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História Incubus kiss - Capítulo VIII - Nem tão temível assim


Escrita por: meizo

Notas do Autor


Cês tão querendo me bajular com a quantidade de comentários, é? Apois podem continuar que tá dando certo u3u

Capítulo 9 - Capítulo VIII - Nem tão temível assim


 

 

Luffy levantou-se num pulo e ficou na frente de Law com os braços estendidos.

— Law é meu! Você já tem Zoro, Sanji! Seu egoísta! — acrescentou, fazendo birra.

Sanji começou a agitar as mãos, notando que causara um mal-entendido. Vagueou o olhar sobre os rostos surpresos e só assim reconheceu a garota continuava comendo os biscoitos em seus braços como se fosse pipoca. Bonney era uma de suas colegas de turma no curso de gastronomia. Até o presente momento não sabia que ela conhecia Law.

— Uh, eu não sabia que você era tão ousado, Sanji. — Bonney sorriu jocosa, limpando o vestígio de sangue que escorria de seu nariz.

Sanji sentiu o rosto queimar e quis abrir um buraco para se esconder ali mesmo. Vendo que o loiro parecia travado demais para responder, Law bufou.

— Parem com isso, deve ter um motivo para ele ter feito esse pedido.

Claro que Bonney percebeu a palavra dita no plural, subentendendo que havia mais alguém ali que ela não conseguia enxergar. Sanji por outro lado, recuperou um pouco de seu autocontrole com a intervenção de Law.

— Eu queria saber se há alguma marca em seu corpo, com uma serpente mordendo a própria cauda.

Law anuiu, compreendendo onde ele queria chegar. Ficou de pé, segurando a barra da própria camiseta e a retirou sem qualquer empecilho. Bonney assistia a tudo numa mistura de confusão e diversão, engolindo os últimos biscoitos quase sem senti-los. Já Luffy sentia os dedos formigarem querendo tocar o dorso exposto do rapaz e lambeu os lábios num claro gesto de fome. A comida que tanto o entreteve a poucos instantes, completamente esquecida por ele.

Os olhos de Sanji se prenderam a figura marcada em traços negros no ombro direito de Law. Um sentimento de inquietude ficando maior e pesado no peito. Aquela era a mesma marca que estava gravada nas costas de seu namorado, confirmando o que estava temendo: Luffy estava ligado a dois contratantes ao mesmo tempo. Mas no que isso poderia acarretar? Ele mexeu na franja, adotando uma expressão pensativa.

— Algum problema?

— Ah, não. Só queria saber se a marca era do jeito que eu imaginava. — desconversou rápido ao ver que despertara a desconfiança dele. Até estava considerando abrir o jogo com ele, mas Sanji já tinha dito que arranjaria um jeito de arrumar a bagunça de Zoro, portanto não fazia muito sentido ficar só dando notícias ruins.

Mãos cobriram os olhos de Sanji lhe causando uma breve confusão, até que a voz exaltada de Luffy soou bem atrás de si, mandando-o tirar os olhos do que ele chamou de “seu humano”.

— Desde quando você tem uma tatuagem, Law? — dessa vez foi Bonney a se intrometer, aproximando-se para ver o desenho melhor.

Depois de botar a camiseta de volta, Law ficou na dúvida se precisava interferir ou não na pequena luta onde Luffy insistia em bloquear a visão de Sanji com as próprias mãos. Suspirou voltando a atenção para Bonney, que ria ao assistir o loiro se debater com o vazio tentando entender o que ele falava.

— Longa história...

— Ótimo. Tenho tempo livre até a próxima aula. Vamos para um lugar mais reservado. — disse agarrando a mão dele e começando a arrastá-lo dali.

— Ei, espere! Tirem ele de mim! — gritou Sanji assim que libertou seus olhos e avistou as duas pessoas indo embora. Luffy ainda estava agarrado ao seu pescoço, soltando reclamação atrás de reclamação no pé do seu ouvido.

Contudo, ignorando o pedido por socorro, Bonney seguiu seu trajeto para longe dali. Mais tarde se resolveria com seu colega de curso.

