais. Respiro fundo ao ouvir sua voz me chamar, vai mesmo abandona-lo? meu subconsciente martelava incessantemente e a tremedeira me tomava a cada segundo que se passava.

Fecho os olhos por um momento, apertando minha mão fechada ao redor da alça da mala, eu tenho convicção do que preciso, eu não quero que Freme se sinta preso a mim como estou vendo. Não quero ser o tão clichê (porém real) ímpecilio em sua vida, não agora que ele já está no final da faculdade, a ponto de conseguir seus sonhos e viver o que tanto almejou.

O que tanto almejamos.

Estamos juntos desde o colégio e de lá pra cá já se vão quase cinco anos de amor, sonhos, planos... mas tudo desmoronou. Em um dia que se parecia normal tudo virou de cabeça para baixo e eu passei a ser dependente de Freme, não totalmente por que a fisioterapia me tem ajudado, mas ele parou a vida por minha causa; chegou a trancar a matrícula por um semestre inteiro para viver quase 24hrs comigo. Essa época com toda a certeza me fez perceber o quão louco eu sou por ele, o quão grande é o meu amor pelo meu big baby e o quanto sentirei sua falta, e principalmente, o quão minha presença o atrapalhava. Eu não poderia deixar que ele se perca por minha causa, e eu não vou deixar.

- Amor? Está em casa?- meu corpo treme ao ouvir sua voz doce e cansada me chamando. Fecho os olhos no intuito de não deixar nenhuma lágrima teimosa escapar dos meus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar mais cedo. Aperto mais firme minha mão na mala e a outra na roda da cadeira assim que ouço seus passos ficarem mais altos e no momento seguinte, ele está aqui, parado em minha frente com a expressão tão confusa que se esse não fosse um dos momentos mais tristes de nossa trajetória, poderia ser comparado a de um filhote de cachorrinho.

- O que significa isso? – ele pergunta se aproximando de mim e eu estendo o branco para que ele fique no mesmo lugar. Apoio as duas mãos nas laterais da cadeira e dou impulso para levantar, falhando miseravelmente na primeira tentativa. –Me deixa te ajudar?

Aceno positivamente e ele vem rápido em minha direção apoiando o meu corpo inteiramente no seu e me ajudando a ficar de pé.

-Vou pegar suas mulhetas, não se mexa.- ele diz com a expressão agora preocupada.

-Não, não precisa.- ele nega exasperado dizendo que não posso forçar muito as pernas, sorrio forçado e acaricio seu antebraço. – Eu já estou indo, Freme, não há necessidade.

-Indo pra onde? Isso é algum tipo de brincadeira, Book?- ele abriu os dois primeiros botões de seu uniforme branco e suas clavículas ficaram a mostra. Ah como sentirei falta de morder aquela região. Foca na missão, Book. – Porque se for é de muito mal gosto.

- Eu não estou brincando, Freme, estou agora mesmo de saída. Só fiquei porque precisava lhe entregar essa carta e te ver pela última vez.- dou um passo a frente e a fraqueza em minha perna direita volta, fazendo com que eu me desiquilibre e espere o impacto com o chão me atingir.

Porém, sinto braços ao meu redor. Aqueles braços, os braços dele.

- Vai com calma meu amor, você não pode se esforçar assim, sabe disso.- me ajuda a sentar com cuidado no sofá e continua com os braços ao meu redor.

Deus, esses braços.

Sempre me seguraram com tanta força a ponto de fechar todas as feridas abertas na minha alma e, ao mesmo tempo com tanto cuidado como se eu fosse de cristal, uma joia rara que merecia ser cuidada.

E Deus, como eu sentiria sua saudades. Saudades de ser erguido por eles sempre que cair, saudades de abrigar neles quando o mundo começar a desmoronar e neles adormecer todas as noites, com a promessa de que um novo dia é sempre melhor.

