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História Incubus - Vinte e dois


Escrita por: gguknona

Notas do Autor


Criaturinhas do submundo!!

Gente eu quero muito aproveitar esses últimos capítulos pra me abrir um pouco com vocês.
Sempre amei escrever e as pessoas costumam gostar de tudo que faço, até minhas professoras de português adoravam ler minhas poesias, redações, histórias e assim vai .. as fanfics entraram esse ano na minha vida despertando um desejo antigo de ser escritora. Mas não tenho muito apoio.

Tem sido fácil? Não! Vou desistir? Também não!
Todo autor sofre gente, TODO! Nem vem de blá blá blá que é confiante que eu sei que bate aquele "nossa mas são tantos favoritos e só isso de comentário?" ai você se pergunta se estão mesmo gostando do que você está fazendo e se todo tempo que dedica a cada capitulo vale a pena. Eu me prendo as meninas que me dão apoio.

Então May, Nara, Thais e a minha irmã (to brigada com ela) obrigada por não me deixarem desistir e ameaçarem me bater nas minhas crises!

E também a aqueles leitores lindos que me dão amor sempre ou de vez enquanto, amo vocês!
Os fantasminhas, percam a vergonha e obrigada por lerem sempre minhas loucuras!

Bora ler??

Capítulo 22 - Vinte e dois


Jungkook (ON)

Meu corpo doía muito, até respirar parecia difícil, mas não negaria o aconchego que Jimin pedia e eu podia sentir o tecido da roupa que usava molhar. Ele estava chorando. Apertei mais meus braços em seu pequeno corpo e apertei meus olhos sentindo as minhas lagrimas se iniciar. Eu havia o feito sofrer e sentia que tinha uma chance de não sermos mais nós, de ter quebrado o que significávamos. 

- Me desculpe. - Meu pedido saiu abafado e mais baixo do que pensei. 

Com força ele se desvencilhou de meus braços, mesmo eu tentando aperta-lo por mais algum tempo e me olhou com nos olhos molhados, rosto inchado, feições sérias e arrisco dizer um pouco raivosas. Esperei para ouvir qualquer coisa sua, até mesmo aquela forma exagerada de reclamar que ele tem. Implorava por isso na verdade. Mas nada veio. Nenhuma palavra, som ou sinal de sua parte que me confortasse de meu erros.
 

Em vez de qualquer atitude carinhosa que poderia ter de Jimin eu levei um tapa. Minha bochecha esquentou, meu rosto havia virado e antes que eu pudesse realmente processar o que acabara de acontecer Jimin levantou e saiu. Coloquei minha mão sobre o local que doía e enfim exclamei algum gemido de dor. 

- Foi um dia difícil para ele .. - Ouvi a voz de Jin e o olhei. - Tente entender.

Assenti e comecei a me levantar sem muito sucesso, meus músculos falharam e eu quase cai. Fui amparado por Namjoon que deu uma leve risada e apoiou meu braço sobre seus ombros.

- Não me leve a mal, mas você mereceu o tapa. - Brincou e eu ri nasalado.

- Eu sei. - Concordei com o CEO. 

- Vou te levar para cozinha, vamos comer algo. - Ainda não havia prestado atenção nessas necessidades, mas repentinamente senti uma cede esmagadora que secou minha garganta me fazendo tossir e sentir um gosto metálico. - É .. lide com suas consequências agora amigo. 

- Eu te odeio. - Falei em meio a tosses que arranhavam cada vez mais minha garganta o fazendo gargalhar.

- Então não use minha casa nunca mais, ainda mais para se esconder de um demônio que tem uma ligação com você. - Ele levantou uma sobrancelha enquanto eu ainda tossia incansavelmente até que me assustei com sangue que saiu em minha mão. - É normal, não entre em desespero.

- Soube que foi uma péssima ideia. Desculpe. - Tentava me acalmar e regular minha respiração quando ele me ajudou  a sentar em uma cadeira. - Jimin .. 

- De um tempo a ele. - Namjoon começou a abrir armários. - Vai ficar tudo bem agora. 

Taehyung (ON)
 

Não sei porque, mas eu chorava. Meu corpo estava deitado e meu rosto tampado por minhas mãos enquanto soluços saiam de minha garganta. O que eu havia feito? Porque sentia tanta dor? Algo em mim queria gritar enquanto um sentimento estranho me dizia para levantar, para sair dali, para brigar comigo mesmo. Eu..Eu acho que poderia estar me odiando? 

Movi meu corpo querendo sair dali, querendo me jogar do primeiro precipício que encontrasse. Mas chorei mais, muito mais. Lembrei que assisti a morte de Jimin, lembrei que gostei daquilo, lembrei da raiva que tinha dele.  O que eu fiz? 

Encolho meu corpo. Eu devia encontrar um fim. Aquilo devia acabar. Eu não merecia estar ali. Eu não merecia estar sem nada. Não havia mais nada para mim. 

Sem poderes, eu podia sentir isso. Estava oco, não havia nenhum comando que eu pudesse executar mais. Eu sabia disso. E isso remexia em mim aquele sentimento. Precisava correr.

