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História Inferno - Inferno I


Escrita por: chagguk

Capítulo 2 - Inferno I


 

KIM SEOKJIN

A neve fofa cobria boa parte do palácio. Através da janela observava os flocos de neve caírem pelo bosque afora. Sentado na cadeira de madeira acolchoada em frente á vista, bebi mais um pouco do chocolate quente, feito pelas cozinheiras do castelo.

Apesar do frio eu vestia apenas uma blusa de tecido fino, a qual foi usada por Namjoon na noite passada. Sabe, antes de nós dois...é.

Duas mãos se posicionaram no meu ombro e cobriram meu corpo com uma coberta felpuda quentinha. 

— Bom dia. - Namjoon, por trás, beijou-me no canto da boca.

— Desculpe por não estar aqui quando você acordou, tive que resolver alguns assuntos urgentes. Em compensação mandei fazerem um ótimo café da manhã só para ti. - A voz grossa, potente e forte como sempre.

— Obrigado, meu rei. - Sorri em resposta, sendo mirado intensamente. Corei um pouco por isso.

Quase sempre eu era tratado assim, com gentileza e delicadeza. Tirando os momentos de sexo, claro, e quando nós estávamos dentro da vista de alheios. Namjoon podia gostar bastante de mim, mas separava drasticamente a vida profissional da pessoal. Do lado de fora, parecíamos exatamente chefe e subordinado.

— Seu sorriso sempre me deixa com um puta desejo... - Confessou, não ligando de usar palavras chulas para descrever sua excitação. 

O ósculo foi se aprofundando, tanto que fui virado em sua direção e puxado para si, fazendo a caneca com o líquido cair no chão e quebrar-se. A coberta foi para os ares também.

— Senhor... - Arfei.

Enquanto minha língua tentava acompanhar o ritmo, o imperador vinha feroz, como sempre. Circulava e sugava toda minha cavidade, deixando-me com as pernas bambas.

Me pegou pelas coxas, erguendo e começando a andar pelo cômodo. Parou em frente a janela enorme com vista para as montanhas, jogando minhas costas com força contra o vidro.

As mãos calejadas rumaram para minha bunda, ao mesmo tempo em que seus lábios partiram para meu pescoço e ombro. 

— M-mais! - Exclamei ao sentir a respiração quente batendo na minha pele, e um dedo circulando minha entrada.

Penetrou apenas a ponta, só para depois ir com tudo, usando agora dois dedos. A outra mão se ocupava em estimular meu membro.

Gemi em êxtase ao sentir Namjoon acertar meu ponto doce. Para não ficar parado, também passei a masturbar o pênis do rei.

Ele esfregou sua ereção na minha, fazendo ambos grunhirmos. Adicionou mais um dedo em mim enquanto voltou a me beijar violentamente. A esta altura, estávamos suados e ofegantes, quase no ápice.

Senti o calor em meu baixo ventre aumentar e meu membro pulsar, como se avisasse que estava próximo de gozar.

Apertei minhas pernas envolta dele, e Nam percebendo meu estado, retirou os dedos de mim.

Reclamei baixinho por isso, mas logo voltei a me animar. Sua ereção nada pequena me cutucava lá em baixo. 

Mas antes que a glande entrasse, alguém bateu na porta.

— Mestre! Mestre! - Uma voz um tanto feminina chamou. Deveras irritante, diga-se de passagem.— Abra a porta, é urgente! Mestre! - Mais quatro batidas foram dadas.

Namjoon revirou os olhos em sinal de impaciência.

— Mais tarde terminamos isso. - Susurrou em meu ouvido e o lambeu. — Esteja preparado, minha libido só vai aumentar.

— Mestre!

— Eu já tô indo, caralho! - Gritou também, indo até a porta e a abrindo, saindo do local.

Caí sentado no piso gélido, os lugares que foram tocados ainda queimavam. E um em especial andava em chamas, e acho que não é preciso citar qual é.

Esperei alguns minutos até me acalmar e recompor completamente. Fui caçando minhas roupas pelo quarto nos mais diversos lugares: Debaixo da cama, nas bordas da jacuzzi, e até mesmo avistei minha cueca em cima do guarda roupa. Corei um pouco ao ter a lembrança do que aconteceu naquela hora.

Namjoon tinha inventado de transar voando. Sim, voando, creio que ainda não tenha falado que ele é um demônio, e da mais alta classe. Sangue azul.

E eu sou um simples bruxo, que aprendeu o quão duro a vida pode ser mesmo quando ainda era criança.

