História Incontrolável - Capítulo 10

Louis e Harry viviam um daqueles raros momentos em que o mundo todo ao seu redor paralisa ou simplesmente desaparece... Ainda chovia, apesar de não ser uma chuva muito forte, outras pessoas se reuniram do lado de fora e dançavam mesmo que sem música alguma, risadas ecoavam pelo local, um casal brigava em um canto enquanto em outro um garoto passava mal depois de ter exagerado na bebida, mas Harry e Louis não percebiam nada disso porque estavam unicamente focados um no outro... Os beijos que trocavam eram longos, profundos e intensos, as mãos deslizavam pelos corpos sem muito pudor, Louis sequer sabia explicar como tinha aberto mais alguns botões da camisa de Harry, mas ele havia feito e agora suas mãos espalmavam o peito do outro, seus dedos deixando rastros quentes pela pele molhada da chuva.

Eles não entendiam porque simplesmente não conseguiam mais parar de se beijar depois que começavam, era como se as duas bocas tivessem sido feitas exatamente para se encaixarem com perfeição.

Louis gemeu baixinho quando sentiu as mãos de Harry descendo por suas costas, apertando de leve sua bunda e depois se encaixando na parte de trás de suas coxas, lhe dando impulso para que ele subisse em seu colo, e foi o que ele fez sem hesitar, as pernas envolveram o corpo de Harry, os braços passaram pelo pescoço dele, os dedos emaranhados nos fios de cabelos molhados.

Harry precisou abrir os olhos e afastar a boca da de Louis para conseguir andar para dentro da casa de novo sem que acabasse derrubando os dois, mas Louis aproveitou a chance para levar seus lábios até o pescoço do outro, marcando a pele e sorrindo ao ouvir os gemidos que Harry deixava escapar.

-Porra! – ele gemeu quando Louis deixou um chupão no seu maxilar.

-O que foi? Não gostou? – Louis riu baixinho e de forma provocante, mas em seguida estava gemendo também porque Harry tinha conseguido chegar até a sala e encontrou um canto mais afastado e reservado, onde foi rápido em prensar o Tomlinson contra a parede, ainda mantendo-o firmemente em seu colo, e voltou a beijá-lo com mais voracidade.

Louis ainda tinha toda a informação contada por Zayn martelando em sua mente, ele estava louco para poder conversar com Harry, para que o Styles se abrisse com ele e, quem sabe, ajudá-lo, mas ele também sabia que não seria tão simples assim e ainda não fazia ideia de como poderia iniciar aquela conversa, já que da outra vez, na casa abandonada, Harry tinha recuado e se fechado imediatamente quando o nome da mãe foi mencionado... Então, enquanto não decidia o que fazer com tudo o que Zayn tinha lhe dito, Louis deixou o desejo que Harry lhe despertava tomar conta das suas atitudes e apenas se entregou ao que ambos tanto queriam.

-Você ficou ainda mais delicioso todo molhado! – Harry murmurou contra a boca de Louis, afastando a franja que caía molhada contra sua testa para poder olhar melhor nos olhos azuis que brilhavam intensamente.

-Eu não consigo parar de tocar em você... – Louis disse e mordeu os lábios com força para tentar abafar os gemidos que escaparam quando Harry o pressionou com mais força contra a parede. –Harry, eu...

-Vocês são tão gostosos juntos! – eles se assustaram quando o grito surgiu do nada, mas logo deram risada ao verem que era Niall passando ao lado dos dois.

-Oi, Niall. – Louis acenou, ainda rindo.

-Continuem, por favor, apenas continuem... – Niall acenou de volta, mas já estava sendo puxado por um garoto para o andar de cima e logo sumiu.

-Eu preciso de você em um lugar aonde não seremos interrompidos. – Louis disse repentinamente e viu na expressão de Harry que o pegou de surpresa.

-Sério?

-Por quê? Você não quer? – Louis deixou suas pernas escorregarem pelo corpo de Harry e ficou de pé, ainda pressionado entre ele e a parede.

