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História Influence - Desfecho


Escrita por: beaarg

Notas do Autor


Olá pessoas! Peço desculpas pela demora, como podem ver esse capítulo é bastante longo e me deu muuuito trabalho.
Sinto um pouco de nervoso em dizer que é o ultimo capítulo de Influence.
Espero do fundo do meu coração que apreciem e, se possível, me contem tudo o que acharam. Obrigado.
Boa leitura <3

Capítulo 12 - Desfecho


‘’Não’’.

Senti cada letra da palavra como uma adaga sendo cravada sob meu coração.

Já estava acostumado com a rejeição, sim. Mas não com a frieza, com a dureza de ter todos os seus sentimentos resumidos a nada.

-... Não...? –Sussurrei baixinho para mim mesmo, tentando digerir a resposta.

-É obvio! Alexy, não seja tão idiota.  Já te esclareci o que nós temos: Uma amizade colorida e nada, além disso. Achei que fosse suficiente pra você...

-É, mas... Achei que podia tomar a liberdade de desejar algo mais. –O expliquei. –Você não precisa ser bruto quanto a isso, eu já entendi que você não me quer.

-Cara... –O garoto suspirou e olhou para a paisagem. Aparentava estar irritado. –Você realmente acreditou que tinha alguma chance?

Fiquei quieto, pensando sobre tudo. O motivo de Kentin ter me rejeitado era o fato de ele ser hetero. Mas, e o de Castiel?

-Eu me confundi. Desculpe-me, ok? –Disse em tom baixo, quase chorando de desgosto. –Vou para casa...

E me levantei. Sabia que entre quatro paredes teria mais espaço para ficar na fossa do que próximo a ele, o ponto principal de minha tristeza.

-O que?! –De repente, o ruivo começou a gargalhar. A partir dali, eu já não entendia mais porra nenhuma.

-Por que esta rindo? –Interroguei-o, confuso.

-Porque você acreditou! –Castiel zombava-me tão alto que alguém a 300 metros dali poderia ouvir.

-Meu deus, eu acreditei em que? –Bufei já impaciente com suas brincadeiras sem sentido.

-Acreditou que eu não te amo. –E então, o garoto puxou-me de volta para o chão pela perna. –Acha que se eu não te amasse, dividiria minha maconha mesclada?

-Hã... Eu... –O olhei bem nos olhos, dando-me conta de que tudo não passava de mais uma ‘’trollagem’’. –Você mente bem...

-Eu sei. –O rapaz mordeu os lábios.

-Então, como posso ter certeza de que não está mentindo agora? –Questionei. –Quero uma prova.

-Quer uma prova do meu amor?  Desculpe Alexy, mas eu não sirvo para essas coisas.

-Poxa, é uma pena. Não vamos poder ficar juntos por conta do seu orgulho! –Exclamei, fazendo-me de difícil.

-O que? Oh, seu insolente... Agora que sabe sobre a reciprocidade, já quer me fazer de cachorrinho? –Riu. –Tudo bem. Como posso dar essa tal ‘’prova’’?

-Eu não sei. –Olhei por todo o lugar em volta. A pirâmide ficava bem mais bonita sob as estrelas.

Castiel estava pensativo. Provavelmente, tentando ativar seu lado romântico a fim de criar uma ideia descabida e louca o suficiente para representar seus sentimentos.

Eu, por outro lado, tentava disfarçar a felicidade estonteante que sentia.

-E então? –O pressionei.

-Eu não sei. –Respondeu. –Um ‘’Eu te amo’’ não é o bastante?

-Não!- Exclamei.

-E um ‘’Eu te amo!’? –Desta, o rapaz emitiu a frase um pouco mais alto e motivado.

-Está melhorando...  –Sorri.

-Você prefere que eu grite? –Interrogou.

-Você quem sabe.

-Tudo bem. –Respirou fundo, pegando fôlego. –ALEXY, EU TE AMO! AMO TANTO QUE DÓI! –Berrou, seguindo com a declaração escandalosamente fofa.

‘’Amo como se fosse o remédio para minhas dores, amo mais do que as músicas do Winged Skull, Amo... ’’. –Interrompi-o com um beijo de língua caloroso e duradouro.

Nós trocamos mais carícias por mais alguns segundos, antes de eu separar e sussurrar: ‘’Entendi... ’’, fazendo-o sorrir mais uma vez.

-Que bom que entendeu. Não gostaria de ter que levar um daqueles carros de som na sua casa. –Exclamou.

-Você jamais faria isso! –Ri. –E eu o agradeço imensamente por isso, também. Seria desagradável.

-Seria muito. Mas... E ai? Não está mais quase chorando, não é? Vou me certificar de não engana-lo novamente. –Castiel disse antes de enlaçar minha cintura com seus braços.

-Pelo contrário, estou feliz! –Soltei a frase com certo entusiasmo e sentei-me em seu colo.  –Então não somos mais amigos coloridos?

