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História Incondicionalmente - Guardem minhas palavras


Escrita por: JadyEduarda

Notas do Autor


CA-RAM-BA
Estou chocada com o tanto de favoritos e comentários que Incondicionalmente conseguiu apenas com o prólogo. Vocês são claramente as melhores leitoras que alguém poderia ter.

Obrigada @whoslep por betar o capítulo!

Espero do fundo do meu coração que gostem desse capítulo ♥

Capítulo 2 - Guardem minhas palavras


Fanfic / Fanfiction Incondicionalmente - Guardem minhas palavras

Capítulo 1

Jade Davison P.O.V

Los Angeles, Califórnia - 21 de março de 2017.

Eu odeio acordar atrasada e principalmente nos dias em que eu tenho que ir até o jornal, porque aí não posso tomar meu banho matinal, não posso tomar o meu café da manhã e, eu com fome fico muito insuportável.

Sem paciência para passar maquiagem, apenas passei um gloss nos lábios, prendi meus fios castanhos em um rabo de cavalo e sai do meu apartamento. Enquanto aquela musiquinha chata de elevador tocava, abri minhas mensagens em meu iPhone e ignorei todas, exceto as de Justin. 

De: Bieber.

"Bom dia, minha preciosa. Quando postar o texto de hoje, me avise".

"Te ligo a noite para saber como foi o seu dia".

"Amo você".

Todos os dias em que vou no jornal, tenho que escrever um texto sobre amor e postar na coluna do jornal virtual, para que no outro dia possa sair no jornal físico. E assim que o texto está disponível, aviso o Justin. Segundo ele, eu tenho um dom incrível para escrever sobre amor.

Mal sabe ele que minha maior inspiração é o próprio.

Para: Bieber.

"Acordei atrasada hoje, estou estressada, mas mesmo assim bom dia".

"Pode deixar que eu te aviso assim que postar".

"Esperarei sua ligação. Tenha um bom dia no trabalho. Amo você, Jay".

Bloqueio o celular no mesmo instante em que o elevador para no hall de entrada do prédio e abre suas portas metálicas. Passo pelo porteiro e respondo seu bom dia sem muita vontade.

Quando chego na calçada do prédio, lembro-me que eu deveria ter ido para a garagem, pois é lá que o meu carro se encontra. Como pode uma pessoa ser tão lerda?

Irritada, decido pegar um táxi ao invés de voltar para o prédio e ir até a garagem. Após exatos vinte e dois minutos, chego em meu trabalho, passo na pequena cozinha que tem em meu andar e sirvo-me com uma xícara de café sem açúcar. Pelo menos assim eu acordo.

Vou para a minha sala após ter cumprimentado meus companheiros de trabalho, sento-me em minha cadeira acolchoada e abro o notebook que fica sempre em cima da mesa. Digito minha senha de seis números e então uma foto minha e de meu melhor amigo aparece na área de trabalho.

Justin estava de braços cruzados, com um bico nos lábios e a ponta do nariz suja de sorvete de chocolate. Enquanto eu estava ao seu lado sorrindo grande e segurando uma casquinha de sorvete.

Esse dia foi hilário. Nos divertimos muito.

Não querendo me lembrar mais dos momentos bonitos que tive com o Justin, abri o word para começar a digitar o texto de hoje.

A dor de cabeça estava grande, mas a dor em meu coração despedaçado era maior e eu precisa colocar isso em palavras.

"Ele cabe no meu abraço. Faz de mim refúgio e do meu coração morada. Ele é tão incrível, mas vive dizendo que não. Ele é inconstante, birrento, cismado, mas dono do melhor dos sentimentos que já pude ter. Ele tem carisma, tem um cheiro gostoso que impregna na roupa. Ele me tira do sério, mas quando não tá por perto desperta saudade. Ele se preocupa mesmo já conhecendo minha rotina diária. Ele se faz presente, mesmo não estando por perto. Ele tem uma risada gostosa, uma fé invejável, um coração do tamanho do universo. Ele é uma das melhores pessoas que já tive o prazer de conhecer, dono dos olhos mais lindos que já vi e das mãos macias que me proporciona os melhores cafunés. Mas talvez essa não seja a melhor hora para que ele saiba de tudo isso. Talvez eu tenha que esperar mais um pouco, porque o amor é assim mesmo. Ele é paciente. E quando é de verdade, por maior que sejam as dificuldades e todos os obstáculos, quando existe força de vontade pra fazer dar certo, até o universo conspira."

