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História In Your Eyes - Serendibites - Camila's POV


Escrita por: jeh_ark

Notas do Autor


Hoy!

Desculpem pela demora em atualizar... Ando meio sei lá, sabe? rs
Se você está acompanhando a fic, não seja louco, vá ler algo descente!
Não! Tô bincando!!! rs... Fica ae, desde a página, leia tudo... e curte o texto! :D

Boa leitura,

XoXo

Capítulo 2 - Serendibites - Camila's POV


Fanfic / Fanfiction In Your Eyes - Serendibites - Camila's POV

Abri meus olhos devagar. Meu corpo parecia tão cansado ainda. Juntei minhas forças e me virei para a mesinha ao lado da cama de hotel que me encontrava. “Pelos Deuses!” Estou completamente atrasada!!!

_Droga! Droga! Droga! Camila você é muito descuidada, chegar atrasada no primeiro dia de trabalho... Ainda mais sabendo que vai trabalhar para NASA. – me repreendi em voz alta enquanto me livrava do lençol que me cobria.

Liguei para recepção e pedi para que eles chamassem um taxi para mim. Tomei o banho mais rápido da minha vida e me vesti a primeira coisa que achei na minha mala: uma calça jeans de lavagem clara, um coturno bege claro e uma blusa qualquer. Peguei minha jaqueta e minha bolsa. Logo recebi o telefonema da recepção, meu táxi havia chegado.

Peguei o elevador e desci. Cruzei o saguão tão rápido que quando percebi estava dentro do taxi:

_Moço, vamos pra Base Cabo Canaveral o mais rápido que o Sr. conseguir, por favor! – disse entrando no taxi e colocando o sinto de segurança.

_Pode deixar, Srta. – disse o “moço”, que estava mais para um homem de meia idade, sentado no banco do motorista.

Depois de alguns minutos com o carro em movimento chegamos à entrada da base. Mostrei meu cartão de identificação e não tive problema algum para entrar. Tenho certeza que o Cabo que estava na guarita reconheceu meu sobrenome.

Fazia tanto tempo que não vinha aqui. Há alguns prédios novos... Ahh... Ali está o Museu ao ar livre... Quanta nostalgia me trás, e o mais louco de tudo, de alguém que nunca conheci de verdade: minha Mãe.

Graças ao bom Deus e a habilidade desse motorista estou atrasada somente... 30 minutos!!! O Sr. Parou em frente ao imponente prédio que abriga o escritório da Base da Força Aérea:

_Obrigada Sr! O Sr. foi ótimo!!! – entreguei duas notas de $100 para ele e fui saindo do carro.

_Esse foi um ótimo elogio para se receber de uma moça de sua idade... – ele disse com um sorriso enorme no rosto – Ei! Espere moça, seu troco!!! – ele gritou de dentro do carro.

_Fiquei com ele e leve sua mulher para jantar! Garanto que vai ganhar outro elogio!!! – rebati e logo adentrei o prédio.

Mal olhei em volta. Passei pela catraca com meu cartão de identificação e abordei a primeira pessoa que vi na frente:

_Oi, bom dia. Você sabe onde ficam as salas de reunião? – solicitei.

_Bom dia... Acho que... No 4º andar... – respondeu um rapaz fardado.

_Obrigada! – sorri gentil, mas não esperei uma resposta.

Imaginando que o elevador pudesse demorar, subi pelas escadas. E no segundo lance já estava completamente arrependida. Sentia meu peito convulsionar em busca de ar, mas tinha que me apressar o máximo! “Que bom, em Karla Camila Cabello Esteban? Corpinho de 16, mas resistência física de uma velha de 60 anos...” tirei sarro mentalmente de mim, quando empurrei a porta de acesso às escadarias do 4º andar.

Eu já nem sentia o ar entrar por minhas narinas. Ofegante? Imagina... Meu coração havia se transformado praticamente em um ensaio de escola de samba. Se eu não for demitida pelo atraso, com certeza serei reprovada no exame físico.

Olhei a “janelinha” da primeira porta: vazia. Tentei a segunda, a terceira, a quarta e quando ia desistir já imaginando que estava procurando no lugar errado, encontrei uma sala com algumas pessoas e na ponta da mesa: “Tio Frank!”.

