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História Incompleta - Estranho familiar


Escrita por: SoleLua_

Notas do Autor


Hey, pessoas!!
LEIAM ISSO AQUI ANTES DE QUALQUER COISA, TÁ?!
Então, eu queria começar dizendo que sei que estou em falta com vocês, mas vocês também estão em falta comigo. É muito frustrante escrever um capítulo imenso e não receber nenhum tipo de retorno. Como eu vou saber o que estão achando da história? Se estão gostando ou se ainda lêem? Enfim, eu não quero nem vou parar de escrever, faço isso porque eu amo e claro, também não vou abandonar em respeito às leitoras fiéis, mas vamos movimentar esses dedinhos, né lindas?! Não dói nem custa nada, até um simples "continua" motiva.
Ah, e obrigada as meninas que sempre comentam. Vocês são fodas!! ❤💘
Enfim, vamos ao capitulo, né?!
Boa leitura!!

Capítulo 79 - Estranho familiar


Pov Pedro

Atravassei a praça com um sorriso que quase não cabia no rosto. O motivo do sorriso era a loira mais maluca e esquentadinha do mundo, minha namorada linda: Karina. Eu adorava tê-la em meus braços, possuir seu corpo e me entregar a ela como jamais me entreguei a ninguém, fazê-la experimentar coisas novas e viver novas experiências, todas guiadas por mim. Se eu pudesse, ainda estaria com ela em seu quarto, em sua cama e com ela junto a mim... mas não podíamos, tínhamos compromissos e o meu era em uma loja do outro lado da rua, com certo lutador que por coincidência, é meu cunhado.

Cheguei ao QG, estranhando a loja já estar fechada, afinal, não era assim tão tarde. Mandei uma mensagem pro Cobra e ele logo abriu a loja, eu adentrei o local.

— Caralho, que demora! — Cobra como sempre, reclamou. — Pensei que não vinha mais.

— Calma aê, lutador. Demorei, mas tô aqui. — Falei e ele revirou os olhos. — Agora, me tira uma dúvida: por que a loja tá fechada se ainda é cedo?

— Porque digamos que eu tive um contratempo.

— Contratempo? — Perguntei de cenho franzido.

— Sim, um contratempo ruivo e que precisava de mim. — Disse e eu entendi que ele se referia à Bárbara. — Aliás, fala baixo, porque ela tá dormindo nos fundos.

— Quem tava falando alto era você. — Me defendi e ele revirou os olhos novamente. — Mas me diz, como é que ela tá?

— Tá mal, né guitarrista? Chorou pra caralho, tá frágil de um jeito que eu nunca vi. Nem parece a minha Bárbara.

— Sua? — Questionei e ele suspirou dando de ombros.

— Modo de falar. — Disse simplesmente.

— Sei... — Suspirei me sentando numa das cadeiras giratórias dispostas ali. — Só toma cuidado, tá cara? Quem está vulnerável e sensível aqui é ela, não você. Vê se não se deixa levar, porque senão tu pode acabar voltando para aquela relação insustentável que vocês mantinham.

— Não tem nada a ver isso, Pedro. — Falou e foi então a minha vez de revirar os olhos. — Mas e você, por que demorou? Porra, era pra tu ter chegado à mais de um hora atrás!

— Desculpe, mas é que eu também tive um contratempo, cunhadinho. — Falei com um sorriso malicioso. — Karina hoje tava com um fogo só! Tu precisava ver... quer dizer, não precisa, não.

— É, não preciso, mesmo! — Disse e eu ri da sua cara desgostosa. — Porra, não precisa ficar me contando suas aventuras eróticas, não, Pedro. Eu lá quero saber o que tu faz dentro do quarto com a minha irmã!

— Olha que não é só dentro do quarto... — Falei e ele bufou. — A gente já fez na biblioteca, banheiro, cozinha, Ribalta... — Citei só para pirraçá-lo.

— Tá, tá, não quero saber, beleza? — Disse exasperado, eu ri mais uma vez e então concordei. — Agora, falando sério, já tá chegando a hora, né, dela saber? — Falou sério e tenso.