Salvei o o texto que era pequeno porém fala muito sobre o que eu estava sentindo. Abri a página do jornal e postei na coluna onde havia o meu nome. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Justin avisando que já havia postado o texto.

Espero um dia poder falar essas coisas na cara dele. Como eu disse no texto, o amor é paciente e eu também. Então eu vou esperar ele me amar do jeito que eu o amo, nem que eu tenha que morrer esperando.

Saio do prédio do jornal e fico frustrada ao lembrar-me que não estou de carro, bem hoje que eu precisava ir ao mercado. Não tendo outra alternativa, chamo um táxi e vou direto para a casa. O jantar hoje teria que ser pizza.

Entro em meu apartamento, deixo minha bolsa sobre a bancada que separa a sala e a cozinha e caminho até a geladeira para beber um copo de suco de uva, o meu favorito.

Pego novamente a bolsa e vou para o meu quarto. Após tomar um longo banho, pego meu celular e peço uma pizza de queijo com chocolate. Justin diz que essa mistura é a mais nojenta possível, mas fazer o que se eu gosto?

Jogada em minha cama, entendida, resolvo ligar para a minha mãe, estou morrendo de saudades dela e do papai. Moramos na mesma cidade, mas ao mesmo tempo parece que não, pois o bairro dela é um canto de Los Angeles e o meu em outro, o que resulta em nos vermos só nos feriados ou quando acontece algo.

— Jade? Que saudade, meu amor. — dona Mariah diz após atender o telefone.

— Oi, mamãe. Estou morrendo de saudades de você. — sorri e encostei minhas costas da cabeceira da cama.

— Eu também, não vejo a hora de te ver. — disse afobada — Já faz um mês que não falo contigo pessoalmente.

— Desculpe por isso, você sabe como aquele jornal é corrido. — suspirei.

— Eu sei, minha filha. — disse — Fique sossegada, você pode demorar um ano para vir nos ver, mas quando vier, será sempre recebida de braços abertos.

— Obrigado. — agradeci — Cadê meu pai?

— Ele foi até a padaria do senhor Italiano comprar pão. — respondeu.

— Comprar pão as oito e meia da noite? — franzi as sobrancelhas.

— Você sabe como ele é, prefere comprar a noite, do que acordar dez minutos mais cedo e ir na padaria. — bufou.

— Eu também preferiria. — dei de ombros mesmo sabendo que ela não poderia ver — É sempre bom dormir dez minutinhos a mais.

— Até nisso vocês se parecem. — ela bufou. Mariah sempre ficava brava, pois eu pareço muito com o meu pai. A única coisa que herdei dela foram os olhos verdes.

— Não fica com ciúmes, mãezinha. — provoquei.

— Vá te catar, Jade. — gargalhei e ouvi a campainha tocar.

— Mamãe, estão tocando a campainha. — avisei — Amanhã eu te ligo.

— Ok, minha princesa. — sorri — Até amanhã. Amo você.

— Mande um beijo para o papai.  Amo vocês. — encerrei a chamada.

A campainha tocou mais duas vezes e logo a pessoa começou a bater na porta, apertei os passos e girei a maçaneta rapidamente, sem ao menos olhar no olho mágico.

— Tinha que ser você. — esbravejei — Essa porra de porta estava aberta.

— Eu sei. — Gisele deu de ombros e adentrou meu apartamento. — Mas quis te irritar.

— E conseguiu. — bufei e fechei a porta. — O que você quer aqui?

— Preciso ter um motivo para vir na casa da minha melhor amiga? — cruzou os braços.

— Desembucha. — arqueei uma sobrancelha

— Eu ainda não jantei. — deu de ombros e foi para a cozinha.

— Sabia que você não viria aqui sem motivo. — dei risada. — Pedi pizza, daqui a pouco chega.

— Queijo com chocolate? — concordei com a cabeça — Amo.

— Eu sei. — ri — Vamos lá para o meu quarto.

Fomos até o meu quarto e ficamos fofocando por mais ou menos meia hora, até que a campainha tocou novamente. Fui atender e era o entregador de pizza, paguei o mesmo e voltei para o quarto com a caixa média em mãos.

