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História Ineficiente - 01


Escrita por: Amarulla

Notas do Autor


boa leitura tchutchucos~

Capítulo 2 - 01


Aquietou-se, observando a multidão encostado no balcão. Acabara de chegar e tinha que admitir que aquele não era o tipo de ambiente que costumava frequentar.

O clube, com dois andares, se distribuía em ambientes que conversavam entre si. As mesas VIPs estavam por todos os lados, o DJ apertava os equipamentos em um pequeno espaço preparado para si. A metragem quadrada era grande, mas os vários braços erguidos davam a sensação de ser… Sufocante.

Na época trainee, Taemin sonhava com as boates de Hongdae. Depois do debut, os contos e peripécias que ouvia aumentaram de intensidade – e isso só contribuiu para seu interesse. Ele já quis dançar e roubar a atenção das mulheres mais gostosas? Já, já quis.

Agora, observando homens pagando verdadeiros banquetes regados a álcool para as ditas gostosas do local, não deixava de pensar no quanto agir daquela forma era tedioso. Ele podia pagar uma mesa VIP sozinho e zerar o estoque de comidas da boate. Podia embebedar todas as mulheres que quisesse. A maioria delas aceitaria seguir com ele para o carro ou apartamento, tanto faz.

Poder não era o problema ali, mas, sim, querer. Afinal, que graça teria?

Deixou os olhos vagarem pelo local, buscando ela.

Taemin considerava-se um homem cuidadoso. Discreto, pacífico. Seus desejos eram, geralmente, voltados para o trabalho, sua família e religião. Era grato pelo estilo de vida que levava, por ter a sorte de ser amado pelas fãs e bem-aceito pela comunidade coreana no geral.

Apesar das conquistas envolverem trabalho duro, ele não pensava dessa forma. O prazer que sentia em dançar jamais seria classificado como “trabalho”, obrigação, algo que se faz esperando receber remuneração em troca. Se sequer era um emprego, para o mesmo, também não via como “duro”, ruim, difícil.

Era, na verdade, divertido.

Sorriu, encontrando-a com os olhos. Pediu uma bebida qualquer, confortável. Talvez, em Hongdae, sua presença causasse um alvoroço. Em Gangnam, porém, a abordagem era outra. Ainda mais se se tratasse do Ellui Club. Você pode ser uma celebridade famosa do mundo contemporâneo, mas, enquanto pisasse no chão desse lugar, você seria tratado apenas como mais um.

E a sensação de ser mais um era terrivelmente reconfortante.

Agradeceu com um aceno quando a bartender entregou o chamisul fresh, engolindo-o em uma só dose. Os fios negros acompanharam o movimento da cabeça, assim como o pomo de adão subiu e desceu e, no entanto, não havia ninguém para fotografá-lo. Ninguém berraria no seu ouvido, ninguém sequer saberia que estava observando uma mulher.

Gangnam era o sonho e a realidade de qualquer k-idol.

Pensou, por um momento, o que Minho fazia agora. O namorado continuava trabalhando por causa das gravações de um drama, dificultando o contato entre eles. Taemin já não era familiarizado com a ideia de conversar pelo kakaotalk, então, sequer podia imaginar qual cena fazia no momento.

Provavelmente emendando uma cena com outra, pensou. Bebendo com a produção do programa, talvez…

Sua divagação só fora interrompida com começo de purple lamborghini. Decidiu parar de se importar com Minho e resolver o que viera fazer, focando a atenção na mulher.

Anastassia. Passou a língua pelos lábios, absorvendo o resquício do líquido. Ela usava um vestido colado, acompanhando um modismo sul-coreano que demarcava suas curvas. Estava com cabelos negros, sobrancelhas feitas e um batom vermelho bordô. Os fios levemente ondulados desciam pelas costas, ombros e busto, enquanto um braço magro, erguido, balançava no ritmo da música.

Era uma profusão de gestos e movimentos. A cabeça ia de um lado ao outro, diferente do padrão coreano, que tendia para frente e atrás. Os fios longos acarinhavam corpos não-seus, em uma permissão mútua para contato. O quadril arriscava um rebolar amplo e descoordenado e, no entanto, era naquele pedaço de carne que os olhos de Taemin focavam sua atenção.

