História Incompleta - Praia?

Pov João

Eu estava no meu quarto, com a minha namorada, ah minha namorada... Eu não me canso disso! Minha namorada, minha namorada... Bianca é minha namorada! Eu sei que pode parecer meio bobo, mas eu sempre sonhei com o dia em que pudesse chamá-la assim, então agora que posso eu simplesmente não abro mão.

Bianca não gostava que nos encontrassemos aqui, na minha casa. Ela acha estranho frequentar a casa do ex-namorado, porém eu expliquei para ela que agora eu sou o namorado dela e que essa também é minha casa, então não tem porquê ela não vir aqui. Tinha sido um tanto difícil fazê-la entender isso e eu até compreendo que ela tenha dificuldade de lidar com essa nova realidade, afinal, é realmente estranho e eu no lugar dela também ficaria um pouco desconfortável, mas tentaria enfrentar, por ela. Então ao ouvir esses argumentos ela acabou entendendo por fim. Já havia algum tempo que suas visitas à minha casa eram mais frequentes. Porém, digamos que suas visitas ao meu quarto, especificamente, eram bastante raras, e as minhas ao quarto dela então... Acho que só entrei lá uma vez, e antes que eu pudesse tentar aproveitar a privacidade pra tentar algo, Gael tratou de nos tirar de lá rapidinho com uma bronca gigantesca então digamos que eu estava mais do que ansioso por ter um momento a sós com a minha Bianquinha e eu esperava profundamente que dessa vez ela se soltasse um pouco mais.

A verdade é que Bianca tem sido um tanto reticente em relação a "avançar" quando conseguimos ficar sozinhos. Sempre que as coisas começam a esquentar e eu começo a ficar animadinho, ela pede pra parar, e eu obedeço obviamente, mas às vezes eu fico confuso. Ás vezes é ela quem começa a me agarrar, ela quem provoca, começa a insinuar que quer ficar sozinha comigo e aí eu começo a me empolgar também e está acontecendo um desses momentos exatamente agora e como eu não sou bobo, pretendia aproveirar muito.

Bianca chegou aqui dizendo que precisava falar uma coisa comigo, e eu até fiquei preocupado, pensei que tivesse acontecido algo, porém, ela nem me deixou perguntar nada. Acho que na verdade ela não queria falar, mas sim fazer uma coisa, pois assim que chegamos ao meu quarto ela foi logo me beijando e apesar da surpresa, eu não demorei a corresponder e logo estávamos envolvidos em um beijo quente. As mãos dela começaram a passear por minhas costas e quando percebi, já estava sem camisa. Aproveitei que ela estava mais permissiva do que jamais esteve, e passei a explorar seu corpo também e a cada gemido abafado que ela soltava eu ficava mais excitado.

Não importa quantas vezes eu tenha imaginado estar numa situação assim com ela, porque nada se compara a realidade de poder sentir seu cheiro, sua pele, seu corpo, assim, tão próximo de mim.

Minhas mãos começaram a brincar com a barra da sua blusa, mas eu tinha receio de que ela me parasse se eu tentasse algo. Mas então, Bianca se cansou da minha hesitação e tirou ela mesma sua blusa, retirando o short logo em seguida e eu juro que fiquei paralisado ao vê-la ali, na minha frente vestindo apenas aqueles pedaços mínimos de lingerie rendado. Ela sorriu e se aproximou, começou a beijar o meu pescoço enquanto acariciava meu cabelo e só então eu saí do transe e comecei a me mexer. Comecei a tocá-la também e quando percebi, estávamos a caminho da minha cama, enquanto emendavamos beijo atrás de beijo e exploravamos ansiosos o corpo um do outro.

Aquilo tudo parecia um sonho, um dos mais maravilhosos e reais que eu já tive e então eu senti ela escorregar a mão por meu abdômen e alcançar o cós da minha calça. Um arrepio me percorreu e então ela começou a brincar com o zíper da calça enquanto eu beijava seu pescoço, seu ombro seu colo... E então ela desabotoou minha calça. Uma onda de ansiedade e excitação percorreu meu corpo, eu sabia que tudo estava prestes a ficar mais intenso, mais quente, porém, não foi isso o que aconteceu. Pedro apareceu não sei de onde e atrapalhou tudo.

Eu nunca pensei que pudesse odiar tanto meu irmão, mas no momento eu só queria que ele sumisse. Bianca estava vermelha de vergonha, enquanto eu, se pudesse esganava o Pedro que não parecia nada incomodado, já que o mané só ria da cena. E o pior é que ele interrompeu em vão, já que ele estava procurando a Karina e ela obviamente não estava aqui.