— Me ajude a pegar as coisas na cozinha. — pedi e Gisele bufou, tá pra nascer pessoa mais preguiçosa.

Pegamos dois pratos, uma faca, dois copos e uma caixa de suco de uva, voltamos para o quarto e colocamos tudo em cima do criado-mudo. Quando ia me servir com um pedaço da pizza, meu celular toca.

Era o Justin.

— Alô. — atendo.

— Oi, linda. — sorri fraco e Gisele revirou os olhos já sabendo com quem eu falava.

— Coloca no viva-voz. — minha amiga pediu e assim eu fiz.

— Como foi o seu dia? — perguntei enquanto enrolava um pedaço de queijo no dedo e o comia.

— Cansativo. — bufou — Acredita que o meu chefe me deu dois meses para desenhar a planta de uma casa para o filho dele?

— Aquele metido que gosta de te irritar? — perguntei.

— Esse filha da puta mesmo. — esbravejou — Vou desenhar a melhor casa que ele já viu, só pra fazer ele engolir aquele sorrisinho debochado.

— Isso aí. — incentivei — Você é o melhor.

— Já ia me esquecendo. — falou um pouco mais alto — Eu li o seu texto.

— O que achou? — perguntei.

— Maravilhoso, como sempre. — sorri — Só não gostei de saber que você gosta de alguém e não me contou. — Gisele que ia morder a pizza, parou com a fatia no alto e com a boca aberta — Quem é ele?

— Ele? — tossi — Eu não gosto de ninguém. — menti.

— Então para quem foi aquele texto? — pela primeira vez, pude notar que a voz do meu melhor amigo era tensa e isso fez com que eu ficasse confusa.

— Para ninguém. — suspirei — Você sabe que eu não preciso ter alguém para me inspirar e escrever, é algo natural. — a mulher ao meu lado bufou e começou a comer sua pizza.

— Sei. — murmurou — O que está fazendo?

— Comendo pizza. — mordi minha fatia.

— Queijo com chocolate? — perguntou risonho.

— É sim. — respondi de boca cheia.

— Nojo. — tenho certeza que ele fez carera.

— Nojo nada. — Gisele gritou — Se você não gosta, o problema é seu.

— O que essa ridícula está fazendo aí? — perguntou.

— Veio jantar aqui. — tomei um gole do meu suco.

— Vocês fazem uma reunião de melhores amigos e não me chamam? — perguntou indignado.

— Venha para cá, ué. — minha amiga disse.

— Mesmo tendo sido esquecido e abandonado. — fez drama — Eu vou.

— Quer que... — quando eu fui perguntar se ele queria que pedíssemos mais uma pizza, uma voz enjoada soou mais alto.

— Onde você vai, Justin? — era Caroline. Bufei — Com quem está falando?

— Preciosa, vou desligar. — disse meio baixo — Daqui a pouco chego aí.

— Você está surdo? — ela gritou e a ligação foi encerrada.

— Parece que alguém está estressada. — murmurei colocando o celular em cima da cama.

— Eu sinceramente não sei o que o Justin ainda está fazendo com aquela frita, sendo que aqui temos um filé. — apontou para mim — Que é louquinha por ele.

— Vai se ferrar. — gritei e ri. — Me comparar com um filé?

— Ué. — deu de ombros. — Essa pizza está ótima.

— Está mesmo, será... — e mais uma vez minha fala foi interrompida, agora pelo toque do meu celular — É o Justin. — falei olhando a tela.

— Atende logo. — a garota bufou.

— Oi? — perguntei e não falaram nada — Justin? — coloquei no viva-voz.

— Eu já estou de saco cheio dessa garota. — ouvi a voz de Caroline.

— Ela é a minha melhor amiga. — Bieber esbravejou.

— Eu não quero saber, você dá mais atenção para ela do que para mim. — essa garota só sabe gritar.

— Eu tenho certeza que foi essa cachorra que te ligou. — Gisele murmurou.

— Xi, vamos escutar. — voltamos a ficar em silêncio.

— A Jade é minha amiga desde que me entendo por gente, você não vai me afastar dela. — Justin estava irritado.

— Eu não quero te afastar dela, só quero que você me de mais atenção. — soluçou.