Vesti tudo o que faltava, ajeitei o cabelo desarrumado e a gargantilha que acabou tendo um pequeno rasgo, e saí para os corredores do castelo.

Uma das maiores ironias que existem é que aqui onde eu vivo, é o reino do fogo, e a estação nunca muda durante o ano todo: Inverno frio e duradouro.

Existem três reinos atualmente, o do fogo (demônios e anjos), da natureza (elfos, ninfas e fadas) e o da água (tritões e sereias).

Antes tinha mais um, o do ar, onde humanos, bruxos e bárbaros viviam. Foi de onde eu vim, mas meu passado é um tanto conturbado e confuso. Não me lembro direito do que aconteceu, só sei que Namjoon me encontrou e salvou da cidade antes dela desabar, levando tudo abaixo. Um tempo depois minha família foi dada como morta, e Namjoon me adotou. Oficialmente sou considerado seu filho, e me surpreendo um pouco por Namjoon ter quatrocentos anos e nunca ter tido algum.

Ao longo do tempo, durante os treze anos em que vivi aqui, meu amor por Nam foi crescendo e crescendo até se tornar uma paixão avassaladora. Assumo que o amo verdadeiramente, mesmo sabendo que não seja totalmente retribuído. Me dói o coração ao ver concubinos saindo e entrando de seu quarto, mas nada posso fazer sobre. As noites quentes em que passamos juntos são meu único real consolo.

Minhas habilidades de feitiçaria foram crescendo também, e graças a ela e minha inteligência de guerra, acabei virando seu conselheiro. O cargo mais alto, perdendo apenas para o próprio trono.

Com tantos pensamentos e essa pequena recapitulação, quase acabei batendo de cara na parede. Consegui desviar a tempo, claro.

Enquanto atravessava o pátio principal, fui chamado por um dos subordinados.

— Senhor. - Me virei em sua direção, assistindo ele caminhar até mim. — Precisamos de sua ajuda, estão chegando diversos tratados de paz e de guerra, alguns requerindo sua presença para uma conferência. Eles o aguardam no segundo escritório.

— Sim, estou indo em um minuto. - Ele mexeu a cabeça em concordância, se curvando de leve e logo após saindo.

Aspirei o ar, me preparando para o longo dia de trabalho que viria a seguir.
               

                             ••••••••••

KIM TAEHYUNG

Não acredito nisso. Porra! Eu tô preso nessa bosta de quarto faz três horas seguidas, tudo por causa daquele vampiro fedido. Sempre é ele, sempre! Se ele não tivesse me provocado, agarrando a mina que eu tava querendo pegar, a gente não teria brigado e eu não estaria de castigo! Aquele enrustido conselheiro do Namjoon também, se meteu onde não foi chamado, meus pais não tinham nada a ver com aquilo pra ele ter que os chamar.

Me joguei de costas para a cama e esfreguei meu rosto. Uma semana inteira sem poder sair pra me divertir, que saco! E nem adianta eu tentar fugir, quando eu ser pego é capaz de ficar dois séculos trancafiado aqui.

Decidi tomar um banho longo, pra ver se consigo esfriar a cabeça, que tô precisando e muito. Entrei no banheiro, tirando as roupas com pressa enquanto ligava as bolhas da hidromassagem.

Pelado, fui pra dentro dela e deitei. Os jatos de água morna faziam um pouco de cócegas nas minhas guelras, mas nada que incomodasse bastante. Fechei os olhos e aproveitei o momento.

Até aí tudo ocorria bem. Escutei o barulho da água se movendo de forma estranha na outra extremidade da hidro, mas não dei muita bola, continuando de olhos fechados. Desliguei as bolhas, apertando num botão que tinha ali do lado. 

Ouvi novamente o barulho da água, só que com mais força. Abri os olhos, mas não vi ninguém. O mais bizarro é que a água, ao invés de ficar parada, tava balançando. Eu tô ficando maluco?

Após isso, ficou silêncio total novamente.

Fiquei um pouco apreensivo com isso. Me levantei e preparei para sair dali, acho que a água quente passou pelas minhas guelras e entrou no meu cérebro.

— Oi.

— Aaaah! - Escorreguei no chão da hidro, levando um susto, sentindo o coração bater fortemente. — Filho da puta!
Ao invés de cair em algo duro e liso, foi numa coisa macia e bem sólida. Uma respiração batia na minha nuca.

— Assustado?

Quando percebi que caí no colo de alguém, tentei fugir, mas dois braços fortes me pegaram pela cintura e impediram meu plano de acontecer.

Aquela voz me era familiar. Familiar até demais.

— Hoseok, me larga!
 



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