História Inesquecível é o Amor - Atentado

Emily pov's

O grande dia tinha chegado, eu não conseguia nem comer nada de tanta ansiedade que eu estava. Meu coração parecia que ia sair pela boca, eu estava desesperada e nem queria pensar na suposição de Alison não ir. Eram 2Pm e eu estava saindo da casa de Spen. Estava frio então eu estava bem arrumada. Cheguei eram quase 3pm, e fui a praça de alimentação, pedi uma água. Eu olhava para o relógio de minuto em minuto, até que ele marcou 3Pm. E meu coração estava batendo tão alto que eu podia jurar que todas as pessoas no shopping estavam ouvindo. Até que vejo Alison entrando na praça de Alimentação, deuses como ela estava linda, usava um vestidinho rosa e uma jaqueta preta, ela tinha engordado um pouquinho, mas continuava maravilhosamente linda, e eu estava tão feliz por enfim ela ter vindo, significava que ela tinha pelo menos uma gota de amor por mim. Então ela vem em direção a mesa que eu estou.

-Oi, eu digo me levantando.

-Oi. -Ela diz e da aquele sorriso maravilhoso e iluminado, Alison tinha algo de diferente, ela estava com uma feição diferente, eu não sabia explicar o que especificamente, mais tinha algo ali.

-Senta.- Eu puxo a cadeira e ela senta. -Quer alguma coisa? -Eu a pergunto.

-Um suco de laranja. -Ela sorri, suco de laranja era seu favorito.

-Claro. -Eu chamei o garçom e pedi o suco.

-Então, por que me chamou aqui? -Ela diz me olhando, ela estava séria, mas não um tipo de séria ruim.

-Eu te chamei por que queria te ver, por quê há meses só tenho notícias suas pelas meninas, e elas sempre andam cheias de segredo sobre você. Eu queria apenas saber como você está.-Eu digo a olhando fixamente, dentro daqueles lindos olhos, e ela olhava na mesma intensidade.

-Eu estou bem considerando os acontecimentos dos últimos meses, não posso dizer à você que estou totalmente curada, ou que te perdoei por completo. Mas não possa negar que ainda amo você. -Ela diz e aquilo me deu 1% de esperança.

-Eu fico feliz em saber que você ainda me ama, mesmo que seja um pouco.-Eu digo a olhando.

-Eu não a amo só um pouco, eu a amo com todas as minhas veias, e artérias e sentidos. Não me pergunte o por que, talvez eu devesse te odiar, mas não consigo, por que você sempre foi a minha pessoa. Mas eu não acho que nós podemos voltar, não ainda. -Ela diz olhando agora nos meus olhos.

-Eu entendo, e não lhe forçaria a nada, mas saber disso que da motivos pra lutar. -Eu digo calmamente.

Alison pov's.

Eu não sei por que disse tudo aquilo à Emily, mais eu sabia que aquilo não ia durar muito, eu já tinha a perdoado há algum tempo, eu a amava, as vezes você perdoa uma pessoa por que a falta que ela faz na sua vida é muito maior do que  o erro que ela cometeu. Todo o meu corpo ansiava pelo toque de Emily, e pelos seus carinhos, eu queria dividir a felicidade com ela. Afinal, Emily sempre foi uma boa pessoa pra mim, sempre me tratou da melhor maneira, até mesmo quando eu nem merecia. E eu sabia que ela tinha errado, mas bom. Eu ainda a amava e ela podia errar um milhão de vezes ela sempre iria saber uma forma de me reconquistar.

-E Samara? -Eu a pergunto para ver sua reação e dessa vez ela não me pareceu se sentir incomodada com aquele nome.

-O que tem ela? -Ela me perguntou se ajeitando na cadeira.

-Tem visto ela? -Eu a pergunto, eu precisava me certificar de que Emily não estava me enganado.

-Claro que não Alison, Samara foi embora. Se eu estivesse vendo Samara eu com certeza não estaria aqui tentando te reconquistar, você não acha? -Ela diz e eu sinto total segurança com aquilo.

-Faz sentido.-Eu digo rindo.

-Eu senti sua falta. -Ela me diz, e a coisa que eu mais queria era beija-la agora, mas tinha que me controlar.

-Eu também senti... Aliás tem algo que eu preciso lhe falar.- Foi a última coisa que falei até ouvir tiros e ver pessoas correndo, lojas fechando e um alerta nos rádios espalhados pelo shopping.

*ATENTADO, SE ESCONDAM.*

-Vem Alison, rápido. -Emily segura minha mão e saímos correndo para nos escondermos em algum lugar.

