História Inazuma Eleven - Nova Geração - Eu quero viver!

—Parabéns, New Raimon!

Era uma segunda feira. As férias tinham terminado para as crianças japonesas, era hora de voltarem às escolas. Junto com a volta às aulas, crianças extremamente especiais voltaram de Yokohama. Os dezoito da New Raimon estavam de volta pra casa. O primeiro tempo de aula deveria ser Literatura, mas ele foi reservado para comemorar o retorno dos heróis da escola.

—Yubetsu! Você manda ver! Quem diria que um cara como você ia conseguir fazer o time mais forte do Japão! — diz um colega de classe, exaltando o goleiro. Yubetsu dá um sorriso e começa a conversar com ele.

Estava acontecendo uma festa no campo de futebol. Existia uma mesa enorme cheia de doces e guloseimas preparadas para todos se degustarem. Quatro garotas se reúnem ao redor de Matsuda e oferecem pacotes de bombom a ele, dizendo:

—M-Matsuda-senpai! P-Por favor, aceite!

Todas estavam muito vermelhas. Ele não ligava muito, mas mesmo assim aceitava os doces por educação. Ele agradece as garotas e dá meia volta, fazendo elas gritarem de amor. Dois garotos andam até Théos e Hiro e perguntam, irritados:

—Vem cá, vocês não tem vergonha na cara? Tipo.. Vocês fizeram as piores atrocidades possíveis.

—Muita gente ficou bem brava, sabia? — o outro diz.

—Não têm nada pra dizer? — mais um garoto pergunta.

Hiro: Desculpa, ué. Já tá tudo certo comigo. — Hiro diz isso e dá as costas, indo pegar um salgadinho da mesa. Théos faz uma expressão insegura e diz:

Théos: Ah.. Bom.. É uma longa história. — Théos dá um sorriso.

Uma garota de cabelos cacheados e olhos vermelhos olhava tudo aquilo de longe, sofrendo sozinha. Ela dá as costas pois não queria mais ver aquilo e diz:

—Eles.. Tem algo tão especial..

Tsubasa estava olhando tudo de canto, bebendo um copo de refrigerante. Era legal ver tantas pessoas rindo e se divertindo, aquilo aquecia seu coração. Uma sensação que ele não sentia a muito tempo. O jovem olha para trás e olha aquela Torre Imensa que alcançava os céus e depois olha para Yubetsu e Théos. Eles com certeza não tinham esquecido de nada.  

Tsubasa: Para onde ela foi parar, em? — ele se pergunta e começa a andar em direção a Théos.

O garoto dos cabelos longos estava contando os acontecimentos para os três meninos até ver Tsubasa andar em direção a ele. Théos pede licença e corre até Tsubasa, dizendo:

Théos: Eu te devo desculpas também. Se eu tivesse te ouvido as coisas poderiam ter sido diferentes para muitas pessoas.

Tsubasa: Não é disso que eu vim falar com você. Eu não ligo para o que você fez ou deixou de fazer. Eu tive meu jogo contra sua irmã, não contra a Zeus, mas contra a sua irmã. E ganhei. Não.. Nós ganhamos. Mas algo me diz que ela não mudou por completo mesmo após as finais daquele nacional. Anda Théos, me diz se ela ainda está lá.

Théos abaixa a cabeça e começa a se recordar de algumas coisas que aconteceram após as finais.

Hotel em Yokohama, 22:00, dia das finais.

Terumi: Filha, tem certeza que tá tudo bem? — Terumi abre um pouco a porta e pergunta para sua filha. Ela estava até agora com o uniforme da Zeus, sentada na cama, de cabeça baixa. Existia uma poça de lágrimas sob seus pés.

Sophie: Não, papai. Tá tudo bem..

“LUTE!!”

A princesa segura sua cabeça e se lembra daquela frase de Yubetsu. Aquele sorriso idiota, aquela expressão desafiadora, aqueles olhos brilhantes, aquelas palavras não paravam de passar na cabeça dela. Ela ganhou o jogo mas perdeu a guerra. Era como se, se Raimon quisesse, ela teria ganhado, mas na verdade só quiseram jogar na cara dela que seus métodos eram errados. Ela começa a chorar de novo e se abraça, pensando no encerramento do jogo. Aquele choque imenso das forças de Yubetsu e Théos, pareciam até deuses se reconciliando.