-E você ainda pergunta? – Harry sorriu enquanto se encostava mais contra Louis, deixando-o sentir com perfeição o quão duro ele já estava ficando. –A minha casa fica na rua de trás.

A informação fez Louis arquear uma sobrancelha, saber onde Harry morava era só uma das tantas coisas que ele queria descobrir sobre o outro.

-E eu moro sozinho, então garanto que lá ninguém irá nos interromper... – Harry continuou a falar enquanto distribuía beijos pelo maxilar e descia pelo pescoço de Louis.

Louis já sabia que Harry não conhecia o pai e tinha perdido a mãe, ele chegou a pensar que talvez o Styles morasse com algum parente, mas agora descobria que não.

-Então vamos para a sua casa, eu ainda tenho um tempo antes de precisar ir embora. – disse ao mesmo tempo em que inclinava a cabeça para trás, dando mais espaço para a boca de Harry em seu pescoço.

-Um tempo que será muito bem aproveitado. – Harry murmurou risonho.

No começo da noite, enquanto se agarravam no carro, os dois sabiam que talvez a noite os levasse por aquele caminho, mais do que saber, eles ansiavam por isso, Louis tinha decidido que não iria se controlar tanto e Harry desejava o Tomlinson desde o instante em que colocou os olhos sobre ele naquela festa noites atrás... Era mais do que hora de eles se permitirem viver o que tanto queriam!

   ****

Eles foram andando mesmo, até porque Harry já tinha precisado devolver a chave do carro para o amigo que lhe emprestou o veículo e também estava na festa, mas a casa dele ficava mesmo tão perto que isso não foi problema algum.

A chuva havia enfraquecido ainda mais, e nenhum dos dois se importavam em se molhar só mais um pouco, na verdade, eles não se importavam com coisa alguma enquanto corriam juntos pelas calçadas vazias, rindo o tempo todo como se estivessem embriagados, apesar de quase não terem bebido.

Naquele curto caminho percorrido, Louis percebeu o quanto gostava da risada de Harry, de como ele parecia mais jovem e leve quando sorria tão abertamente, as covinhas adoráveis surgindo, parecendo alguém bem diferente do garoto que ele encontrou machucado numa sala de hospital apenas um dia antes por ter se envolvido em uma briga... E Louis também percebeu que gostava de ser o motivo daquele sorriso, Harry carregava muita coisa dentro de si, muitos sentimentos ruins e pesados, uma culpa por algo que ele obviamente não tinha tido culpa alguma, a morte da mãe deixou marcas profundas no coração e na alma daquele garoto, Louis agora sabia mais coisas do que antes, mas ainda parecia tão pouco... Era como se ele conhecesse só a superfície de quem era o Harry e mesmo assim foi o bastante para fazer com que ele gostasse tanto dele.

-É aqui. – a voz de Harry o fez sair dos seus devaneios e voltar a prestar atenção ao redor.

Eles haviam parado em frente a uma casa que, olhando dali de fora, mais parecia um pequeno apartamento porque ficava bem em cima de uma grande garagem. A garagem estava com as portas de ferro fechadas e ao lado dela, grudada na parede, uma escada de pedra levava até uma porta de madeira lá em cima.

-Vem. – Harry apertou a mão de Louis na sua e o puxou pela escada até a porta, que ele destrancou e abriu rapidamente.

Assim que entraram, e Harry acendeu a luz, Louis olhou em volta e ficou impressionado porque dali de dentro o lugar parecia ainda mais com um pequeno, mas admirável apartamento... Do lado direito uma cozinha no estilo aberto dava direto para um cantinho com uma mesa redonda, a sala, do outro lado, tinha uma televisão enorme, uma estante com alguns filmes e livros que despertaram o interesse de Louis, um conjunto de sofás que parecia extremamente confortável, além de um tapete que dava vontade de se jogar em cima de tão grande e fofo. O lugar era cercado por enormes janelas e ainda tinha uma pequena varanda, mas Louis também percebeu que não havia muita coisa de decoração, nenhum quadro pelas paredes, que eram pintadas de um cinza clarinho, os móveis também eram de cores claras e neutras, nada muito colorido ou chamativo, além de ser bem mais organizado do que ele imaginou, nenhuma grande bagunça ou coisa fora do lugar, viu apenas algumas garrafas de bebida em cima do balcão da cozinha e o que parecia ser um ou dois casacos jogados por cima de um dos sofás.

