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História Incubus - Dezessete


Escrita por: gguknona

Notas do Autor


Desculpa demora gente, estou com um bloqueio pra escrever gigantesco. Atrasei tudo essa semana >.<

Mas aí está o capítulo pra vocês..

Bora ler?

Capítulo 17 - Dezessete


Seokjin (ON)

 

O céu, era o que encarava naquele momento. Jimin estava dormindo ou tendo mais um pesadelo. Três dias. No primeiro ele não dormiu, não falou, não comeu, apenas chorou como se nunca fosse parar. No segundo dia continuou calado, não chorava, mas vagava pela casa em silencio observando cada cômodo demoradamente e não quis comer. Nesse dia ele dormiu e acordou gritando. Corremos até ele e vimos as coisas se repetirem.

“Eu estou sozinho. Ele me deixou sozinho. Estava tão escuro Jin.” 

Olhei para Nam com um notório desespero e ordenei que achasse Jungkook a todo custo. Não entendo porque os humanos escolhem caminhos tão torturantes. Acalmei Jimin e vigiei seu descanso mesmo que aquilo consumisse minhas energias o que durou algumas horas somente. No terceiro dia tentei me alimentar e ajudar Namjoon com as buscas, mas não tivemos sucesso. Foi então que a cada meia hora Jimin adormecia e acordava com pesadelos e sua temperatura aumentava cada vez mais. Banhos e remédios não estavam ajudando.  Suspirei. 

- Onde foi que fracassei? -  Me perguntei ainda encarando o céu. 

- Sabe que apesar de estarmos os protegendo as escolhas são deles. – Ouvi Nam atrás de mim e antes que eu me virasse ele me abraçou e a minha frente segurava uma xicara de café. – Vou fazer o feitiço de localização. 

- Leva pelo menos 12 horas para esse feitiço ser concluído. – Disse pegando a xicara e aliviando minha frustração com o liquido quente.

- Vou usar minhas marcas de caçador. – Ele me apertou em seus braços. – Se me permitir.

- Mas para esse feitiço você precisa de algo que esteja ligado a ele. – Me virei para ele tentando entende-lo. 

- Vou convocar Taehyung. 

- Desista disso. Tenho certeza que há outra forma ..

Não pude continuar, Jimin gritou mais alto que das ultimas vezes. Corremos para o quarto que o loiro estava dormindo e o encontramos sentado na cama completamente suado, ofegante e encolhido. 

- O que aconteceu? -  Me dirigi direto a bacia que tinha agua com gelo e peguei o pano que havia lá o torcendo. Sentei-me próximo a ele e tentei secar seu suor enquanto sentia sua pele ferver a baixo do pano. 

 - Não posso ajuda-lo. Porque não posso? Porque ele continua a gritar? - Ele se balançava  - Tão escuro, tão frio. PARE DE RIR. – Tampou seus ouvidos aos gritos.

- Esta piorando. – Senti uma tristeza me abater. Peguei seus pulsos. – Quem esta gritando? Jimin quem esta gritando? – Perguntei firme e ele torceu seu rosto em dor. 

- Jungkook. – Falou choroso. - Ele grita e alguém ri. São aqueles pesadelos de antes Jin. – As lagrimas voltaram. -  Mas são tão piores. – Ele me olhou ficando de joelhos e vi a loucura e o desespero que ele sentia. – Estou ficando louco Jin? Porque sonho com Jungkook me gritando? Porque ele diz para pegar minha aliança? Eu não o encontro, está tudo sempre tão escuro.- Ele perdia o folego enquanto falava tamanho desespero.

Jimin encarou seus lençóis. Estava tão perdido, tão atormentado. Em fim entendi o que estava acontecendo, Taehyung tinha Jungkook,  o aprisionou de alguma forma e transmitia toda a tortura para Jimin. 

- Vou mata-lo. – Levantei de ímpeto com o pensamento fixo e teria concluído se Namjoon não me segurasse. – Me solte. Vou acabar com isso. 

- Sabe que ele não contara onde Jungkook está. Sua missão é proteger Jimin. Não faça nada precipitado. – Ele não foi rude ou raivoso, as palavras pareciam apenas apaziguar.

- Ele vai matar os dois. – Apertei meus punhos. 

