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História Incontrolável - Capítulo 23


Escrita por: LarryLove

Capítulo 23 - Capítulo 23


A curta viagem de volta para Holmes Chapel foi feita tranquilamente. Louis gostaria de ficar mais aquela noite com Harry, mas ele também queria e precisava passar mais tempo com o pai, além disso, achava que Harry provavelmente precisaria daquela noite só para ele, tendo como companhia todo o material de pintura que comprou.

-Eu passo na sua casa amanhã. – Louis prometeu enquanto eles se despediam ainda dentro do carro, agora já parado em frente da casa do Mark.

-Tudo bem. – Harry o beijou. –E obrigado por ter ido comigo, foi uma tarde bem especial.

-Você sabe que não precisa me agradecer, até porque foi incrivelmente especial para mim também. – Louis segurou o rosto de Harry e o aproximou do seu.

As bocas se encontraram e se encaixaram com uma suavidade que aos poucos foi dando lugar ao desejo e voracidade já tão marcantes dos dois.

-Eu sou completamente viciado em beijar você. – Harry grunhiu ao puxar o cabelo de Louis levemente e mordiscar o lábio inferior dele, prendendo-o entre seus dentes antes de chupá-lo.

-Até que é um bom vício, não acha?! – a risada de Louis foi acompanhada de um gemido e outro beijo.

Eles ficaram se beijando dentro do carro até o barulho da chuva repentina os assustar.

-É melhor eu entrar antes que a chuva piore. – Louis já estava quase sobre o colo de Harry e o abraçou por alguns instantes, afundando o rosto no pescoço do Styles e sentindo o perfume gostoso e marcante dele.

Mais alguns beijos depois, Louis enfim saiu do carro e correu para dentro da casa enquanto a chuva ficava mais forte, antes de entrar ele ainda olhou para o carro se afastando e sorriu com carinho, sentindo-se extremamente sortudo e feliz pelos momentos passados ao lado de Harry.

A casa estava vazia quando Louis entrou, Mark provavelmente havia ficado preso no trabalho, então ele foi direto tomar um banho e depois, vestido bem mais confortavelmente, foi para o seu quarto, se sentou na cama com o quadro que Harry lhe deu de presente e o desembrulhou com cuidado.

Louis ainda se admirava com todo o talento do Styles, o quadro era tão lindo, aquele céu tempestuoso extremamente real, e ele estava tão concentrado no quadro, os dedos deslizando suavemente pela pintura, que se assustou quando Mark apareceu na porta do quarto.

-Eu não queria te assustar. – Mark riu com o olhar espantando que recebeu do filho. –Mas você parecia tão concentrado, o que tem aí?

-Ganhei do Harry. – Louis abriu espaço na cama e Mark se sentou ao lado dele.

-É uma bela pintura. – elogiou.

-Ele fez. – o tom de admiração não passou despercebido. –É incrível, não é?!

-Sim, é mesmo uma pintura incrível. – Mark concordou. –Eu não sabia que ele é um artista, me lembro do talento da Anne e acho que um tempo atrás eu via o Harry grafitando com o Zayn por aí, mas não imaginava que ele fosse tão talentoso assim.

-Ele é muito talentoso sim, mas ficou um longo tempo afastado da arte dele, desde que a mãe morreu... Só recentemente voltou a desenhar e hoje nós fomos comprar alguns materiais para ele voltar a pintar também. – Louis contou tudo enquanto os dois ainda encaravam a bela arte feita por Harry.

-Nossa! Eu não fazia ideia de tudo isso! – Mark pensou no tanto sobre Harry que ele não sabia, no tanto que tinha apenas imaginado e formado uma opinião errada.

-Ele é incrível, pai, o problema é que por um tempo ele mesmo tinha se esquecido disso.

-Bom, parece que você está fazendo com que ele se lembre.

-Não, ele mesmo está fazendo isso, mas eu fico feliz por estar ao lado dele enquanto acontece.

Mark sorriu para o filho, sentindo-se tão orgulhoso do ser humano maravilhoso que ele era e, principalmente, sentindo-se sortudo pela segunda chance de fazer parte da vida do seu menino de novo depois de ter errado tanto com ele no passado.

-E então, o que você vai fazer com o quadro?

-Vou levá-lo para a faculdade comigo, mas enquanto estou aqui gostaria de pendurá-lo na parede do quarto, tudo bem?

-Claro que sim, se quiser eu te ajudo e podemos fazer isso agora mesmo. – Mark se levantou.

