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História Inexplicável - Desespero


Escrita por: Kiria_Kim

Capítulo 19 - Desespero


Fanfic / Fanfiction Inexplicável - Desespero

 Três semanas depois...

       O casal assustado com a ameaça que rondava suas vidas, refugiaram-se em outro estado, bem longe de suas casas e responsabilidades, naquela mesmo dia eles conseguiram um vôo para Fortaleza.

       Lucius conversou com seu mentor  Dr. Barros, explicando sua fuga, Barros era o único que sabia a localização do casal, assim seria para a segurança deles, Bia e Guga souberam da viagem as pressas, mas não tinha noção do destino.

       Chegaram de madrugada, hospedaram-se num hotel a beira mar, eles bem que poderiam estar numa viagem de férias, divertindo-se feliz da vida, desfrutando da companhia um do outro, mas como a vida nem sempre é justa, eles enfim estavam em fuga, invés de diversão e felicidade eles estampavam nos rostos tristeza e apreensão.

       Dias depois alugaram uma kinitine num bairro muito movimentado, se precisasse fugir novamente, a idéia seria ter rotas diversas para a fuga, Meg raramente saia para a rua, vivendo sempre com medo, perdeu peso e estava sempre abatida, por já ter vivido esse pesadelo, ela sabia que mais cedo ou mais tarde Roger á encontraria.

       Todos os dias pela manhã, Lucius corria, as vezes pelas ruas do bairro, as vezes pela orla da praia, inumeras vezes convidou Meg para acompanha-lo, ela sempre recusava, Lucius estava preocupado, Meg se fechou em concha, seu corpo físico estava com ele, mas sua cabeça não, sua vivacidade, alegria e paz se perdeu na manhã seguinte a festa de Barros, como se ela fosse sugada para um mundo paralelo e sua força vital não existisse.

       O maior medo de Lucius era que Meg se entregasse ao seu perseguidor, infelizmente ele estava vendo isso aconteçer a cada dia.

As corridas matinais eram o único momento em que Lucius se afastava de Meg, essas corridas eram um balsamo para ele, era um momento em que poderia pensar com clareza, tomar decisões, aliviar a tensão que estava passando.

       Ultimamente Meg andava muito agitada tinha pesadelos horríveis, dormia muito mal e chorava sempre, portanto ele ficava muito pouco tempo fora de casa.

       “ De repente Morgana acordou num lugar muito escuro, sua cabeça latejava e seus olhos teimavam em ficar abertos.

       Tentando se movimentar para despertar, ela percebeu que estava com braços e pernas amarrados na cama, tentou gritar mas havia uma faixa em sua boca, portanto só sons saiam de sua boca.

       No escuro sem fim ela tentava se soltar, seus membros e garganta trabalhavam juntos na esperança de ser ouvida, persistiu por alguns minutos...sem sucesso, desistiu da luta e se afundou no colchão esperando por seu fim iminente.

       Segundos depois uma luz fraca de abajur se acendeu ao seu lado, ela conseguiu visualizar uma bancada no lado direito da cama, o cômodo era muito fechado, sem nenhuma ventilação e cheirava mofo, sentado em uma cadeira ela viu seu pior pesadelo na forma de homem.

       Roger á olhava profundamente, seus olhos atentos e ansiosos, seu rosto era uma máscara fria e presunçosa, não demonstrando nenhum pensamento, ele a fitava com paciência, como se estivesse degustando o momento tão aguardado.

       Morgana se desesperou ao vê-lo, se debatia numa busca frenética de se soltar, mas tudo em vão, ela estava como ele queria, frágil e vunerável, a sua mercê.

Seu peito subia e descia freneticamente, com suor escorrendo por seu rosto, graças ao desespero, então muito friamente ela ouviu as palavras de seu perseguidor.

       - Finalmente a encontrei, que saudade minha querida, estou chegando!!!

       Roger pronunciou cada palavra muito calmo, depois abriu um enorme sorriso, que para Meg representava o sorriso da morte.”

       Meg acordou muito assustada, molhada de suor e muito enjoada, ela levantou da cama e correu ao banheiro, debuçou-se no vaso sanitário e esvaziou seu estômago, minutos depois tomou um banho, tentando lavar toda dor e tensão de mais um dos pesadelos constante que tinha.

O dia estava amanhecendo, Lucius estava em sua corrida matinal, ele preferia correr enquanto Meg dormia, assim ela não se sentiria sozinha.