— De todos saberem, Ricardo. — Falei, também tenso. — A Bianca tá toda pilhada com esse aniversário, mas mal sabe ela que as coisas vão mudar é depois dele. — Cobra concordou com um suspiro preocupado. — Aliás, você já pensou em como a Bi vai reagir? Porque a reação da Karina eu imagino todos os dias, e sinto dizer, mas não me parece que será nada boa, principalmente em relação à mim.

— Tu acha que ela vai brigar contigo? — Perguntou e eu ri sem humor.

— Acho, não, meu amigo. Eu tenho certeza. — Falei e então suspirei receoso. — Desde aquela briga com a Bianca por conta do nosso namoro, Karina tem aversão a qualquer segredo ou mentira, e como eu estou ajudando a esconder esse segredo dela e já menti algumas vezes por conta disso, é quase que impossível que a minha esquentadinha não se chateie comigo. — Completei com pesar.

— Mas cara, ela tem que entender que você fez isso pro bem dela, não era o que queríamos, mas é o melhor, de fato.

— Eu sei, não dava pra chegar nela e dizer simplesmente que o pai que ela tanto procura é o Gael.

— Principalmente porque tem o agravante de ela ser fruto de uma traição. — Ele evidenciou.

— É, esse é realmente um assunto delicado. É melhor ela ficar sabendo da boca da Ana a história verdadeira sobre a identidade do pai. — Falei e foi a vez dele concordar. — Mas eu também tenho plena certeza de que sua irmã não vai pensar somente em nossas boas intenções quando descobrir tudo. Aquela esquentadinha é cabeça-dura, vai se irritar e com certeza, vamos brigar.

— É, ela é esquentadinha, sim, mas também e louca por você, guitarrista. — Falou e eu sorri. — A Karina pode ser esquentada o tanto que for, mas burra e mesquinha, ela não é. Certeza que não vai se afastar por birra.

— Tu num conhece tua irmã com raiva. Vira uma fera! — Falei num meio sorriso, ele sorriu também. — Mas eu vou torcer, e claro, pedir uma ajudinha das forças superiores pra não ficar longe da minha esquentadinha.

— Isso aí, Pedrão! — Falou me abraçando pelos ombros. — Pensamento positivo. Aliás, eu também tenho que pensar bastante positivo, porque é capaz de minhas duas irmãs ficarem putas comigo. A Karina não é fácil, mas a Bianca também tem um gênio!

— E eu não sei?! — Falei e ele sorriu fraco. — O Johnny também tá preocupado, afinal, ele ralou tanto pra conseguir conquistar a Bi e a confiança dela, e agora tá arriscado a perdê-la novamente.

— É meu amigo guitarrista...— Falou em meio a um suspiro. — Não tá fácil pra nós.

— E pode ser que fique ainda pior. — Falei com pesar. — Mas enquanto isso, eu vou aproveitar minha esquentadinha ao máximo! Não desgrudo daquela loirinha tão cedo! — Falei e ele riu, em seguida ouvimos uma voz estranhamente doce chamá-lo.

— Cobra? — Era a Bárbara, ela tava com a cara meio amassada, parecia que tinha acabado de acordar, mas senti certo receio ao vê-la. Será que ela tinha ouvido sobre o que conversavamos? — Ah, oi Pedro. — Sorriu me cumprimentando, enquanto ia de encontro ao Cobra que a abraçou.

— Oi... — Cumprimentei-a, ainda hesitante. — Hum, Ruiva... você tá aí há muito tempo? — Perguntei e ela franziu o cenho.

— Bem, estou aqui desde o começo da tarde. — Respondeu simplesmente e então se virou para o Cobra, bufei por ela não ter respondido o que eu realmente queria saber. — Ricardo, acho que já está um pouco tarde, melhor eu ir pra casa.

— Olha, se você quiser ficar aqui, não tem problema. — Cobra disse encarando-a profundamente, ainda com ela em seus braços.

Bárbara sorriu, mas negou:

— Acho melhor eu ir pra casa, mesmo. Já abusei demais de você hoje, te aluguei a tarde inteira.