-Seria ótimo.

-E lembre ao Harry de aparecer mais vezes. – Mark acariciou distraidamente o cabelo do filho enquanto continuava a pensar em tudo sobre Harry que ele ainda não sabia e em todas as suposições equivocadas que já teve sobre o comportamento do garoto, mais do que isso, pensava no quanto talvez pudesse ter ajudado o rapaz.

-Pode deixar que eu vou falar com ele sim. – garantiu, até porque tudo o que Louis mais queria era que Mark e Harry pudessem mesmo ficar mais próximos, ele acreditava que Mark poderia ser mais alguém com quem Harry contaria, pensar assim o deixaria mais tranquilo quando ele precisasse ir para Londres.

   ****

Enquanto Louis e Mark penduravam o quadro de Harry na parede do quarto, o Styles estava na frente de uma tela completamente em branco.

Harry já tinha devolvido o carro para Joe e então se despiu, ficando apenas de cueca, e foi para o quartinho que por tanto tempo tinha ficado trancado, mas agora estava sempre com a porta aberta. Ele ainda precisava arrumar ali e queria fazer isso em breve, mas não agora, nessa noite ele apenas puxou seu antigo cavalete para o meio do quarto e apoiou nele uma das telas que comprou mais cedo.

Já fazia muito tempo desde a última vez em que ele havia deslizado um pincel por uma tela, misturando cores e dando vida a algo único e especial, mas quando começou foi como se jamais tivesse parado... Suas mãos sabiam exatamente o que fazer, ele não hesitava na hora de escolher quais cores usar e estava cheio de sentimentos e pensamentos loucos para serem libertados da melhor forma que ele fazia, através da sua arte... E foi exatamente o que Harry fez durante a noite toda.

   ****

Harry não viu as próximas horas passarem, ele estava tão imerso no que fazia, no movimento do pincel na tela cada vez menos branca e no sentimento incrível de se expressar através da sua arte que sequer percebeu ter passado a noite toda em claro... E quando enfim notou que já tinha amanhecido, ele não se sentiu nem um pouco cansado ou sonolento, pelo contrário, seu corpo estava coberto de respingos de tinta, os cabelos um pouco bagunçados e a tela, que era uma das grandes, ainda não estava totalmente finalizada do jeito que ele queria, mas ele nunca se sentiu melhor, mais desperto e mais vivo do que naquele momento. Mais uma vez, não conseguia entender como conseguiu ficar tanto tempo sem aquilo, mas o importante era que tinha realmente sido capaz de quebrar a barreira que o impedia de ser ele mesmo de novo e de fazer algo que o deixava tão feliz.

Passava um pouco das oito da manhã quando ele decidiu ir tomar um banho, comer alguma coisa e talvez dormir, apesar de estar se sentindo extremamente desperto e empolgado, mas ele estava saindo do banheiro quando ouviu batidas na porta e, enrolando a toalha na cintura, caminhou até lá e a abriu.

-Você atende todo mundo que bate na sua porta assim só de toalha? – Louis tinha uma sobrancelha arqueada e um sorrisinho brincalhão no canto da boca.

-Não, esse visual eu guardo especialmente para você. – Harry riu e o puxou para dentro, tirando-o da chuva que ainda caía com certa força.

-Ah, então você sabia que era eu batendo na porta?

-Tinha esperanças de que fosse. – Harry ainda ria quando o beijou.

-Humm... Você está tão quentinho. – Louis suspirou ao se grudar mais contra o corpo de Harry.

-E você está um gelo! Veio caminhando na chuva?

-Não, meu pai me deu uma carona antes de ir trabalhar e... – Louis se afastou e só então Harry percebeu que ele tinha uma sacola em uma das mãos. –Ele ainda me levou na cafeteria que fica perto da delegacia e eu trouxe café da manhã pra gente.

-Tudo o que eu precisava... – um suspiro de satisfação escapou de Harry. –Você e um bom café da manhã... Até porque eu sequer dormi na noite passada.

-Sério? – a informação fez Louis parar no caminho que fazia até a cozinha.

-É, eu comecei a pintar e quando me dei conta já tinha amanhecido. – disse com um encolher de ombros.

-E você está bem? – Louis perguntou olhando com atenção para a expressão de Harry.

-Sim, eu estou. – afirmou. –Em alguns momentos foi um pouco estranho, sabe?! Intenso demais, estar pintando, mais do que tudo, me faz pensar na minha mãe... Mas foi realmente bom voltar a pintar, fez com que eu me sentisse eu mesmo de novo.