-O quarto e o banheiro ficam no corredor. – Harry disse ao notar que Louis observava ao redor.

Louis seguiu a indicação dele e viu que tinha mesmo um corredor virando à esquerda de onde eles estavam parados.

-É muito legal aqui... Lá embaixo é uma garagem, né?!

-Sim, e é onde guardo algumas bagunças... Deu um pouco de trabalho a reforma daqui quando comprei, mas no final ficou do jeito que eu queria.

Cada nova informação que descobria sobre a vida de Harry, por menor que fosse, deixava Louis interessado.

-E faz muito tempo que você comprou esse lugar? – perguntou enquanto, seguindo o exemplo de Harry, começava a tirar os sapatos e meias molhados e os deixava perto da porta.

-Pouco mais de um ano. – foi a única coisa que Harry respondeu antes de mudar de assunto. –Quer beber alguma coisa?

Louis não insistiu mais nas perguntas.

-Não. – respondeu suavemente enquanto caminhava em passos lentos, mas determinados até parar frente a frente com Harry. –E eu não vou poder ficar até muito tarde por aqui, então é melhor aproveitarmos, não acha?

-Acho que essa é mesmo uma ótima ideia! – Harry voltou a sorrir e segurou o rosto de Louis, acariciando levemente as maçãs do rosto dele, passando as pontas dos dedos lentamente pelos traços daquele rosto que não saía dos seus pensamentos desde a noite em que se conheceram.

Louis sorriu com o carinho suave e ficou na ponta dos pés para fazer seus lábios alcançarem os de Harry em um beijo mais doce e lento do que eles haviam trocado antes. Todo o desejo e a excitação ainda estavam ali, presentes e com intensidade, mas também surgiu uma suavidade, uma vontade de fazer o tempo ir mais devagar e aproveitar cada instante possível daquele momento.

O beijo continuou lento e gostoso enquanto Louis começava a tirar a jaqueta que vestia e depois tirava a de Harry, as primeiras peças de roupas ficaram caídas ali no chão perto da entrada mesmo... E outras foram ficando pelo caminho até o quarto... Louis se deliciou abrindo os botões da camisa de Harry que ainda estavam fechados e depois arrancando a blusa de uma vez, assim como a sua foi tirada pelas mãos ansiosas do Styles, as camisas ficaram no corredor, em frente à porta do quarto que estava aberta e por onde Harry levou Louis tão rapidamente que ele sequer teve chance de olhar melhor aquela parte do lugar, a única coisa que Louis pôde perceber foi que a cama era grande e confortável porque num piscar de olhos Harry o tinha pressionado contra o colchão, o corpo maior cobrindo o seu de um jeito delicioso, as bocas ainda unidas em um beijo que ficava mais intenso com o passar dos segundos.

-Eu estava louco para ter você assim... – Harry sussurrou com desejo enquanto descia os beijos pelo corpo de Louis, que tinha se ajeitado no meio da cama com o maior ainda por cima de si. –Você é tão gostoso, porra!

Louis riu e gemeu quando sentiu os dentes de Harry raspando em seu mamilo e chupando-o com força, antes de fazer o mesmo com o outro.

-Eu já disse que você tem uma boca muito suja, não disse? – Louis provocou enquanto puxava os cabelos de Harry, que agora descia pela barriga dele, seus dedos indo agilmente para o botão da calça que Louis ainda vestia e abrindo-o.

-Mas pelo que estou vendo aqui, você gosta bastante da minha boca suja! – Harry exclamou cheio de malícia quando deslizou o zíper da calça de Louis e começou a tirá-la, vendo o quão excitado ele estava.