- Ai João, eu quero morrer! - Bianca choramingou se jogando novamente na minha cama assim que o Pedro saiu. - Por que seu irmão tá aqui? - Perguntou e eu deitei ao seu lado dela, que já estava completamente vestida.

Na verdade, ela se vestiu tão rápido que eu fiquei até surpreso, e lamentei por não poder apreciar a visão de seu lindo corpo por mais tempo.

- Aqui ainda é a casa dele, né Bianca? E esse quarto também é dele e eu juro, eu adoro dividir o quarto com meu irmão, mas depois disso... Acho que eu preferia ser filho único.

- Você me disse que ele ia pra casa da Karina, como é que ele me aparece aqui procurando por ela? - Perguntou irritada. - Eu pensei que você estivesse sozinho. - Disse se aproximando mais ainda de mim. - Eu queria passar um tempo com você. - Ela sussurrou e eu sorri colando-a ainda mais a mim.

- Eu não tenho culpa se eles resolveram logo o que tinham que resolver, mas agora a gente tá sozinho de novo... - Falei beijando seu pescoço. - O Pedro tá no outro quarto com as meninas, meus pais estão no restaurante... - Beijei seu pescoço novamente. Que tal se a gente continu...

- Sem chance. - Ela me cortou. - Eu não tô mais no clima, e aliás, seu irmão ainda pode entrar por aquela porta a qualquer momento e dessa vez acompanhado da Karina e eu juro, que se os dois me vissem naquela situação eu nunca mais pisava aqui de tão envergonhada! - Bianca às vezes exagera, mas eu percebi por suas bochechas coradas que ela realmente faria isso.

- Calma, minha linda, isso não vai acontecer. - Assegurei. - Mais que ia ser engraçado, ia. - Falei sorrindo e ela revirou os olhos.

- Tem certeza que você acharia engraçado? - Ela perguntou com uma sombrancelha. - Porque você não parecia tão feliz quando o Pedro nos atrapalhou. - Completou segurando o riso.

- É, cê tem razão, eu não achei legal. - Concordei e ela sorriu. - Eu fiquei frustrado, claro, mas eu já tive do outro lado e achei muito engraçado sim.

- Como assim?

- Você sabia que eu já peguei os dois numa situação parecida? E foi bem pior que a nossa, a Karina jogou o coitado do meu irmão no chão! - Falei e ela soltou uma gargalhada gostosa, sorri junto. - A esquentadinha ficou morta de vergonha, mas nem por isso deixou de vir aqui.

- Esquentadinha... O Pedro que chama ela assim, né? - Perguntou um tanto pensativa. - Eu já vi algumas vezes.

- É, ele deu esse apelido pra ela desde a primeira vez que se viram. Você sabe que ela tem uma personalidade forte e é bem esquentada às vezes. - Falei e ela assentiu ainda pensativa. - O Pedro me contou, não faz muito tempo, que ela deu uma joelhada nele no dia em que se beijaram pela primeira vez, e olha que ela ainda nem fazia muay thai na época!- Falei sorrindo, ela sorriu também mas foi um riso fraquinho. - O que foi, Bianca? Você tá tão caladinha... - Disse analisando seu rosto.

- É só que... Sei lá. - Ela suspirou dando de ombros e então sentou-se, eu fiz o mesmo. - Às vezes eu fico curiosa em relação à Karina e o Pedro, sobre o namoro dos dois, sabe?

- Sei. - Falei pegando sua pequena mão entre as minhas. - Mas se você quer saber como eles começaram é porque a relação dos dois não te incomoda mais, né? Isso quer dizer que você já superou, certo? - Perguntei e ela suspirou novamente.

- Eu não sei, João. - Disse baixinho. - Quer dizer, eu superei o término com o seu irmão, afinal, eu tô com você. - Disse e me mirou brevemente com um leve sorriso, sorri de volta. - Mas a Karina me enganou, e não foi só ela, foram todas as pessoas próximas de mim e isso doeu muito, a minha confiança em relação a vocês e a tudo o que eu confiava ficou abalada. Não dá pra fingir que nada aconteceu.

- Eu imagino o quanto foi e está sendo difícil. - Afirmei acariciando sua mão. - Mas você conseguiu perdoar o Cobra e também me desculpou, certo? Me deu uma chance, e eu também menti pra você em certo ponto. Se você conseguiu comigo e com o Cobra, talvez também consiga com eles. Eu acho que já está mais do que na hora de você dar uma chance pras meninas e pro Pedro.