-Isso é maravilhoso, baby. – Louis deixou o café da manhã em cima do balcão na cozinha e caminhou de volta para Harry, afundando o rosto no peito nu dele e suspirando ao sentir os braços aconchegantes ao seu redor. –Será que eu posso ver esse quadro?

-Claro, e estou querendo começar a arrumar o quartinho, pendurar mais alguns quadros pela casa... Você me ajuda?

-Em tudo o que você quiser. – segurando o rosto de Harry com carinho, Louis o beijou. –Mas antes o café da manhã porque você deve estar faminto.

Com mais um beijo Louis se afastou, ele tirou os sapatos, ficando só de meias, e jogou a jaqueta em cima de uma das cadeiras na cozinha, ele já se sentia tão em casa ali.

-Na verdade estou mesmo faminto! – exclamou ao seguir o Tomlinson para a cozinha, mas o olhar que ele lançava para Louis deixava bem claro que não era só do café da manhã que ele tinha fome.

-Você é mesmo um safado! – a gargalhada de Louis ecoou pela cozinha junto com o barulho da chuva que caía com mais força lá fora. –Eu vou te alimentar primeiro e depois podemos tratar dessa outra fome aí...

Harry suspirou em frustração, mas ele já estava se acostumando a deixar Louis dar as ordens, e seu estômago estava mesmo roncando com o cheiro delicioso do café e dos bolinhos que Louis havia levado.

Eles comeram com Louis sentado no colo de Harry, as brincadeiras, provocações e carinhos fazendo os dois sorrirem sem parar... Sem dúvida era o melhor jeito de começar um dia!

Quando terminaram, Louis tentou arrumar um pouco a pequena bagunça que fizeram em cima da mesa, mas foi impedido pelas mãos de Harry segurando-o e erguendo-o com facilidade.

-O que você está fazendo? – Louis perguntou com uma risada quando envolveu suas pernas na cintura de Harry para se firmar melhor no colo dele.

-Cuidando da minha outra fome... – o olhar cheio de desejo do Styles fez Louis estremecer.

-Pro quarto, então... – Louis pediu porque a cama de Harry era tão grande e macia, na verdade ele já sentia falta de dormir nela quando estava na casa do pai.

Harry nunca andou tão rápido da cozinha até o seu quarto, as bocas já estavam unidas em um beijo intenso quando eles entraram no cômodo e Louis foi colocado sobre a cama com o corpo de Harry cobrindo o dele logo em seguida.

-Foi estranho dormir sem você na noite passada. – Louis admitiu quando Harry deslizou a boca para o pescoço dele e a declaração fez o Styles parar por um segundo, um sorriso gigante surgindo em seus lábios.

-Eu me sinto sempre meio estranho quando você não está por perto... E me sinto cada vez mais desse jeito. – também admitiu enquanto se ajoelhava na cama, uma perna de cada lado da cintura de Louis. –Devem ser os efeitos de se estar tão loucamente apaixonado, não acha?!

-Sim, só pode ser isso. – com um sorriso tão grande e brilhante quanto o de Harry, Louis ergueu as mãos até a toalha que agora já estava meio frouxa na cintura do Styles e a retirou, jogando-a de lado e estremecendo ao ver como ele já estava excitado.

As peças de roupas de Louis também não demoraram muito a serem retiradas, entre beijos e carícias ele foi rapidamente se despindo até os corpos nus se acomodarem juntos e entrelaçados no meio da cama.

As peles pareciam em chamas enquanto eles rolavam pela cama, os gemidos e ofegos acompanhados de sussurros apaixonados, eles nunca se sentiram tão conectados a alguém antes, era tudo tão natural entre os dois, como se eles se conhecessem a vida toda, como se os corpos já fossem tão íntimos um do outro que inconscientemente sabiam exatamente o que fazer para causar mais prazer.

Louis se sentiu fora de si quando a boca de Harry começou a percorrer todo o seu corpo, ele espalhou bem as pernas quando o Styles se encaixou entre suas coxas e lambeu seu pau da base até a ponta, sugando sua glande com vontade.

-Porra! – Louis puxou os cabelos de Harry, seu corpo arqueando com o prazer.

Harry amava sentir que Louis estava tão entregue e o quanto conseguia dar prazer ao Tomlinson, os gemidos e sussurros que escapavam pelos lábios de Louis eram como música para os ouvidos de Harry que, quanto mais o outro gemia mais o chupava.