Sophie: Por quê..? — Sophie diz baixo. Ela mordeu os beiços e grita —POR QUE ELES TEM QUE SER TÃO BONS?!!

Do nada a garota ouve um barulho alto e olha pro lado, vendo Théos chutar a porta. Ele entra no quarto sem ao menos pedir com licença e dá um peteleco na testa de Sophie, a fazendo se desequilibrar e cair na cama.

Théos: É PORQUE ELES NÃO LUTAM POR FORÇA! QUANDO VOCÊ LUTA APENAS POR FORÇA, VOCÊ FICA OBCECADO E FAZ TUDO ERRADO! IDIOTA, IRMÃ IDIOTA! — Théos grita com bastante raiva. Ele ainda estava com o uniforme rasgado da Zeus. Sophie tapa os ouvidos, se sentindo mal com aquilo, e diz:

Sophie: Para de gritar! Eu já entendi que eles são mais fortes! Mas por que eles só não ganharam?! Eles me humilharam na frente do Japão inteiro! Eles mostraram pra todos eu sou.. Tão.. Tão!! — Sophie volta a chorar e Théos diz:

Théos: O que você vai fazer agora? Você gosta do chão, por acaso?!

O jovem dos cabelos longos trinca os dentes e rasga completamente a camisa da Zeus, pegando uma roupa toda dobrada de seu bolso. Ele a desdobra e se revela o uniforme da Raimon. Sophie olha aquela cena soluçando e Théos veste a camisa da New Raimon.

Théos: Eles preferiam te tirar do chão do que ganhar! Eles preferiram me ajudar do que ganhar! Eles não desejam a vitória acima de tudo! Desejam sonhar acima de tudo! Eles te mostraram um sonho, Sophie! Eles te fizeram ver o mundo!

Théos abaixa a cabeça e trinca os dentes. Sophie se senta de novo e aperta seu peito, sentindo muita angústia. Ela não aceitava as coisas serem daquela forma. Théos vai embora, mas antes, diz:

Théos: O que pretende fazer agora? Eu vou voltar pro lugar a qual pertenço.

Sophie: Eu vou.. Voltar para lá. Lá dentro eu consigo.. Me sentir algo de novo. — ela enxuga suas lágrimas e se levanta, indo pegar suas malas no armário —Só.. Me deixe sozinha. Eu não aguento mais ver tudo isso.

Ela se lembra do sorriso de Yubetsu e abaixa a cabeça.

Sophie: Não quero mais viver assim.

Théos para de se recordar e olha para Tsubasa, logo após para Yubetsu e logo após para Hiro. Ele começa a andar e se lembra de sua irmã chorando. Sem pensar, ele diz:

Théos: Ela está naquela Torre Celestial. — Théos passa por Tsubasa e o garoto dos cabelos castanhos amassa o copo de suco que estava em suas mãos. Ele trincou os dentes e se lembra de todos seus companheiros que saíram da Torre Celestial com seus sonhos estilhaçados. As coisas não podiam ser assim pra Sophie também.

Tsubasa: Amanhã.. Nós iremos salvar ela de uma vez por todas!! — Tsubasa grita silenciosamente. Ele nunca sentiu tanta amargura em sua vida. Yubetsu, que passava perto dele para pegar um doce na mesa, ouve aquelas palavras e dá um sorriso.

Yubetsu: Sim, nós vamos. — Yubetsu responde Tsubasa silenciosamente enquanto sua faixa laranja, que estava em seu pescoço, balançava com o vento. Os dois tinham o mesmo objetivo naquele momento, não sabiam disso, mas suas almas ressoavam com aquela vontade de tirar Sophie das sombras.  

Todos da New Raimon olham os dois, de costas um pro outro, já sabendo o que iriam fazer. Era uma ideia absurda, mas era inevitável. Se eles queriam não teria ninguém para impedir.

Dia seguinte, 09:00.

Yubetsu e Tsubasa corriam nas mesmas direções, inconscientemente, indo se encontrar. Os dois sabiam que para chegar na casa um do outro teriam que passar na Praça Central, então, seus caminhos não eram diferentes. Ao mesmo tempo, eles pisam na grama da Praça Central e se enxergam. Os dois esboçam um sorriso e se encontram, falando:

Yubetsu: Eu ouvi o que você disse. Já chamei o Hiro e o Théos pelo Skype ontem, combinamos de nos encontrar na Praça Central!