-Cala a boca e tira essa calça de uma vez. – Louis resmungou e levantou o quadril um pouco para facilitar a retirada do jeans que foi jogado de lado.

Agora Louis estava só de cueca, que não escondia em nada o tamanho do seu desejo por Harry.

-Eu provavelmente seria capaz de gozar só olhando para você deitado na minha cama desse jeito. – Harry sussurrou roucamente porque a visão em sua frente era realmente maravilhosa.

Louis ainda estava molhado da chuva, ambos estavam, os lábios inchados pelos beijos, os olhos azuis nublados com o desejo pareciam ainda mais intensos e bonitos, o corpo dele, cada curva, cada detalhe, fazia Harry estremecer de prazer... Ele achou mesmo que seria capaz de gozar apenas olhando para Louis deitado ali em sua cama e isso o surpreendeu e espantou um pouco porque ele jamais tinha sentido algo tão intenso antes, mas também o deixou ainda mais excitado... Tudo o que Louis, em tão pouco tempo, vinha despertando nele era inexplicável e incrível.

-Vai ficar aí só olhando? – Louis disse ao mesmo tempo em que suas mãos deslizavam pelo próprio corpo e pairavam bem em cima de sua ereção já tão marcada no tecido fino da cueca.

-Você ama me provocar, não é?! – Harry engoliu em seco enquanto via Louis apertando o próprio pau.

-Admito que te provocar é mesmo bem excitante. – Louis riu e ergueu um dos pés, apoiando-o contra o peito de Harry e o esfregando ali.

-Minha vez, então! – Harry também riu e rapidamente segurou a perna do menor, voltando a apoiá-la sobre o colchão e afastando as coxas dele, se posicionado no meio delas e voltando a distribuir beijos pela barriga de Louis.

-Isso é tão bom... – Louis gemeu ao sentir os lábios chegarem cada vez mais próximos de sua ereção.

O gemido dele ficou mais alto e forte quando Harry passou a língua por toda a extensão do seu pau, ainda por cima da cueca, antes de tirá-la de uma vez por todas, deixando Louis completamente nu.

-Porra, até o seu pau é lindo. – Harry sorriu com malícia e Louis riu, mas em seguida já estava gemendo de novo porque o Styles tinha cercado sua ereção com uma das mãos e o masturbava enquanto seus lábios envolviam a glande.

Louis já tinha comprovado, por todo os beijos trocados, que Harry tinha realmente uma boca muito habilidosa, mas agora aquilo era afirmado mais uma vez... Harry o chupava com uma perfeição que o fazia delirar, a língua percorria toda sua extensão antes de voltar a dar atenção para a glande e então levá-lo até o fundo da sua garganta, todo o corpo de Louis estava em um frenesi alucinante, já fazia um tempo desde que alguém o tinha tocado daquele jeito, na verdade, sendo bem sincero, ninguém nunca o havia feito sentir tanto prazer assim... E eles mal haviam começado!

-Harry! – Louis gemeu o nome incontáveis vezes enquanto agarrava os cabelos do Styles e fodia a boca dele.

-Você é mesmo uma delícia... – Harry murmurou ao deixar o pênis escorregar para fora de sua boca, mas sua mão já estava ao redor dele, masturbando-o.

-Eu também quero te tocar... – Louis não ligou por seu tom de voz estar soando tão desesperado.

-Merda, eu preciso tirar essa calça maldita. – Harry resmungou enquanto se sentava na cama e começava a tirar o jeans e a cueca de uma vez.

Louis se remexeu inquieto pela falta de contato e também se sentou para ajudar Harry a se livrar das roupas restantes mais rapidamente, os dois riram quando se atrapalharam por alguns instantes na pressa, mas logo já estavam deitado de volta na cama, agora os dois enfim completamente nus.

-Por falar em pau lindo... – Louis devolveu o elogio enquanto admirava a ereção de Harry e o envolvia com sua mão, tocando-o do jeito que estava tão louco para fazer.

As bocas voltaram a se unir em outro dos tantos beijos vorazes que eles trocavam, as línguas se entrelaçavam enquanto os corpos faziam o mesmo, se esfregando, se descobrindo... O prazer transbordava naquele quarto enquanto os gemidos ecoavam altos e sem censura.

