História Inadequado, mas irresistível (Harry Potter) - Os pensamentos de Snape

- Hermione! Acorda!

- Humm...

- Hermione acorda!

- Mas o quê... AI!

- Hermione você já está dormindo à horas, se continuar assim vai perder à aula da Minerva. - Gina estava sentada na cama ao lado da garota, que ainda continuava sonolenta.

- Ai Gina! Perdi a hora! Por Merlin!

Com um pulo da cama a Grifinória foi se arrumar, quando saiu do banho se assustou ao ver que a ruiva ainda estava sentada, com uma expressão diferente.

- O que foi Gina? - ela perguntou enquanto secava o cabelo com uma toalha.

- Mi, posso te perguntar uma coisa? Vai falar a verdade, certo?

Ela confirmou com a cabeça sem entender onde aquilo iria chegar.

- Ér... Você gosta do Draco?

- O QUÊ? - Ela se assustou com a pergunta, e a ruiva continuava olhando pra ela, esperando uma resposta - Não, Gina! Claro que não!

- Ah... - ela deu um suspiro - É só que, naquele dia lá na festa você saiu sem dizer nada, depois que foi com ele para o armário.

- Draco enche o saco, Gina. Você sabe.

- Hmm, certo, eu acredito em você, mas você vai ter um trabalho para fazer os outros acreditarem. - Gina falou e desviou o olhar.

- Outros? Que outros? 

- Mi, está rolando boatos que você está gostando do Draco. Falaram até que você pediu pra sair com ele na aula do professor Snape e ele te deu um fora. - Gina disse enquanto a amiga ficou de boca aberta. Hermione estava atônita, achou que as brincadeiras de Malfoy não sairiam da sala, mas estava errada. 

- AQUELE... - Ela não conseguiu falar, seus dentes estavam trincados de raiva.

Respirou fundo. Pegou suas coisas e  saiu, a ruiva a seguiu. Hermione não deixou de notar os burburinhos que se seguiam quando elas passavam. Se despediu de Gina e foi para a sala.

- Professora McGonagall, me desculpe.

- Sente-se senhorita Granger, da próxima desconto pontos da Grifinória. - Ela arqueou uma sobrancelha e logo voltou sua atenção ao conteúdo da matéria.

Sentou-se perto de Harry e Rony. E eles a olharam com incredulidade. A professora McGonagall não passou nada de novo, de modo que ficou o resto da aula lendo um livro.

Seu dia não foi bom, toda vez que passava, alguns alunos ficavam rindo, principalmente os Sonserinos.

Quando estava indo à biblioteca viu Malfoy, estava sozinho, então resolveu falar com ele.

- Escute aqui, Draco. Por que andou espalhando que eu gosto de você? Você é quem gosta de mim!

- Ooww, ninguém dá um fora em um Malfoy!

- Você sempre me humilhou, o que acha que eu sentiria? Uma atração por você? Tadinho...

- Escute aqui sua...

- O que está acontecendo aqui? - Snape apareceu, olhou de Hermione para Draco - Malfoy, solte o braço da Granger ou levará uma detenção.

Malfoy deu as costas e saiu. Hermione olhou para o professor e agradeceu.

- Guarde suas desculpas. Pelo que soube a senhorita anda de conversinha com o Malfoy. - Snape arqueou a sobrancelha, estava com expressão séria.

- Eu não gosto dele. Nunca gostei.

- É, eu acho que não gosta mesmo. Visto os acontecimentos de ontem.

Ela mordeu o lábio, reuniu toda sua coragem e perguntou;

- E quando vamos terminar nossa conversa, professor? - fez biquinho.

- Creio que não mais, Granger. Esqueça esse assunto. Sou seu professor e isso é anti-ético.

- Pelo visto o senhor estava sendo bem ético comigo na sua sala. Visto os acontecimentos de ontem. - ela zombou.

- Você não entenderia. - ele desviou o olhar dela.

- É... Não entenderia mesmo, mas se você não quer, tem quem queira! - ela apontou o dedo em direção ao rosto do professor.

- Nunca mais aponte o dedo para mim.

- Ah, não? E você faria o quê?

Ele a puxou pelo braço, trazendo ela pra próximo dele. Com um movimento rápido prendeu sua mão nos cabelos da Grifinória, que gemeu em resposta. Suas bocas se encontraram e suas línguas travaram uma guerra de desejo. Ele a empurrou contra a parede ainda a beijando.

- Eu vou te deixar louca. - falou no ouvido dela enquanto dava mordidas naquela região.

Snape a soltou deixando ela tonta. A castanha estava o desejando mais que tudo, ficou rubra quando percebeu seu sexo molhado. Ela arrumou os cabelos, e seguiu. Sorrindo com o pensamento de que Snape sempre a deixava toda bagunçada.

*** SNAPE ***

Nas masmorras o mestre de poções vislumbrava à janela, ainda sentia o gosto do beijo que dera em Hermione instantes atrás.

- Maldita Grifinória! - trovejou enquanto estilhaçava um frasco de poção no chão.

Estava louco por ela. Sonhava todo dia com a sabe-tudo, e os acontecimentos dos últimos dias só piorou tudo. O cheiro dela ainda estava em seu sobretudo.

Se lastimou por não poder ter ela.

O Lord das Trevas queria o trio de ouro, e quando foi contar a Dumbledore, o velho como sempre já havia previsto isso. Mandou agir de maneira indiferente, mas ultimamente tudo tinha ido de água à baixo.

Amassou o bilhete do Lord das  Trevas e jogou-o no chão.

Aquele maldito bilhete!  

Não sabia se agradecia ou azarava Draco por interromper seu momento com Hermione para entregar-lhe aquele bilhete, no dia anterior. Estava quase se afundando no desejo, e aquilo não teria mais volta. 

Escrito no pedaço de pergaminho velho estava o nome de quem ele queria primeiro. Snape achou que seria o Potter, mas estava enganado.

Com letras minúsculas e escritas à tinta preta haviam três palavras que doeram seu coração ao ler.

A Sangue-ruim.

Queria ela na próxima lua cheia, que seria daqui a 2 semanas. Seu plano era a interrogar sobre a vida do Potter e depois matá-la.

Dumbledore havia falado que por hora deixasse tudo como estava, que tudo já estava arquitetado, mas Snape sabia que se não agisse, ela seria atraída de alguma forma até ele. E seria pior.

AAARGH

Por que estava tão preocupado com ela? Com aquela Grifinória irritante?

Seus pensamentos foram interrompidos por um som que irrompeu de todos os lugares da sala. Era Dumbledore.

"Atenção todos os alunos e professores, compareçam ao grande Salão Comunal para um aviso."

Snape revirou os olhos mas logo rumou em direção ao Salão, passou por alguns cabeças-ocas no caminho, seus olhos varriam a sala para ver se encontrava uma certa Grifinória.

Ela estava perto do Potter e do Weasley, como sempre. Snape se tranquilizou ao ver um sorriso brotar no rosto dela, naquele rosto angelical e lindo.

- Atenção, todos. - Começou Dumbledore. - Visto que os acontecimentos no mundo bruxo não estão em sua melhor fase, creio que, não podemos deixar a chama da esperança e da solidariedade apagada. E, para lembrar os velhos e bons tempos, convidamos as moças da Academia de Magia de Beauxbatons e os rapazes da Delegação de Durmstrang, para O Grande Baile da Esperança!

Todos na sala começaram a falar de uma só vez, Snape não esperou e saiu.

Uma festa num tempo desses! Era só o que faltava! Aquele velho só podia estar de brincadeira! pensou. 

E saiu salão a fora, com sua capa farfalhando no ar.