História Infidel Love ( 2 Temporada ) - A Perda

Casa desconhecida, 8 de Fevereiro, 11:56 AM.

  POV Lauren Jauregui

    Eu tinha pequenas lembranças, minha memória, ia e vinha, tinha hora que eu não sabia se estava acordada, ou ainda inconciente, ouvia algumas vozes as vezes, mas não reconhecia nada, ou melhor eu não sabia nem quem eu era, nem o que tinha me acontecido.

— Será Marcel, que foi a cantora que nós pedimos a Deus ?  — Escutava coisas assim, sem saber quem era, só queria me lembrar de alguma coisa.

— Não fala bobeira, a garota está acabada, e logo quando ela melhorar ela vai embora Carlos, vamos sair daqui.  — Logo não ouvi mais nada, apagando novamente.

***

1:34 PM.

POV Camila Cabello

  Tinha brigado feio com Dinah, por ter me desmaiado, mas agora eu esperava notícias, que eu não tinha, eu estava desesperada, mas saberia que Lauren entraria por aquela porta, e estaria bem ao meu lado novamente.

— Camila, estão trazendo a Ally, não acharam o corpo da...

— Cala boca, você não vai falar isso, está entendendo Normani, ela tá viva, eu tenho certeza, então não fala isso. — Segurei o choro, mordendo meus lábios de nervoso, eu estava agarrada a aquilo, eu sabia muito bem, que ela iria voltar.

— Okay, mas só não quero que você se decepcione, quando ver, que isso não aconteceu. — Eu tapei meus ouvidos, não querendo ouvir, nada do que ela dizia, não agora. 

— Lalalalalalalalalalalala... — Cantarolei alto, deixando algumas lágrimas que teimavam em cair, descer pelo meu rosto. 

— Mila, eu queria te ajudar, mas eu não sei o que fazer, é algo tão complexo, eu nunca passei por isso. —Dinah, se aproximou, eu vi sinceridade em suas palavras, muita por sinal.

— Eu quero ficar sozinha, por agora eu não quero pensa nisso, eu só quero ela aqui comigo, poder ficar abraçada com ela. — Chorei, deitando no sofá, me desabando, por não saber o que fazer.

— Vamos ficar com você aqui, por esses dias, agora tenta dormir, você precisa descansar. — Eu até que precisava, pois não havia dormido bem, por querer notícias dela, e não tinha nenhuma.

   Deixei meu corpo, relaxar, mas chorei até dormir, achei que meu sono seria tranquilo, mas não foi, fiquei sonhando com ela o tempo todo.

8:34 PM.

  POV Normani Kordei

   Dinah e eu, estávamos fazendo uma sopa pra Camila, antes de acorda ela, havíamos dado a mamadeira pra Luna, e logo a coitadinha estava dormindo.

— O que você acha que aconteceu ? Você acha que a Lauren se foi ? — A voz de Dinah, estava embargada, sabia que ela iria chorar, ou iria segurar, como toda vez.

— Não sei, mas se escapou, aonde ela está ? Ninguém sabe, não acharam nem o carro, e o corpo dela nem sinal.  — Eu apenas disse o que martelava em minha mente.

— A Mila não vai aguentar, isso vai ser muito pra ela, eu sei o quanto ela ama a Lauren, desde do começo. — Quando eu ia dizer alguma coisa, a campainha tocou, olhei pra Dinah, que olhou pra mim, fomos pra sala, pra podermos atender, mas Camila estava em pé abrindo a porta.

— Mila...—Era Ally, que abraçou Camila forte, a pequena mulher estava com a aparência cansada, triste e além de tudo perdida.

— Cadê ela ? Por que você não trouxe ela pra mim Ally ? — Camila desabou, chorando tanto, acho que tudo que estava guardado ali, em seu peito estava saindo agora.

— Mila não acharam, eu estou morrendo por dentro, eu me desesperei, quando vi sua cabeça jorrando sangue, ela bateu a cabeça muito forte, eu ia ajudar ela mas eu não deveria ter mexido, eu saí enquanto ela... — Ally não conseguiu termina, sua voz estava chorosa, lágrimas grossas desciam por ser rosto, sem parar.

— Enquanto ela caia ? Qual foram suas últimas palavras, me diz Ally ? Por favor ? —Camila estava acabada.

— Que ela não iria parar o carro, pois queria voltar logo pra casa, pois se ela parasse, iria perder mais tempo, e ela queria voltar pra você logo. — As suas desabaram de novo no choro, puxei as duas até o sofá pra poderem sentar.