Tsubasa: Você não para de me surpreender, Yubetsu. Qual foi a reação do Théos? — Tsubasa pergunta enquanto olha para o lado.

Yubetsu: Ele não hesitou em aceitar. Algo me diz que desde o começo ele queria fazer isso, mas por algum motivo ele não conseguiu. Mas do jeito que eu entendo a Sophie, ela não deixou ele fazer algo. — Yubetsu diz isso e olha também pro lado, vendo Théos e Hiro chegarem.

Hiro: Definitivamente eu não acredito que estou fazendo isso. Mas, se é pra fazer, faremos. — Hiro diz, andando lentamente junto com Théos.

Théos: Obrigado aos três.. Ela é a minha irmã. Quero tirar ela dessa.

Os dois chegam até Yubetsu e Tsubasa e os quatro se olham seriamente. Yubetsu diz, batendo seu punho contra a palma:

Yubetsu: Vamos lá! Nós vamos salvar a Sophie-san!

Eles concordam com a cabeça e começam a correr em direção a Torre Celestial. A cada passo que davam uma lembrança percorria em sua mente. Os quatro tinham planos para nunca mais pisar naquele imenso edifício de duzentos andares. Aquele lugar não trouxe quase nada de bom, trouxe apenas conflito. Mas eles precisavam entrar ali de novo. Eles precisavam transformar aquela Torre que alcançava os céus em um lugar de paz de novo.

“Pai, tem certeza que é legal as pessoas estarem sendo testadas sem saber? É algo como aquele negócio da Água dos Deuses, parece trapacear. Você sabe que eu odeio quem joga sujo e usa outras coisas pra se favorecer, né?”

“Sim, eu sei, Théos. Mas fique tranquilo. Essa Torre não irá apenas garantir um novo time para a Zeus, mas também irá deixar os jovens desta nova geração mais fortes. Eles serão bem tratados e não haverá violência. Um grande amigo meu do passado me ensinou que não existe futebol sem amizade, então, irei aplicar isso aqui.”

“Um grande amigo? Quem?”

“Mamoru Endou. Ele foi goleiro de um time lendário, que infelizmente teve o mesmo destino que a Zeus e alguns outros times poderosos do passado. Mas eu creio que eles também vão renascer, com ajuda da Torre, talvez? E olha só! Eu acho que ele tem um filho na sua idade.. Se não me engano o nome dele é Yubetsu. Aposto que em algum tempo no futuro vocês serão melhores amigos”

Théos dá um sorriso ao se lembrar daquela conversa e os quatro ficam de frente para a Torre Celestial. Os ventos balançam os cabelos deles e Théos diz:

Théos: Isso me traz lembranças. — Théos dá um sorriso.

Hiro: Ela está aí, não está? Vamos logo. — Hiro diz, impaciente.

Tsubasa: Sim, está. Nós iremos fazer ela ser uma pessoa boa e radiante de novo. — Tsubasa fala aquilo com um olhar que ele jamais expressou. Seus olhos de tédio agora estavam brilhando, fazia anos desde aquilo.

Yubetsu: A Sophie irá ter amigos de novo.. Pois a partir de agora, ela é da New Raimon!

Yubetsu grita aquilo e todos concordam com a cabeça, correndo e entrando na Torre Celestial. Os funcionários e funcionárias olham Théos por ali e ficam boquiabertos. Quando alguns olham Yubetsu e Hiro ficam até com medo. A presença de Tsubasa ali já intimidava vários. Eles passam direto por um homem sentado, de óculos e cabelos azuis escuros. Wingfield Kaze.

Kaze: Então.. A “profecia” está se concretizando, não? — ele sorri e se levanta.

Yubetsu: Théos, onde ela tá?! — Yubetsu pergunta enquanto os quatro corriam em direção a um elevador.

Théos: Deve estar no Quarto Particular dela no Trigésimo Quarto andar! Vamos!

Os quatro param no elevador e entram nele. Hiro comanda o elevador para irem ao 34º andar e o elevador começa a subir rapidamente. Em dois minutos eles já estavam lá. Diferentemente de antes, a Torre estava mais vazia, talvez pois as férias tenham acabado. Tinham poucos jogadores lá.
Théos guia todos para o quarto particular de Sophie e eles chegam lá. Era uma porta de madeira de lei pintada de azul com uma coroa de Princesa encravada em seu topo. Ao redor dela existia um veludo branco com um pequeno botão no lado direito, obviamente uma campainha.
Yubetsu toca a campainha e alguns segundos depois uma pessoa abre, mas eles se impressionam ao ver que não era Sophie, mas sim uma faxineira.