A magreza óbvia o atraia. Talvez por uma questão de estrutura óssea, destoante do que crescera observando, Anastassia conseguia ser farta e magra. Ser curvilínea e discreta. Não era simétrica como estava acostumado, mas inevitavelmente perfeita.

A mulher parecia uma porra de uma Barbie.

E a ironia da situação só fez Taemin pensar que ele passaria a ter mais cuidado com o que fala em entrevistas.

Levantou, disposto a fazer o que melhor sabia. Conforme se aproximava, a modelo se virou, encarando-o de frente em uma infeliz coincidência. Os negros que continuavam observando as nádegas femininas se ergueram, a tempo dela perceber onde sua atenção estava.

Deu-lhe um sorrisinho interessado, reduzindo a distância entre os corpos. O espaço restante foi rapidamente preenchido por indivíduos sedentos por diversão e a música mudou, enfeitiçando os corpos em uma dança desconexa.

Taemin resolveu vestir o personagem. Ele não costumava ter desenvoltura com mulheres, mas não conseguia – e nem queria – evitar. Anastassia tinha uma expressão enigmática no rosto e foi, encarando-a, que seus movimentos começaram.

Anos de performance serviriam para alguma coisa, afinal. Observou a atenção dela desviar para seu quadril, repentinamente interessada com o que fazia com ele. Pôs a mão no queixo feminino e ergueu-lhe o rosto, forçando o contato entre as íris.

Anastassia arqueou uma sobrancelha, desafiada. Uma amiga da equipe avisara-lhe que Lee Taemin estava, discretamente, buscando informações sobre si. Ela soltou seu nome como quem diz sem a intenção de dizer, junto com a sugestão de onde poderia estar a noite. Assim, como uma suposição, repleta de incertezas e desinteresse.

E desde então, firmaram uma aposta. Estaria o homem interessado nela o suficiente para procurá-la? Para caçá-la como uma presa a ser açoitada? Era o que Anastassia descobriria hoje.

 

ŢƌƎƜıƞ and ƜĩƞĤō

 

Pressionou-a contra a parede da cabine, sentindo os braços da mulher envolvendo-o em um puxar sedento. Os fios descabelados, o tecido do vestido erguido até a calcinha de coloração branca. Taemin correspondeu, os dedos esfregando no pedaço de pele que tanto imaginara.

O calor e a umidade dela o atraíam. Anastassia havia se tocado e gozado, sozinha, em um show particular e perigoso do qual participaram. O tecido fora afastado pelas unhas vermelhas e a cada vez que uma digital afundava na carne, Taemin sentia-se no inferno.

Podia imaginar que ninguém percebera a brincadeira dos dois. Ou, se percebera, pouco se importava. Talvez até tivesse inspirado outros a seguirem a mesma ideia e a possibilidade de estar em um lugar profano desses era repentinamente interessante.

Enquanto os dedos acariciavam os grandes lábios, no meio do beijo sedento que partilhavam, teve vontade de fodê-la em uma mesa daquelas. Ele poderia jogar os pratos, copos e frutas no chão, deitá-la com os seios sobre a superfície e provocá-la, esfregando o pênis revestido com a camisinha em sua entrada.

Pressionou os corpos, arrancando um gemido abafado de Anastassia. As mãos dela percorriam pela roupa amassada, ansiosas, em uma busca incessante por mais contato. O membro desperto estava entre as coxas femininas e o vestido, basicamente na cintura, só servia de decoração.

Ainda assim, a modelo pensou, ele continuava vestido.

Desceu as unhas pelo tecido, sendo barrada no cinto negro que acompanhava a calça, as mãos frias abrindo os botões e o zíper com pressa. Apalpou o pênis por cima da cueca e o empurrou de leve, dando atenção a própria bolsa pela primeira vez que invadiram a cabine do banheiro.

Do objeto feminino, saiu uma camisinha. Taemin observou o sorriso provocante e por um segundo, pensou em Minho. Haviam combinado manter um relacionamento aberto, com liberdade para que saíssem e transassem, desde que usassem preservativo e avisassem do feito.

Isso significava que teria que avisá-lo sobre a boate, os beijos e a foda.

- Não quer? - soltou a modelo, chamando a atenção parra si. Pôs um pé em cima da tampa do vaso, elegante. O salto negro delineava suas curvas e os malditos dedos intrometidos iam e vinham da vagina agora exposta. - Você sabe, eu posso fazer isso sozinha.

