1. Spirit Fanfics >
  2. Incredible places >
  3. Capítulo quatro

História Incredible places - Capítulo quatro


Escrita por: caroldelrio

Notas do Autor


Oi lindos e maravilhosos desse site, tudo bem com vocês? eu to ótima
Mais um capitulo novo para vocês, demorou um pouquinho, mas agora eu estou de férias e eu vou tentar atualizar mais vezes ou tentar demorar menos
Agora é serio, muito obrigada por todos os incríveis comentários nos últimos capítulos, sério, quando eu acho que vocês chegaram no limite de serem os melhores do mundo, vocês vão lá e se superam <3
EU SIMPLESMENTE AMO ESSE CAPITULO, e espero que vocês também curtam ele
Bem vindo aos novos leitores, não sejam tímidos <3
Chega de enrolação e boa leitura ;)
Ps: Desculpas qualquer erro, revisei o capitulo, mas pode ser que ainda exista
Ps 2: LEIAM AS NOTAS FINAIS (sério, leiam mesmo)

Capítulo 4 - Capítulo quatro


Capítulo quatro

“Okay yeah I'm insane, but you the same”- Machine Gun Kelly & Camila Cabello

 

Quatro horas da tarde. Estacionamento do colégio.

Estou esperando Sierra quase dez minutos, mas não fico bravo, já que eu adiantei nossa “excursão” quase meia hora. Alguns alunos ainda estão no pátio conversando, Aaliy foi para a casa da amiga e disse para não me preocupar coma hora de voltar. Não avisei para nenhum dos meninos ou para Camila que estou saindo com Sierra, eu até pensei, mas não fiz.

Quatro e quinze da tarde Sierra aparece com seu fusca vermelho no estacionamento. A garota buzina para mim atraindo mais alguns olhares, estou em acostumando com isso, Sierra sempre irá chamar atenção querendo ou não. Caminho até o carro e entro no veículo, quando bato a porta Hey Jude começa a tocar

-E aí garotão? Animado? – Ela diz de primeira com seu bom humor

-Claro- digo sem empolgação – Para onde vamos? – Pergunto quando ela começa a dirigir

-Já ouviu falar do monte Haines? – Ela pergunta olhando para a estrada

-Já – digo – Mais ou menos

-Bom, é o ponto mais alto dessa cidade, nós vamos para lá

-Lá é um lugar incrível? –Pergunto para ela – É só uma montanha, e pelo o que eu sei, não é tão alta

Ela parar no sinal e me encara. Ela dá um meio sorriso de novo e eu percebo que o brilho em seus olhos voltou, o sol da tarde bate em seu rosto, o iluminando. Ela continua me encarando até o sinal abrir de novo

-Se você pudesse ir para qualquer lugar do mundo para onde você iria? – Ela diz ignorando minha pergunta

Penso um pouco, não é uma pergunta absurda, mas vindo dela parecia que a resposta tinha de ser especial

- Califórnia – digo sincero

-Sério?  - Ela parece realmente surpresa – Por que?

- Lá é quente e nunca neva, nasci e morei nessa cidade durante todos os meus anos de vida, e se tem algo que eu aprendi é que eu não suporto neve e inverno

-Uau, um canadense que não gosta de neve e frio – ela diz – Isso é incrível! Não quer saber para onde eu iria?

“Não” eu penso

-Para onde você iria? – A pergunta sai em um tom mal-humorado

-Depois eu te conto – ela diz e eu reviro os olhos – No banco de traz você vai encontrar a minha mochila, ela tem um bolso na frente, abra ele e pegue o papel que este dobrado

Me viro e faço o que ela pede, pegando o papel amarelo dobrado ao meio. Ao abri-lo me deparo com o título “REGRAS PARA ANDAR POR AI DESCOBRINDO LUGARES INCRIVEIS”

-Leia em voz alta por favor – ela pede

-Primeira regra: não há regras, por que o mundo já está cheio delas – Sorri com aquilo por que faz sentido – Mas a orientações – eu continuo

-Orientações soa menos rígido que regras – ela explica – Prossiga

-Primeira orientação: Cada um deve escolher um lugar, a meta é três lugares, mas podemos ultrapassa-la – Eu digo e então percebo que já estamos na estrada – Segunda orientação: Em cada lugar deixaremos alguma coisa. Como uma espécie de oferenda – a encaro confusa

-Pegue algo, deixe algo – ela explica novamente – Sempre levamos as coisas dos lugares, suvenires, flores, fotos, mas nunca deixamos nada, então pensei em fazermos ao contrário, deixarmos algo em troca, além de ser uma maneira de provarmos que estivemos ali, deixaremos nosso legado