Ao sentir os dedos de Harry em suas bolas e depois rodeando sua entrada, Louis fincou os pés na cama, seu corpo arqueando ainda mais...

-Seus dedos são tão longos... Merda! – Louis choramingou de prazer, se contorcendo ao ter dois dedos de Harry profundamente enterrados dentro de si.

-Você gosta assim, baby? – Harry sorriu quando seus dedos atingiram a próstata de Louis e ele gritou.

-Gosto ainda mais quando é o seu pau dentro de mim!

-Porra, Lou! – os olhos de Harry escureceram com o desejo se intensificando pelas palavras ditas e ele voltou a subir pelo corpo de Louis, atacando a boca dele com volúpia.

Os dedos de Harry continuavam profundamente dentro de Louis e agora seus paus deslizavam um contra o outro, a fricção deliciosa fazendo-os gemer alto entre os beijos.

As unhas de Louis deixaram marcas pelas costas e bunda de Harry e as bocas não se desgrudaram nem quando Louis os virou até estar por cima de Harry, ainda se esfregando contra ele.

-Eu preciso de você em mim! Agora! – Louis exigiu, seus dentes puxando o lábio inferior de Harry.

-Você me deixa louco falando desse jeito. – Harry gemeu, seus dedos deslizaram para fora de Louis e ele buscou e encontrou o tubo de lubrificante e camisinha que, por motivos óbvios, ele estava guardando bem perto da cama.

-Amo a sua praticidade de tê-los sempre por perto. – Louis riu, mas logo estava gemendo de novo porque os dedos de Harry, agora lambuzados com o lubrificante, voltaram a penetrá-lo.

Com as mãos tremendo, Louis colocou a camisinha em Harry, aproveitando para rodear o pau dele e acariciá-lo antes de começar a guiá-lo para a sua entrada.

-Tira seus dedos daí... – exigiu e Harry riu do desespero dele, mas fez o que foi pedido.

Louis estava escarranchado sobre o corpo do Styles, as coxas espalhadas uma de cada lado do quadril dele e Harry as espalmou, apertando-as com vontade enquanto, pouco a pouco, Louis ia sentando em seu pau.

-Tão gostoso! – Louis suspirou e Harry fincou os dedos no quadril dele.

-Você é uma delícia, baby... – Harry gemeu quando Louis começou a se mover, subindo e descendo sobre ele.

Os movimentos, que começaram lentos e suaves, rapidamente foram ficando mais intensos, Louis espalmou o peito de Harry para ter mais apoio e se inclinou para alcançar a boca dele, beijando-o ao mesmo tempo em que Harry rodeava o pau dele.

A dança prazerosa do corpo deles tinha uma sincronia perfeita, as línguas se enroscavam enquanto os lábios não se separavam e Louis cavalgava com mais força sobre Harry... Eles estavam cada vez mais entregues um ao outro e muito, muito mais apaixonados.

Apenas os trovões e o barulho forte da chuva contra o telhado e as janelas eram capazes de abafar os gemidos que ecoavam pelo quarto... Eles perdiam a noção de tudo ao redor quando estavam juntos, então apenas se desligaram de todo o resto e se concentraram unicamente um no outro, seus corpos dando vazão a todo o desejo que sentiam, toda a paixão que explodia entre eles... E continuaram por toda a manhã!

   ****

A chuva tinha parado quando eles enfim saíram da cama e foram tomar um banho rápido juntos, depois Louis fez questão de ir até o quarto no fim do corredor para ver a nova pintura de Harry e sentiu o coração se encher de orgulho e admiração porque era uma pintura tão linda, Harry era mesmo um artista extraordinário e Louis ficava imensamente feliz pelo Styles estar explorando todo o seu talento de novo.

Eles ainda planejavam começar a arrumar o quartinho naquela tarde, mas já era hora do almoço e ambos estavam famintos depois das horas passadas na cama, mas também estavam com preguiça de cozinhar algo, então decidiram sair para comer fora. Louis chegou a achar que eles iam na lanchonete, mas Harry avisou que daquela vez iriam a um dos restaurantes da cidade.

-É um encontro? – Louis brincou enquanto eles se vestiam para sair.

-Sim, é um encontro! – Harry afirmou sem nem pensar para responder e os dois sorriram.

