História Inexplicável - Diversão

Meg estava completamente atordoada, a surpresa foi muito grande, rever aquele homem, bem na sua frente detalhando tudo o que ocorreu naquela madrugada, fez seu coração bater descompassadamente, exatamente como naquela ocasião.

       Suas perguntas foram respondidas, ela se surpreendeu muito mais em saber que não só salvou a vida de um homem mais também de muitas pessoas, pois o jovem Dr. Lucius Barreto era considerado um promissor cardiologista, elogiado e querido por vários especialistas na sua área.

       Por um momento ela se sentiu ameaçada, não queria de jeito nenhum que ele a reconhecesse, mas depois se acalmou, ela havia mudado sua aparência, usava lentes de contato verdes, seus cabelos estavam escuros e com corte chanel e sua pele bronzeada, não participava de nenhuma rede social, evitava qualquer tipo de exposição, fotos ou vídeos, preferia ser chamada pelo apelido, seu nome era pouco usado, Meg acreditava que essas medidas a protegia, bom pelo menos há seis anos estavam dando certo.

       Mas no fundo Meg sabia que inevitavelmente ela e Lucius iriam se encontrar, agora ela tinha mais uma decisão a tomar, correria o risco de ser reconhecida por ele ou fugiria outra vez?

       Ela teria que tomar uma decisão imediatamente, mas Lucius representava um perigo a ela? Será que já não estava na hora de Meg finalmente ter coragem e enfrentar seus fantasmas com a cabeça erguida? Meg ponderou as possibilidades, levou uma noite inteira pesando os prós e contras de sua situação, exausta ela pegou no sono altas horas da madrugada, com uma decisão já tomada, que dessa vez poderia mudar sua vida outra de novo.

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       Era uma sexta-feira e Guga estava todo animado pois iria inaugurar uma boate de striptease aquela noite, esse era seu programa preferido, sair do hospital e curtir o fim de semana na farra, com bebidas e mulheres, muitas mulheres.

       Guga era anestesista e costumava trabalhar com Lucius, faziam parte da mesma equipe, mas os cirurgiões mais velhos apenas o toleravam, Guga não possuía o comprometimento e a capacidade de Lucius, era displicente e relapso, sendo tolerado por causa do amigo que tentava pôr um pouco de juízo nele.

Guga bateu na porta do consultório 4 no pronto atendimento do hospital onde trabalhava, Lucius estava atualizando os prontuários de atendimento.

- E ai cara, pronto para a festinha à noite? Disse Guga assim que entrou no consultório.

- Não mesmo cara, não estou em clima de festa, tenho atualizações para fazer e preciso me preparar para a cirurgia de segunda-feira, desta vez eu passo o convite. Respondeu Lucius sem tirar os olhos da tela do computador.

- Nossa tá difícil assim eh, antes você era o primeiro a garantir presença nas inaugurações de boates, agora só pensa em trabalho, deixa isso para domingo, afinal de contas você não estará sozinho na cirurgia, o Dr. Barros estará lá. Guga questionou fazendo uma careta quando mencionou o médico mais velho.

- Sim eu não estarei sozinho, mas essa é uma oportunidade de ouro para mim ganhar um pouco mais a confiança dele, se eu quero ser chefe de cirurgia no futuro preciso me garantir desde já, você deveria fazer o mesmo e garantir seu futuro desde já, pois a cirurgia será complexa. Esclareceu Lucius.

- O que eu tenho que fazer está tudo sobre controle, e minhas ambições estão caminhando como o esperado, tenho que admitir que meus planos são mais modestos que o seus, portanto está tudo numa boa. Se defende Guga.

- Bem se você não quer se divertir problema seu, eu me divirto por nós dois, então até mais “doutor Caxias”. Debocha Guga saindo do consultório.

Mas antes Guga escuta Lucius resmungar.

- Juízo maluco e usa camisinha!!!!

Guga chegou na boate por volta das 23:30 hs, vestia uma calça jeans preta com camisa polo verde que realçava seus músculos e sapatênis, bem despojado, ele estava acompanhado de mais dois amigos, todos dispostos a se divertir ao máximo.

A boate era um luxo, seus frequentadores eram de classe alta, as paredes tinham tons escuros com luzes estrategicamente espalhadas destacando os quadros com fotos eróticas. Perto da entrada no canto esquerdo havia um bar, mais ao fundo o palco principal com um poste para pole dance e espaço suficiente para a performance das dançarinas, algumas mesas logo a frente do palco e o mais interessante eram os ambientes privados.