— Que falsa. — cochichei — Ela nem deve estar chorando.

— Eu te dou atenção, Caroline.

— Não o tanto que eu preciso. — fungou — Agora mesmo, você ia para casa dela e não ia me avisar.

— Eu ainda vou para a casa dela.— ele disse — A única diferença é que agora você sabe.

— Você não vai não. — fez birra — Você vai ficar aqui com a sua noiva.

— Eu já combinei com a Jade. — tenho certeza que ele bufou.

— Não me faça pedir para você escolher entre nós duas. — falou mais séria — Eu sei que me escolheria.

— Caroline... — murmurou.

— Vai, vamos ficar juntinhos. — ouvi um barulho de beijo — Agarradinhos. — mais um barulho — Deixa ela pra lá.

— Não p-posso. — ele murmurou e eu fechei os olhos com força.

Não faça isso comigo, Justin. Por favor.

— Para, amor. — murmurou — Vamos fazer um sexo gostoso e amanhã você fala com sua preciosa. — debochou quando falou meu apelido.

— Porra, Caroline. — ofegou — Eu odeio furar em meus compromissos, mas eu não posso te negar desse jeito. — ouvi um barulho de cama.

— Vou fazer você esquece-la. — um longo barulho de beijo e eu fazia de tudo para não soluçar.

— Já esqueci. — Bieber disse após soltar um gemido.

— Você não vai ficar escutando essa porra. — Gisele gritou após encerrar a chamada — Eu odeio essa desgraçada da Caroline.

— Eu... — não sabia o que falar.

— Que ódio do Justin. — ela fechou as mãos em punho.

— Ele não tem culpa. — eu disse — O Justin não sabia que eu estava ouvindo tudo e nem sabe os meus sentimentos por ele.

— Não venha o defender. — esbravejou — Ele é um idiota, como não percebe que você é completamente apaixonada por ele? Eu tenho vontade de socar aquele rostinho bonito e depois tatuar seu nome na testa dele. — dei uma risada chorosa sentindo as primeiras lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas — Amiga... — Gisele sussurou e veio me abraçar, nessa mesma hora, eu desabei.

— P-por que meu coração escolheu justo ele para amar? — solucei — Cada vez que eu o vejo, imagino um futuro para nós, onde nos casamos e temos vários filhos. — ela ri contra os meus cabelos.

— Eu gostaria de ter afilhados com os cabelos do Justin e os seus olhos. — brincou.

— Mas isso nunca irá acontecer. — meu coração apertou — Porque ele vai casar e eu vou ficar para escanteio, mais uma vez.

— Jade. — Gisele afastou-se e olhou em meus olhos — Eu não aguento mais te ver sofrer dessa forma. Você tem que contar para ele tudo o que se passa aqui dentro. — apontou para o meu coração — Ou esquece-lo de vez e seguir a sua vida. O Justin não é o único homem no mundo.

— Eu sei disso. — funguei sentindo mais lágrimas quentes rolarem — Eu juro que vou tomar uma decisão.

— Faltam três dias para o casamento dele, você precisa se decidir logo. — assenti com a cabeça.

— Dorme aqui hoje? — pedi.

— É claro, amiga. — abraçou-me.

— Meu coração está todo quebrado. — murmurei contra seu ombro.

— Eu estou aqui para juntar todos os caquinhos e colá-los. — acariciou meus cabelos — Sempre.

Eu precisava tomar uma decisão, resolver a minha vida. Não dá para ficar batendo na mesma tecla o tempo todo, tecla essa, que só faz com que eu sofra.

Preciso de alguém que me ame, que me de carinho, que esteja ali para mim sempre que eu precisar. Talvez essa pessoa possa ser o Justin, e eu só vou saber disso, quando realmente abrir o meu coração para ele.

Amanhã é o jantar de ensaio de casamento dele, e também será o dia em que colocarei todas as cartas na mesa. Será o dia da verdade, o dia da decisão. O dia em que abrirei o meu coração como nunca fiz antes.

Amanhã ele será meu, guardem minhas palavras.


Notas Finais


Tadinha da Jade :/ Minha menina sofre muito!
Esses textos que a Jade escreve, irão aparecer mais vezes no decorrer da história.
Comentem o que acharam do capítulo, um simples 'Continua' me incentiva muito.

Até o próximo. Xoxo


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