A moto foi deixada na garagem quando eles preferiram ir caminhando até o restaurante, Harry adorava andar na sua moto, sempre lhe deu uma sensação tão grande de liberdade... Mas depois de ter andado de mãos dadas com Louis pela primeira vez ele se deu conta de que nada, nem mesmo pilotar sua tão adorada moto, lhe dava uma sensação maior de liberdade e paz do que caminhar com a mão de Louis entrelaçada na sua.

Eles estavam felizes, sorrindo e conversando quando passavam pela calçada e, ao virar uma esquina, deram de frente com um rapaz que parou e sorriu largamente.

-Harry! – ele exclamou com clara felicidade por ver o Styles.

-Merda, quanto tempo, cara! – Harry também exclamou e sorriu.

Ele retribuiu o abraço repentino que recebeu do rapaz, passando apenas um braço pelas costas dele porque sua mão continuava firmemente entrelaçada na de Louis.

-Você voltou para a cidade? – Harry perguntou quando eles se afastaram novamente.

-Só de visita, vim passar uns dias com os meus pais, eles vivem cobrando que não venho muito. – a resposta foi dada com um sorriso ainda maior. –Eu estava mesmo pensando em te procurar e saber como você está.

-Eu estou bem. – Harry disse e pela primeira vez em muito tempo aquelas palavras foram verdadeiras.

-É muito bom saber. – o rapaz disse com sinceridade e então seu olhar vagou para Louis e em seguida para as mãos dos dois unidas.

-Olá... – Louis disse ao ter o olhar do outro sobre si, ele notou que o rapaz era da sua altura, os cabelos castanhos encaracolados faziam uma bagunça adorável em sua cabeça, os olhos escuros eram expressivos e o sorriso extremamente simpático.

-Louis, esse é o Tom... – Harry se apressou em apresentá-los.

-Louis é um belo nome. – Tom disse.

-Obrigado. – Louis também sorriu e esticou a mão livre para ele, que foi apertada prontamente.

-Então você está namorando. – Tom voltou a olhar para Harry.

-Ah, não, o Louis não é meu namorado... Bem, é...

-É complicado. – Louis completou ao ver como Harry se atrapalhou, ele não queria admitir, mas se sentiu estranho, quase magoado ao ouvir o Styles dizendo que eles não eram namorados, o que era bem estúpido porque eles realmente não eram, mas eles estavam apaixonados e... Ah, era mesmo complicado, merda!

-Geralmente é complicado. – Tom sorriu com simpatia. –Eu preciso ir, mas foi muito bom te ver de novo, Harry, e ver que você está melhor... Vamos tentar nos encontrar outra vez antes de eu ir embora.

-Claro, vamos sim. – Harry assentiu.

-E foi um prazer conhecê-lo, Louis. – Tom disse. –Espero que resolvam logo o que está complicado entre vocês porque fazem um casal lindo.

-Ah, obrigado. – Louis sorriu um pouco sem jeito. –E foi um prazer conhecê-lo também.

Com mais um aceno Tom se afastou e Louis e Harry voltaram a caminhar para o restaurante, mas o clima tinha mudado drasticamente.

-Tudo bem? – Harry perguntou depois de algum tempo ao perceber como Louis tinha se calado repentinamente.

-Sim, o Tom parece ser um cara bacana.

 -Ele é, nós estudamos juntos, mas ele saiu da cidade há um tempo, foi estudar fora.

-Vocês eram muito amigos? –Louis perguntou, apesar de isso ter ficado bem claro naqueles poucos minutos de conversa.

-Fomos sim e... Bem, nós tivemos uma coisa, mas éramos muito novos e não durou muito tempo. – deu de ombros.

-Uma coisa, é?! – murmurou distraidamente.

-Você ficou chateado? – Harry franziu o cenho.

-Não, não por isso. – negou rapidamente, Tom parecia mesmo um sujeito legal, não era ciúmes o que Louis estava sentindo, era outra coisa e por outro motivo.

-Certeza? Você parece chateado. – Harry insistiu, era loucura, mas ele já conhecia Louis tão bem que só de olhar para ele podia ver que tinha algo de errado.

-Eu estou bem, de verdade, Harry... – tentou disfarçar. –Vem, vamos logo almoçar.

Louis sabia muito bem o porquê de estar se sentindo chateado tão repentinamente, mas não tinha certeza se queria falar sobre aquilo porque era meio assustador.

Harry estava quase cedendo e deixando mesmo pra lá, mas quando Louis afastou a mão da dele para enfiá-la no bolso da jaqueta, Harry estancou no meio da calçada e passou os braços pela cintura de Louis, puxando-o para si e olhando-o com intensidade.