- Bom, apesar de tudo, seu irmão ainda é uma pessoa importante pra mim, e eu não posso negar, eu sinto falta das meninas, muita falta. É horrível não ter com quem conversar. - Ela confessou baixando o olhar. - Quer dizer, é claro que eu falo com as outras meninas, mas é diferente do que era com a Jade e a Karina. Elas sempre me aconselhavam, me ouviam, a gente se apoiava e eu adorava quando passávamos algum tempo juntas, sabe? - Ela sorriu provavelmente lembrando de seus momentos com as amigas, eu assenti sorrindo também. - Parecia que tínhamos uma ligação. E era maravilhoso estar com elas, mesmo quando a gente se reunia só pra falar bobagem mesmo, e eu adorava passar esse tempo com elas, nunca faltava assunto, elas eram como irmãs pra mim.

- Então, linda? Você morre de saudades da amizade de vocês, as meninas também sentem sua falta, então por que você não dá uma chance?

- Eu já cogitei essa hipótese, mas aí eu fico pensando que mesmo que eu tente me reaproximar eu sempre vou ficar desconfiada e eu acho que não vamos conseguir reconstruir nossa amizade desse jeito... Você acha que daria certo?

- Bianquinha, você só vai saber se tentar. - Falei trazendo-a para mais perto de mim, ela suspirou quando eu a abracei. - Olha só, eu posso te ajudar se quiser. - Falei e ela me mirou interessada. - Você estava querendo ir à praia esses dias, né? - Ela assentiu. - Que tal se chamassemos o Pedro e as meninas pra irem com a gente?

- Será, João? - Disse meio pensativa. - Você acha que elas aceitariam?

- Com certeza. - Afirmei. - Elas vão adorar!

- Eu não queria que fosse nada forçado, devia ser uma aproximação natural, não sei se vai dar certo.

- Quer coisa mais natural do que ir à praia com a galera? - Eu disse e ela sorriu. - É sério Bianca, vamos chamar as meninas pra virem com a gente, vai?! - Pedi e ela passou um tempinho em silêncio. - Tudo bem, eu entendo, talvez você ainda não esteja preparada pra dar esse passo...

- Pode chamar. - Ela me cortou, sorri. - Mas não quero que fiquem cheias de expectativa, eu não sei se vou conseguir interagir tão normalmente, então por favor, faça como se fosse um convite seu, ok?

- Claro, como quiser, minha linda! - Falei animado e lhe beijei os lábios algumas vezes, ela riu da minha empolgação.

- Espero que dê certo. - Disse em meio a um suspiro.

- Vai dar certo, Bianquinha. - Assegurei fazendo-a me encarar. - Vai dar certo. - Reafirmei e então a beijei.

Eu não posso garantir que vai dar tudo certo, mas eu vou fazer o possível para que tudo saía bem e tenho certeza que meu irmão vai me ajudar.

Pov Karina

Sábado pra mim é um dos melhores dias, e sabem por quê? Porque não tem aula, e eu não preciso acordar cedo então posso dormir à vontade, sim sou preguiçosa, me julguem.

Eu só queria ficar de preguiça no quentinho debaixo das cobertas, porém, alguém estava disposto a me tirar da cama e esse alguém era justamente quem? O meu namorado, sim logo o Pedro. Eu não sei de onde ele surgiu, já que ele não dormiu aqui ontem, eu só sei que eu acordei do meu maravilhoso sono porque ele puxou minhas cobertas enquanto gritava:

- Bom dia, esquentadinha! Vamos acordar, minha linda?!

- Pedro... - Eu grunhi ainda grogue de sono. - Hoje é o meu dia de dormir até tarde... Não estraga! - Falei puxando as cobertas da sua mão e voltei a me cobrir, ouvi ele rir e puxá-las novamente. - Pedro! - Dessa vez eu gritei cobrindo os olhos com o antebraço. - Eu juro, que se eu não tivesse com tanto sono eu levantava agora e te metia a porrada! - Falei e ele riu novamente.

- Calma, minha esquentadinha! Você não vai bater no seu moleque, né? - Disse deitando ao meu lado e me abraçou beijando  meu ombro, suspirei ao sentir seu corpo quente.

- Se você ficar aqui quietinho e não quiser me tirar da minha cama, você está a salvo.

- Mas meu amor, o dia tá tão lindo. -  Sussurrou no meu ouvido e deixou um beijo ali, suspirei. - Levanta, vamos aproveitar!