Alguns ambientes eram ricamente decorados em couro e veludo, onde o cliente tinha privacidade total com a dançarina, outros eram totalmente privados, preservando a identidade do frequentador, nesses ambientes haviam um vidro que separava os dois lados, o local destinado ao cliente era todo escuro dificultando a visão da dançarina, por sua vez seu lado era todo iluminado, facilitando a visualização da mesma, até o sistema de voz do frequentador era modificado visando sua privacidade. Em todos os ambientes haviam dançarinas fazendo striptease, na boate só havia uma regra, era proibido fazer sexo, do resto tudo estava valendo....

Guga e seus amigos foram até o bar e pediram cervejas, sentaram-se numa mesa próximo ao palco principal onde uma mulher negra começava sua apresentação.

Ela dançava de uma forma muito sensual, chamando atenção do trio de amigos, Guga levantou e aproximou-se do palco, a mulher deitou próximo dele dançando, ele colocou uma nota de dinheiro na alça da calcinha dela, aproximou-se mais e roubou-lhe um beijo, desgrudando sua boca da dela, ele deu um sorriso satisfeito e voltou para sua mesa, onde foi reverenciado por seus amigos pela sua ousadia e assistiu ao espetáculo confortavelmente.

Cada vez que a dançarina tirava uma peça de roupa Guga ficava mais excitado, recorreu ao seu autocontrole, afinal de contas a noite era apenas uma criança, mas no seu íntimo o Guga pensava que aquela estúpida regra era uma verdadeira empata foda.

Os homens estavam excitadíssimos com a apresentação da negra, ela era belíssima, lábios carnudos, olhos castanhos claros, pele escura, seios fartos, cintura fina, bunda arrebitada e coxas grossas sustentadas por pernas longas e graciosas, sem dúvida um espetáculo de mulher.

A noite só estava no começo, os amigos se separaram indo cada um para ambientes diferentes, Guga escolheu o quarto com total privacidade, escolheu a dançarina e as posições para ela dançar, se revezando entre mulheres e bebidas.

No começo da madrugada já cansado de ver tantas mulheres e não poder fazer o que queria, Guga escolheu a mulher negra da primeira dança, o nome dela era Bel, mas ele nem sequer se importou em perguntar, levou-a para o motel, como sempre estava muito bêbado, seu cheiro era uma mistura de suor com bebida, devido ao seu estado de embriaguez ele não foi muito gentil com a mulher.

Entraram no quarto, ela queria tomar um banho, mas o homem tinha outros planos…ele a imprensou na parede, começou a beija-la com um desejo voraz, tirou sua blusa e soutien, abocanhou um mamilo enquanto sua outra mão deslizava pela coxa dela, em um movimento rápido deitou a mulher na cama, começou a despir-se, logo em seguida arrancou a saia com a calcinha da mulher, ficou por um momento observando sua beleza negra e selvagem ao mesmo tempo que tocava seu membro muito excitado.

Guga que estava a ponto de bala, ele vestiu a camisinha e cobriu a mulher com seu corpo, fazendo a mesma abrir as pernas e sem delicadeza ou preparação ele a penetrou, soltando um gemido alto, seu desejo voraz e seus movimentos implacáveis, fizeram ele gozar rapidamente, não se importando com os prazeres de sua companheira, após essa transa afoita ele tirou o preservativo e caiu num sono profundo.

A mulher se sentindo totalmente usada, levantou da cama e tomou um banho para tirar o cheiro de sexo de seu corpo, imaginando que a água levaria essa experiência desagradável junto com a sujeira, voltou ao quarto e começou a recolher suas roupas do chão, quando viu a carteira de Guga aberta, ela contou as notas de dinheiro e pegou R$200,00, saiu do motel e foi embora.

O dia estava amanhecendo quando Guga acordou, completamente perdido, nu e com uma baita dor de cabeça...deu uma boa olhada pelo quarto, lembrou-se do ocorrido da noite passada, tomou uma ducha, vestiu suas roupas e conferiu sua carteira, sentiu falta do dinheiro e não reagiu bem.

- Filha da puta, roubou meu dinheiro e fugiu, onde já se viu uma transa apenas valer tanto, se fosse a noite toda ficaria quieto, mas pensando bem foi melhor assim, pelo menos me poupou o constrangimento de manda-la embora. Divagou Guga sozinho no quarto de motel.

Mas uma vez Guga mostrou seu total desprezo pelas mulheres, sua arrogância desmedida e prepotência fala mais alto, mas até quando? Será que a vida vai ser sempre diversão?