Théos: Taiyou Naomi-sama?! O-O que a senhora tá fazendo aqui?!

Taiyou era uma idosa de cabelos grisalhos, pequenos óculos de grau e um yukata cinza. Era uma das responsáveis pela Torre Celestial, porém, de grande respeito para todos os funcionários, Théos, Sophie e Aphrodi. A adorável senhora dá um sorriso e diz:

Taiyou: Oh, meu pequeno Théos. E seus amigos do Nacional, também! Vieram aqui procurar por Sophie-chan? Ela saiu recentemente daqui para ir ao ducentésimo andar. Ela disse que queria ver os céus um pouco. Adorável, não?

Hiro: Então ela foi pra aquele andar que nunca chegamos, não é? — Hiro diz isso para Yubetsu e Tsubasa, que ficam um pouco decepcionados. Por mais que tudo fosse uma mentira, seria legal chegar ao ducentésimo andar.

Théos: Oh, claro! Muito obrigado, Taiyou Naomi-sama! — ele sorri e se curva a senhora, olhando seus amigos para eles se curvarem também. Eles seguem o gesto e a senhora dá um sorriso.

Os garotos começam a correr em direção a outro elevador e a mulher nota eles, fazendo o reflexo de luz em seus óculos desaparecer. No fim da haste de óculos existia uma pedra peculiar de cores roxo e cinza. Ela diz, orgulhosa:

Taiyou: Essas crianças de hoje.. Me lembra aqueles velhos tempos! Hahahaha!

A senhora gargalha e todos entram no elevador estranhando a situação, mas não quiseram perguntar nada. Tsubasa comanda o elevador para ir ao ducentésimo andar e, do nada, todas as luzes LED do elevador mudam de azul para amarelo. Começa a ser dito “Winner!” dentro do elevador, indicando que crianças tinham chegado ao ducentésimo andar.

Hiro: Nossa. Incrível. Que recepção genial, Théos. Seu pai era extremamente criativo.

Théos fica um pouco decepcionado e três minutos depois o elevador finalmente para. Assim que ele se abre todos ali, exceto Théos, ficam boquiabertos. Não tinha absolutamente nada nada naquele andar, era apenas um cubo gigantesco feito de vidro. Eles podiam literalmente ver o céu e as nuvens passando perto das paredes de vidro. A única coisa que tinha ali era um trono feito de cristais azuis, sentado nele, estava Sophie, olhando para o lado e vendo as nuvens percorrerem os céus.

Yubetsu: É tão.. Tão bonito! — Yubetsu fica com os olhos brilhando e Hiro diz:

Hiro: É por isso que chamaram aqui de paraíso.. Eu nunca vi algo tão bonito na minha vida fora a Amaterasu. — Hiro aos poucos vai andando para dentro daquele enorme cubo de vidro, morrendo de medo de quebrar, mas não quebrava.

Sophie: Théos.. Pela primeira vez.. Você não seguiu minhas ordens. — Ela olha para frente e sai do trono. Sophie estava apenas com um vestido azul escuro, estava descalça. Sua aura não apresentava mais ódio e nem raiva, ela era uma mistura de solidão com tristeza.

Théos: Não sou sua marionete. Não somos. Nunca fomos. — ele diz e depois pergunta —E o resto da Zeus, onde estão? — Théos recita isso enquanto os quatro andavam em direção a Sophie.

Sophie: Foram para suas casas, em suas regiões. Com certeza estão melhores que eu. Tudo que me restou foi essa Torre e esse céu. Eu pensava que eram meus, mas não são. Que coisa, não é? — Sophie diz isso andando em direção aos quatro. Ela olha Yubetsu e Tsubasa e sente um aperto em seu peito.