— Não foi incômodo algum, Ruiva. Você passou por um momento difícil, precisava de apoio e eu estou aqui pra te apoiar. É isso o que os amigos fazem, se apóiam, não é? E nós somos amigos, então... — Deu de ombros, meio desconcertado.

— Sim, obrigada, amigo. — Ela disse com certo esforço, seu sorrido já tinha sumido e ela tinha um brilho estranho nos olhos, não consegui distinguir se era mágoa, decepção ou... raiva. — Até mais. — Falou se desvencilhando dos braços do lutador e caminhando para a saída.

— Espera, é... — Cobra a alcançou. — Cê quer que eu te leve?

— Precisa, não. Meu motorista vem me pegar, e além do mais, eu sei que cê tá ocupado falando com o Pedro. — Respondeu docemente e então me encarou. — Tchau, guitarrista e tchau, Cobra. — Falou deixando um beijo na bochecha dele e então se foi.

— Vacilou, hein Cobreloa?! — Falei observando a cara confusa do lutador. — Tudo bem que eu te disse pra não dar moral pra ela, mas é obvio que ela ainda tem esperanças contigo e tu ainda joga na cara da menina que vocês são só amigos... — Falei em negativa, ele praguejou.

— Merda, então foi isso? — Assenti. — Putz, saiu sem querer, não fiz por mal. Será que ela se chateou? — Dei de ombros.

— Possivelmente. — Respondi simplesmente. — Mas depois cê resolve isso, se é que tem alguma coisa pra resolver... Agora eu tô mesmo preocupado é de ela ter ouvido alguma coisa.

— Você diz sobre o lance da K ser minha irmã? — Assenti apreensivo. — Olha, acho que ela não ouviu nada, não. Tava com a maior cara que tinha acabado de acordar... mas, só pra garantir, depois eu dou um jeito de sondar, pra ver se ela ouviu o que não devia. — Assenti mais uma vez, ainda preocupado, mas tentei não deixar transparecer.

Eu tinha que fazer como Cobra disse, pensar positivo. Bárbara provavelmente não ouviu nada, mas pena que a probabilidade de a minha esquentadinha se chatear comigo quando descobrir tudo não seja assim tão pequena. Porém, ainda assim, não posso me desesperar. Tenho que confiar na minha loirinha e torcer para que após o choque inicial, ela reflita e entenda que tudo o que fiz foi pensando no seu bem.

Após me convencer disso, engato numa conversa animada com meu amigo Cobra, sobre nada em especial à princípio, mas logo ele começa a falar sobre certa bailarina que eu suponho ser a verdadeira dona de seu coração. Realmente, estar longe de quem amamos não é algo fácil, e pensar nisso me faz sentir novamente aquele temor em perder Karina, mas eu trato de afastar esse mal sentimento pra longe e volto minhas atenções ao lutador, torcendo internamente para tudo dar certo no final.

Pov Luís

— LUÍS, VOCÊ NÃO SABE!! — Bárbara gritou, pendurando-se ao meu pescoço assim que abri a porta.

— Num sei mesmo e se tu continuar gritando assim, vou ficar sem saber. — Falei fechando a porta. — Quer me deixar surdo, mulher? — Perguntei e ela revirou os olhos, eu sorri, pegando suas coxas, ela se impulsionou e logo estava no meu colo. — Mas fala de uma vez, porque eu já tô louco pra te jogar na cama e te foder até amanhã. — Apertei a bunda dela, que gemeu manhosa. — A gente precisa comemorar, afinal.

— Precisa, mesmo. — Concordou se ajeitando em meu colo, quando me sentei na cama. — Ainda mais agora que eu descobri uma informação BA-FÔ-NI-CA sobre a Karina.

— Sobre minha gatinha? — Perguntei interessado, ela revirou os olhos por conta do apelido, mas assentiu. — O que é? Você sabe que tudo sobre aquela loirinha me interessa, não é? — Perguntei invadindo sua blusa e acariciando a cintura fina, ela suspirou e se agarrou mais a mim.