Lembrou das cenas de momentos atrás, quando ela rebolava em seus próprios dedos. Lembrou da forma como abriu as pernas, sentada em um sofá, arranhando o estofado com o salto só para dar-lhe uma boa visão dos movimentos que faria a seguir. Da mordida no lábio inferior, da cabeça jogando-se para trás…

Gemeu, descendo a cueca em um puxão nada delicado. Rasgou a embalagem e se vestiu, reduzindo novamente o espaço entre eles. A mulher sorriu, puxando-o para um beijo, conforme o membro entrava em si. A sensação de ser preenchida era de puro êxtase.

Saiu devagar, provocando um arfar feminino. Os movimentos começaram sutis, em um vai e vem contínuo e descompromissado, no intuito de prolongar o prazer que os envolvia. A mulher ignorava o local no qual estavam, deixando gemidos baixinhos escapar pelos lábios partidos.

Subiu a mão por dentro do vestido, entrando pelo sutiã. Sentiu a palma ser preenchida pelo seio quente e macio dela, esfregando a pele contra o mamilo eriçado. Anastassia se remexeu, inquieta, desejando em silêncio que ele fosse mais rápido dentro de si.

Envolveu-lhe o pescoço, arrastando os gemidos roucos em sussurros. A língua logo desbravou o pescoço masculino, sentindo-o arrepiar. Taemin fechou os olhos, deixando-se levar pela sensação. E, quando Anastassia deu-lhe uma mordida fraca, um desejo animalesco aqueceu seus atos.

O aperto no seio aumentou, as estocadas ganhando velocidade. A mulher gemeu, surpresa, tendo o som abafado pelo beijo afoito que a calou. As unhas desceram pelo peitoril masculino, arranhando, enquanto o vai e vem gerava sons molhados.

Taemin não se lembrava da última vez que fodera uma mulher. Sentir a vagina envolvendo-o, recebendo-o como um rei nunca tinha lhe interessado tanto.

Saiu de dentro dela, ameaçando virá-la. A modelo o interrompeu, empurrando-o para se sentar sobre a tampa fechada do sanitário. Ele obedeceu, os olhos correndo pela imagem descomposta e luxuriosa. Em questão de segundos os lábios se uniram e o cavalgar barulhento foi abafado pela música eletrônica ao fundo.

 

ŢƌƎƜıƞ and ƜĩƞĤō

 

Anastassia o arranhara. Propositalmente ou não, ardia o suficiente para lembrá-lo do que fizera há meia hora atrás. Traiu Minho.

E, enquanto dirigia acima do limite permitido da pista na direção do namorado, a cabeça se manteve soterrada de justificativas plausíveis para o próprio feito. Ela é gostosa. Ela tem um domínio sobre mim. Ela é única.

Não convencia. Nada que concluísse mentalmente seria bom o suficiente.

Seu namoro com Minho começou na época em que eram adolescentes. Entre idas e vindas, hormônios e a vontade masculina de meter em buracos. Eles combinaram que não seria justo levarem o que tinham a sério, que um dia encontrariam mulheres incríveis e se casariam – enterrando o passado abaixo dos sete palmos do chão.

Porém, só a perspectiva de ver Taemin atuando como um homem casado despertou em Minho um fetiche louco por fodê-lo no papel de amante. Eles seguiram o teatrinho pelo tempo que o programa durou, transando entre gravações e scripts.

Minho sugeriu que convidassem Naeun, certa vez. Segundo ele, a garota do Apink era tão fofa que combinava com dois paus na boca. Taemin riu o quanto pode para disfarçar, mas a ideia de dividir a cama com alguém além dele o assustou.

Eles estavam nisso há anos sabendo se tratar de um namoro aberto, mas o maknae ainda não tinha considerado o significado dos termos. Ainda que hoje tenha uma mente mais flexível e fetichista, gostava da ideia de fidelidade. Gostava da normalidade que a ideia trazia para um relacionamento gay entre ídolos.

Então, tecnicamente ele não traiu ninguém – mas também não deixava de carregar certa culpa.

O plano inicial era seduzir Anastassia e levá-la a um motel com os dois antes de encerrar o trabalho em Seul. Ou seja, desfrutarem do momento juntos, em um trio. E na realidade, ele não conseguiu aguentar. Só a lembrança dos gemidos femininos ao pé do ouvido eram suficientes para arrancarem um sorrisinho presunçoso de si. Afinal, ela pareceu apreciar o serviço - e número salvo na agenda do celular não deixava dúvida.