Abri a porta no impulso sem nem me atentar em me recompor da subida dos 3 lances de escada:

_Des-desculpe-o-atraso... Sr. Major-General Bo-bolden. – tentei dizer enquanto caminhava até a mesa em que estavam sentados; minha voz falhou por várias vezes e por mais que me esforçasse em buscar, o ar me faltava.

_Menina Camila, sente-se. Já ia me esquecendo de que faltava a nona integrante da missão. – sentei na cadeira indicada por Tio Frank e senti meu corpo relaxar um pouco. Tentei me concentrar na respiração e tentar me acalmar.

Olhei para as pessoas sentadas a minha frente, mas não reconheci ninguém.

_Bom, todos já se apresentaram. Gostaria de se apresentar também ou eu posso...? –Tio Frank me perguntou, sei que ele se prontificou por conta da forma deplorável que meu fôlego estava.

_O Sr... Por Favor... – ainda estava ofegante e tenho certeza que seria um fiasco ainda maior eu gaguejando perante os futuros colegas de missão.

_Tudo bem, então. Pessoal essa é Dra. Karla Camila Cabello Esteban, é a Médica da missão. Ela é Geneticista e participou de vários programas de estudos pelo mundo: Camboja, Libéria, Brasil, Cuba, Afeganistão, entre outros. Agora está de volta em casa. Por pouco tempo... – ele disse me olhando, sorrimos confidentes - Ela também cuidará de vocês a bordo. Fará os monitoramentos necessários e apoio as possíveis emergências médicas...

Major-General Charles Frank Bolden Jr., para mim só: Tio Frank. Foi assim que ele foi apresentado a mim acho que quando eu... Nasci? Frank é irmão adotivo de minha mãe. Eu provavelmente devo ter visto ele quando criança algumas vezes, mas por algum motivo eu tenho mais lembranças da presença dele só depois que minha mãe morreu no acidente. Talvez não me lembre dele antes por ser muito nova antes, minha mãe faleceu quando eu tinha 3 anos de idade.

Alguns anos depois do acidente, meu pai se casou de novo e teve outra filha, minha irmã caçula, Sofia. E desde então, não tocava mais no nome de mamãe. Sei que não foi por maldade. Papai sempre teve dificuldades em expressar seus sentimentos.

Mas com Tio Frank era diferente. Ele sempre vinha nos visitar e me contava coisas sobre ela. A forma entusiasmada, carregada de saudade e ternura, evidenciava a admiração que ele sentia por ela!

Quando fui aceita na faculdade de medicina, ele me levou para um passeio aqui na base. Ele dizia que eu era muito parecida com minha mãe e que seria uma ótima “Médica de Missão”, assim como minha mãe era.

Ele me mostrou onde eles trabalhavam, as peculiaridades de ser Astronauta e Explorador... Mostrou os lugares que minha mãe frequentava... Onde eles costumavam ficar quando queriam se esconder dos instrutores rígidos e espairecer um pouco. Lembro que foi muito divertido para mim. Afinal, as lembranças reais que tenho de minha mãe parecem mais como sonhos distantes. Tudo o que sei de real sobre ela, foi o Tio Frank quem me contou.

Não posso negar que o fato de minha mãe ter sido médica influenciou na escolha de minha profissão. Acho que foi a forma que encontrei de estar mais próximo dela... De mantê-la presente comigo onde quer que eu fosse.

Agora, trabalhar na NASA?! Bom, isso foi obra de Tio Frank:

_Oi gente... – disse agora com a respiração mais composta.

Escutei algumas respostas que logo se cessaram quando Tio Frank retomou a palavra.

Enquanto ele dava mais algumas informações sobre minha vida profissional, aproveitei para olhar de forma mais detalhada as pessoas sentadas à mesa. Queria ver se conhecia mais alguém além do Tio Frank.

Comecei pelo rapaz branquinho estava ao meu lado esquerdo me olhando... Ele não me é estranho... Acho que... Sr. De... Dela... De La Vega! Claro, Tio Frank nos apresentou em uma das outras vezes que vim à Base... Mas acho que ele não me reconheceu, está tão sério.