Namjoon apenas me olhou confirmando que sabia disso e me soltou e se dirigiu a Jimin, não sai do lugar o assistindo. 

- O que há na aliança? – Perguntou alto e firme. Jimin o olhou, apontou para o criado próximo a cama e ao lado da bacia estava o anel de prata, mas não falava nada.- Jimin. – Foi um tom baixo, grave e repreensivo fazendo o loiro acordar. 

- Temos nossas digitais gravadas. Eu carrego a dele, e ele a minha. – Voltou a se encolher enquanto lagrimas rolavam em seu rosto. - Pareceu uma boa ideia fazermos isso no ultimo aniversario juntos. – Jimin soltou uma risada sarcástica e seu olhar tornou-se distante. – E agora ele me deixou.

Namjoon pegou o anel, me olhou dando um leve sorriso e saiu do quarto dizendo um apenas “cuide dele”. Ele iria fazer o feitiço de localização dos caçadores, não precisaria de mim presente. Jungkook nos mandou algo porque quis ou os céus ajudaram? Não sei se cairíamos em uma armadilha ou apenas encontraríamos Jeon. Estava na hora de todos envolvidos entenderem o que estava acontecendo. 

- Jimin, va tomar um banho. – Ordenei e não o vi se mexer. – Quer encontrar Jeon? – Foi onde ganhei sua atenção. – Irei ajuda-lo, mas saia dessa cama. Vou preparar algo para você comer. – Ele quis protestar, mas não permiti. - Precisamos conversar e se quer acha-lo preciso que esteja saudável. 

Com o rosto rosado pela febre suas feições se tornaram mais leves e ele assentiu se arrastando para fora da cama. Deixei que ele criasse suas forças sozinho. Jimin precisaria achar um lado próprio que aguentaria tudo a partir de agora.

[...]

 

Estava na cozinha com a comida pronta sentado na mesa enquanto Jimin se aproximava com os fios molhados, o rosto ainda rosado e as feições impassíveis. Ele se sentou e estendi uma tigela com uma sopa bem preparada para ele.

- Coma e já conversaremos. – Foi tudo que disse.

Observei-o se forçar a engolir algo e logo o apetite de dias sem comer apareceu. Jimin comeu três tigelas de sopa, um prato com arroz e um molho de carne e me encarou esperando que eu iniciasse algum dialogo. Deixei que o silencio reinasse por algum momento, não porque queria e sim porque sentia parte de meu corpo arder e apertei a mandíbula. Não havíamos ativado a marca e Namjoon estava fazendo um feitiço, obviamente que não parecia fácil pois mesmo sem minha permissão ele estava a roubar meus poderes. 

- Vo-ocê esta sangrando. – Ouvi Jimin dizer com os olhos alarmados apontando para minha camisa azul que começava a grudar em alguns pontos.

- Ignore isso e preste atenção no que vou lhe mostrar agora. – Peguei em seus pulsos o surpreendendo. 

Arrastei Jimin rapidamente para flashs de sua vida passada. Não estava em minha sala e não poderia lhe mostrar minuto a minuto e nem proteger sua sanidade. Ele gritou, provavelmente isso devia doer sendo trago tão rápido.

- Aguente. – Pedi acreditando que seria possível. 

Meu corpo doeu um pouco mais e tentei ser mais rápido nas lembranças arriscando alto com aquilo. Começamos do momento que conheceu o antigo Jungkook, seu suicídio com comprimidos em uma banheira, seu alma ainda sentindo as sensações carnais no limbo, a solidão no limbo, a quase loucura que o dominou, quando se salvou com Jeon. Jimin chorava alto, exclamava em dor. Então veio as cenas minha com Jeon em minha sala dias atrás. O grito parou e senti que ele tentava suportar depois de ver Jungkook em seu desespero de protege-lo. Isso era bom, ele conseguiria. Eles conseguiriam.

Soltei seus punhos com a dor dilacerante que veio em meu ombro. Ofegante, eu estava ofegante. Olhei meus braços, muitos cortes, roxos e sangue. 

- Seu escritório, me ajude a chegar lá. – Pedi antes que Jimin perguntasse qualquer coisa.

- Jin, o que.. – Eu sabia que ele entendia em parte, mas estava confuso.

