História Incontrolável - Eu também gosto de você, Park Jimin

Jimin sai do banho com uma toalha envolta na cintura, enxugando seu cabelo com uma outra. Para ao ver Jungkook deitado em sua cama, observando o teto. 
- O que está fazendo? - Se aproxima do armário, tirando uma bermuda confortável para ficar em casa.
- Estou te esperando. 
Jimin veste a bermuda, deitando na cama ao seu lado. 
- Você nunca me falou nada de você... - O olha de lado, com a curiosidade no olhar. - Conte-me um pouco sobre sua vida, seus hobbies, sua família... Seus casos amorosos!
Jungkook sorri, pondo a mão no rosto. Se vira para encará-lo, ainda sorridente. 
- Tudo bem. O que quer saber exatamente?
- Primeiro seus hobbies. 
- Eu leio em tempos vagos, escuto músicas, toco piano... - Pensa um pouco. - Escrevo em um diário... No fim não faço muitas coisas interessantes. 
- Escreve em um diário? - Jimin percebe seu maxilar enrijecer, mudando seu tom de voz para um tom brincalhão. - E escreve sobre mim nele?
Jungkook sorri novamente. Puta merda, como ele é lindo sorrindo desse jeito! 
- Sim, eu escrevo.
- Coisas boas? Espero que sim... 
Ele semicerra os olhos, deixando aos poucos o seu sorriso se tornar malicioso. 
- Coisas boas. - Confirma depois de um tempo. 
- E sua família? Naquele dia no shopping, eu vi uma garotinha e uma mulher com você. Eram seus parentes?
- Minha irmã e minha mãe. - Para um pouco. - Elas moram em outra cidade, só vem para cá uma vez à cada dois meses. - Dá de ombros. - Meu pai mora na China, ele tem outra família por lá. Só o vemos no Natal, mas ultimamente não mantenho contato com ele e faz muito tempo que não o vejo.
O clima pesa um pouco, até que Jimin faz uma expressão maldosa.
- E seus relacionamentos?
- Não estou em nenhum no momento. E você?
- Não, não.
Se entreolham em silêncio por um tempo, até que Jimin volta seu olhar para o lençol, distraindo-se enquanto passa os dedos por ele.
- O que você realmente leu em minha agenda naquele dia?- Escuta a voz calma de Jungkook. 
Jimin engole em seco, seu coração acelera rapidamente. Levanta o olhar com cautela, limpando a garganta.
- Quase tudo. - Recebe um frio olhar de Jungkook. Percebe-o afundar os dedos no colchão com força. 
- Então já sabe sobre o meu pai?
Jimin assente com a cabeça. 
- Sinto muito. - Sussurra. 
Jungkook se vira para a frente, fechando os olhos enquanto respirava profundamente. 
- Ninguém nunca soube disso. Aquela agenda era algo extremamente pessoal.
- Desculpe, eu não quis invadir sua privacidade. - A voz de Jimin é doce. - De principio havia pensado ser apenas pensamentos de uma criança, não achei que possuísse um conteúdo tão delicado. 
- Você não pode contar isso pra ninguém. - Segura o pulso de Jimin com força, o olhando com os olhos marejados. - Me prometa!
- Tudo bem, e-eu não vou contar nada!
Jungkook alivia seus dedos, ainda mantendo o olhar sobre ele. 
- Ótimo. 
- Você não precisa guardar tudo para si só. - Jimin acaricia sua mão. - Você pode conversar comigo quando quiser. 
- Não preciso de ninguém. - Vira o rosto para o outro lado.
Jimin morde o lábio inferior, sem tentar conter o impulso de abraçá-lo. Jungkook tenta se afastar um pouco, mas Jimin mantém os braços ao seu redor até ele virar o rosto vermelho contra seu peito. Ele chorava freneticamente, soluçava e gemia enquanto agarrava a camisa de Jimin com força.
Jimin nunca o tivera assim em seus braços antes, frágil e simples. Engoliu o choro ao vê-lo despedaçado daquela forma, tão sozinho, amedrontado e inseguro. Sentiu seu peito ser umedecido pelas lágrimas mornas que desciam sem parar dos olhos de Jungkook.
- Vai ficar tudo bem. - Jimin tentava consola-lo, alisando seu cabelo.
Jungkook balança a cabeça em negativa.
- Não, não vai. - Sussurra.
Jimin apenas o abraça mais forte, sentindo-o retribuir timidamente. Ficam assim por uns minutos, em silêncio, apenas sentindo seus corpos se movimentarem conforme a respiração regular de ambos. Jungkook se afasta um pouco, o encarando com olhos vazios. 
- Eu o vi no Natal de dois anos atrás. Estávamos na casa dele, jantamos formalmente, todos à mesa e bem vestidos. - Passa os dedos pela sua clavícula. - Mas na hora de dormir, ele entrou no quarto de hóspedes em que eu estava. Tinha uma faca na mão, podia ver o seu pau duro debaixo das calças... Ele sussurrou pra mim: “se resistir ou gritar, eu vou fazer a mesma coisa que fazia com você em sua irmã!”. - Mais lágrimas descem dos seus olhos. - Foi aí que soube que ele realmente não havia mudado. O senti dentro de mim mais uma vez, me senti podre tanto por dentro quanto por fora quando ele saiu. Não consegui pensar em mais nada à não ser que consegui salvar minha irmã. - Dá um riso amargo. - Mas se eu souber que ele encostou um dedo sequer em minha irmã, foda-se se ele é um senador, eu o mato!
- Não pense mais nisso. - Jimin acaricia seu rosto, oferecendo-lhe um sorriso amigável. 
Jungkook o examina com os olhos, entreabrindo a boca. 
- Beije-me. - Sussurra. 
Jimin chega mais perto dele, tocando seus lábios aos dele com delicadeza. Jungkook segura sua nuca, pressionando-o para mais perto, fazendo com que o beijo se tornasse um pouco mais intenso. Faz Jimin deitar na cama, deitando por cima dele. 
- Onde tem preservativo por aqui?
Jimin aponta para o criado-mudo, fazendo Jungkook se esticar até ele enquanto tateava a gaveta. Retira a cueca com rapidez, pondo o preservativo. Jimin tira a bermuda, observando cada movimento que Jungkook traçava até chegar perto do seu rosto, beijando seu maxilar. Penetra devagar e com calma, sem desgrudar a boca da pele do Jimin. 
Jimin geme baixinho ao sentir Jungkook estocar em certo ponto sensível dentro de si, fechando os olhos. Jungkook acelera devagar, mordendo os lábios de Jimin. Beija todo o seu pescoço, arfando em sua pele quando se desvencilhou dentro dele. Descansa em seu pescoço, deitando por cima dele com cuidado. 
- Obrigado. - Murmura, sentindo as pálpebras pesarem sob seus olhos. 
- Eu gosto de você. - Jimin sussurra, sentindo o coração de Jungkook acelerar contra seu peito. 
O que eu falei? Ai deus!
Jimin engole em seco, sem obter alguma resposta. Talvez Jungkook já estivesse dormindo... Fecha os olhos vagarosamente, cessando as carícias em Jungkook conforme o sono chegava.
Escuta uma risada lacônica um pouco baixa, sentindo-o aconchegar-se mais em seu peito. As palavras que foram murmuradas da boca de Jungkook foram quase inaudíveis, mas foi o suficiente para fazer os olhos de Jimin se abrirem em espanto:
- Eu também gosto de você, Park Jimin.