— Merda, ela correu por mim, não precisava, que ela chegasse a noite hoje, mas que ela estive bem...— Seu rosto foi escondido, por suas mãos.

— Os pais dela, estão pagando o resgate pra revirarem aquele rio, pra poder achá-lá. — Os olhos de Camila, se encontraram com o de Ally. 

— Eu vou pagar um detetive, eu quero procurar ela, e eu vou achar. — Seria quase que dinheiro em vão, olhei pra Dinah, que pensou o mesmo que eu, pelo jeito, pois balançou a cabeça negativamente.

— Mila fizemos uma sopa pra você, vou pegar lá pra você comer tá ?

— Não quero comer nada. — Respondeu ela.

— Mas você não quer encontrar ela, tem que estar forte, pra poder te-lá de novo,  não acha ? — Iria usar, a Lauren pra ela comer, se não ela não iria comer nada.

— Traz então que eu como. — Foi assim que a fizemos comer, se não ela estaria com fome, pelos próximos dias todos.

***

Alguns dias depois...

Casa Jauregui-Cabello, Sábado, 16 de Fevereiro, 7:36 AM.

POV Camila Cabello

   Ainda estavam, a procura dela, eu tinha certeza, que iria achar ela, ninguém iria me tirar essa ideia da cabeça. Nicolas, estava comigo, não quis ficar com a Alexa, bem que Alexa veio até aqui, pra buscar ele, mas ele não quis de jeito nenhum.

— Mama, a papa não vai voltar ainda?  — Eu mentia todos os dias, falando que a Lauren estava numa viagem, e iria demorar pra voltar, mas isso estava me matando por dentro.

— Como eu disse, ela está viajando, mas ela vai voltar eu juro. — Coloquei o café sobre a mesa, e a fazia tanta falta, todos os canais de Tv falavam do desaparecimento dela, estavam todos como um urubu, a procura da carniça, querendo saber uma notícia bombástica, pra soltar na mídia, mas claro ainda não tinha nada.

— Mas ela tá demorando muito, eu estou com saudades dela mama.

— Eu também estou, mas ela tem que trabalhar, mas ela volta, eu juro. — Não estava com tanta fome, então levantei, deixando a xícara na pia, pegando Luna, a tirando da cadeirinha.

— Mama, nós não podemos nem ligar ? — Se eu falasse mais alguma palavra, eu desabaria novamente, apenas neguei com a cabeça, eu sei que ele e Luna também, estava sentindo a falta de Lauren, pois Lauren era muito presente na vida deles. — Ah.

   Peguei a bolsa de Luna, eu tinha que levar Nicolas até a casa, da mãe dele, ele iria ficar o final de semana lá, e com isso madruguei, ficar na cama fazia eu lembrar dela, então era melhor eu ficar longe dali, pelo menos agora.
 
   Desci até o estacionamento, colocando Luna no bebê conforto, e colocando o cinto em Nicolas, só depois, entrei no carro, fazendo o mesmo comigo, dando partida no carro, saindo do local, entrando nas ruas de Miami, que estavam calmas, claro que era pelo horário da manhã.

  Eu tinha um almoço, com um detetive, pra saber mais sobre a Lauren, pra achá-lá pois eu sentia, ela estava viva, mesmo não achando nada dela, até agora. Conversei muito com Ally, ela me disse coisas valiosas, que Lauren bateu a cabeça no volante, que poderia ter uma grande hipótese, dela perder a memória, conversei com um médico experiente.

   Me agarrei naquela hipótese, era apenas o que eu tinha, não tinha mais nada, além de algo que nem poderia ser real. Meus pensamentos não me deixavam, viver em paz, ficava horas da noite e do dia, pensando na mesma coisa.

  Parei, diante da antiga casa de Lauren, casa não né, uma mansão gigante.

— Olá, com quem a senhora quer falar ? — Um dos seguranças, foi dizendo, após eu ter abaixado o vidro. 

— Alexa Ferrer, vim trazer o Nicolas. — Disse, então logo o segurança, ligou pra dentro da casa, e falou meia dúzias de palavras, logo me liberando, pra entrar no local.

   Tinha sido a primeira vez, em que eu entrava ali, Lauren poderia ter feito, milhares de coisas, ali naquele jardim enorme, poderia ter trazido várias mulheres até ali, apenas pra usá-lás e mandar embora, como quase fez comigo.