Emily pov's

Quando escutei os tiros e ouvi que era atentado segurei a mão de Alison e corri, eu a protegeria com a minha vida se fosse preciso, há um tempo atrás existia uma passagem no almoxerifado, que dava em uma sala vazia, eu descobri aquilo por acaso, depois de uma visita onde eu iria colocar a minha loja aqui em Rosewood, e eu sei que ninguém sabia daquela sala, pois ela era dentro de uma passagem secreta. Então a minha única chance de me salvar e salvar Alison era lá. Eu corri no meio das pessoas, tinham muitas crianças e idosos e eu queria ajudar todos, mas a vida da minha mulher estava em risco e eu tinha que salva-la primeiro. Corremos e logo chegamos na sala, que eu consegui abrir e travar por dentro, só conseguiriam entrar ali com uma bomba, e eu rezava a Deus que nos ajudassem a sair daquilo. Entramos e tinha outra porta, numa salinha menor ainda, tipo um closet, aquela sala era tão escondida que nem estava no mapa do shopping, quando entramos eu tranquei a porta e travei com um ferro. Encostando Alison na parede e a abraçando. A Sala tinha um pequeno armário com colchonetes e lençóis. Estava frio lá dentro e eu tirei as coisas para enrolar Alison.

-Eu estou com medo. -Ela me disse chorando baixinho.

-Vai ficar tudo bem, eu vou te proteger. -Eu disse e beijei sua testa e continue abraçando-a, e cada barulho de tiro era uma lágrima que ela derramava.

-Eu preciso te contar uma coisa. -Ela disse sussurrando. -Eu estou grávida. -Eu a olho meio confusa, Alison grávida?

-Como assim? -Eu digo me afastando do abraço.

-Não se afaste, eu estou com medo, e os filhos são seus. -Ela diz sorrindo enquanto enxuga mais uma lágrima e escutamos mais tiros. -Então eu abraço ainda mais forte.

-Meus filhos? Como assim? -Eu pergunto ainda confusa.

-São gêmeos Em. -Então ela se afasta um pouco, retira a jaqueta, e levanta o vestido e eu posso ver sua barriguinha grandinha e me levar pela emoção, eu derramei lágrimas e agarrei sua cintura a abraçando junto com a barriga e depois depositando beijinhos. Enquanto ela mexia no meu cabelo.

-"A mamãe está aqui certo? Eu vou proteger vocês e a mamãe. Eu prometo. Nós sairemos daqui juntos." -Eu digo baixinho fazendo Alison ouvir e continuar a mexer nos meus cabelos enquanto eu ainda estou ajoelhada. Então eu baixo seu vestido e beijo novamente a barriga dela. E levanto olhando nos olhos de Alison.

-Eu estou com muito medo. -Ela diz derramando uma lágrima.

-Eu vou proteger vocês, nem que isso custe a minha vida, mas vocês saíram daqui vivos, os três. Eu te amo demais, obrigada por me dar essa alegria. -Então eu a beijo carinhosamente e escutamos mais alguns tiros e sirenes de policiais. Provavelmente eles estavam em confronto. Então eu sento no cantinho sala e Alison senta no meu colo e eu a abraço e começo a mexer em seus cabelos.

-Vai ficar tudo bem. -Eu digo sussurrando. Não podíamos fazer muito barulho.

Spencer pov's.

Eu estava reunida com Hanna e meu sobrinho na sala, e Toby. Estávamos conversando e eu liguei a televisão para Tyler. E para minha surpresa passou o plantão.

"Pessoas estão sendo feitas de refém em um ataque terrorista no shopping de Rosewood, temos vários feridos e alguns mortos, a policia está em confronto com os terrorista."
 

-MEU DEUS ALISON E EMILY, NÓS TEMOS QUE IR PRA LÁ.- Eu digo pra todos derramando algumas lágrimas e vendo Toby correr imediatamente em minha direção e Hanna ligar para Caleb totalmente pálida.

-Eu vou tentar ligar pra elas. -Hanna diz.

-Não Hanna, é muito perigoso, elas podem estar escondidas em algum lugar, se um celular tocar pode ser o fim. -Toby diz avisando.

-Meu Deus, os meus sobrinhos. -Hanna senta e abraça Tyler derramando algumas lágrimas.

-Eu vou para a delegacia, para ajudar. -Toby diz.

-Toby não, pelo amor de Deus, é perigoso. -Eu digo me agarrando a Toby.

-Spencer, eu vou me cuidar. Fique com Hanna e Tyler, vão para casa da Mrs Fields, ela provavelmente não sabe e pode descobrir da pior forma, liguem para Jason avisando. Temos que ser rápidos.

-Vamos Spen, vou deixar Tyler com minha mãe primeiro e depois vamos pra casa da Mrs Fields.
Então Toby foi pra delegacia, eu e Hanna deixamos Tyler e fomos para casa da Mrs Fields. Quando batemos na porta ela logo atendeu.

-Meninas, que surpresa, entrem. A que devo a honra? Ela diz sorrindo e nós continuamos séria o que fez ela perceber. -O que aconteceu, onde está Emily?