Ligou o piloto automático, telefonando para o Choi. A gravação da vez exigia que a equipe ficasse em uma fazenda reclusa – e ele sabia que hoje estavam nas cenas noturnas do roteiro. Três toques foram o bastante para a voz grave e relaxada atender, com um leve toque de animação pela situação.

- Taeminnie, como adivinha meus momentos de descanso entre as tomadas? - ele riu, o som saindo abafado. Alguém tomou sua atenção por um tempo e o barulho de uma latinha sendo aberta estalou pelo celular.

- Anos de prática, hyung. As gravações de hoje estão acabando, mas a equipe vai dormir aí, não é? - pôs as mãos no volante, reassumindo o controle. Sentia o nariz ainda gelado mesmo estando envolto pelo ar quente do aquecedor.

- Sim, é inevitável. Estou vendo com alguns hyungs se aceitam uma partidinha depois disso. - só pelo tom de voz o homem parecia nitidamente animado com a ideia. Taemin revirou os olhos, pensando se futebol era melhor que qualquer coisa para Choi Minho.

- Tem campo aí? - perguntou só para manter o assunto, ainda refletindo sobre as preferências do namorado.

- Não, mas achei uma parte reta no terreno. Botei pedaços de madeira para demarcar, falta só a bola. - e com a resposta dele, concluiu que não havia nada acima do jogo. Certa vez ele disse em uma entrevista que SHINee era prioridade em seu coração e aquela baboseira toda, mas...

- Minho, pelo amor de Deus, tá frio. Você não pode apenas jogar futebol de madrugada com a temperatura quase abaixo de zero. - sentiu-se como um irmão mais velho ou pior, como uma mãe. Provavelmente era algo que a mãe dele diria.

- Ah, ah, não se preocupe Taemin-nah. Vou desligar, ok? Tenho que voltar. - logo o tom mudou, tentando abrandar o menor. Alguém falou consigo ao fundo e passos foram ouvidos.

- Ok. Avisa os hyungs que você não vai jogar, estou indo aí.

- Na fazenda? Você está vindo para cá agora?

- Sim. Acha que consigo passar despercebido pela equipe?

- Eu dou um jeito. Tô indo, quando chegar me dá um toque. - aquele era Choi Minho, o Carisma Flamejante, que usava a simpatia para benefício próprio uma vez ou outra. Não que Taemin se importasse, claro.

Se ajeitou no banco, suspirando. A mistura das fragrâncias alcoólicas e do perfume feminino o confundiam, mas ele não iria se dar o luxo. Tinha um curto caminho pela frente e a ideia de sentir Minho o deixava com sede.

Tinha sede de tocá-lo. De se redimir com a própria língua, chupando a pele bronzeada de Minho. Oh, sim. Pagaria seus pecados de joelhos.

 

O final do percurso foi feito em torno de quinze minutos. Havia estacionado o carro atrás de arbustos volumosos, há uma certa distância da entrada do local. Avisou Minho e, enquanto esperava ele aparecer entre o breu que era a fazenda, distraiu-se observando as estrelas.

O céu de Seul se assemelhava com um manto negro e denso, sem furos. Os únicos pontos brilhantes eram máquinas humanas, sobrevoando pelos ares. Entretanto, bastava viajar por poucos quilômetros e então, a imensidão morta iluminava um céu revigorado e saudável.

- Foi para isso que veio? - sorriu, a voz do moreno soando mais bonita pessoalmente. Olhou-o, pegando uma das cervejas abertas das mãos dele.

- Você está suado. - pontuou o óbvio. Era mais do que certo que Minho ia arranjar um jeito de jogar antes de sua chegada. Mesmo sendo uma camada superficial de suor, Taemin não podia deixar de achar atraente.

Não podia evitar, logo pensava no corpo nu do maior. Os detalhes de cada músculo, o desenho sacana da pélvis.

- Err, desculpe. - coçou a cabeça, sorrindo culpado com olhos de cervo amuados – Os hyungs apostaram comigo.

O moreno mais baixo sorriu, brincando com a boca da garrafa. Era familiarizado com a competitividade do maior – e por vezes ainda achava se tratar de uma característica fofa.