*

— Então, resumindo: você agora tem um demônio na sua cola. Só pra você.

— Não fale como se fosse uma coisa boa.

— Ele já te fez algo de mal? Ele te ameaçou de alguma forma? — o amigo revirou os olhos e ela aceitou isso como uma negativa. — Então que mal há nisso?

Law não respondeu. Era incrível como Bonney simplesmente aceitava as informações e tratava como normal algo que outras pessoas estariam surtando se estivessem ouvindo sobre. Estava sentado num banco de um dos corredores menos frequentados da ala de anatomia com a jovem de longos fios rosas ao seu lado. Tinha acabado de explicar o que acontecera desde que ela viajara para rever a mãe doente e agora era encarado pelos curiosos olhos violetas que em nada pareciam desacreditar de suas palavras.

Já fazia alguns anos desde que se conheceram, mas aquele olhar continuava lhe dedicando a mesma credibilidade da primeira vez. A infância de Law não foi uma das melhores e quando alcançou a adolescência, já estava acostumado a estar isolado. Isso só veio mudar quando uma estudante transferida na metade do ano letivo fez dupla com ele numa atividade avaliativa e Law não teve como evitar. A garota era rica e vivia se mudando por causa do trabalho do pai, mas ela se portava de um jeito tão desleixado que ninguém imaginaria que Bonney era herdeira de uma boa fortuna. Ele mesmo só soube disso quando foi convidado pra visitar a casa dela certa vez.

A amizade surgiu tão natural que Law nem estranhou muito. Ou melhor, antes que percebesse já era impossível afastar a garota glutona. E quando, numa noite regada a álcool e cartas de baralho, contou o motivo que o levava a se manter afastado dos outros, Bonney o mirou séria, soltando apenas um: “seus olhos são sinceros”. Ali foi o marco da confiança que cresceu forte entre eles. Tempos depois ele já não rejeitava o contato de suas peles, afinal os pensamentos dela sempre eram simples e claros. A maioria sobre comida. (E ele tinha a leve impressão que com o passar do convívio Bonney conseguira construir uma resistência parcial, onde conseguia evitar que seus pensamentos mais pessoais ficassem só para ela mesma.)

O envolvimento sexual veio quase de modo intuitivo também, ambos descobrindo mais sobre seus corpos e desenvolvendo um clima de cumplicidade controlável. Todavia, passado um tempo nesse convívio mais íntimo, chegou um ponto onde perceberam que aquilo não haveria evolução e resolveram permanecer somente na amizade mais tradicional.

Bonney era pessoa que sabia sempre poder contar e foi por isso que Law acabou desabafando com ela.

— O seu demônio está por aqui?

— Não. Deve estar se distraindo por aí ainda. Sempre aparece e desaparece quando quer. — respondeu depois de olhar ao redor e não encontrar ninguém com cauda e chifres. Será que ele ainda estava com Sanji?

— Certo. Ele é bonito?

Law arregalou um pouco os olhos despertando de seus devaneios. Bonney comia seu segundo bombom recheado, fazendo questão de limpar todos os dedos sujos de chocolate. Diferente de como se sentira mais cedo na presença de Luffy saboreando um pudim, dessa vez Law não estava sendo consumido pela vontade de beijar a garota. Então concluiu pesaroso que o problema não tinha sido o doce, infelizmente.

— Que tipo de pergunta é essa?

— Deixa de frescura e responda logo.

— Ele é normal.

— E eu deveria saber o que é considerado normal pra um demônio? Desembucha, criatura! Quero detalhes. Todos eles. — um sorriso malicioso brotou em seus lábios. — Já que ele é um demônio sexual, vocês andaram fazendo safadezas por aí?

— Óbvio que não!

A garota ficou sem entender porque ele parecia tão horrorizado com a sugestão que dera. Se ela tivesse a oportunidade de um dia dormir com um demônio, aceitaria de boa a chance.

— Ué. E por que não?