Parecia que eles estavam andando nos céus, talvez aquela paisagem fosse a coisa mais bela que eles já tenham visto. Um lugar digno dos Deuses. Sophie, Tsubasa, Théos, Hiro e Yubetsu ficam de frente um pros outros e Sophie diz:

Sophie: O que mais vocês querem? Terminar de me humilhar? Vocês fizeram um país inteiro me achar fraca, me achar menos que vocês. Eu ganhei, mas e daí? A fama e a glória são todos de vocês.. O poder é todo de vocês! Eu perdi! Eu perdi o jogo, o poder, tudo! O QUE MAIS A RAIMON QUER TIRAR DE MIM?! QUEREM CONTINUAR PROVANDO QUE SÃO FORTES E QUE VÃO CONTINUAR?!

Yubetsu: Não queremos te tirar nada. Na verdade, só quisemos acrescentar. Algo me diz que.. Você ainda tem alguma luz aí dentro, sabe?! — Yubetsu dá um sorriso de orelha a orelha e os olhos de Sophie se enchem de lágrimas.

Hiro: Olha garota, eu fiz as mesmas perguntas que você, eu chorei que nem você, fiquei com a mesma raiva que você e não adiantou de nada. Hoje eu tô do lado desses idiotas. Desiste, tá ficando clichê já. — Hiro diz, entediado.

Tsubasa: Nós não viemos aqui pra jogar absolutamente nada na sua cara! Queremos te tirar dessa solidão! Nós viemos aqui pra te salvar e te dar um sonho também! Nós viemos aqui pois não queremos ver NINGUÉM mais se machucando! — Tsubasa grita.

Sophie se ajoelha e várias coisas começam a passar pela cabeça dela. Desde a inauguração da Torre Celestial até a determinação de Yubetsu nas finais. Ela se abraça e começa a chorar, derramando lágrimas pelo chão de vidro.

Théos: Eu vim aqui pois te amo, Sophie. Você sempre será minha irmãzinha irritante. — Théos dá um sorriso e Sophie se lembra de algo que seu pai disse:

“Sempre, em algum lugar, terão pessoas dispostas a ajudar você, a levantar você, a rir com você, a chorar com você, a amar você. Pode não ser hoje e nem amanhã, mas um dia, você terá essas pessoas.”

Sophie se lembra da New Raimon na festa de um dia atrás, se divertindo e brincando. Yubetsu entra na frente de todos e fica de frente para Sophie. Ela estava ajoelhada no chão, chorando, e ele estava ali, em pé e sorrindo. Ela finalmente tinha entendido o que tudo o que a New Raimon fez simbolizava. Ela levanta sua cabeça e olha Yubetsu e os outros três, estava chorando como nunca. Agora Sophie sabia quem seriam os melhores do mundo, os mais fortes desse mundo. A princesa grita, desesperada:

Sophie: EU QUERO VIVER!!

Os quatro dão um sorriso e Sophie continua chorando. Ela olha Yubetsu e diz, calma, porém muito feliz:

Sophie: Por favor.. Me deixem.. Ver o mundo com vocês.. — Ela abaixa seu tronco diante de Yubetsu. Era a primeira vez que a “Princesa do Poder” se curvava a outra pessoa.

Yubetsu: Sophie..

O goleiro da faixa laranja estende sua mão até Sophie e o Sol reflete sobre os vidros. As nuvens começam a desaparecer. Tudo tinha acabado ali.

Yubetsu: Você quer ser.. Uma jogadora da New Raimon? — Yubetsu dá um sorriso contagiante.

Sophie ergue sua cabeça e olha aquele sorriso. Era como se ela precisasse daquele sorriso. Ela chora ainda mais e segura a mão de Yubetsu, se jogando nele e o abraçando.

Sophie: Me desculpa! Me desculpa! Eu prometo.. Eu prometo que vou fazer o possível e o impossível por vocês! Eu aceito, capitão!

Yubetsu retribui o abraço e todos ali suspiram. Aquela guerra de meses tinha acabado.

Yubetsu: Vai ter que nos aturar agora, “vossa alteza!” — Yubetsu diz aquilo e Sophie abraça ele com mais força. Todos os estilhaços de sua aura começam a desaparecer, seu cabelo, que era um loiro muito fraco, fica mais escuro. As últimas lágrimas da garota somem e ela diz:

Sophie: Sim.. Eu vou aturar vocês, seus idiotas.. — Ela finalmente dá um sorriso completo e abraça Yubetsu com mais força. Os outros três também sorriem de alívio.

O sol brilha cada vez mais forte, abrindo as portas para um novo futuro.