Continuei a percorrer a mesa e ao lado do Sr. De La Vega estava uma moça sorridente. Que olhar doce e meigo... Os traços já reconheci logo. Tu es latina como yo, Mamita! Sorri de volta pra ela.

Em seguida vi uma negra lida... Parecia concentrada, a de semblante serio, mas o olhar doce e gentil.

Ao seu lado estava uma loira exótica. Se não me falha a memória das aulas de Sistemática*, ela deve ser Polinésia... Hum... Sim, Polinésia! Parece ser uma pessoa divertida, com esse sorriso largo e olhos curiosos. Tenho certeza que vamos nos dar bem...

Logo depois, havia outro rapaz. Dessa vez, loiro, e olhava intensamente para mim. Ele ajeitou a gola da camisa polo que usava e apertou os olhos num sorriso... Galanteador? Será que ele está...? Ai meu Deus, ele tá tentando flertar comigo? No primeiro dia? Isso não vai dar certo... Porque Querido? Eu não te curti não... Melhor parar de olhar pra ele.

Desviei o olhar para o moreno ao lado... Rosto bonito, barba por fazer... Olhar doce... Humm... Porte não tão atlético... Tá mais com cara de nerd... Esse tá mais interessante... “Ai Camila, você e suas observações sem sentido...”. Sorri por me repreender.

Mexendo ansiosamente nos lábios pálidos estava um gatinho badboy. Cabelos compridos e um olhar felino que deve fazer as meninas suarem... “Só as meninas convencionais, Camila. Você...? Bom, você não.”

No segundo em que girei um pouco minha cadeira para ver melhor a ultima pessoa da mesa, que estava do outro lado de Tio Frank... Congelei. Fui arrebatada da Terra por dois orbes de Serendibite**. O negro infinito como o Espaço Profundo, contrastando com a pele suave e pálida... Os cabelos, tão negros quanto os olhos, ondulados e sensualmente desalinhados...

Engoli em seco, sentindo meu pulso voltar a... acelerar?

“O que é isso Camila? São apenas um par de olhos negros... Mas que exagero! Não sabe mais apreciar olhos bonitos???”

Mas... Não são somente as Serendibites encaixadas delicadamente em seu rosto alvo... É a intensidade com a qual estou sendo atacada por elas. Passei minha mão suavemente por meu rosto, sentia minha pele queimar com aquele olhar. Em um ato de puro desconforto, coloquei uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. Sentia como se não houvesse mais ninguém nesta sala...

Encarei-a novamente... Sua boca foi... Pincelada por Auguste Renoir... Os lábios volumosos e convidativos... Naturalmente vermelhos como sangue...

“Pelos Deuses! Mas que crueldade!!! Será um anjo caído? Deve ter o 666 tatuado em algum lugar...”

Olhei para Tio Frank tentando inutilmente entender o que seus lábios em movimento queriam dizer, mas tudo que eu conseguia era olhar para a mulher sentada ao seu lado.

Aos poucos não só sua beleza me intrigava, mas também a sensação de conhecer essa mulher de algum lugar... De um tempo distante... Aquela mesma sensação que sinto quanto tento me lembrar... de minha mãe.

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*Sistemática: 2. bio ciência que classifica os seres vivos através do estudo comparativo de suas características, aspectos e fenômenos morfológicos, fisiológicos, genéticos e evolutivos com o objetivo de reconstruir seu histórico evolucionário a partir das relações e afinidades entre os diversos grupos de espécies; biossistemática.

**Serendibites: é uma pedra de cor escura, originaria do Sri Lanka, e a sua composição seria de cálcio, magnésio, alumínio, sílico e boro. Foram encontrados apenas 3 cortes e por isso é considerada extremamente rara. O valor do quilate é de aproximadamente 1,8 milhões de dólares.


Notas Finais


Ahhhh... Você leu mesmo o texto! @.@
Muito bem... :)
E o que achou?
Se quiser, deixe um comentário. Eu respondo, pode apostar!

Obrigada por acompanhar a fic, viu?

Até breve.

XoXo


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