- Por favor, o escritório primeiro .. – Pedi me levantando com dificuldade.

Com ajuda do loiro chegamos a porta do escritório. Abri e lá estava o circulo pegando fogo com o caçador sentado no chão no meio e o anel a sua frente flutuando. Taehyung empenhou-se em proteger a localização de sua presa. Mas o pior era Namjoon que estava cheio de cortes, hematomas e ferimentos profundos. Dei um passo para dentro. 

- Não entrem. – Sem abrir os olhos sua voz saiu forçadamente.    

- Namjoon, faça logo e saia dai. – Apertei meus dentes.

- O QUE É ISSO? – Jimin gritou.

Ignorei que havia alguém leigo no ambiente e me concentrei em Nam. Essa barreira fazia com que todos os ferimentos já sofridos retornassem pouco a pouco. Só resistiria aqueles que ou nunca sofreram algo grave ou que fossem fortes o suficiente. O problema de ser interligado a alguém quando se está passando uma barreira dessas é que se Namjoon não a vencesse logo os meus ferimentos iriam aparecer também. Ele já esta buscando meus poderes para aguentar, se meus ferimentos surgirem ele não aguentará muito tempo. Tenho muitos anos de batalhas, muitos ferimentos graves, muitos que vi a morte me visitar e não me importaria de ter de passar por isso pra salvar Namjoon ou Jimin, mas se eu chegar a tal ponto vou só condenar ambos.

- VAMOS NAMJOON! – Gritei caindo de joelhos quando os ferimentos dele surgiram no mesmo local. Conhecia aquele corte, foi em uma batalha juntos contra demônios que fugiram do inferno e se esconderam em uma floresta. Era um corte fundo em ambas as pernas e estava sangrando. – SAIA DAI – Ele não me ouvia. Comecei a me arrastar e fui impedido por mais cortes de espadas por todo corte surgindo, eram finos e ardiam. – VOLTE!!

Antes que eu colocasse uma mão dentro do circulo tudo se apagou. Nam estava com a respiração rápida, meu corpo foi arrancado das dores aos poucos, mas nele o processo era mais lento ainda. O tilintar da aliança no chão e minha preocupação incomodavam meu interior. 

- Encontrei. – Nam me olhou com um fraco sorriso ainda sem folego.

Me levantei e virei as costas para ele. Minhas roupas estavam sujas, mas ele estava muito mais. Olhei Jimin com o semblante completamente assustado. 

- Consiga toalhas molhadas, por favor. – Jimin saiu aos tropeços completamente atônito. 

Atrás de mim pude ouvir alguns resmungos e sabia que ele estava levantando. Eu não como aquela preocupação me invadiu, ele era um caçador e isso era normal acontecer. Eu devia acreditar na capacidade dele e não na fragilidade que aparte humana dele tem. Mas antes que eu pudesse me dar conta que o meu problema era a recente aceitação aos sentimentos eu já havia me virado e com uma fúria desconhecida e lhe dei um tapa. Nam estava com a mão sobre sua bochecha e eu ofeguei me surpreendendo. 

- Me desculpe. Eu não devia... - Procurava alguma explicação.

- SeokJin .. – Me chamou, se aproximou e me abraçou. – Esta tudo bem, eu estou bem. 

Quis ser seu professor, ser seu mentor, mas nesse momento eu era apenas seu amante. O abracei. Apertei seu corpo e pude ver que estava realmente bem. Não havia cortes, só o sangue como mera lembrança. Agora eu entendia ao que Hoseok se referiu. Não estávamos prontos para tanto de uma vez só. Mas eu aprenderia porque ele, meu companheiro iria me ensinar. 

- Trouxe as toalhas. – Ouvi Jimin e nos afastamos. Pegamos as toalhas e começamos a nos limpar. – Agora me expliquem tudo o que acabou de acontecer.

 Jimin (ON)

 

Sentia meu corpo fraco. Minha cabeça doía, sentia alguns calafrios, meus olhos ardiam e tudo parecia que ia girar a qualquer momento, mas a adrenalina que por algum motivo decidiu correr em minhas veias me mantinha em pé

Namjoon e Jin estavam a minha frente limpando manchas de sangue de si e nada falavam. Pareciam calmos enquanto eu estava uma confusão. O que aconteceu em minha cozinha? E o que acabara de acontecer naquele escritório? Abri a boca querendo perguntar algo, mas o que ao certo eu devia perguntar? Apontei para a porta, gesticulei algumas silabas e nada concreto saia.

