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História Inexplicável - 5


Escrita por: jenngps

Notas do Autor


Eu escrevi o capítulo ouvindo Superhero - E.L (acho que combina bastante com a primeira cena).
Aproveitem.

Capítulo 5 - 5



A tempestade da noite passada estava cravada na mente de Paul. Foi a tempestade mais forte que já presenciou e viveu em sua vida, e não era aquela tempestades de chuvas fortes, raios intensos e trovões apavorantes que ele queria dizer; era a tempestade do calor do corpo dele e de Daryl e dos danos que fora capaz de causar a eles. Danos pecaminosos e extremamente prazerosos.

A cama estava completamente bagunçada, parte do lençol arrastava pelo chão. Peças de roupas jogadas pelos cantos do quarto, alguns móveis arrastados do lugar...tudo tinha sido muito intenso. Paul já estava acordado, na verdade não tinha dormido muito. Ele repousava seus braços embaixo de sua cabeça e olhava Daryl dormindo ao seu lado. O loiro sorria constantemente lembrando dos momentos juntos em que puderam se sentir pela primeira vez. Daryl era definitivamente o quebra-cabeça mais complexo que Paul queria tanto decifrar, e um dia, ele decifraria por completo. 

Para Paul, Daryl era um mistério a ser desvendado. Por baixo de toda aquela casca de durão, tinha um coração bom e generoso que lutava sempre pra ver as pessoas que amava bem, Paul admirava muito isso no moreno. Ele queria ser parte das pessoas importantes da vida de Daryl. Sabia que seria difícil para ambos, já que estavam passando por uma situação delicada, nas mãos de Negan, perdendo membros das comunidades diariamente e abalando ainda mais as relações entre todos, mas Paul não desistiria de Daryl. Desde o dia da cabana, soube que teria uma chance de ser parte de algo para Daryl, e desfrutaria daquela oportunidade. Não tinha ido atrás do moreno por medo de invadir o espaço dele ou deixá-lo desconfortável, esperou para que Daryl se dispusesse a ir atrás. Foi o que aconteceu, e foi arrebatador.

Claro que Paul já sentia atração por Daryl desde o momento em que se encontraram pela primeira vez; o loiro não gostava de mentir sobre seus sentimentos para si mesmo. Entretanto, com Daryl, tudo foi diferente; Paul sentiu a necessidade de respeitá-lo, de agir com calma, de ter certeza sobre os desejos do outro. Ele não sabia definir o porquê com Daryl foi tão diferente de com os outros, mas Daryl era simplesmente diferente. Paul queria decifrá-lo. Queria mais do que um beijo ou uma noite. 

Em meio aos devaneios, Paul despertou ao sentir Daryl se remexendo na cama. O moreno coçou os olhos com as costas das mãos e se esticou na cama. Seu corpo sentia uma leve brisa fria que entrava pelo quarto por uma greta na janela, era bem cedo ainda.

- Bom dia. - Paul falou, sorrindo de canto. Estava com certo medo de que Daryl se arrependesse do que havia acontecido mas enfrentaria seus medos com Daryl.

- Hmm. - Daryl murmurou, olhando-o sobre o ombro. Ambos os corpos estirados na cama estavam nus. - Que horas são?

- Seis e alguma coisa. - Paul falou e Daryl subitamente se ergueu na cama, assustado.

- Já é de manhã. - Daryl não tinha conseguido perceber ainda devido à sonolência e às cortinas que cobriam a janela e escureciam um pouco o quarto.

- Calma, tigre. - Paul se virou na cama e sentou sobre o colo de Daryl. Franziu a testa e fechou os olhos, ficando imóvel em seguida. Daryl estranhou.

- O que foi? - Perguntou o caipira.

- Estou esperando pelo soco, acho que fui abusado demais sentando em você assim. - Paul disse, meio divertido, meio receoso. Agora ele olhava Daryl, o moreno revirou os olhos e abriu um sorriso.

- Como se não tivesse feito pior já. - Debochou Daryl, os dois agora sorriam. Paul segurou nos bíceps do homem e começou a deslizar suas mãos por aquela região, fazendo-o se arrepiar. 

- Achei que fosse acordar de uma ressaca e se arrepender de tudo. - Confessou o loiro, seu cabelo estava caído por seu rosto. Daryl suspirou e balançou negativamente a cabeça. Paul ainda sorria. Daryl levou as mãos até o rosto de Paul e começou a tirar lentamente o cabelo do outro de frente seus olhos e sua boca. 