-Nós ainda somos amigos, mas... Depois de sua grande revelação, o termo mudou né? –O bad boy respondeu em quanto passava os dedos suavemente pelo meu rosto. –Alexy...

-Eu já sei o que vai dizer.

-E eu já sei a sua resposta!

-Ohh, isso é tão maravilhosamente gay! –Brinquei em quanto colocava minha mão por cima da dele. –A partir de hoje, só eu tenho o direito de beija-lo, baby!

-Sim. –Concordou. –E o mesmo vale para você, smurf.

-Smurf? –Questionei sobre o apelido.

-É... Eu precisava chama-lo de algo fofo! –O garoto se justificou.

-Entendi. –Ri.

Por mais ou menos uma hora, ficamos trocando beijinhos, conversando e viajando um pouco com a paisagem do horizonte.  Infelizmente, as obrigações nos proibiam de passar a noite lá na pirâmide.

Despedi-me de Castiel com um beijo e um abraço. Maldita aula que não nos deixa virar a noite na rua!

Encaminhei-me para casa um pouco triste por conta da escola, entretanto, plenamente feliz por minha vida amorosa estar finalmente dando certo. Nem consigo acreditar, estou namorando não somente o bad boy da escola, como um cara incrível, legal e gostoso. É o melhor dia da minha vida!

Assim que pus os pés em casa, dominado pelo entusiasmo, procurei meus pais pelos cômodos para abraça-los e dizê-los o quanto os amo. Infelizmente, os dois não puderam responder, pois estavam trancados no quarto ecoando barulhos que davam a entender uma situação obcena, se é que me entende.

De todo modo, ainda tinham Armin  e Rosa para aturar meu excesso de felicidade. Primeiro, enviei uma SMS a minha amiga, contando sobre o mais novo relacionamento. Depois, fui ao quarto de meu irmão para avisa-lo que seus conselhos realmente tinham me ajudado, e agradecê-lo por ser o melhor gêmeo que eu poderia ter.

Encerrando o tour pela casa antes de ir dormir, decididamente precisava de um banho. Estava com um cheiro forte de maconha e perfume impregnados na roupa, detalhe pretensioso que poderia arruinar minhas saídas de casa até tarde.

Em quanto à água quente caia por meu corpo, dando automaticamente uma sensação de relaxamento, pensava sobre como o jogo virou de repente. Pensava em como Castiel era maravilhoso, o quanto teu cheiro me atraia para uma armadilha romântica e sexual, o quanto eu o desejava e agora o tinha.

Em meio a esse turbilhão de emoções, pensamentos negativos sobre o Evan, Kentin ou as aulas da Dellanay nem passavam pela minha cabeça. Eu estava livre, e podia finalmente deitar a cabeça no travesseiro após o banho com a mente tranquila.

Adormeci contente, e despertei ainda mais. Só mesmo um macho pra me deixar empolgado ás 7hrs da manhã!

Estava certo de que precisava me vestir para arrasar, e sabia muito bem quais eram as peças do guarda roupa perfeitas para a ocasião: Uma cropped masculina rosa, uma jaqueta de jeans puro com alguns patches, uma calça preta de couro bastante colada ao corpo e coturnos combinando com a parte superior do traje. Pronto para envenenar!

Toda a arrumação me garantiu beleza, mas também atraso. Sequer tive tempo para conversar com minha mãe, após ela ter me avisado que sairia com meu pai hoje á noite.

Correndo, passei pela cozinha para pegar uma maçã e sai de casa com ela na boca.  Por sorte, Armin não se importa muito com pontualidade e esperou-me para irmos juntos, como habitualmente.

-Eu nem vou questionar o motivo de você estar tão arrumado hoje... –O gêmeo disse em quanto caminhávamos.

-Não pude evitar! –Exclamei. –Eu estou inspirado hoje.

-Eu fico feliz que Castiel esteja colocando um sorrisinho no seu rosto. –Meu irmão parecia contente. –Mas, caso ele te magoe, eu não respondo por meus atos!

-Fique tranquilo, mano, eu sei me cuidar. –Com bom humor, tentava relaxa-lo.

-Se você diz... Mas eu ainda tenho o sabre de luz do Star Wars e sei como usa-lo! –Riu.

-Oh, claro, claro! –Ri também, concordando. –Ei, ouviu o que a mãe disse? Ela e pai vão sair hoje.

-É... Eu também vou. Lynn me chamou pra ir á casa dela, espero que não se importe. –Avisou.

-Oh... Eu não ligo, fique tranquilo. –Encerrei a conversa.

Assim que chegamos à prévia de inferno, me encontrei com Rosa para explicar todos os detalhes de meu mais novo relacionamento.

-Ahhhhhhh! –A garota deu um gritinho. –Eu sa-bi-a! Assim que vi os dois de conversinha, já enxergava um futuro em que vocês se casavam.

-Ei, calma! Um passo de cada vez, casamento só semana que vem. –Brinquei.

-Eu posso ser a madrinha? –Minha amiga interrogou. –Oh, falando nele...