-Acho que eu nunca fiquei tão duro assim! – Louis admitiu enquanto Harry voltava a ficar por cima dele, entre suas pernas que envolviam o corpo do maior.

-Nem eu... Nem eu... – Harry sussurrou ao afundar o rosto no pescoço do outro enquanto alinhava seus paus juntos e os esfregava, os quadris se movendo com uma precisão perfeita para tornar a fricção entres as ereções ainda mais deliciosa. Mas Louis queria mais, ele precisava tocar mais, saborear mais do corpo de Harry, então os virou, ficando por cima, e começou a descer pelo corpo do Styles.

-Louis... – Harry gemeu ao se apoiar nos cotovelos, querendo ver cada movimento do outro sobre o seu corpo, e gemeu mais alto quando sentiu e viu Louis segurando seu pau e levando os lábios até ele.

-Humm... – Louis murmurou, se deliciando enquanto o chupava profundamente.

Harry embrenhou os dedos da mão direita nos cabelos de Louis, puxando-o levemente, os olhos azuis focaram nos verdes, tornando o momento ainda mais excitante para os dois. Harry não conseguia desviar os olhos da cena maravilhosa que era seu pau sendo engolido pelos lábios macios e habilidosos de Louis... Se antes ele já achava que seria capaz de gozar a qualquer momento, agora sabia que precisava de todo o controle do mundo para não atingir o seu ápice antes da hora, porque ele queria, mais do que tudo, aproveitar cada segundo.

-Lou... – Harry gemeu e puxou os cabelos dele com mais força. –Vem aqui antes que você me faça gozar!

-Mas achei que fosse essa a intenção. – Louis sorriu quando o pau de Harry deslizou para fora de sua boca e começou a beijar e marcar as coxas e a virilha dele.

-E é... Mas eu estou louco para gozar dentro de você. – Harry disse e foi o suficiente para fazer Louis voltar a subir pelo corpo dele e beijá-lo.

-Você tem camisinha? – Louis perguntou entre os beijos.

-Merda, espere... – Harry o beijou mais uma vez antes de sair da cama e ir até o armário no canto do quarto, voltando de lá com a camisinha e lubrificante. –Vira pra mim, Louis.

O pedido fez Louis sorrir e se virar, ficando de bruços bem no meio da cama, ele se agarrou em um travesseiro, ficando confortável, e ergueu um pouco o quadril, se empinando na direção de Harry.

-Puta merda! – Harry se posicionou atrás dele e se inclinou para baixo, beijando as costas de Louis e agarrando a bunda dele com vontade. –Essa sua bunda!

-Você gosta? – Louis o olhou por cima do ombro, se empinando ainda mais.

-E você ainda pergunta? – Harry gemeu antes de se abaixar mais e lamber a entrada de Louis, fazendo-o arfar e estremecer.

Os minutos seguintes foram uma mistura de gemidos e ofegos, Harry juntou os dedos com sua língua na entrada de Louis e os toques fizeram o Tomlinson delirar enquanto se masturbava lentamente. O dedos de Harry iam tão fundo em Louis que ele não conseguia pensar em mais nada com coerência, o nome do Styles era o único som que saía junto com os gemidos dos seus lábios... Harry achou que os vizinhos seriam capazes de ouvir os gemidos deles, mas foda-se, que ouvissem!

-Harry, por favor, por favor... – Louis conseguiu dizer, ou melhor, implorar, e aquele pedido foi o suficiente para fazer Harry parar de torturar os dois, ele colocou a camisinha e derramou mais lubrificante em seu pau antes de guiá-lo para dentro de Louis.

-Ah... Tão gostoso! – Harry gemeu quando centímetro por centímetro foi se afundando em Louis, até estar inteiramente dentro dele.

-Sim! Tão... Tão gostoso! – Louis estava de quatro na cama e o seu corpo todo parecia prestes a se desmanchar tamanho prazer que sentia.