— Na verdade, o que eu descobri é de grande valia e não interessa só a você, mas a mim também. — Sussurrou contra meu pescoço e seus lábios começaram a passear por ali. — O que eu descobri é uma bomba de grande proporção, capaz de distruir aquele grupinho de merda, mandando os malditos casais para os ares, e claro, deixando o caminho livre pra nós. — Completou mordiscando minha orelha, apertei sua cintura mais forte a fiz me encarar.

— Fala de uma vez que informação mágica é essa, porra!

— Também não precisa ser grosso, ô ogro! — Reclamou e eu revirei os olhos, já perdendo a paciência.

— Fala logo, Ruiva, depois eu te mostro o que é grosso, tá? — Falei pressionando seu corpo contra minha ereção, ela gemeu baixinho e rebolou sorrindo.

— Hum, sabe o Gael, o mestre de muay thai pai do Cobra e da sonsa da Bianca? — Assenti ainda sentindo a cachorra rebolar no meu colo. — Pois é, parece que a próle dele é ainda maior, e sabe quem faz parte dela? Uma certa loirinha irritante que você adora! — Falou por fim, eu a fiz parar quieta para confirmar a informação.

— Quer dizer que minha gatinha é irmã do seu lutador e daquela tal de Bianca? O Gael é pai dela, é isso?

— Isso aí, o mestre é pai da Karina, parece que ele andou pulando a cerca, então ela é fruto de um caso. — Contou sorridente, se ocupando em arrancar minha camisa. — Ela não sabe de nada, ouvi uma conversa do Cobra com o Pedro hoje, parece que eles vão contar depois do aniversário da sonsa e do Cobra, na semana que vem. — Disse agora retirando a própria blusa, seus seios rígidos logo apontaram pra mim, pois ela estava sem sutiã e eu sorri tanto pela vista, quanto por uma ideia que me passou pela cabeça. — Os dois estão com medo da reação das meninas, principalmente o Pedro. Ao que parece, Karina odeia mentiras e é quase certo que os dois briguem quando ela descobrir, assim como a Bianca provavelmente também vai dar um pé naquele nerd, ou seja, o grupinho vai quebrar! — Completou voltando a rebolar no meu colo, apertando os próprios seios.

— Porra... — Gemi e ela sorriu safada. — Além de gostosa, tu tá me saindo uma ótima informante, tá merecendo até um agrado. — Falei jogando-a na cama e arrancando o restante de suas roupas.

— É, eu sou mesmo eficiente. — Se gabou e eu ri começando a brincar com os peitos dela, que logo gemeu.

— Sim, é muito eficiente. — Confirmei pressionando seus lábios nos meus. — Mas pra me provar sua eficiência, vou precisar que faça uma coisa pra mim. — Sussurrei em seu ouvido passando a mão por sua intimidade molhada, ela se contorceu e eu a penetrei com dois dedos.

— É só falar que eu faço. — Disse num gemido.

— Quero que arrume um jeito de me colocar dentro dessa tal festa de aniversário.

Pov Karina

As férias finalmente chegaram, mas tudo continuou uma correria, por conta do aniversario da Bianca e do Cobra, que tinha deixado minha amiga uma pilha de nervos, e que consequente, estava enlouquecendo a mim e a Jade. Mas graças aos céus, amanhã seria enfim o dia da comemoração e então nós poderíamos ter um pouco de paz.

Jade dormiria aqui em casa hoje, porque Bianca nos queria amanhã cedo junto com ela no salão de festas, para conferir se tudo sairia do jeito que ela queria, mas a bailarina se recusou a dormir na casa da Bi. Jade disse que não aguentava mais ouvir falar sobre nada relacionado a festa e pediu pra dormir aqui, concordei, obviamente, pois é sempre bom tê-la aqui e também porque eu tenho sentido ela meio diferente esses dias, acho que precisa conversar e eu estou disposta a ter essa conversa com ela.

Porém,tem uma pessoinha muito manhosa que não gostou nada da notícia de que Jade dormirá aqui e está agora, nesse exato momento me encarando com uma carinha pidona — quase — impossível de resistir.

— Esquentadinha, por favor, eu quero dormir com você, linda... — Pedro pediu me abraçando e começou a distribuir beijinhos pelo meu pescoço.