- Gosto do seu suor, você sabe. A equipe já está dormindo? Não vi ninguém por aqui… - comentou, dando conferidas rápidas pelo perímetro.

- A maioria está bebendo no casarão. Tem gente que já dormiu e os hyungs estão na quadra improvisada. - Minho respondeu, aproximando-se. Um cheiro exótico exalava de Taemin e, combinado com as roupas noturnas, lhe dava uma vontade inexplicável de beijá-lo. - Onde você estava?

O maknae reduziu a distância, roçando os lábios ao responder.

- Em Gangnam.

O hálito adocicado atiçou os sentidos de Minho. Levou a mão quente a nuca do dançarino principal e reduziu a distância entre as bocas, iniciando um beijo molhado. Taemin gemeu baixinho, pela submissão que ele o fazia ter. O calor emanado do corpo colado ao seu o deixava ansioso e os quadris se encontraram, em um roçar discreto.

Foi ele quem quebrou o beijo, afastando Minho. O cheiro do namorado dava-lhe uma sensação mais prazerosa do que gostava de admitir.

- Estamos em público.

- … Está me dizendo que quer continuar em um lugar reservado? - o rapper sorriu malicioso, fitando-o com más intenções.

- Sim. Eu quero. Quero muito. Acha que dirigi de madrugada até aqui para apenas olhar você, por acaso? - e novamente, Taemin teve os lábios roubados pela fome de Choi Minho.

O caminho até o depósito foi feito sem que se dessem conta. Os tropeções não separaram os beijos por muito tempo – e as mãos afoitas se certificaram de manter os corpos juntos. E Taemin só percebeu que havia uma porta no pequeno quartinho quando Minho o prensou contra a mesma.

- A-lguém nos viu? - o ator perguntou, tirando a própria blusa. Taemin se perguntava se bastava àquele homem se despir para deixá-lo animado. Sua atenção estava focada apenas nos músculos à frente e ele, impaciente, puxou o namorado pelo cós da calça.

- Não. - foi o que respondeu, as pressas em um sussurro, antes de beijá-lo. Logo envolveu os braços ao redor do pescoço dele, sentindo as mãos do Choi em suas coxas. Ele as puxou para si e Taemin obedeceu, passando as pernas na cintura alheia.

Ter Choi Minho o pressionando contra a porta simulando penetração enquanto o beijava era mais do que ele podia aguentar. A ereção, já dura, apertou o tecido da calça e o dançarino desejou que as roupas sequer existissem.

A boca do namorado mordeu a ponta de sua orelha, arrepiando-o. Duas mãos grandes abriram o zíper da calça já judiada e Taemin sentiu que podia gozar só com a voz grave tão perto de si.

- Você não olhou o caminho. Não pode dizer se alguém viu, Taemin-ah. - o dançarino suspirou, envolvido na provocação. Ele sabia como o namorado era viciado em jogar consigo, com suas reações e prazeres. Ele sabia que os dedos de Minho estavam afundados contra sua carne só para roçar de leve na entrada como se não tivesse real intenção de estarem ali.

Nada mais efetivo que o rapper desejoso por uma competição é atiçá-lo para a dita competição.

- Talvez alguém tenha visto. Podem ter tirado foto e estão, agora, se tocando pensando no que fazemos aqui. - oscilou o quadril, rebolando quando pronunciou a última palavra. Arranhou de leve o abdômen exposto e sorriu, diabólico, concluindo o raciocínio. - Então se certifique de não decepcioná-los, hyung.

Minho soprou um riso discreto, descendo poucos milímetros o rosto. A língua ousou tocar a pele esbranquiçada e uma mão quente abafou os gemidos do dançarino com força. Taemin só deixou acontecer, os lábios partidos embaixo da palma alheia, conforme sentia a pressão dele contra seu maxilar.

O maldito mordiscava-lhe o pescoço, dando lambidas e sugadas indiscretas. Era difícil controlar as reações, sendo o lugar escolhido extremamente sensível. Os olhos fechados, a cabeça fazendo força contra a porta. Ergueu o quadril, involuntário, roçando os membros.

Sentiu as mãos do namorado pedindo para descer – e o fez sem hesitar. Ele o virou e o abraçou, as nádegas de Taemin contra o membro rígido. Logo os dedos encontraram a ereção do dançarino por cima da calça, massageando-o.