Não me lembro quando, mas em algum momento minha camisa começou a ser molhada por suas lágrimas e nem notei quando as minhas também começaram a escapar dos meus olhos.

- O que está acontecendo com você? Meu amor, eu quero que você fique bem, por favor, me diga!- a cada soluço seu mais minhas lágrimas se descontrolavam e as palavras fugiam da minha boca. Freme levantou seus olhos até os meus e eu enxerguei o que estava fazendo com ele, eu estava o machucando por me afastar, por faze-lo achar que ele era o errado na história.- Eu preciso te ajudar!

-Esse é o problema, Freme! Você está sempre tão empenhado em me ajudar que esquece de você! Eu não quero continuar sendo um peso pra você, só mais uma coisa para cançar-te, você dá duro no trabalho, na faculdade e chega precisando descansar, não precisando cuidar de algo como eu.- digo olhando fixamente em seus olhos, que antes tão iluminados, agora estão opacos e confusos. Acaricio seu maxilar com todo o cuidado e o vejo fechar os olhos em satisfação.- Eu sou um inválido, não tenho como te ajudar em nada; nem nas contas, nem na faculdade, não consigo fazer nada além de arrumar a casa que é o que você já faz. Isso não pode continuar assim.

Consigo me levantar e o olho, ele continua da mesma forma; olhos fechados, boca entreaberta e as lágrimas gordas descendo por suas bochechas já um pouco vermelhas. Bagunço seus levemente, sorrindo amarelo.

-Você encontrará alguém que o mereça.- seus olhos se abrem vagarosamente e ele olha em minha direção, meus dedos ainda repousados em seus cabelos descem até suas bochechas e enxugo as lágrimas que ainda estão por lá.- Eu não tenho mais o que fazer aqui, então...

Sou puxado de abrupto e jogado sobre o sofá, ainda assustado o sinto sentar sobre minhas coxas a baixar seu rosto até a altura do meus. Seus olhos estavam escuros mas ainda sim as lágrimas ainda estavam lá como se para me lembrar o quanto eu fiz mal a ele.

-Você não vai sair daqui até ouvir e entender o que eu tenho para te dizer, me ouviu?- com os olhos arregalados tamanho meu susto com sua voz firme, assenti positivamente. – Eu trabalho com palavras, Book!

-S-sim.

- O que você tem na porra dessa cabeça para pensar algo assim?! Eu amo você desde que bati o olho em ti, eu cuido de ti porque não conseguiria vê-lo mal nem o tiquinho se quer! Book, você é o homem da minha vida, a razão pela qual eu luto todos os dias. Achas que se não fosse por você, eu estaria aqui, indo a faculdade e trabalhando? Vivendo como alguém de respeito? Eu estaria por aí na vida, com toda certeza já teria pegado uma doença, me envolvido com coisas piores do que eu já estava... mas você me fez aquietar o faxo- acariciou meu rosto e sorriu, aquele sorriso capaz de trazer a paz mundial- Eu amo você com todas as minhas forças e não mediria esforços para vê-lo feliz por toda a vida.- neste momento eu já não segurava as lágrimas, não havia possibilidade de permanecer forte naquele momento.

A pessoa que eu mais amo na vida me dizendo o quão importante sou em meio a todos os meus piores pensamentos chega a ser... mágico, tem o poder de me fazer melhor.

A única reação que eu tive foi abraça-lo tão forte que senti meus braços formigarem, estava abraçando tudo o que eu tinha, estava a abraçar o meu mundo, minha bóia em meio ao mar de incertezas que era a minha vida. E naquele momento, a única expressão que eu conseguia proferir saiu com tanta facilidade dos meus lábios que eu quase não percebi.

Aquelas três palavrinhas juntas com o nome daquele que, agora, significa lar para mim:

- Eu amo você, Freme. 


Notas Finais


E aí, gostaram? Algo simples e pequeno, mas feito com amor.
All the love
Anaxx


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