   Apenas por pensar naquilo, me deixava com tanta raiva, ela tinha transado com tantas mulheres, diferentes, de culturas, etnias e gostos diferentes, que raiva eu tenho que parar de pensar nisso.

  Parei o carro, em frente a porta da entrada da casa, um segurança veio, e abriu a porta do carro pra mim,que acertei de muito bom agrado, descendo indo até o porta mala, abrindo tirando a mala de Nicolas ali de dentro.

   Voltei, entregando a mala pro segurança, e tirei minha filha ali de dentro, quando olhei pra cima, e Alexa estava na porta, me olhando com uma nada boa, acho que ela ainda tinha ódio de mim, por ter tirado Lauren dela.

— Dá um beijo aqui na mama Nicolas . — O garoto veio correndo, deixando um beijo estralado em meu rosto.

— Tchau, vem me buscar domingo né?  — Sorri, era a única coisa que me fazia sorrir, depois dessa tragédia, que não tínhamos notícias de nada.

— Vou sim, eu juro. — Deixei um beijo em seus cabelos, acariciando logo depois, o garoto adentrou a casa, me deixando sozinha ali com a mãe dele, que me fuzilava com o olhar.

— Agora vai usar as roupas dela ? — A claro, eu estava vestida mesmo, era um blusão verde dela, e coloquei uma bota cano alto, eu queria sentir o cheiro dela ainda, mesmo que me achassem louca, eu iria usar.

— É eu estou usando, algum problema ? Eu não quero brigar hoje, eu estou muito mal com tudo isso, então não comece.— Cruzou os braços, me olhando com uma cara de deboche.

— Pela primeira vez, que eu vejo essa bastardinha cara a cara, é uma cópia fiel de Lauren. — Meu sangue subiu, pela palavra em que ela se referiu a minha filha.

— Não chame minha filha de bastarda, pois ela não é.

— Ela é tirou minha esposa de dentro de casa. — A sério, eu não precisava ouvir isso, não mesmo.

— Alexa, seu casamento já ia de mal a pior, eu não fiz nada, se não fosse eu seria outra. — Eu queria atingir ela, mas aquilo me atingiu, e se não fosse eu quem seria ? Quem iria tirar sorrisos dela ? Quem ela beijaria se não fosse eu ? Me segurei pra não chorar, eu estava muito sensível nos últimos dias.

— Mas nós estaríamos juntas, então não estava nem ai, com o que ela fazeria. — Quando a pessoa gosta de ser corna, não tem o que fazer não é ? Então eu iria embora pra casa.

— Alexa, tenha um bom dia. — Fui até o carro, fazendo o mesmo de antes, pondo Luna na cadeirinha e voltando pra casa, eu estava afim de fazer uma faxina, é quando se está triste bate umas vontades de fazer isso, então iria fazer pra poder esquecer um pouco.

—Ma...Ma, soveto... sovete. — Não entendi muito bem, o que ela queria, sério fiz um esforço bem grande, pra entende, que ela dizia sorvete.

— Mama vai comprar pra você tá ? — Sorri, achando algum supermercado perto, pra poder parar e comprar e ir pra casa.

  Alguns minutos depois, deixei aquele supermercado, indo em direção a minha casa, Luna segurava a sacola com o pote de sorvete rindo, batendo suas mãozinhas ali.

— Você é muito safadinha minha linda, olha essa carinha. — Por ela eu tinha que ser muito forte, ela merecia isso.

  Adentrei a garagem, estacionando meu carro em minha vaga, tirando minha filhota ali de dentro subindo, ao chegar em nosso andar, peguei a chave no meu bolso, abrindo a porta entrando no local levei um baita susto, Dinah, Ally e Normani, estava no local, com um policial, no meio da minha sala.

— Porra, vocês querem me matar. — Fechei a porta atrás de mim.

— Acharam o carro Camila. — Normani disse, Dinah veio pegando Luna de mim, a levando pra cozinha eu acho.

— E ela ? Me diz ? Ally ? — Seus olhos, estavam cheios de lágrimas. — Ally ? O que aconteceu? 

— O carro foi achado destruído, a 100 quilômetros do acidente, e nenhum sinal dela, moça sinto muito. — O policial disse, eu não escutei mais nada, eu perdi totalmente a noção do tempo, não aguentei minhas pernas caindo sentada no chão chorando, descontroladamente.