Antes que meu corpo aceitasse qualquer ordem senti mãos me puxarem e ouvi uma cantiga. Não reconheci de inicio, mas aos poucos despertou meu interesse e  vi que parei de chorar. Ainda vazio, ainda sem nada olhei para cima e o vi. 

- Hobi .. - Pronunciei confuso. 

Estava deitado sobre sua pernas. Ele estava de joelhos no chão, com as asas abertas como se aquilo precisasse ser feito para me proteger. Senti um calor acolhedor. 

- Bem vindo Tae. - Sorriu  e senti suas mãos passarem sobre meus cabelos e aquilo me tranquilizou de uma forma que eu desconhecia, fechei meus olhos. - Descanse. 

E antes que eu perdesse noção do que acontecia ouvi " irmãozinho.."  

Seokjin (ON) 

Assim que Namjoon saiu com Jungkook me dei o direito de olhar para Taehyung. Hoseok estava com ele em seu colo o consolando e protegendo com suas asas. Me aproximei devagar e vi o quanto ele chorava e parou lentamente. Pude sentir o encantamento que o arcanjo usava. Já havia o visto fazer isso com muitos humanos para tranquilizar seus pesadelos, acalentar a alma e para que não desistam de prosseguir 

Ele estava ajudando Tae a querer mais uma chance. Ajudando meu irmão a não sucumbir em dor e sofrimento. Então eu havia purificado parte de sua alma sem mata-lo. Eu teria meu irmão de volte.

Ajoelhei-me devagar e me aproximei quando ouvi Hosek dizer "Descanse".  

- Irmãozinho.. TaeTae .. - Ele adormeceu, mas acariciei seu rosto.

Seu lindo e doce rosto estava de volta. Podia sentir sua alma, sua pureza e inocência. Ele estava bem. Não precisei mata-lo. Ao fim ele teve seu castigo, mas não o perdemos. 

Só notei que chorava quando senti a mão de Hoseok passar em minha bochecha secando uma lagrima. Olhei para ele apoiando meu rosto em sua mão.

- Obrigado.. - Fui tudo que pude dizer.

Ele sorriu terno e assentiu. 

Nunca imaginei que nós guerreiros dos céus pudêssemos ter tanto em emoção e sentirmos tanto por seres que tem o direito de escolher seus caminhos enquanto nós nascemos para servir. Mas ali pude perceber que tínhamos muito em comum. 
Desejei ter Tae de volta secretamente, mas não encarei como uma real possibilidade e sim uma mera ilusão que meu ser teimava em ter e ali estava ele .. humano, não um anjo como sempre foi quando pequeno, mas com uma grande chance de ser ele de novo. Rezei aos céus silenciosamente que ele conseguisse, que todo o perdão possível fosse gasto com ele e que eu pudesse ver aqueles olhos brilhar de novo e aquele sorriso encantador. 

- Cuidarei dele .. Vá com os seus. - Hoseok me acordou dos meus devaneios. - Jimin talvez precise conversar. 

- Tudo bem. - Me levantei recompondo-me.

Estava feliz, verdadeiramente feliz. Com aquela sensação quente no peito, mas ainda não havia acabado minha missão. Park Jimin ainda era meu protegido.  Caminhei para fora e pude vê-lo distante caminhando distraidamente em uma pequena trilha de terra. Em passos largos quase o alcancei, decidi por acompanhar seus passos um pouco atras. Ele não falava, apenas observava a vegetação ao seu redor. Caminhamos assim um bom tempo, já havíamos nos afastado muito e ouvíamos uma correnteza de água. Ouvi um suspiro e Jimin parou.

- Eu o amo, mas estou com tanta raiva .. - Pude vê-lo apertar seus punhos.

- Raiva não é algo bom. - Disse tranquilo.

- Eu sei, mas .. porque quis passar por tudo isso sozinho? -  Jimin virou o rosto e apertava os olhos talvez na inútil tentativa de não chorar. 

- Jimin .. - Minha vez de suspirar, voltei a andar. - me acompanhe. 

Mantive o silencio até encontrarmos a correnteza de água. Me sentei colocando meu pés na água gelada e corrente fechando os olhos para aproveitar a sensação. 

- Jeon o ama. - Abri os olhos e encarei o liquido transparente apenas seguir seu rumo passando por mim sem que fizesse alguma diferença. - Humanos amam de formas estranhas e para ele isso foi o certo. 

- Mas hyung .. -  O olhei e lhe dei um sorriso sincero. 

- Sente-se. - Demorou uns segundo mas logo Jimin me imitou. - Não estou lhe dizendo para perdoa-lo ou aceitar. Apenas tente entender. - Dei de ombros. - Ouça o que ele tem a dizer e quando seu coração de acalmar ai você poderá escolher com mais sensatez. 

- Eu não servi muito hoje, só atrapalhei. Talvez meu lugar..

- Não fale assim. - O olhei. - Todos temos nossos defeitos. - Apoiei meus braços no chão. - Minha missão era proteger você e quebrar a ligação de Jeon, mas quando recebi essas ordens me avisaram que eu provavelmente teria trabalho com Tae e que tinha permissão de mata-lo se fosse necessário.

