História Inexplicável - Perseguição

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  "Meliodas

Sinto muito por isso, mas tive que partir, voltei para o castelo, tenho assuntos a resolver aqui, mas voltarei.

Não tive coragem para me despedir de todos vocês, pois se tornaram minha família, e isso seria muito difícil para mim. Não poderia ficar mais tempo aí, sou fraca, sempre que vocês estão em luta, tem que se preocupar em me proteger além de lutar, não consigo ajudar vocês em nada, e não quero ficar dependendo de todos, então acho que um tempo vai ser bom. Agradeço muito por ter conhecido todos vocês, não sei o que faria se não tivesse os conhecido, além de salvarem minha vida diversas vezes, salvaram também o lugar onde cresci, e sempre vou ser grata por isso. Admiro muito todos vocês, pois são incríveis, são os heróis de hoje em dia, mas não posso ajudar vocês nisso, não tem nada que eu saiba fazer, então acho que vai ser bom eu me afastar por um tempo. Pedi a Diane para entregar essa carta depois que eu partisse, pois assim seria melhor, sem despedidas, e isso não é uma despedida, ainda vou ver vocês novamente. Continuem sendo quem vocês são, pois pessoas como vocês mudam o mundo, e mudaram o meu mundo, minha vida, e eu sou muito feliz por isso. Espero que todos vocês sejam muito felizes, pois merecem isso.

Obrigada por tudo o que fizeram por mim. Amo vocês. E não vou dar adeus, porque ainda voltaremos a nos reencontrar.

Com amor, Elizabeth Liones"

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Elizabeth estava caminhando com uma bolsa pequena em suas costas, tinha deixado seus amigos a algumas horas atrás e agora tinha entrado em uma espécie de floresta, onde tinha neblina pelo chão e não aparecia o sol que estava no céu, observava tudo curiosa e com um certo medo, ela já tinha saído sozinha antes em uma jornada para achar os sete pecados capitais, e tinha conseguido, então por que não conseguiria chegar a terra sagrada dos druidas? Ela balançou a cabeça negativamente espantando todos os pensamentos ruins que estava tendo, precisa acreditar que conseguirá, se ela quer se tornar forte, poder ajudar seus amigos e desenvolver mais seus poderes terá que ser corajosa acima de tudo, enfrentar seus problemas e seguir em frente.

Com esses pensamentos em mente continuou caminhando, já estava cansada, mas se obrigava a andar mais, então mais duas horas se passaram assim. Resolveu sentar para descansar um pouco, até que ouviu um pequeno barulho e se levantou rapidamente olhando em volta, até que viu Gloxinia, o antigo rei fada, um dos Dez Mandamentos. Arregalou os olhos e começou a dar passos para trás, quando viu que o mesmo dava passos para frente em sua direção pegou sua bolsa que estava no chão e começou a correr o mais rápido que pode, mas logo estava sendo alcançada, então começou a se desesperar e acabou tropeçando em um tronco de árvore que estava caído no chão, se sentou e olhou para a direção contrária de onde estava correndo, avistando Gloxinia voando em sua direção com toda a velocidade, então para tentar amenizar a dor que esperava sentir, colocou as duas mãos em frente ao rosto e fechou os olhos com força, mas nada aconteceu, nenhuma dor.

Abriu os olhos lentamente estranhando tudo aquilo e conseguiu avistar o antigo rei fada caído no chão a olhando assustado, então ela sem entender olhou para as próprias mãos, que estavam brilhando e começou a entender. "Poder", era isso que estava em sua mente, ela sabia que podia curar os outros e que tinha mais algumas abilidades, mas não sabia quais eram, estava feliz por chegar a essa conclusão, mas também estava assustada por saber que pode se proteger e não sabe como, e isso lhe deu mais determinação para levantar, e fazendo isso ela voltou a encarar a fada a sua frente.

-O que você quer comigo?

-Creio que você já sabe que é uma apóstola das deusas, sendo assim, quero seu sangue.

E com essa resposta Elizabeth soube, queriam trazer novamente o clã dos demônios, seu sangue era a chave final, foi isso que os libertou da primeira vez, porque quando derrotaram Hendriksen, ele levou junto o sangue dela, e conseguiu libertar os Dez Mandamentos, e ela não o culpava, não quando sabia que ele se culpava e que estava sob influência de um outro demônio.

Ela queria poder enfrentar Gloxinia, mas ainda não sabia como usar seus poderes, e se enfrentasse sabia que ele iria conseguir o que quer, então voltou a correr, pois não poderia arriscar a deixar esse demônio pegar seu sangue e libertar mais demônios, as pessoas não estariam preparadas para algo assim de novo, e se ela fosse pega agora não teria ninguém para a salvar, eles levariam quanto sangue quisessem, libertando assim quantos demônios quisessem também, e isso ela não poderia deixar acontecer. Continuou a correr quando trombrou em algo que a segurou, Dolor, o outro mandamento que estava vivo, desesperada ela tentou se soltar, mas não tinha mais jeito, ela estava nas mãos de dois mandamentos agora, não tinha pra onde fugir, agora tudo iria virar caos, tudo por causa dela.