-Você gosta desse jeito, baby? – Harry gemeu contra o ouvido dele quando se debruçou sobre o corpo do menor, envolvendo-o com seus braços, uma de suas mãos afastando a de Louis do pau dele para envolvê-lo com seus dedos longos e acariciá-lo no mesmo ritmo em que o penetrava.

-Sim, eu amo desse jeito! – Louis afirmou enquanto Harry ia cada vez mais rápido e fundo dentro dele.

Eles tinham um encaixe perfeito e desfrutaram de cada segundo... Os corpos se moviam num ritmo intenso e delicioso, depois de um tempo Harry sentou na cama, apoiando-se contra a cabeceira, e Louis sentou em seu colo, cavalgando-o com intensidade.

-Você é tão apertado, tão quente... – Harry ofegou enquanto segurava os quadris de Louis e depois apertava sua bunda, o ajudando a subir e descer em seu pau. –Porra, Louis!

-E você é tão grande, tão gostoso! – Louis sorriu, uma das mãos de Harry voltou a segurar seu membro e ele gemeu enquanto sentia o Styles acariciando-o, os dedos passando por sua glande e depois descendo e indo pairar em suas bolas.

Os gemidos ficaram mais altos e em seguida foram abafados pelo beijo que se iniciou, os lábios se moviam de um jeito mais desleixado, as línguas se buscando e se entrelaçando vorazmente , os movimentos ficaram mais intensos e descontrolados... Louis subia e descia com precisão no pau de Harry, as bocas não se desgrudaram, Harry aumentou a velocidade com que masturbava Louis e, sem conseguir se controlarem por mais tempo, eles gozaram quase que simultaneamente, Harry um pouco antes e logo depois Louis, sujando a mão do Styles e os seus corpos.

As respirações ofegantes, os corpos suados, os lábios inchados... E uma sensação maravilhosa tomou conta dos dois... Tinha sido tão intenso, forte, mas também com um toque de doçura, com carinho... Foi tudo e muito mais do que eles acharam que seria!

Louis saiu com cuidado de cima de Harry, gemendo baixinho quando os corpos se desconectaram, e se jogou na cama, Harry se livrou da camisinha e depois se jogou ao lado dele.

-Uau! – Louis murmurou e eles riram, se olhando e trocando um beijo suave.

-Foi bom pra você? – Harry brincou.

-Não comece a fazer perguntas bestas. – Louis riu de novo e o estapeou de leve no peito, depois ficou de lado, se apoiando no cotovelo e passando a mão com suavidade pelos cabelos e rosto de Harry. –Foi incrível!

-Foi sim, melhor do que nos sonhos que me atormentavam desde o nosso primeiro beijo.

-Você sonhou muito comigo? – Louis arqueou uma sobrancelha divertido.

-Os sonhos mais pervertidos que já tive em toda a minha vida! – Harry admitiu sem vergonha alguma.

-Bem, eu não posso ficar a noite toda hoje, mas em outro momento você pode me mostrar como foram esses sonhos tão pervertidos.

-Vou adorar te mostrar com os mínimos detalhes. – Harry riu e puxou Louis para cima do seu corpo, beijando-o novamente, eles não cansavam de se beijar, a verdade é que quanto mais se beijavam e mais se tocavam mais eles queriam.

-Eu preciso ir ao banheiro. – Louis resmungou entre os beijos suaves que estavam sendo trocados.

-Mas você ainda pode ficar mais um tempinho antes de ir embora, né?! – Harry perguntou.

-Sim, eu posso. – Louis assentiu, mesmo não fazendo ideia de que horas eram... Só que ele queria ficar mais um pouquinho ali com o Harry, então ficaria.

Ao sair da cama, Louis procurou rapidamente o celular, achando-o jogado perto de onde sua calça estava no chão, por sorte o aparelho ainda funcionava perfeitamente mesmo depois da chuva que ele e Harry pegaram. Já passava das duas da madrugada e tinha uma ligação perdida de Mark, o que fez Louis suspirar pesadamente.