- O que isso tem haver? - Jimin perguntou curioso.

- Taehyung foi um anjo, foi um anjo que cresceu comigo, foi meu irmão.  - Sorri nasalado. - Vocês se assustariam com a pureza que ele transmitia antigamente, mas algo o corrompeu e a curiosidade o afundou a ponto de o fazer cair. - Recordei daqueles dias, de como fiquei assustado. - Quando soube que arrancaram suas asas no inferno só pude pensar na dor e se ele se recordava do quando me disse " Seok Hyung não me deixe aprontar o  suficiente a ponto de tirarem minhas asas. Eu adoro voar." - Sorri mais uma vez com as recordações. - Eu não sei se seria um anjo bom o suficiente para mata-lo. 

- Ele é, ou era seu irmão Jin. Isso é normal. - Jimin se alterou um pouco. 

- Isso é um defeito de onde eu venho Jimin. Um anjo é um anjo a cima de sentimentos. Nossas regras e sociedade são rigorosas e eu tenho certeza que ouvirei ainda que estou humano demais para continuar em meu cargo. -  Me mexi tirando minha mãos no chão e limpando-as em seguida abraçando minhas pernas e apoiando minha cabeça nos joelhos. - Aceite seus defeitos e limites. Todos temos, até um arcanjo. 

- Tentarei. - Jimin mexia seus dedos dentro da água e brincava com a mão na mesma. - Só não sei se o amarei do mesmo jeito. Tenho medo que ele tente me proteger dessa forma novamente e acabe nos separando em vez de dividir comigo a dor. 

- Então mostre pra ele que você pode, que está ali por vocês dois. Mostre o lado Park que defende aquilo que acredita e sente. -

Olhamos a paisagem mais uma vez. - Eu sei que consegue Jimin. 

 Pouco depois nos levantamos e caminhamos de volta em silencio. Entramos na casa e Namjoon e Jungkook estavam na cozinha comendo sanduíches. 

- Um CEO que só sabe fazer sanduíches. - Revirei os olhos. 

- Jin.. - Nam começo de boca cheia. 

- Precisamos voltar as aulas de boas maneiras ? - Ele fechou a boca e continuou a mastigar. - Achei que não. 

- Quando vamos voltar? - Jimin perguntou um pouco receoso.

- Preciso refazer as proteções da casa. - Nam me olhou. - Isso vai demorar. 

- Pegue o carro Jimin, pode voltar se quiser. - Mencionei. 

- Sozinho? - Jungkook pareceu preocupado. 

- Foi assim que me deixou, não foi? - Jimin se retirou. 

Logo ouvimos um carro ser ligado e pneus derraparem na areia. Ele foi embora.

- Definitivamente estraguei tudo. - Jeon largou o sanduíche suspirando. 

- Se você me largasse como fez com ele, provavelmente agora não existiria mais um pedaço seu inteiro. - Olhei para Jeon. 

- Não duvide disso, só o rosto é de anjo. - Namjoon declarou e eu balancei a cabeça de forma negativa. - Ta vendo. 

- Mas entendo seus motivos e sei que ele vai fazer a escolha certa. Só tenha calma e tente você entender o lado dele também. 
 

- Eu o entendo e não discordo com seus atos. Não acho que ele deva me perdoar. Mas se não o pressionar ele não irá dizer o que quer e eu sei que ele precisa dizer o quando me odeia.  

- Bem, você veio de carro também.. então vá arrancar do Park  o que tanto quer ouvir. - Encarei Jeon por um tempo e logo ele imitou Jimin

- Eles vão se matar. - Namjoon disse olhando para a porta ainda.

- Não, vão gritar um com o outro. Mas precisam disso e não é como se fosse dar em um resultado diferente. - Comecei a buscar o necessário para fazer um café para mim.

- Eles sempre acabam juntos. - Nam riu e me olhou estendendo sua mão. - Espero que possamos ser assim e que a cada vida que passe eu possa te amar muito mais.

Sorri terno para ele e coloquei minha mão na sua deixando que ele apertasse e beijasse me fazendo debruçar sobre a bancada. O problema daquela declaração é que um anjo vive por mais de séculos enquanto um caçador acompanha as décadas  dos humanos normalmente. Eu não terei outras vidas com ele tão cedo e isso me fazia sentir angustiado. 
 


Notas Finais


Acabei que estendendo um pouco mais a fanfic, porque eu não quero me despedir de vocês aqui. Coração aperta gente rs Vou tentar demonstrar um pouquinho do que eu sou e quem eu sou pra vocês durante essa reta final.

Gente, lá no amino eu sou Líder de uma comunidade que tem dicas pra autores, recomendações, inspirações, grupo de betas pra ajudar. O nome é Leitores e Escritores.

Deem amor também a fanfic de uma colega : Madness
https://spiritfanfics.com/historia/madness-7461128

Me contem o que acharam, deem as teorias de vocês ai para o final, pede whatsapp ai.. To aceitando tudo!!


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