Era inconsciente. Bastava estar naquela posição que o maknae encostava a cabeça no ombro musculoso de Minho. Desceu a própria calça, ouvindo o cinto bater no chão sem dar muita importância. Levou uma mão até os fios do cabelo dele e os agarrou, com força, conforme ondulava o quadril contra o Choi.

A luz da lua adentrava o recinto pelas frestas da madeira velha, impedindo o ambiente de mergulhar na escuridão total. Minho, um verdadeiro apreciador dos movimentos do menor, agradeceu aos céus por desfrutar de tal vista.

Taemin rebolando contra seu pau era a sétima maravilha do mundo.

A sensação deliciosa de sentir àquela carne engolindo-o, a ondulação perfeita do quadril. A sensualidade, a pressão e atmosfera. Minho começava a ofegar, perdido no espetáculo que assistia, mal notando a respiração desregular. As mãos empurraram a blusa para cima, a fim de dar mais detalhes ao corpo magro – e Taemin, para satisfazê-lo, mordeu o tecido.

Soltou-lhe o cabelo e sorriu, sedento, apoiando os antebraços na madeira a frente de si. Empinou da maneira que pode e fechou os olhos, sentindo o pau duro. Minho abriu a própria calça afoito, descendo-a – e quando os tecidos das cuecas se encontraram, o dançarino pode concluir o quão era prazeroso saber que ele havia causado aquilo.

A ereção. O pré-gozo umedecendo o pedaço de pano. A respiração desregulada. Arriscou olhar para trás, encarando-o por cima do ombro, curioso pela expressão do namorado.

Minho segurava sua cintura, os lábios partidos. As pupilas dilatadas e desejosas, mergulhadas em uma satisfação particular.

- Você é um verdadeiro apreciador do meu showzinho, hyung. - comentou, ondulando vagarosamente o quadril. A expressão brincalhona exalava superioridade e atrevimento.

- Ah, dongsaeng. Eu sou seu fã número um, se isso te por quase de joelhos mais vezes.

Taemin riu, mordendo o lábio em seguida. Ele tinha uma satisfação sem limites quando era a causa da bagunça que Choi Minho ficava ao estar excitado. E para o trabalho ficar completo, faltava um único adicional.

Abaixou-se, pondo os joelhos no chão. Os olhos atrevidos observavam a expressão de entrega do namorado – e os dedos, pequenos, desceram a barra da cueca alheia. O pau despontou poderoso frente aos seus lábios.

A língua atreveu-se contra a cabeça, fazendo Minho torcer a expressão. Uma lambida generosa foi dada dos testículos até a ponta, conforme encaravam-se. Era extremamente difícil para o rapper não fechar os olhos, mas também se tratava de uma questão de honra mantê-los abertos. As visões que Taemin lhe mostrava deviam ser apreciadas, degustadas – jamais, de forma alguma, renegadas.

A boca o envolveu por completo, sugando-o. A umidade da cavidade, junto do músculo bem trabalhado chupando-o, era perigoso demais. Depois de um dia cansativo de trabalho árduo receber esse tipo de compensação só o deixava ainda mais extasiado.

Passou a mão pelo cabelo do maknae, em um carinho rude. Ele sorriu, com o pau entre os lábios, tornando a menor de suas ações repleta de pecado. Logo os dedos agarraram-lhe os fios negros, puxando-o para trás.

O sorriso provocante aumentou.

- Você é uma vadia, Taeminnie. Ninguém sorri com um pau na boca. - o menor umedeceu os lábios, concordando com a cabeça. Nenhum dos dois dispostos a quebrar o contato visual, concentrados no ato.

- E o Carisma Flamejante adora foder vadias. - sorriu, completando – Que tal começar por essa aqui? - o maknae abriu a boca, convidativo. Brincou com a língua, sorriu, ameaçou fazer um leve carinho estimulante. Minho, porém, não precisava nenhum argumento complexo para querer fodê-lo.

O pênis entrou na boca vagaroso, em respeito a situação do menor. As sucções recomeçaram, em uma espécie de preparação para o que viria. Taemin fez questão de lambuzá-lo de saliva, espalhando-a pela extensão.

E os desenhos irregulares da língua inquieta atiçaram por demais um homem naturalmente ativo como Minho. Logo o aperto no cabelo tornou-se forte mais uma vez, em um sinal mudo para o namorado abrir o quanto pudesse a boca. Os olhos do Lee faiscaram, sentindo-se arder.