-Algum problema? – Harry perguntou ainda da cama, observando Louis atentamente.

-Perdi uma ligação do Mark, vou retornar enquanto vou ao banheiro. – Louis disse antes de sair do quarto.

-É a porta da frente. – Harry gritou e Louis assentiu.

O corredor era curto e estreito, tinha o banheiro na frente do quarto e mais para o fundo do corredor havia outra porta, ela estava fechada e Louis se perguntou por um instante que cômodo seria aquele, mas a curiosidade passou tão rapidamente quanto veio e ele foi para o banheiro de uma vez. Depois de aliviar a bexiga e se limpar um pouco, sorrindo ao se olhar no espelho e ver as marcas que Harry havia deixado em seu corpo, Louis se apoiou no balcão da pia e retornou a ligação de Mark, que o atendeu rapidamente.

-Desculpe não ter atendido quando você me ligou, eu não ouvi. – Louis disse.

-Você já está em casa? – Mark perguntou cautelosamente.

-Eu estou com o Harry. – Louis respondeu. –Mas daqui a pouco vou embora, não precisa se preocupar.

Mark ficou em silêncio por um tempo antes de voltar a falar e Louis apenas esperou.

-Ok. – ele disse. –Não teve nenhuma confusão, teve?

-Não, pai...  Eu estou bem, logo estarei em casa. – Louis o tranquilizou, ele sentia, pelo silêncio pesado do outro lado da linha, que Mark queria fazer mais perguntas, mas estava se segurando.

-Tudo bem. – Mark disse por fim. –Ainda tenho mais algumas horas de trabalho, logo nos vemos em casa, se cuide, filho.

-Eu vou... E bom trabalho. – Louis se despediu antes de encerrar a ligação e voltar para o quarto.

Harry ainda estava deitado, confortavelmente abraçado a um travesseiro, Louis sorriu e sentiu um arrepio gostoso ao admirar mais uma vez aquele corpo lindo em sua frente.

-Está olhando muito, vai acabar me deixando duro de novo. – Harry murmurou com a voz um pouco sonolenta e Louis gargalhou antes de ir se juntar a ele na cama. –Foi tudo bem na ligação com o seu pai?

-Foi sim. – Louis deixou Harry lhe envolver com seus braços e deitou a cabeça no peito dele.

Um silêncio tranquilo recaiu sobre o quarto e Louis aproveitou para olhar melhor ao redor, era um quarto razoavelmente grande, a cama ocupava a maior parte do espaço, um armário espaçoso e uma poltrona confortável em um dos cantos eram os únicos outros móveis, mas ali também tinha uma janela enorme e, como as cortinas estavam abertas, Louis podia ver o céu ainda carregado, alguns pingos de chuva batendo contra o vidro.

-Eu gostei daqui. – Louis disse suavemente. –Parece um apartamento, deve ser bacana ter um lugar assim só seu, pelos próximos anos eu ficarei no alojamento da faculdade.

-Eu também gosto daqui. – Harry respondeu, os seus dedos passando pelos fios do cabelo de Louis em uma carícia. –E você está empolgado para a faculdade?

-Sim, ser médico sempre foi o meu sonho. – Louis se aconchegou mais contra o corpo de Harry. –Você trabalha aqui? Ou quer ir fazer alguma faculdade também?

-Não. – a resposta foi imediata, mas depois, com um suspiro, Harry continuou. –Eu tinha alguns sonhos, mas acabei deixando-os de lado por um tempo... E por enquanto não estou trabalhando.

-Não? – Louis apoiou o queixo no peito de Harry, para que pudesse olhar melhor para o rosto dele.

-Quando a minha mãe morreu... – Harry começou e parou por um instante, os olhos estavam fixos na janela, mas os dedos continuavam a acariciar os cabelos de Louis, que esperou pacientemente que ele continuasse a falar. –Ela me deixou uma boa herança, uma tia distante veio pra cá e ficou um tempo comigo, mas nunca tivemos muito contato e ela mora em Londres, depois de um tempo ela voltou pra lá e eu preferi ficar por aqui... Ela ficou responsável por mim até eu completar meus dezoito anos, desde então estou por conta própria.