— Moleque... — Suspirei enquanto o fazia voltar a me encarar. — A Jade vai dormi aqui, não dá. — Repeti mais uma vez, ele revirou os olhos.

— Manda ela pra casa da Bi, eu sou seu namorado, você não pode me dispensar pra dormir com ela! — Fez birra, apontando para a bailarina que estava sentada no sofá da minha sala, assistindo nosso diálogo com a cara mais entediada do mundo.

— E eu sou a amiga dela, agora deixa de cena e vaza! — Jade retrucou impaciente. — Por Deus, Karina, que mel é esse que você tem que esse garoto não pode dormir um dia longe de você? — Perguntou ainda irritada, mas um sorrisinho malicioso brincava em seus lábios.

— Segredo meu, amiga. Depois te conto. — Pisquei pra ela e voltei minha atenção ao meu namorado, que tinha voltado a beijar meu pescoço, enquanto me prensava na porta da sala. — Pedro, por favor, facilita. — Pedi voltando a tirar sua cabeça do côncavo do meu pescoço, antes que eu começasse a cogitar ceder. — Vai pra casa moleque, amanhã a gente se vê e dorme juntinho. — Falei deixando um beijinho sobre o bico que ele fazia.

— Amanhã a Bianca vai te alugar o dia inteiro, K, eu não queria ficar longe de você. — Disse olhando dentro dos meus olhos, enquanto acariciava meu rosto e eu vi ali, refletida em sua imensidão castanha muito mais que apenas manha, ele parecia receoso, angustiado... mas por quê?

— Amor, amanhã já é a festa, então eu vou voltar a ser toda sua. Além do mais, eu já disse que à noite nós estaremos juntos. — Falei calmamente colando nossas testas.

— Tudo bem, então. — Ele assentiu enfim, em meio a um suspiro, sorri pequeno, mas também suspirei intrigada.

— Você tá preocupado com algo, moleque. O que é? — Questionei e ele beijou meus lábios, negando.

— Não é nada, linda, impressão sua. Eu só tô cansado, trabalhei o dia inteiro no Perfeitão. — Falou dando de ombros. — Eu vou pra casa, já que não vou poder dormir aqui contigo, vou ver se consigo ter uma boa noite de sono na minha cama, sozinho. — Fez bico novamente, mas sorriu, fazendo-me sorrir junto e logo em seguida, me beijou. Um beijo longo e calmo, cheio de significados e que fez meu coração saltar no peito, cheio de um sentimento bom. — Eu amo você, tá? — Falou quando cessamos o beijo, ainda contra meus lábios. — Não importa o que aconteça, nunca duvide disso.

Senti meu peito apertar pelo modo como ele falou, mas tratei de ignorar a má sensação e sorri afirmando:

— Eu não duvido, Pê. — Ele sorriu igualmente a mim, me encarando profundamente. — E eu também te amo. — Completei, beijando-o novamente, depois disso, ele me deixou um beijo na testa, acenou para Jade e enfim se foi.

Algo no modo como ele estava agindo nessa última semana me intrigava; ele sempre foi carinhoso e atencioso, mas ultimamente tem sido ao extremo. Eu tento me convencer de que não é nada demais, que meu namorado apenas que passar mais tempo comigo, mas algo insiste em me apontar que não é só isso. Porém, agora não tenho cabeça para pensar sobre isso, quando passar o aniversário da Bi, talvez eu coloque meu moleque contra a parede e tire a limpo se há realmente algo o incomodando ou se é apenas impressão.

— Até que enfim! — Jade falou me tirando de meus pensamentos, me sentei ao seu lado e sorri. — Que grude, hein amiga?

— É muito amor, Jade. — Falei e ela revirou os olhos, mas sorriu. — Agora me fala de você, como é que tá o namoro com o Max? — O sorriso que ela mantinha esmoreceu após minha pergunta e ela suspirou angustiada.

— Vai mal, amiga, muito mal. Aliás, nem sei se a relação que mantemos ainda é um namoro.