Law grunhiu impaciente e foi salvo de precisar dar uma resposta quando um ruivo alto virou no corredor, acenando tão logo viu a dupla. Aquele era o outro membro do minúsculo círculo de amizades de Law, Eustass Kid. Os seus cabelos chamativos penteados para cima e o sorriso que sempre parecia estar com segundas intenções lhe davam a aparência de alguém que seria melhor evitar, mas aqueles dois sabiam que Kid não era de todo ruim. Às vezes ele era até agradável. Quando queria, claro.

— O que vocês estão fazendo aqui? Fofocando de novo?

Bonney fez um estalo insatisfeito com a língua por ter tido a conversa interrompida, mas logo um sorriso maldoso tomou lugar.

— Hey, Kid. Soube que você está quase sendo reprovado em uma matéria... Ainda tá em tempo de mudar de carreira se essa está sendo difícil demais pra você.

Kid fechou a cara com a provocação.

— E que merda você sabe sobre dificuldade, sua mimada esfomeada? Todos sabem que o teu pai enche os bolsos dos professores pra que te passem. Não vem dar uma de inteligente pra cima de mim, Bonney.

Law levantou-se calmamente e tomou a direção contrária da dupla que agora trocava insultos aos gritos. Quando eles começavam a discutir daquele jeito, demorava bastante para cansarem e pararem. Sendo assim preferiu sair sem se meter. Sua próxima aula estava quase começando mesmo.

*

Luffy bocejou pela nona vez em menos de dez minutos. Ele estava tão entediado que estava quase indo procurar Mansherry e Leo para brincarem juntos. Quando se sentiu convencido o suficiente pelas palavras de Sanji — que disse não estar interessado em Law de forma alguma, ele se teleportou para perto de seu contratante apenas para descobrir que Law ainda estava em aula. Foram longos minutos onde ele ficou observando Law sentado ao lado de um amigo ruivo, olhando muito atento pra mulher de idade avançada que falava com voz de trovão a frente do quadro.

Quando a aula enfim terminou, ficou chateado por ainda não lhe ser permitido ter um momento a sós com Law, visto que ele foi pra lanchonete do prédio ficar conversando com os amigos. O íncubo já tinha visto o ruivo chamado Kid durante o decorrer da semana e não se importava muito com a presença dele. Porém, a garota do trio ele só tinha avistado mais cedo naquele mesmo dia, na hora do almoço, e já não gostava muito dela.

Bonney, como veio saber depois, se comportava de um jeito muito mais íntimo com Law e até o tocava ocasionalmente nas mãos e braços. Law sorria para ela, além de não se afastar como fazia com os outros humanos que chegavam mais perto. Isso definitivamente contribuiu para o mau-humor de Luffy, que ficou quieto e com feição chateada durante todo o caminho para o dormitório.

Law o lançava olhares curiosos vez ou outra, achando estranho o silêncio dele. Tentou puxar assunto em alguns momentos, mas Luffy continuava com a cara amarrada sem responder e chutando todas as pedrinhas que chegassem ao alcance de seus pés. Após a quarta tentativa de começar uma conversa, Law desistiu e prosseguiu também em silêncio até a entrada de seu quarto.

Empurrou a porta com certa rudeza, adentrando o cômodo agora tão mal-humorado quanto o íncubo. Foi por isso que só quando a porta foi fechada num baque, que percebeu uma presença a mais ali. Deitado na cama em desuso, com os braços atrás da cabeça, estava um homem apenas de bermuda e cabelos tão escuros quanto os de Luffy.

— Quem diabos é você?

O novo invasor lhe lançou um olhar atravessado, sorrindo torto logo em seguida.

— Que escolha interessante de palavras, humano.

 

 


Notas Finais


Não sei se perceberam, mas em momento algum descrevi tatuagens em Law. Tchanam! Isso mesmo. Ele tá sem as tattoos aí (ノ≧ڡ≦) Teehee~!

Sim, eu sei que vocês tão querendo mais rala e rola, mas é aquele ditado né
Preciso apresentar os personagi tudo direito
'3'


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