-Certo – digo voltando a ler a lista – Terceira orientação: Nada de celular

-Mas você pode fazer anotações, trouxa um caderno e algumas canetas – ela diz estacionando o carro – Chegamos

Olho para frente e me deparo com um bosque, não como aqueles de filme, um bosque com um caminho de pedras e alguns postes para iluminar quando anoitecer

-Você já veio aqui antes? – Ela pergunta pegando a mochila e saindo do carro

-Não – digo ao sair também do veiculo

A encaro e ela está de olhos fechados respirando fundo, talvez esteja meditando ou sentindo a natureza, não falo nada e apenas a observo

-Vamos – ela diz me dando um sorriso, colocando a mochila nas costas – É por aqui

Começamos a andar pelo caminho de pedras perfeitamente alinhado. Começo a assoviar e Sierra me encara sorrindo novamente

-Você sempre sorri desse jeito? – Pergunto nervoso

-Não – ela diz dando os ombros – Às vezes não sorrio

Aquilo me deixa sem graça, e então paro de assoviar. Continuamos o caminho em silencio até chegarmos, a um campo verde com uma cerca envolta dele, no meio está o monte, que não é tão alto assim

-É aquilo dali? – Digo meio decepcionado, apontando para o amontoado de terra

-Não sei – ela diz – Vamos perguntar

Andamos até o campo a onde alguns garotos estão apoiados na cerca

-Olá jovens – Sierra grita fazendo um sotaque australiano – Somos de Perth, e viemos ver o ponto mais alto dessa bela e pacata cidade

-É aquele dali – Um garoto gordinho diz – Pessoas de todos os lugares veem, vocês não são os primeiros

-É só seguir aquele caminho ali – um outro a ponta para uma estrada ao lado do monte

-Obrigado! – Sierra agradece animada

Percorremos um caminho agora mais estreito, Sierra vai na minha frente e então reparo como ela é pequena, mas não tão pequena quanto Camila, seu cabelo está solto e com a luz do pôr do sol, ele fica praticamente branco. Andamos por mais dez minutos, até que de repente estamos ali. Parados no meio daquele monte de terra. Existem algumas mesas para se fazer um piquenique, mas elas estão velhas, a também uma placa “BEM VINDOS AO MONTE HAINES, O MONTE MAIS ALTO DE LIBERTY CITY”

-É só isso? – Não consigo me conter

No final das contas não é tão alto assim, talvez não devesse chamar de monte, mas sim de pico, mas o que esperar da terceira menor cidade do Canadá

Sierra pega minha mão e me puxa para mais perto da beirada. Quando nossa mão entra em contato, uma descarga elétrica passa por nós que chega a me assustar, tento me convencer que foi o choque por ter me pegado de surpresa, mas minha mão começa a suar. Chegamos na ponta do morro e ela ainda está com os dedos entrelaçados nos meus

-E então? O que achamos? – Ela pergunta encarando a paisagem

-Se tivéssemos vindo de Perth?

- Ou das Filipinas

-Estaríamos decepcionados – digo – Eu sou daqui e estou decepcionado

-Poderia ser pior – ela diz – A alguns daqui minutos existe o segundo maior monte de Liberty City, se eu fosse lá talvez estaria decepcionada

Ela continua a encarar a paisagem e eu também, ainda estamos com os dedos entrelaçados e a maldita descarga elétrica ainda passa pelos meus dedos. Minhas mãos começaram a suar ainda mais, e então eu as solto. Encaro Sierra que está com os olhos fechados

-Nós devemos registar algo? – Pergunto em duvida

-Meu caderno está na minha mochila, pode escrever algo se quiser – ela diz sem abrir os olhos

Pego o caderno em sua mochila, mas ao invés de anotar informações sobre o monte, escrevo a sensação de estar ali. Apesar de ser um monte com 358 metros, me sinto no Evereste, com pequenas descargas elétricas passando pelo meu corpo, como se o sol tivesse me tocado, não sei por que escrevo aquilo, mas também não apago. Escrevo mais algumas coisas sobre o céu, o campo e os meninos que agora brincam na cerca

-Pronto – digo guardando o caderno na mochila

Sierra abre os olhos me encarando novamente, com o sorriso no rosto, mas o olhar diferente, com um novo brilho

Ela se agacha deixando algumas moedas e um chaveiro em forma de panda, ela me encara e eu entendo que aquele seria a oferenda que ela cita em suas orientações, vasculhos meu bolso e encontro uma das paletas que tenho para tocar violão, deixo do lado das moedas