-Claramente alguma coisa mudou depois que encontramos o Tom e não quero deixar isso pra lá porque não gosto de te ver com esse olhar estranho e chateado. – Harry disse.

-Eu não estou com nenhum olhar estranho ou chateado, só quero ir almoçar, pode ser?! – Louis estava irritado consigo mesmo por estar estragando tudo.

-Eu não vou sair daqui enquanto você não me contar o que está errado! – Harry exclamou. –Não é ciúmes por causa do Tom, né?!

-Lógico que não. – Louis negou. –Eu não sou tão idiota assim!

-Então qual é o problema?

-Não acredito que vamos começar a discutir aqui no meio da rua. – Louis suspirou frustrado.

-Não estamos discutindo, eu só estou tentando entender o que aconteceu porque de uma hora pra outro você mudou!

-É besteira minha, ok?! – Louis gesticulou irritado, mas sua irritação era toda com ele mesmo.

-Não é besteira se está te deixando assim. – Harry suavizou o tom de voz e se aproximou ainda mais de Louis. -Só fale comigo, Lou.

O olhar perdido no rosto de Harry fez Louis mordiscar os lábios nervosamente.

-Eu... Não sei, eu fiquei chateado quando você respondeu que eu não sou o seu namorado. – confessou. –E eu sei que é infantil e idiota me sentir assim por isso porque nós não somos mesmo namorados, mas me magoou ouvir isso.

O olhar perdido de Harry foi substituído por um de compreensão e ele segurou o rosto de Louis, encostando sua testa contra a dele.

-Não é infantil ou idiota se sentir assim... E eu sinto muito se te magoei com o que falei. – Harry sussurrou.

-Não se desculpe, você não fez nada. – Louis o beijou, apenas um encostar de lábios. –Não sei por que eu reagi tão fortemente a uma simples frase, eu só... Merda, é que estou cada vez mais apaixonado por você e agora tenho cada vez menos tempo para ficar aqui porque ainda preciso passar um tempo com a minha família antes de ir para a faculdade e... E eu não quero te perder.

-Eu também não quero te perder! – a resposta veio de imediato, como se aquelas palavras estivessem implorando para serem ditas há muito tempo.

-Está mais do que na hora de conversarmos sobre isso, né?! – Louis abraçou Harry com força, seu rosto contra o peito dele.

-Sim, nós precisamos.

-Você acha que nós conseguimos fazer isso? – a voz de Louis saiu abafada. –Que conseguimos continuar juntos mesmo depois que eu for para a faculdade?

-Eu quero isso. – a voz de Harry soou cheia de certeza.

-Eu também quero. – Louis concordou imediatamente.

-Então nós conseguiremos. – Harry colocou uma mão na nuca de Louis e acariciou, sorrindo quando o Tomlinson ergueu o rosto, apoiando o queixo em seu peito, e o olhou nos olhos. –Só precisamos conversar, planejar, mas conseguiremos.

A certeza de Harry fez Louis sentir como se um peso fosse retirado do seu coração.

-E sobre o outro assunto... – Harry continuou.

-Que assunto?

-Namorados... – um sorriso singelo surgiu no canto dos lábios de Harry, a covinha adorável aparecendo. –Eu também não gostei de dizer ao Tom que você não é meu namorado, então precisamos dar um jeito nisso, não é?!

-Harry, você não precisa...

-Eu quero isso. – o interrompeu. –Eu quero que você seja o meu namorado.

Louis tentou morder os lábios para impedir que sorrisse como um idiota, mas foi impossível controlar aquele sorriso imenso que surgiu em seu rosto, assim como era impossível controlar as batidas aceleradas do seu coração.

-E eu quero ser o seu namorado. – Louis afirmou sem hesitação ou dúvidas.

Harry se debruçou até sua boca estar sobre a de Louis e o beijou no instante em que voltou a chover, mas ele não se importou porque Anne o tinha ensinado a amar um banho de chuva, assim como perdê-la tão repentinamente o tinha ensinado que a vida era curta demais e precisava ser vivida intensamente... E nada o fazia se sentir mais vivo do que ter Louis Tomlinson em seus braços!


Notas Finais


Oii :)
Tive que vir para a casa do meu irmão postar esse capítulo pq minha internet caiu desde cedo... Olha só como eu amo vocês <3
Preciso postar rapidinho, então me desculpem se deixei escapar errinhos... Espero de coração que vocês tenham gostado <3
Muuito obrigada e até domingo que vem <3
Beijos


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