-Oras princesa, não fique com essa cara de choro, vou ser rápido e quando terminar, não se preocupe, não vou deixar que seus amigos lhe esqueçam, vou fazer o favor de dar a cada um deles uma parte do seu corpo, mas antes, preciso do seu sangue.- Gloxinia falou com um sorriso maldoso quando viu que os olhos de Elizabeth estavam cheios de água.

Agora sim ela estava em pânico, seus amigos iriam descobrir onde ela estava, descobririam que ela mentiu, e ela não queria que eles ficassem com raiva dela. Deu um grito agudo quando sentiu seu braço receber um corte grande e fundo, jorrando muito sangue para fora, indo direto para o recipiente grande de vidro que os dois demônios trouxeram. Abaixou a cabeça sentindo dor, enquanto suas lágrimas caíam. Sentiu Dolor cair no chão, lhe largando e logo em seguida Gloxinia começou a ser alvo de várias flechas, voando assim com o sangue de Elizabeth para longe.

Segurando seu braço que estava sangrando, se virou para ver quem tinha salvado sua vida, avistando uma garota de cabelos cacheados e ruivos na altura dos ombros, ela tinha pele morena e era baixinha, segurava um arco e flecha, então desceu de uma das árvores onde estava e foi ver a garota que estava machucada.

-Quem é você?- Perguntou a garota desconhecida com um tom de voz frio.

-Sou Elizabeth Liones, muito obrigada por salvar minha vida. Posso saber seu nome?

-Me chamo Luce, Luce Yoshikawa. O que você faz em uma floresta como essa sozinha?- A ex desconhecida se apresentou.

-Estava em busca da terra sagrada dos druidas, quero ficar mais forte e desenvolver meus poderes.

-É, você com certeza precisa ficar mais forte. Você tem um lugar para ficar?- Luce perguntou para Elizabeth, que apenas acenou em negativo com a cabeça. - Então venha comigo. Posso lhe ajudar por enquanto.

Elizabeth estranhou o fato de uma garota com a aparência tão serena como a dela morar nesse lugar, pode observar uma tatuagem em seu pulso esquerdo, mas não conseguiu ver muito bem o que era, e mesmo essa garota tendo a aparência de garota meiga, ela viu muito de Ban na nela, como o jeito sarcástico, um pouco da irônia, o jeito sorridente... Resolveu confiar na Luce, ela disse que iria lhe ajudar, e nesse momento, a princesa não poderia recusar a ajuda de ninguém na situação em que está, principalmente com esse machucado, que com certeza ficaria uma cicatriz.

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Assim que Meliodas terminou de ler a carta que Elizabeth deixou, abaixou a cabeça, a apoiando na bancada do bar, deixou a carta ao lado para que seus companheiros pudessem ler também. E depois de minutos levantou a cabeça, vendo que todos estavam com a cabeça baixa e tristes pela partida da amiga, Hawk estava inquieto, não conseguia parar de reclamar afirmando que algo estava errado, que Elizabeth iria falar com ele.

Sem dizer nada, Meliodas apenas saiu do lugar e foi para fora, onde se sentou no gramado verde e ficou observando a paisagem. Começou a pensar na noite anterior, no beijo deles, ele iria falar com ela sobre isso, estava disposto a ficar com ela, a ficar ao lado dela não importa o que acontecesse, iria falar com Liz que não amava mais ela do mesmo jeito, que as coisas mudaram, mas agora Elizabeth não estava mais aqui. Será que ela foi por causa do beijo deles, será que ela tinha ficado confusa? Meliodas não parava de pensar nessa possibilidade, queria ir até o castelo e ver se ela chegou lá bem, perguntar o por que disso, mas na carta ela claramente estava pedindo um tempo para ela, pediu que ninguém a procurasse. O capitão não conseguia entender o por que dela ficar se lamentando tanto pelo fato de não poder lutar com eles, ela fez muito mais que isso, se não fosse por ela todos eles estariam mortos na batalha contra Hendriksen, e mesmo se ela fosse boa em luta, ele não a deixaria se meter em perigo.

Enquanto Meliodas estava fora do Bar, Liz olhava pela janela do quarto deles, sentido raiva e felicidade, raiva por Meliodas estar triste por aquela princesa inútil (segundo ela) e feliz por Elizabeth realmente ter ido embora, sabia que a garota não estava no castelo, pois foi lá espiar para garantir e viu que em momento algum Elizabeth foi lá.

- Agora que eu não sei onde a princesinha está, Gloxinia e Dolor vão ter que se virar para achar ela e trazer nosso clã novamente. E então essa terra será toda nossa, e você finalmente será inteiramente meu outra vez, Meliodas.- Liz dizia em voz baixa, contente por saber que logo o clã dos demônios estaria de volta.

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