Os movimentos começaram. Leves, arrancando suspiros desgostosos do menor. Aumentaram gradativamente de velocidade e, em pouco tempo, Minho lançava o quadril contra os lábios de Taemin como se o fodesse.

O dançarino, extasiado, desceu a própria cueca as pressas. As lágrimas já se formavam, deixando a visão turva, mas sequer foi digno de nota. A mão envolveu o membro renegado e uma masturbação rápida teve início, embalada no ritmo alheio.

O mais alto sentia-se no paraíso. Ser recebido com a devoção que Taemin lhe dava era delicioso. Os gemidos interrompidos, a expressão retorcida, a cabeça puxada para trás. O menor tinha um prazer imenso por saber que era o único a deixá-lo assim, desconstruído. Ofegante.

Minho, desde que o namorado chegara a maior idade, parara de transar “por fora”. E, querendo ou não, dotava de um orgulho pessoal por Lee Taemin o bastar. O garoto transformara-se pouco a pouco em um homem de personalidade incrível e de aparência agradável.

Ele não precisava mais tomar cuidado. Não tinha que se sentir culpado por desejar um adolescente em crescimento ou evitar certas atitudes para poupá-lo.

Por isso, quando teve vontade de gozar, não mexeu um músculo para interromper o processo. Não ficou preocupado ou quis encher o namorado de beijinhos compensatórios. Não pediu perdão e tampouco o abraçou, embalando os corpos em carinho inocente.

Taemin estava duro e basicamente implorava para sentir o mesmo prazer.

O rapper foi até a mesa de madeira, afastando algumas ferramentas para o lado. Deu uma conferida simplória na estrutura da construção artesanal e, enquanto o menor terminava de tirar as roupas, até tentou empurrar para testar a resistência. Parecia firme.

- Deite. - o dançarino se aproximou, beijando-o. O pau duro contra o abdômen definido de Minho, roçando de leve no seu, o fazia pensar em quão gostoso era o Lee. Os toques mergulharam em desespero e mordidas foram dadas. - Deite. - repetiu, empurrando-o de leve.

- Não quero. Minho, quero fazer em pé. - o maknae, turrão, fez até uma expressão levemente birrenta. Sorte era do rapper que o conhecia há anos. O Choi nada disse, descendo os beijos pelo pescoço e tronco. Envolveu um mamilo com a boca e, ao sugá-lo, fez com que Taemin abaixasse aos poucos.

Marcas vermelhas determinaram o território explorado da tez esbranquiçada. Mamilos, o leve contorno de definição abdominal. As laterais sensíveis e o começo da pélvis. Os ossos destacados do quadril e clavículas. Tudo devidamente avermelhado e eriçado, com o dono dos atributos enfim deitado sob a madeira empoeirada.

Minho podia ficar horas pintando Taemin, se soubesse pintar. O colocaria nas poses mais obscenas e retrataria fielmente cada detalhe, até mesmo o leve brilho do pré-gozo e a cor avermelhada da cabeça. Sentiu a boca salivar, pedindo por aquele pedaço de carne.

A mão envolveu-lhe o comprimento, enquanto a boca se aproximava dos testículos. O dançarino afastou as próprias pernas ao máximo, segurando-as com firmeza, só para apertá-las usando uma força desnecessária ao degustar da língua alheia molhando-o.

O rapper produzia sons pecaminosos, sugando as bolas para si. A mão acompanhava os movimentos e logo remexidas inquietas foram dadas pelo dançarino que, em êxtase, não conseguia manter-se parado. Os gemidos fracos e alternados lhe instigavam a continuar, espalhando saliva por toda a extensão do órgão.

- M-minhooo… - a voz arrastada do namorado o arrepiou. Estava se excitando novamente. As lamúrias desconexas, os movimentos involuntários. O cheiro dele em essência e a textura da pele. Minho, de tão acostumado com tais detalhes, acabava sendo estimulado apenas por senti-los; como uma reação automática, seu corpo se embebedava de Lee Taemin. - Eu n-não quero sua língua…

Sorriu, repentinamente desafiado.
O maknae era abusado até quando não tinha condições de o ser.