- Não quero, Pê. - Disse me virando entre seus braços e o encarei. - Vamos aproveitar o dia aqui, no meu quarto... - Beijei seus lábios rapidamente. - Na minha cama... - Disse sugestivamente, enquanto passava a mão em seu peitoral e descia por seu abdômen, ele mordeu os lábios e suspirou.

- Mas você é fogo, hein? - Disse e eu sorri dando de ombros.

- Fogo é você quem vem me acordar justamente no meu "dia da preguiça"! - Reclamei. - O que deu em você pra vir me acordar a essa hora? - Disse em meio a um bocejei, ele riu beijando meu nariz. Me aconcheguei mais a ele que começou a acariciar o meu cabelo.

Ah, como eu amo isso!

- Eu vim aqui te fazer um convite.

- E precisava ter vindo tão cedo, moleque? - choraminguei semicerrando os olhos, ele riu novamente. - Não quero saber de convite, fica aqui deitadinho comigo, amor... - Pedi beijando seu pescoço e pousei meu rosto ali e suspirei.

O cheiro dele é tão bom...

- Ôh minha esquentadinha, não faz manha. - Pediu me fazendo encará-lo. - É uma coisa legal, você vai gostar.

- Não sei o que poderia ser melhor do que passar a manhã inteira agarradinha com o meu namorado lindo... - Selei nossos lábios, ele riu. - Gostoso... - Um beijinho no pescoço, enquanto acariciava seu cabelo. - Cheiroso... - Sussurrei em seu ouvido e mordisquei sua orelha, ele suspirou.

- Karina... - Ele me fez encará-lo, eu ri pois percebi sua respiração acelerar. - Não provoca amor, me escuta?! - Pediu e eu suspirei assentindo. - O João falou comigo ontem e chamou a gente pra ir pra praia. - Disse sorridente, revirei os olhos.

- Não acredito que me acordou só por isso! - Reclamei voltando a me virar entre seus braços e lhe dei as costas. - Sinceramente, eu não tô a fim. Prefiro muito mais ficar aqui na minha caminha. - Decretei e o olhei brevemente por sobre os ombros. - Com você ou sem, não me importa. - Disse e voltei a fechar os olhos desejando internamente pra que ele desistisse dessa ideia pra que eu voltasse a dormir o mais rápido possível, porém, não foi isso o que aconteceu.

- Nem se eu disser que uma certa pessoa vai? - Perguntou voltando a me abraçar. Eu não reapondi, mas ele sabe que eu sou curiosa e ficou me atiçando. - Você não quer saber quem vai, amor? É uma pessoa que você gosta muito...

- Tá bom. - Falei rendida, ele riu me beijando a bochecha. - Quem vai, Pê?

- A Bianca! - Disse animado enquanto eu tentava descobrir se tinha ouvido direito. - E aí, vamos?

- Espera aí. - Falei me sentando. - Você disse Bianca? - Ele assentiu sorrindo. - Ok, acho que essa é a hora que eu digo que definitivamente não vou. - Afirmei e vi seu sorriso morrer.

- Por que não, linda? - Perguntou sentando-se também.

- Você acha realmente que vai dar certo nós quatro na praia? - Perguntei e ele abriu a boca para responder, porém antes que ele o fizesse, emendei. - Não, não vai. Pê, eu não vou sair do conforto da minha linda caminha pra ir à praia e enfrentar o maior climão. - Disse taxativa. - Não, vou!

- Olha amor, na verdade, não vai ser só nos quatro... - Disse cauteloso.

- Como assim? Quem mais vai? Só falta você me dizer que é a Bárbara, porque sinceramente, eu acho que ainda não matei minha vontade de dar na cara daquela piranha ruiva, e se ela me provocar...

- Karina, sossega! - Pediu e eu me calei. - Não é a Bárbara, é a Jade. - Disse e eu o encarei surpresa. Aquela vaca não me disse nada! -  É que o João chamou ela e o Max também, e ela ficou super amimada porque a Bi também vai, por isso topou na hora, e eu pensei que você também se animaria esquentadinha, mas pelo visto me enganei.

- Pê, sinceramente, você acha que pode dar certo? - Perguntei receosa ele sorriu levemente enquanto pegava minha mão entre as suas.

- Sabia que a Bianca perguntou a mesma coisa pro meu irmão ontem? - Disse e eu neguei. - Vocês duas têm tanto em comum e nem imaginam... - Disse mais baixo, como se fosse apenas um pensamento que ele expôs sem querer.

Achei aquilo estranho, mas resolvi deixar pra lá.

- E o que o seu irmão respondeu?

- O mesmo que eu vou te responder: Você só vai saber se tentar! - Disse e eu sorri.

