História Inexplicable - Balloon in tears

 ♫ Talk to me, baby
I'm going blind from this sweet, sweet craving, whoa-oh
Let's lose our minds and go fucking crazy
I-I-I-I-I-I keep on hoping
We'll eat cake by the ocean  ♫

~POV LAUREN 

Ao som de Cake by the ocean - DNCE , estava eu flutuando sobre uma boia em minha piscina, amanhã iniciaria mais um ano  cansativo na escola e eu não estava nem um pouco empolgada, mas se bem que tenho 3 amigos fodásticos do meu lado e vamos zoar pra caramba. Essa é a única parte boa. 
- Srta. Jauregui, seus amigos chegaram, devo mandá-los entrar? 

Rachel, minha empregada interrompe meu pensamento. 
- Se eu convidei eles pra virem aqui, acha mesmo que os deixarei lá fora? Cada dia você fica mais ignorante Rachel, não sei porque meu pai te contratou. 
- Desculpa Lauren. 
- Não me chame pelo meu primeiro nome, você é uma serva. Mande-os entrar logo e nos traga as vodkas que eu comprei. 

Imediatamente ela me obedece mandando-os entrar. 
- Meu Deus Laurenzo, como seu pai contrata pessoas desse nível?  - Zayn fala e logo depois pula na piscina, Vero deita na espreguiçadeira para tomar sol.

Reviro os olhos pelo apelido, pois hoje estava extremamente sem humor. 
- Realmente eu não sei, já mandei ela trazer nossas vodkas. 

Enquanto Zayn e eu conversávamos, notei que Vero olhava fixamente para meu pulso. Tentei disfarçar mas não deu. 
- O que é isso Lauren? - falou apontando pra mim .
- Uma boia eu acho, agora se mudou o nome disso eu já não sei. - respondi disfarçadamente com a intenção de distraí-la. 

Ela levanta e coloca as mãos na cintura nitidamente brava. 
- Para de brincadeira comigo Lauren, agora seu pulso é uma boia? Eu estou falando dessa atadura aí. - aponta para meu pulso 

Quando abro a boca para falar algo, Rachel aparece com as bebidas e mentalmente agradeci pela existência daquela mulher( naquele momento), pelo menos para alguma coisa ela é útil. 

Bebemos as vodkas, cujo o sabor era de maçã verde, minha preferida. Por aqueles minutos o meu pulso já não era mais o centro das atenções.

Vero, Zayn e eu estávamos conversando sobre como dar as boas vindas para os novatos, deveria ser em grande estilo como todo o ano. 

Como meu pai era o diretor da escola, tínhamos a cópia de todas as chaves. Isso era um verdadeiro privilégio. 

Bom, passamos nossa última manhã de férias juntos. Almoçamos e depois disso, eles falaram que tinham compromisso à tarde então acabara de inventar um pra mim também. Havia começado a ler a coleção do livro "Peça-me o que quiser " escrito por Megan Maxwell. Então eu iria à livraria comprar o  segundo volume e ler no parque onde sempre costumava.

Subi, me troquei, coloquei uma camisa xadrez, adorava xadrez, um short jeans e meus coturnos pretos. E por último, não menos importante, o meu ray ban, não saía sem ele.

Meu pai não estava em casa, estava jogando golfe com seus amigos porque amanhã ele também reiniciaria seu trabalho. 

A caminho da livraria, decidi passar no Starbucks e comprar um capuccino. Saindo da cafeteria, logo chego ao parque e procuro um banco mais próximo.

Sento relaxadamente e abro o livro. Quando pensei em começar a ler, um barulho de choro me atrapalhou. Tentei ignorar mas cada vez ficava mais alto. 

Percebi que era de uma criança e como eu odiava crianças por não ter tido uma infância agradável, tentei me concentrar novamente na leitura mas aquele choro já estava me irritando. 

Resolvi ver o que era, abaixei meus óculos e avistei uma garotinha correndo ao centro do parque chorando e gritando " Kaki" . Foi ali que tirei a conclusão: crianças são realmente estranhas. Fiquei pensando no que seria "Kaki" ,deve ser seu cachorro.  

A menina se ajoelhou no chão e eu não pude negar ajuda. Ah merda, ela era extremamente fofa. Lágrimas escorriam pelo seu rosto, tentei acalmá-la. 
- Kaki, eu quero a Kaki, o balão, o balão na árvore. - ela fala desesperada apontando para um lugar que não consegui identificar. 
- Calma menina, ta tudo bem, eu vou ajudar você. Vamos pegar o balão e ir na sorveteria mas só se você não chorar mais.

Ela me respondeu com um belo sorriso. Então a pego pela mão, percebendo que ela usava um vestidinho rosa com bolinhas brancas idêntico ao que eu usava quando era criança.

A menina me puxou até a árvore onde o balão estava enroscado. Entreguei à ela e ela não estava mais chorando. 
- Depois da sorveteria, te ajudo a procurar "Kaki" . -sei lá o que isso seja. 

Entramos na sorveteria e logo uma moça ruiva, muuito gostosa por sinal, foi nos atender. 
- O que desejam? - perguntou 
 Seu corpinho nu. Pensei e ri safadamente. Ela não entendendo nada, pigarreia fazendo-me voltar a realidade. 

Perguntei para menina qual sabor ela queria, sem pensar ela disse blueberry. 
- Um de blueberry e pra mim o de sempre, alcaçuz. - sorrio 

Prontamente ela anota e vai buscar nossos pedidos, espertamente já havia pego o nome dela em seu crachá que era Ariana. 

Enquanto esperávamos nossos sorvetes a menina chama a minha atenção tocando no meu braço. 
- Como é o seu nome moça dos olhos bonitos? 
- Me chamo Lauren e você pequena? - pergunto encantada com aquele jeitinho dela, Poxa eu gostava de crianças ou não? Mas ela realmente havia me ganhado pois eu estava pagando sorvete para uma criança... meu Deus, olha o efeito das vodkas! 
- Sofia. 
- Lindo nome, assim como você. - sorri a observando 

A tal moça gostosa( Ariana) trouxe os sorvetes. 

Enquanto saboreávamos, ouvi um grito. No mesmo segundo, uma menina louca já está encima de mim me estapeando. Ela chorava e gritava com raiva.
- O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA IRMÃ? QUEM É VOCÊ? POR QUE ROUBOU ELA?

Ela não parava de me dar tapas e nem ao menos respirava direito. Duas meninas se aproximaram e tiraram ela de cima de mim. 
- Você é louca? - eu disse ajeitando minha roupa, super indignada 

Percebo que  Sofia se agarrava na perna da louca.
- KAKI!! - a menina grita feliz 
- Ah, então essa é a tal Kaki, achei que era um cachorro. - pensei alto 
- CACHORRO MINHA MÃO NA TUA CARA! 

Ela continuava furiosa. Aquilo me irritou então eu disse: 
- Olha garota, eu só quis ajudar a menina, olha para o rosto dela para ver se ela está com medo ou triste. Não! Ela está feliz bem diferente de quando eu a havia encontrado, chorando, triste e perdida por SUA culpa sua IRRESPONSÁVEL ! - cuspi as palavras e me dirigi à saída da sorveteria sem olhar para trás.