Prosseguiu com a masturbação, fingindo não ter dado atenção a frase. Molhou um dedo com a boca e disfarçou, voltando para as bolas. E, caindo no jogo do rapper, o dançarino se remexeu ainda mais inquieto.

- Hyung… - Minho trocou, chupando-lhe o pau enquanto a mão disponível brincava com os testículos – Hyung, eu já disse qu-

E então, a fala fora interrompida em um engasgar estranho, misturado com surpresa e prazer. A digital do namorado forçava passagem em sua entrada, paciente e provocante. Taemin, ao sentir o mix de sensações que o dominaram, transformou-se em uma profusão de sons úmidos.

Gemidos, saliva, pedidos. Gaguejos, arfares, suor.

Era uma obra expressionista de pinceladas rápidas e escorregadias, perdidas na confusão do ter, sentir e ser.

Minho, percebendo o limite próximo do outro, parou com o oral. Ergueu o tronco, ignorando a própria ereção, envolvido na imagem da digital sendo sugada pelas paredes anais. Taemin, perdido, tentava organizar os pensamentos em uma frase minimamente inteligível.

- Seu d-dedo é pequeno d-demais, Minho-o. - as bochechas rosadas e a expressão bagunçada, porém, não davam pistas de desgosto. O rapper, que até então fora dragado pela visão do todo, focou a atenção no rosto dele.

- Coisas pequenas não te satisfazem, dongsaeng? - Taemin o socaria, se pudesse, só pela audácia. Tentou erguer o tronco, mas a sensação que o dedo enfiado em si causava ao menor movimento dificultava pensar racionalmente.

O mais alto parecia se divertir com seu desespero. Ele disfarçava, por vezes usando a expressão quase neutra que anos de atuação lhe deram, mas a digital não o deixava mentir. A cada tentativa, ela mergulhava mais.

- Me deixa te chupar, Min. Não trouxe lubrificante. - ele até poderia fingir que não, mas tinha vontades. Ouvir Taemin verbalizando-as foi o suficiente para colaborar.

Logo a boca o envolveu e Minho notou, com certo nível de satisfação, que as sucções estavam afoitas. O dançarino sequer fizera questão de descer da mesa improvisada, babando-o e degustando o máximo que podia daquela forma.

E, quando ele julgou suficiente, voltou para a posição de antes sem o menor problema. A entrega do menor, aliada a sua submissão repleta de atitudes o encantava. Taemin era um companheiro incrível, aos olhos de Minho – e nada e ninguém poderia provar-lhe o contrário.

Posicionou-se, forçando pouco a pouco o canal. Chamou-o para perto e um beijo longo fora trocado, marcado por sons confusos e saliva. Taemin ondulou de leve, Minho segurou em seu quadril e o desejo carnal pairava sobre seus movimentos.

Felizmente, a noite ainda tinha muito o que oferecer.

 

ŢƌƎƜıƞ and ƜĩƞĤō

 

Recostou a testa sob o volante, um sorriso satisfeito nos lábios inchados. Havia dirigido o suficiente para estar, no momento, estacionado na frente da própria casa, em companhia das luzes públicas da rua.

Só não dormira com Minho no meio do feno por causa de uma ligação desesperada do manager, questionando preocupado e oscilante onde estava. Haviam compromissos que o aguardavam nessa mesma madrugada e seu paradeiro, aparentemente, era de suma importância.

Respirou fundo, continuando na posição de outrora. Podia sentir o cheiro dele em si, os dedos, as marcas. Podia sentir ele em toda sua glória e, inevitavelmente, ela.

Estava enlouquecendo.

Não compreendia como conseguira em uma única noite transar com uma mulher travestido de uma pose máscula e dominadora para, depois, ser tragado pela essência de um homem como uma esposa sedenta e insaciável.

Sua cabeça dava voltas e a ideia da traição pairava sobre si como uma nuvem carregada e astuta, porém, pensava, não se arrependia. Contara a Minho que conseguira o número de Anastassia para o ménage depois da transa, no mesmo banco em que estava agora – e a reação dele o confortou.

Minho parecia animado com o fetiche e, para Taemin, o interesse dele importava mais do que o próprio. Ou, ao menos, era o que pensava.


Notas Finais


Vocês preferem capítulos menores ou maiores?
Link útil das baladenha de seul: https://olharnacoreia.wordpress.com/2014/07/26/baladas-em-seul/


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