-Deixamos nosso legado – ela diz esperançosa - Acho que terminamos

Um aperto surge no meu peito, por que de certa forma gostei de passar aquele tempo com ela. Longe dos meus amigos e de todas aquelas pessoas que acham que me conhecem, longe dos meus pais problemáticos e dos meus próprios problemas

-Você disse que nós íamos pular – digo rapidamente

Ela ergue as sobrancelhas surpresa, talvez por eu lembrar dela me falar isso na mensagem de texto. Na verdade, até eu estou surpreso por ter me lembrado disso

-Vamos nessa garotão

Nós ficamos na beira do monte, e ela pega minha mão de novo. Novas descargas elétricas

-No três – ela diz – Um, dois...

-Três – nos falamos juntos

Pulamos de mãos dadas e caímos no amontado de terra, eu perco equilíbrio ao sentir meus pés no chão, puxando Sierra junto que cai ao meu lado, a poeira sobe e estamos rindo tão alto ao ponto de chamar atenção das crianças na cerca

-Somos profissionais, não façam isso em casa! - Sierra diz imitando o sotaque australiano e eu rio ainda mais com aquilo

Aos poucos nossos risos vão sessando, ainda estamos sentados no chão empoeirado, mas eu não me incomodo com aquilo

-Como a vida – ela diz de repente

-O que?

-Você me perguntou mais cedo, se esse lugar era é incrível – ela começa a explicar me encarando -Esse lugar é como a vida, sabe, lugares incríveis não são necessariamente lugares famosos, para mim lugares incríveis são lugares grandes, pequenos, bonitos, feios, poéticos, bizarros, iguais a nossa vida

-Você é poética – digo sem pensar

Na verdade, era exatamente nisso que eu estava pensando, em como Sierra era poética, tudo era poesia, tudo com ela parecia ter um novo sentido, um novo olhar, nada era como parecia ser quando estava com ela

-Você namora – ela diz

Não é uma pergunta, ela está afirmando

-Hmmm – digo nervoso, por que eu e Camila estamos em uma situação complicada

-Fica calmo, não gosto de você desse jeito – ela diz e aquilo mexe comigo, mas tento não demonstrar isso

–Para qual lugar você iria? – Digo e espero que ela entenda que estou me referindo de hoje mais cedo

-Tem uma cidade, a umas seis ou sete horas daqui, talvez oito se você for admirando a paisagem, chama-se Ducksummer, tem esse nome por que todos patos do Canadá vão para lá no verão, eu com certeza iria para lá – ela diz

-Você iria para um lugar que você já conhece? Sem graça não?

Ela encara o bosque em sua frente e se levanta sem me responder, limpando a calça com as mãos e eu faço o mesmo

-Shawn, você se importa de dirigir? – Ela diz – Pelo menos até a cidade?

-Hmmm, claro

Ela me dá mais um meio sorriso, mas sem o brilho no olhar, exatamente como o da noite passada. Algo mudou e eu fico incomodado por não saber o que é

[...]

Chego em casa e para a minha surpresa minha mãe está no telefone, provavelmente com alguma colega do seu ex trabalho, passo por ela que me dá apenas um aceno. Aaliy está no banho então vou para meu quarto. Tiro minha camisa em deito na cama pensando no dia de hoje, meu celular vibra em meu bolso anunciando alguma mensagem

“Sinto como se estivesse acabado de voltar de Hogwarts, já quero nossa próxima aventura, boa noite garotão – xoxo Sierra”

Bloqueio o celular por que sei que ela já deve estar dormindo, ou fazendo algo que só ela possa entender. Encaro o calendário na parede e vejo o círculo vermelho indicando o início do campeonato escolar de basquete, enquanto penso no monte Haines, olhos claros, as poesias e todas as descargas elétricas no dia. Como o dia de hoje, que está acabando, foi tão bom. O melhor que tive em meses.


Notas Finais


EU AMO ESSE CAPITULO, e espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu, a partir de agora, muita coisa vai acontecer, então vamos aguardar <3
-Por favor comentem o que acharam, eu levo muito opinião de vocês a serio por que ai eu sei se eu estou acertando ou não
-Queria me sentir mais próximas de vocês, então comentem de quais fandons vocês fazem parte <3
-Qualquer coisa falem comigo pelo Twitter (vamos conversar amiguinhos :3) : https://twitter.com/wh0horan_
Beijos amigos, até a próxima <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...