- Eu quero muito me reaproximar da Bianca, mas tenho medo de forçar algo e ela não reagir bem. Você sabe que a Bianca é meio instável.

- Fica tranquila porque ela aceitou tudo numa boa, foi o João quem teve a ideia e sugeriu pra ela primeiramente, ela concordou, ela deu o primeiro passo pra essa aproximação, a Jade também já está a caminho, e você? Não quer fazer o mesmo? Não quer tentar recuperar essa amizade? - Perguntou me mirando intensamente.

Por mais dúvidas que eu tenha, eu sei que realmente não vou conseguir nada sem tentar, Pedro está certo. Se eu tenho alguma esperança de que a Bianca me perdoe e possamos retomar a amizade, eu não posso ficar parada esperando um milagre, eu tenho que fazer algo.

- Eu quero, Pê. - Afirmei e ele sorriu ne puxando pro seu colo e me abraçou. - Eu vou a praia com vocês e vou tentar arrumar as coisas. - Disse e ele me beijou o ombro antes de voltar a me encarar.

- Essa é a esquentadinha que eu conheço! - Falou sorridente, revirei os olhos, ele me beijou os lábios rapidamente.  - Agora vai lá se arrumar, porque senão daqui a pouco o João baixa aqui atrás da gente.

- Mas a gente vai tipo agora?

- Sim amor, vamos, levanta essa bundinha gostosa e vai se arrumar! - Disse levando as mãos a minha bunda e apertando. Resolvi ignorar o calor repentino que senti com seu toque e apenas revirei os olhos tentando me soltar de suas mãos, ele não deixou. - Espera, e o meu beijinho de bom dia? - Falou fazendo beicinho, revirei os olhos novamente e o beijei.

Mal eu encostei meus lábios nos seus já senti dua língua pedir passagem, enquanto ele voltava a apertar minha bunda, suspirei quando aprofundamos o beijo e finalizamos com alguns selinhos.

- Satisfeito?

- Muito. - Disse sorrindo sacana enquanto eu saia do seu colo. - E ó, coloca um biquíni comportado, viu? Não quero ninguém te secando! - Disse e eu ri.

- Quer me ajudar a escolher? - Perguntei segurando algumas peças em minhas mãos e vi seus olhos brilharem, ele mordeu o lábio, eu ri.

- Acho que é uma boa ideia... - Disse se aproximando e me puxou ao seu encontro assim que me alcançou.

- Talvez isso possa demorar, sou muito indecisa, sabe? - Ele assentiu sorrindo sacana. - Você se importa em se atrasar um pouco?

- Não, mesmo. - Disse antes de me beijar.

[...]

Depois de bons minutos, e vários beijos trocados, chegamos à praça e encontramos o João a nossa espera com uma cara nada boa.

- Até que enfim, né? - Ele disse quando o alcançamos. - Cara eu pensei que tivesse ouvido você dizer que ia buscar a Karina, mas pô, não sabia que ela tinha se mudado, porque não tem como você demorar tanto pra ir buscar alguém que mora do outro lado da praça! - Completou e eu e Pedro rimos.

- Aquieta a periquita, Johnny. - Pedro disse. - Vem cá, cadê a Bianca? Você reclama da gente, mas a tua namorada também não tá aqui.

- Pois é, a Bianquinha tá meio atrasada, mas ela vem. - Disse e assentimos. - Agora me digam vocês, por que demoram tanto?

- A esquentadinha tava em dúvida se vinha ou não, você sabe que essa é uma situação delicada. - João assentiu. - Ela não queria vir, mas eu conversei com jeitinho e então depois que eu consegui convencê-la, ela arrumou um jeito de me atrasar mais ainda, né amor? - Disse me abraçando por trás.

- Eu tenho quase certeza de que vou me arrepender, mas eu quero saber, o que foi que você fez, Karina?

- Eu não fiz nada. - Disse dando de ombros. - Eu só pedi uma opinião de moda pro seu irmão, queria saber qual biquíni escolher mas ele sempre fazia a mesma coisa, me beijava e dizia: "Eu prefiro sem nada. " e então me beijava de novo...  Perdemos bastante tempo nisso. - Falei e nós rimos, porém, eu escutei uma risada diferente das dos meninos, mas era uma risada que eu conhecia, era a risada da Bianca.

Eu sequer notei que ela havia chegado... Será que ela ouviu tudo o que eu disse? E se ouviu e está rindo, isso é um bom sinal, certo? Eu não sei, mas eu sei que estou ficando cada vez mais nervosa com essa história de irmos juntos à praia.

Só espero que isso dê realmente certo.