— Como assim, Jade? — Perguntei surpresa e preocupada. — Tudo bem que eu notei que estão um pouco afastados, mas não sabia que era tão ruim assim.

— Tá tudo péssimo, loira, e o pior é que eu sei que a culpa é minha. — Falou com pesar. — Por mais que eu tente, não consigo estar inteira ao lado do Max, ele já percebeu que tem algo errado e está sofrendo, eu também sofro por magoá-lo, mas a verdade é que eu não consigo tirar o Cobra do meu coração, aquele vagabundo parece estar gravado em mim, não tem jeito.

— Sinto muito, amiga, deve ser realmente horrível estar numa situação assim. — Lamentei segurando sua mão, ela fungou e limpou uma lágrima solitária que acabou rolando. — Mas o que você pensa em fazer? — Perguntei e ela não me respondeu, apenas negou com a cabeça, deixando mais lágrimas caírem, suspirei preocupada. — Ah, Jade, você tem que fazer algo, não dá pra continuar assim.

— Você acha que eu devo terminar com o Max?

— Eu acho que deve ser sincera com ele e consigo própria. — Falei séria, ela suspirou. — Você não está feliz, ele não está feliz e essa relação só está fazendo mal para os dois, então se o melhor for realmente terminar, acho que sim, você deve por um ponto final nisso antes que se magoem mais.

— Você tá certa, abrir o jogo com o Max com certeza vai nos fazer melhor do que continuar nessa relação cheia de incerteza. — Assumiu e eu sorri pequeno, encorajando-a. — Mas e quanto ao que eu sinto pelo Cobra? Se junto ao Max eu não consegui esquecê-lo, sozinha então... — Suspirou. — Acho que tirar aquele vagabundo do meu coração vai se tornar uma tarefa impossível!

— Na verdade, amiga, eu acho que você também deveria falar com o Cobra. — Falei e vi a bailarina arregalar os olhos, enquanto negava com a cabeça veemente. — Jade, ainda tem muito sentimento entre vocês, isso é inegável, e nenhum dos dois vai conseguir seguir sem uma boa conversa.

— O Cobra já conseguiu seguir uma vez com aquela Bárbara, eu também vou conseguir.

— Você sabe que o Cobra e a Bárbara não deram certo. — Pontuei e ela revirou os olhos.

— Não sei se você percebeu, mas aqueles dois estão super próximos ultimamente, logo logo vão estar juntos novamente, então eu não vou pagar de otária indo atrás daquele vagabundo pra depois ele me jogar pra escanteio e me trocar outra vez por aquela ruiva desgraçada!

— Jade, o Cobra só está apoiando a Ruiva nesse momento difícil, ele não tem mais nenhum interesse nela senão amizade. — Falei e ela revirou os olhos. — E eu não tô dizendo pra você se atirar nos braços do Cobra assim que terminar com o Max, eu disse para conversarem. Vocês precisam disso, terminaram num rompante e tem muita coisa mal resolvida entre vocês.

— É, talvez você tenha razão. — Suspirou rendida e eu sorri. — Vou falar com aquele vagabundo, mas só depois de me resolver com o Max.

— Isso, amiga! — Comemorei abraçando-a. — Você vai ver, quando resolver todos a questões pendentes dos seus sentimentos, vai se sentir muito melhor.

— Tomara, loira. — Disse e então sorriu pequeno. — Mas e aquele brigadeiro que só você sabe fazer, será que rola? Eu tô precisando.

— Claro que rola, tudo pra animar minha bailarina preferida! — Falei e arranquei outro sorriso dela. — Mas vou precisar da sua ajuda, então levanta essa bunda do sofá e me segue! — Disse indo em direção a cozinha. Jade fez como pedi e logo estávamos em meio a risadas e muito chocolate, num fim de noite perfeito entre duas amigas.

***

— Tenho que admitir, Bianca quase me deixou louca com os preparativos dessa festa, mas valeu a pena, hein?! — Falei para Pedro, quase gritando por conta da música alta.