-Senhora Fields, a senhora tem que se manter calma. -Hanna diz.

-O que aconteceu Hanna, por favor diga logo.

-Emily e Alison marcaram um encontro no shopping, e o shopping está sofrendo um tipo de ataque terrorista e elas estão lá, presas e não temos notícias. -Eu digo soltando tudo de uma vez, fazendo ela cambalear e se segurar em algo para não cair.

-Ai meu Deus, minha filha, minha nora.

-E seus netos. -Eu acabo soltando sem querer sendo olhada por Hanna que fala com os olhos algo como "Tinha que contar agora?"

-Netos? -Ela fala sem entender e Hanna toma a palavra.

-Alison está grávida de gêmeos, os filhos são dela e de Em, quando elas fizeram o processo de inseminação artificial há meses atrás.

-Meu Deus. Ela diz soltando algumas lágrimas. Então eu e a Hanna a abraçamos, eu fico com ela enquanto Hanna vai fazer um chá.

Alison pov's.

Eu estava tentando me manter calma a todo custo, pois eu não podia colocar a vida dos meus filhos em risco e por incrível que pareça eu me sentia mais segura por Emily estar ali comigo, agradecendo aos céus de eu estar com ela nesse momento. Três horas já haviam se passado, nossos celulares estavam descarregados e não sabíamos de nada que estava acontecendo lá fora. E até agora ninguém tinha achado essa tal sala. Graças a Deus.

-Como descobriu essa sala? -Eu pergunto no seu ouvido baixinho. Ainda sentada em seu colo a abraçando, enquanto que com uma mão ela me segurava, e a outra ela acariciava a minha barriga.

-Foi quando vim colocar a loja aqui no shopping, o dono me deu uma planta do lugar pra eu avaliar onde eu colocaria, e sem querer eu esbarrei nessa sala, é tipo uma passagem secreta que não está na planta. Graças a Deus eu a descobri e eu espero que ninguém descubra. -Ela me diz, eu podia ver o quanto ela estava aflita mas estava sendo forte, pra que eu não ficasse com medo.

-Em, se alguma de nós não sairmos daqui... -Eu começo e sou interrompida.

-Shii, não continue. Nós sairemos daqui, nós cuidaremos dos nossos filhos, e passaremos as férias em Paris com eles dois, e nos fins de semana os levaremos para minha mãe e para brincar com Tyler depois na piscina do clube. Nós pintaremos os quartos deles juntas e faremos uma linda decoração, nós passaremos os nossos dias juntas, não ouse me deixar. -Ela diz enfim soltando uma lágrima. -Eu fui uma péssima esposa, e eu me arrependo tanto, você nem imagina...

-Eu já te perdoei, nossos filhos precisam das duas mamães, eu amo você. -Então eu a beijo intensamente, eu estava com tanto medo, mas Emily estava ali e naquele momento era tudo que me mantinha segura. Paramos o beijo apenas quando precisamos de ar.

Hanna pov's

Já fazem 5 horas desde o início do atentado ao Shopping de Rosewood, a polícia já conseguiu invadir 60% do shopping e eles dizem pras pessoas se manterem escondidas, pois ainda tem terroristas espalhados.

-Meu Deus, eu não aguento mais ficar aqui esperando. -Ouço a voz de Spencer andando de um lado pro outro da casa. Até ouvir o seu celular tocando.

-É Toby. -Ela diz.

-Atende logo. -Então ela atende. Alguns minutos depois ela desliga.

-Eles ainda não acharam elas, as meninas não estão entre os mortos e feridos, pelo menos por enquanto.

-Ai meu Deus. -A senhora Fields fala.

-Isso parece um pesadelo. -Eu digo sentando também no sofá.
 

10 horas depois.
 

Emily pov's.

-Quanto tempo você ainda aguenta sem comer? -Eu pergunto a Alison, afinal ela não podia ficar muito tempo ali.

-Provavelmente mais 10 horas, eu comi bem antes de vir te encontrar e ainda tomei aquele suco, seus filhos são calmos como você. -Ela diz sorrindo enquanto estávamos deitadas no colchonete. E enquanto eu mexia em sua barriga eu pude sentir um pequeno chute e ver Alison fazer uma careta e sorrir.

-Ai.

-O que foi está tudo bem? -Eu pergunto preocupada.

-Sim, acho que eles estão um pouco agitados. -Ela diz passando a mão na barriga. Então eu volto a deitar, e ela deita de lado com a cabeça no meu peito, e as pernas entre as minhas. Estamos enroladas tentando nos manter calmas. Afinal não tínhamos ideia de como estava a situação, dentro de algumas horas eu iria sair, sozinha. Eu tinha que salvar Alison. Mas devido ao cansaço acabamos dormindo, os barulhos de tiro deram uma pausa. Talvez a polícia tivesse contido de alguma forma.

15 horas depois...