- Sou um caçador de demônios – Namjoon falou como se fosse natural.

- Sou um anjo. – Jin parecia completar a frase do CEO. -  Fomos designados a cuidar de você. 

- Vocês são o que? – Andei alguns passos para tras e voltei. – O que está acontecendo aqui? 

- Jeon é mais pratico. – Nam suspirou. – Jin, preciso comer. Consegue lidar com isso? – Eles se olhavam com uma intensidade que eu desconhecia. As duas mãos dele foram para o rosto de Jin. – Qualquer coisa me chame. 

Esqueci de meus problemas por um segundo quando vi o CEO selar os lábios de Jin e depois deixar outro selar em sua testa. Saiu do escritório nos deixando sozinhos ali. Jin estava corado. Vou deletar por um momento tudo que vi e deixar minha mente doentia gritar alto que o mundo precisa ver o mandão, perfeito e frio SeokJin corado. Ouviu mundo? CORADO!

- Por favor, é muita informação. – Apertei a base de meu nariz. – A cozinha, o que foi aquilo? 

Jin pareceu relaxar. Talvez porque eu não perguntei do CEO, mas calma amigo. Tudo tem sua hora e primeiro preciso achar meu namorado e entender o que esta acontecendo na minha casa. 

- Sua vida passada, como você e Jungkook acabaram juntos e porque tudo isso está acontecendo. – Ditou calmamente a frase.

- Eu.. me matei? – Franzi o cenho um pouco atordoado.

- Sim. Mas como disse a Jeon, não foque no que foi e sim no que é hoje. – Ele se escorou na mesa de trabalho que há ali no cômodo. -  Jimin estou um pouco impaciente e vou resumir a história, por favor, acompanhe. - Ele me olhou e balancei a cabeça concordando. – Jeon era um demônio marcado por outro demônio. Ele conheceu você, mas vocês não podiam ficar juntos. Porem o demônio que o marcou não gostou de como foi trocado e manipulou você para que tirasse a vida e não avisou ao Jeon sobre isso. Você vagou muito tempo no limbo, só que Jungkook o achou e acabaram salvos pelos céus. E aqui estão vocês dois para arrumar as coisas com minha ajuda e de Namjoon. 

Ouvi atentamente cada palavra, mas ainda não conseguia ligar tudo. Jungkook decidiu me deixar por isso? Mas ele parecia ser o mais afetado por tudo. 

- Ainda não entendo.  Acredito em você, mas não entendo. 

- Jeon é perseguido pelo demônio ainda. E na visão do seu namorado maluco  ele é uma ameaça para você. Mas eu sou o seu anjo, Taehyung não tem acesso. Mas já ele é marcado pelo tal.

- Mar-cado? – Perguntei lentamente. Jin apontou para sua própria cintura e levei longos segundos para entender. – A marca de nascença dele? 

Jin concordou silenciosamente. E uma pequena porcentagem minha entendeu tudo. Ele se afastou porque achou que seria o melhor. Porque achou que estaria me ajudando. Eu não sei se o amo mais ou se odeio mais meu namorado. Corri desenfreado para  a cozinha avistando de longe um Namjoon com um sanduiche enorme em mãos

- ONDE ESTÁ JEON JUNGKOOK? VOCÊ SABE E VAI FALAR!! –Gritei com toda raiva que tinha por estar passando por tudo aquilo.

- Sei, mas antes de você por suas unhas nele eu darei uns bons socos naquela carinha perfeita e infantil que ele tem. – Nam falava enquanto terminava de mastigar.

- NAMJOON! – Jin repreendeu o CEO como sempre fazia.

- O que? Ele usa minha casa de campo e simplesmente não posso fazer nada? 

- SUA CASA DE CAMPO? – Eu e Jin perguntamos juntos.



Notas Finais


Posso correr? ~fugir de vocês~

Antes, obrigada por lerem e me contem tudo que esperam pra essa reta final da fic, o que acharam do capítulo.. essas coisas sabe

Obrigada também por todo amor que vocês me dão, fico muito feliz com cada favorito é comentário.


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