Realmente, a festa estava impecável; a decoração, música, bebida e comidas, tudo perfeito. A festa já rolava há umas três horas, Bianca e Cobra tinham recebido todos pessoalmente e após uma pequena homenagem com fotos em retrospectiva dos gêmeos, houve o parabéns e então a festa começou realmente a ferver, já que a pista de dança foi aberta e era nela que estávamos agora.

— É, realmente, tá valendo muito a pena... — Pedro sussurrou em meu ouvido, cheio de malícia, passando as mãos por meu corpo sem pudor enquanto dançavamos, sorri rebolando contra ele, sentindo sua ereção pressionar contra minha bunda. — Você rebolando com esse vestidinho colado realmente paga o tempo que a Bi te alugou, esquentadinha, e me deixa completamente maluco pra arrancar ele. — Completou mordiscando minha orelha, me virei entre seus braços.

— Que guitarrista mais safado! — Falei em negativa, admirando seu sorriso sacana, Pedro segurou meu quadril com força enquanto rebolavamos juntos, eu gemi baixinho, ele então levou a mão até minha nuca, aproximando nossos lábios.

— Vai dizer que você não quer o mesmo que eu? — Falou mordiscando meu lábio inferior, sua mão agora sobre minha bunda. Não respondi, apenas me agarrei mais a ele e continuei dançando, mirando-o intensamente, apreciando sua cara de tesão. — Karina... já deu de festa, né? Vamos pra casa?

— Não tô a fim. — Falei simplesmente, voltando a ficar de costas pra ele, que logo envolveu minha cintura e colou os lábios ao meu ouvido.

— Então vamos pra qualquer lugar mais tranquilo, um banheiro ou sei lá... — Pediu beijando meu pescoço. — Que tal uma rapidinha agora? Depois a gente finaliza o serviço em casa, hum? — Propôs agarrando meus seios, provavelmente sentindo os bicos duros de excitação, já que o vestido que eu usava não necessitava sutiã, gemi levemente.

A pouca luz da pista de dança permitia que nos tocassemos com certa ousadia e eu confesso, estava adorando aquela dança com meu moleque, mas apesar de ser uma ideia excitante, eu não sabia se queria arriscar fazer sexo com ele aqui na festa. Eu queria continuar dançando e sabia que Pedro não me deixaria voltar tão cedo para a pista, então decidi enrolá-lo mais um pouco, quando chegássemos em casa eu o recompensaria e certamente, ele adoraria a recompensa.

Me virei entre seus braços mais uma vez, atacando seus lábios num beijo lascivo, que ele não demorou a corresponder. Sua língua se embolava com a minha com fervor, assim como suas mãos espalmaram-se em minha bunda, apertando-a e me fazendo gemer. Agarrei-me aos cabelos de sua nuca, puxando-os levemente e quando o ar se fez necessário, cessamos o beijo com uma mordidinhas sua em meu lábio inferior.

— Isso é um sim, amor? — Perguntou ofegante, distribuindo beijinhos entre meu ombro e pescoço.

— Isso é um agradecimento adiantado pela bebida que você vai pegar pra mim, guitarrista. — Falei passando a mão por seu abdômen absurdamente tentador naquela camisa branca colada, ele abriu a boca para protestar, eu coloquei o indicador sobre seus lábios e completei: — Quando você voltar, aí sim terá sua resposta. — Pisquei pra ele que mordeu meu dedo de leve e sorriu sacana antes de me beijar os lábios rapidamente e sair.

Continuei dançando, procurando minhas amigas com os olhos no meio daquela multidão de corpos dançantes, mas não vi nem sinal delas. De repente, sinto duas mãos grandes envolverem minha cintura e um corpo forte se colar ao meu, estranho o toque repentino e já estava prestes a afastar educadamente o tal sujeito, quando ouço aquela voz estranhamente familiar e paraliso:

— Saudades de mim, loirinha? Porque eu tava morrendo de saudades de você, minha gatinha.


Notas Finais


*Leiam as notas iniciais

Vish!!! Não precisa ter nenhuma bola de cristal para saber quem é, né?!
E aí, o que acham que vai acontecer?? Comentem, amores, não me deixem no vácuo e me motivem a continuar que eu tentarei voltar aqui com mais frequência.
Bjs e até logo 😘😘


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