Assim que Meg saiu do banheiro, ouviu o toque de seu celular, no visor viu a foto de Bia, atendeu feliz por falar com a amiga, mas a voz que ouviu fez seu corpo inteiro gelar e tremer de medo.

- Bom dia minha querida, nossa como foi difícil encontra-la, mas como diz o ditado: quem luta sempre alcança!!! Cumprimentou Roger confiante.

- Sem conversa fiada Roger o que você quer? Desafiou Meg.

- Nossa quanta coragem, tô impresionado, acho que preciso mostra-la quem manda aqui, né!!! Respondeu Roger.

       Meg tentava engolir a bola de nervoso em sua garganta, tentava se mostrar forte e confiante, mas por dentro ela tremia de medo, sabia exatamente o que Roger queria...ela!!!

       - Não se faça de sonsa Morgana, você sabe exatamente o que quero, você todinha para mim, completamente submissa e dócil, a minha disposição. Disse Roger sorrindo de satisfação.

       - Continuando quero que volte para São Paulo imeditamente, já me certifiquei tem um vôo que sai de Fortaleza as 07:30 hs pegue-o, assim que chegar em São Paulo, tem alguém te esperando, acompanhe essa pessoa. Roger passou instruções a Meg.

       - Quanto a Bia, ela está bem? Quero falar com ela!!! Discutiu Meg.

       - Você não está em posição de exigir nada, agora faça o que mandei ou sua amiga não viverá até a noite, ah mais uma coisinha, não diga nada ao seu namoradinho, desta vez não estou sozinho e muitas pessoas poderão se machucar, acho que você não quer isso, não é mesmo Meg!!! Roger disse cada palavra com sarcasmo, desfrutando da dor que causava nela.

       Meg se vestiu rapidamente, pegou sua bolsa e conferiu a carteira, no travesseiro de seu amado deixou um bilhete breve: “ Lucius por favor me perdoe por fazê-lo sofrer, respeite minha vontade e não venha atrás de mim, estou fazendo isso por todos que amo, nunca deveria ser leviana ao ponto de envolver outras pessoas em minha vida problemática, não posso deixar que nada de mau aconteça com Bia,mas de uma coisa tenha absoluta certeza, você é a pessoa mais importante de minha vida, nunca se esqueça Te Amo para sempre, Com Amor Morgana.”

Enquanto escrevia o bilhete lágrimas escorria por seu rosto, ela sabia que era a atitude certa a tomar, mas seu coração estava sangrando, pois tinha certeza que uma vez que Roger poria as mãos nela, seria seu fim.

A jovem saiu correndo do pequeno apartamento, dando graças por não encontrar seu amado, pois não teria coragem de se despedir, chegou no aeroporto a tempo de pegar o vôo, Meg estava abatida e nervosa, finalmente iria se encontrar seu fim inevitável, mas isso não a assustava, o que a apavorava era o que Roger faria com Bia ou com ela mesmo antes de mata-la.

Roger era um sádico, demonstrou várias vezes sua obsessão por Meg, mas agora sua motivação era puramente vingança.

A jovem assustada desembarcou no aeroporto em São Paulo, havia um homem jovem, branco, com cabelos loiros e expressão muito séria segurando uma placa com seu nome, Meg parou, respirou bem fundo enchendo seus pulmões de ar, como se aquele gesto fosse uma dose de coragem, um santo remédio para o estava por vir.

Ela voltou a caminhar em direção ao homem, sempre o olhando, parou em sua frente dizendo.

- Sou Morgana, cadê minha amiga, exigo vê-la agora.

O homem não disse uma palavra, pegou no braço de Meg e a levou para o estacionamento, abriu o carro e a colocou no banco de trás, apenas disse uma coisa.

- Não se atreva a tentar fugir, nem outra gracinha do gênero, prometi ao maluco te levar inteira, não gostaria de quebrar minha promessa. Disse o homem fechando a porta de trás, contornando o carro se posicionando no lado do motorista.

Meg não tinha idéia para onde estava sendo levada, a única coisa que pensava era em sua amiga, ela jamais se perdoaria se Bia fosse machucada, nesse tempo todo Meg se recusou em pensar em Lucius, não queria fraquejar, era isso que acontecia quando lembrava no bilhete, quando imaginava a decepção que ele estaria sentindo dela, seu coração sangrava, afogado em tristeza e decepção.

       



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