- Não fique chateado se eu for grosso ou... - Daryl parou de falar um pouco para apreciar o azul dos olhos do homem. Seus olhos eram fascinantes, seu rosto era iluminador e seu corpo era um pecado. - é só o meu jeito e eu ainda não sei como fazer isso.

- Você está indo muito bem até agora. - Disse Paul, baixinho. - Não fica com medo. 

Paul subiu suas mãos pelos braços de Daryl e começou a tocá-lo no pescoço, acariciando a região calmamente. 

- A gente pode fazer isso dar certo. - O loiro sussurrou, fechando os olhos e tocando os lábios de Daryl com os seus. 
Daryl enfiou suas mãos nas madeixas loiras dele e começou a beijá-lo devagar, intensamente. A cada toque das línguas era um novo choque elétrico percorrendo os corpos que eram tomados pelo desejo tão fácil.

- Você quer qu... que dê certo? - Um pouco ofegante e sem jeito por seu corpo ter reagido forte demais, Daryl perguntou ao loiro quando finalizaram o beijo. Paul sentia o membro ereto e latejante de Daryl sobre o seu colo, e o de Paul era prensado contra o abdômen do moreno. Eles já estavam sedentos.

- Quero. - Paul enfiou uma mão entre os cabelos de Daryl e puxou um pouco os fios, o moreno respirou com dificuldade em consequência do tesão que sentia percorrer seu corpo. - Você quer?

- Aham. - O moreno balançou a cabeça positivamente e puxou Paul para colar mais em seu corpo. 

Paul grudou em Daryl e abriu um sorriso sedutor. O loiro começou a sentir as mãos do moreno percorrerem seu corpo, descerem torturante por seu peitoral e chegar próximo à sua virilha. Daryl olhou para o membro ereto de Paul e mordeu os lábios, enquanto envolvia o pênis latejante na palma de sua mão e começava a fazer uma massagem extremamente lenta. Paul jogou seu pescoço para trás e fechou os olhos, sentindo os toques quentes. Seu corpo inteiro latejava e desejava Daryl. O loiro colocou a mão por sobre a de Daryl e o fez intensificar os movimentos, consequentemente os gemidos pelos lábios de Paul passaram a ser incontroláveis. 

Daryl sentia-se completamente entregue ao tesão naquele momento, e ele não se lembrava da última vez que se sentiu assim na vida, se é que já havia se sentido daquele jeito algum dia. Paul era completamente sedutor e apenas sua voz era capaz de atiçar Daryl. Os dois ali entre quatro paredes desfrutavam de seus maiores prazeres juntos.

Paul encerrou os movimentos de Daryl ao empurrá-lo na cama e sentar sobre o seu corpo. O cabelo negro de Daryl se espalhou pelo lençol e os olhos rutilantes de desejo dele observaram Paul sedutoramente prender seu cabelo em um coque estilo samurai, sem tirar em nenhum momento o sorriso provocante de seus lábios. Aquele Jesus estava sendo o maior pecado de Daryl, e que ironia era tudo aquilo.

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Provavelmente já era hora do almoço em Hilltop, já que Paul estava sentindo um cheiro gostoso vindo das casas dos habitantes dali. A casa mais próxima era de Maggie. Ele tinha vontade de rir só de pensar em colocar os pés pra fora da casa junto de Daryl, porque Maggie entenderia tudo num segundo. Ela era esperta demais. Para Paul seria divertido, mas para Daryl, ele não sabia a reação do moreno. Esperava que tudo ficasse bem.
Quando Daryl saiu do banho, Paul deu uma das roupas dele para que ele se vestisse e eles resolveram sair do casarão, afinal já estavam lá há horas a fio.

- Tudo bem pra você ir lá? - Paul perguntou, apontando pela janela a casa de Maggie. Daryl o olhou, o loiro sorria marotamente.

- Se você sorrir desse jeito perto dela eu corto suas bolas. - Ameaçou Daryl, saindo do casarão e ouvindo uma gargalhada de Paul ecoar lá dentro.

Eles foram até a casa de Maggie e o cheiro de lá era realmente bom, as meninas tinham preparado um almoço ótimo. Carol ainda estava por lá e se surpreendeu com a presença de Daryl, já que Maggie havia dito que ele desistira de ficar em Hilltop e tinha voltado para Alexandria na última noite.

- Maggie disse que você tinha ido embora. - Carol falou para o amigo. - Está diferente. - A mulher reparou no coque que Daryl tinha feito no cabelo, bem parecido com o de Paul. Mal sabia ela que era Paul quem havia feito depois do banho do moreno.