Foi mais informação do que Louis imaginou que teria, mas ficou feliz por Harry ter se sentido seguro para lhe contar aqueles detalhes.

-E você ainda tem contato com essa tia?

-Um pouco, ela e minha mãe não eram muito próximas, eram só as duas de irmãs, mas elas também eram muito diferentes e tinham alguns problemas. – Harry murmurou. –Enfim, depois que fiz dezoito anos, eu acabei vendendo a casa onde morava com a minha mãe e comprei esse lugar aqui, reformei, e é isso... Ainda tenho um bom dinheiro da herança e vou me virando com ele enquanto não decido o que fazer.

-Você pode realizar esses sonhos que ficaram para trás. – Louis sugeriu e os olhos verdes desviaram da janela e focaram nos azuis.

-Não sei, eu estou bem do jeito como as coisas estão agora. – Harry deu de ombros, dando o assunto por encerrado, mas qualquer um poderia ver que aquilo não era tão verdade assim.

Louis se lembrou da culpa que Zayn falou que Harry carregava, mas o Styles não tinha falado nada sobre isso ou sobre como a mãe morreu, e Louis receava por perguntar e estragar o momento... Ele tinha se aberto um pouco, contado partes de sua história, talvez aquele fosse um bom começo, Louis queria ajudá-lo, mas já tinha percebido que precisaria ser paciente e compreensivo para conseguir, era angustiante porque ele não tinha muito tempo em Holmes Chapel e porque, a cada segundo, ele gostava mais de Harry e se importava mais com ele.

-Quer comer alguma coisa antes de você ter que ir embora? – Harry perguntou depois de mais alguns instantes de silêncio. –Estou morrendo de fome e deve ter algo na geladeira.

-Claro, também fiquei faminto. – Louis respondeu e o beijou.

Antes Harry foi ao banheiro se limpar um pouco e depois eles vestiram apenas cuecas e seguiram para a cozinha. Louis se recostou contra o balcão enquanto observava Harry preparar um sanduíche para os dois e eles conversaram sem parar... Louis respondeu perguntas sobre a família e os amigos que ficaram em Doncaster, falou com adoração e animação sobre a gravidez da mãe, de como estava ansioso pelo nascimento dos gêmeos, e sobre como também ficava empolgado e com um pouco de medo quando pensava em como seria estudar e morar sozinho em Londres.

Eles falaram muito e, apesar de Harry não contar mais nada muito íntimo sobre si mesmo, Louis respeitou e não fez perguntas. Deram risadas e trocaram mais beijos e carícias, tudo o que Louis queria era poder voltar para a cama de Harry, se aconchegar contra ele e dormir, mas não queria arrumar problemas com Mark logo agora que o pai estava cedendo e sendo mais razoável, então depois de mais um tempo, eles voltaram para o quarto e se vestiram. Harry fez questão de acompanhá-lo até em casa.

Eles caminharam tranquilamente pela madrugada, a chuva tinha parado, mas o cheiro gostoso de terra molhada ainda era fortemente presente no ar.

-Eu vou poder voltar na sua casa mais vezes? – Louis perguntou com um tom brincalhão, mas com um fundo de curiosidade sincera.

-Por mim você nem tinha saído de lá. – Harry respondeu e chegou um pouco mais perto de Louis, suas mãos encostando uma na outra conforme eles andavam. -Poderíamos muito bem estar na minha cama de novo agora.

-Da próxima vez eu passo a noite. – Louis prometeu.

-É bom mesmo, ainda tenho todos àqueles meus sonhos pervertidos para demonstrar, lembra?

-Claro que lembro... E vou cobrar! – Louis riu.

Os dois chegaram ainda mais perto um do outro, as mãos se tocaram de novo e de novo até os dedos, de um jeito muito natural, se entrelaçarem. O resto do caminho foi percorrido em silêncio, mas existem alguns momentos na vida em que palavras não são necessárias... E aquele era um desses momentos!