- É, eu... - Daryl olhou de Carol para Sasha, Enid e parou seus olhos em Maggie. Ela tentava mas não disfarçava o sorriso. - eu resolvi voltar.

- Você vai ficar por aqui? - Enid perguntou, curiosa.

- Por uns dias, sim. - Ele disse e Maggie assentiu com a cabeça, orgulhosa. Finalmente eles pareciam resolvidos. Meio longe de estarem completamente resolvidos, mas, ainda assim, resolvidos. 

- Vamos resolver algumas coisas em Hilltop juntos por esses dias. - Paul disse, sorrindo. 

- Que ótimo. - Sasha sorriu. - Por que não sentam para almoçar?

Os dois aceitaram o convite pois estavam realmente famintos. O almoço foi agradável e tudo entre eles pareceu estar bem, pelo menos naquele momento. Daryl se sentiu completamente confortável o tempo todo com a família, e não desconfiaram dele com Paul, o que foi um alívio. Eles ainda precisavam de tempo. Mas claro que Maggie não perdeu a oportunidade de lançar um "Paul realmente sabe fazer coques excelentes em cabelos" só para o amigo ouvir.

O resto do dia passou tranquilo. Ainda estava longe do dia da visita de Negan então Daryl não estava tão preocupado em se esconder, ele pôde ficar um pouco com Carol, pôde conhecer um pouco do trabalho que Maggie e Sasha estavam fazendo em Hilltop, muito melhores que Gregory, e no fim do dia aproveitou para dar uma olhada em seu estado físico com o doutor Harlan, por ordem de Paul.

- Como está se sentindo? - Paul perguntou, os dois estavam jogados no chão da sala, aproveitando a tranquilidade da comunidade durante a noite.

- Estranho. - Daryl confessou.

- Como? - Paul olhava para o teto mas tinha sua concentração focada em Daryl.

- Diferente. - Falou o moreno, respirando fundo. - Tenho vontade de te beijar toda hora.

A confissão de Daryl fez Paul o olhá-lo com um sorriso intenso nos lábios. O rosto de Daryl estava um pouco enrubescido mas ele se sentia bem em ter falado o que sentia no momento. Precisava muito trabalhar naquilo por Paul.

- Você tem algo bom e muito bonito dentro de você, Dixon. - Paul tocou a mão de Daryl no chão e os dedos se entrelaçaram levemente. - E eu quero descobrir tudo o que é.

- Você vai precisar de paciência. - Falou o moreno.

Paul ergueu o corpo até conseguir deitar sobre o de de Daryl. Os rostos ficaram frente a frente.

- Eu tenho toda paciência do mundo, sou Jesus, lembra? - Brincou o loiro. 

- E vai precisar parar de se chamar de Jesus. - O moreno falou, revirando o olho.

- Eu sei que você gosta. - Provocou.

- Eu acho ridículo. - Debochou Daryl, rindo.

- Você acha sexy. - Paul mordiscou o queixo de Daryl.

- Eu que vou precisar de paciência com você, não é? - Constatou o caipira, recebendo um sorriso divertido de Paul.

- Se você estiver comigo nessa, prometo tentar ser menos chato às vezes. - Paul falou, olhando-o nos olhos.

- Não precisa mudar. Estou com você desse seu jeito mesmo. - Falou o moreno, mexendo no cabelo de Paul. O loiro sorriu e beijou os lábios do moreno. 

- Daryl Dixon é mesmo um mistério. - Paul falou quando pararam de se beijar, mas os lábios continuaram em contato. Era gostosa aquela carícia. - E eu vou desvendá-lo todinho.

- Então me desvende. - Daryl sorriu sedutoramente e os dois voltaram a se beijar.

Tudo o que estava acontecendo era novidade. Os sentimentos, as sensações, as reações dos corpos, o desejo, a vontade de estar perto. Era tudo tão perigoso mas Daryl simplesmente não queria mais lutar contra, ele só queria sentir Paul com ele por longas noites e longos dias. Ele só queria ser um mistério para Paul assim como Paul era um mistério para ele, e eles se desvendariam juntos,

 Um dia.
 


Notas Finais


Bom gente, a fanfic termina por aqui. Acho que a relação do Daryl e do Paul é desenvolvida de uma forma bem sorrateira, meio escondida, proibida, então não encontrei modos melhores de escrevê-los aqui. Espero que tenham gostado. Quem sabe algum dia eu escreva alguma ceninha extra mas por enquanto é isso. Não esqueçam de comentar :)


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