De repente, senti mãos pesadas agarrarem minha cintura. Era Castiel.

-Oi. –Cumprimentou-me com uma bitoca, e a Rosa, com um aceno.

Ainda sequer tinha começado a aula, mas já estávamos cercados por olhares de curiosos. Alguns surpresos, outros maldosos, invejosos, e pouquíssimos felizes. Não que eu me importasse com o apoio alheio.

A pessoa que aparentava estar mais incomodada era Ambre. Que ela era apaixonada por meu namorado, eu já sabia. Contudo, não esperava por uma reação tão negativa, não esperava por um surto como o que aconteceu assim que ela nos viu juntos na sala, e depois, no intervalo.

‘’Castiel, como foi capaz? E eu pensando que você era homem! Como se já não bastasse meu irmão, meu deus, esse mundo está perdido!’, Disse. Porém, não precisamos gastar saliva, a própria fora repreendida por Nathaniel: ‘’Ambre, não seja tola. O mundo não gira em torno do seu umbigo, as pessoas têm suas próprias vidas e não te devem satisfação. Já basta de comentários desnecessários, está na hora de amadurecer!’’. Não foi uma simples resposta do loiro, fora um espetáculo.

Mais tarde, precisei agradecê-lo pelo feito. O homem disse que não o fez por nós, mas por todos. Mesmo assim, sentia-me grato.

As reações dos outros estudantes não paravam por ai: De tempo em tempo, alguém vinha me perguntar se eu estava namorando o bad boy, ou coisas ainda mais pessoais. Eu já estava de saco cheio!

A gota d’água veio na aula de Educação Física, por meio de quem eu menos esperava, quando estava trocando de roupa no vestiário.

Acontece que algum certo filho de militar, inconformado com a situação, começou a atacar-me e a pressionar-me.

-É verdade que você está namorando o Castiel? –Kentin questionara. –Nunca imaginei! Você e ele, dois baitolas. Tudo bem, tu sempre teve cara, mas ele... Com toda aquela carranca, fazendo com que todos o temam... Ridículo! Não passa de um viadinho que geme com homens na cama.

-O que?! –Estava pasmo. –Sei que não somos mais amigos, mas isso não te dá o direito de ofender a mim e meu namorado. Sim, namorado! O que tem nisso? Estamos felizes assim.

-O que tem nisso, você pergunta. –Suspirou. –Você sabe que o que estão fazendo é errado, é imoral. Eu até acreditei que poderia conviver tranquilamente com um gay, mas foi só dar um pouco de atenção que você já se apaixonou. Não podemos mesmo confiar no seu tipinho de gente! Canalhas, covardes, doentes e pedófilos!

-Kentin, você enlouqueceu? –Naquele momento, já estava alterado. Sentia palpitações, nervosismo, a minha voz estava trêmula. –Eu admito que te amei, amei porque pensei que fosse uma pessoa diferente, decente e digna! Amei porque sua gentileza e cuidado me encantava, amei porque amava seu rostinho irritado e as vezes que me tirava de um dia entediante, amei porque amei, porra! Mas nunca lhe faltei com respeito e, ao contrário de certas pessoas, lidei perfeitamente com a rejeição! Ao contrário de você, que até hoje sente dor no cotovelo pela Lynn, aplaudiu o assédio de Evan e caça confusão com qualquer pessoa que seja.

-Alexy... –Incapaz de lidar com a verdade, fechou o punho e o carregou em minha direção, pronto para dar-me um soco. Mas parou no ar, frente ao meu rosto.

-Bate! Bate se acha que isso irá te ajudar! Bate se acha que isso vai me mudar. Spoiler: Não vai, e eu vou continuar namorando o Castiel e sendo plenamente feliz sendo plenamente gay! –Gritei.

E então, o homem aproximou-se de maneira brusca. Naquela fração de segundo, acreditei do fundo do meu coração que apanharia. Mas, pelo contrário, Kentin me beijou! Não de um jeito tranquilo e suave, não com amor. Fora um beijo bruto, duro, desesperado e rápido a ponto de sequer deixar-me decidir recusa-lo ou corresponde-lo. Fora quase como uma cabeçada que o fez sair furioso do vestiário, logo em seguida.

Como poderia interpretar aquilo? Como poderia reagir a aquilo? Desesperado, escorreguei pelos armários e parei sentado no chão, com os olhos repletos de lágrimas.

O desespero tomava conta, e doía mais do que o soco que eu poderia ter levado. Felizmente, não estava sozinho.

Castiel entrou no vestiário e, sem querer saber de qualquer coisa, abraçou-me. Naquele momento, eu entendi que estava com a pessoa certa.

-O-o Kentin... Ele... –Gaguejei, tentando me explicar.

-Fique tranquilo, aquele palerma já contou tudo. –Meu namorado limpou minhas lagrimas. –Ele é um frustrado, não consegue se assumir e por isso desconta nos outros. Não podemos fazer nada a respeito...

-M-mas... Ele me beijou... Você não está com raiva? –Questionei.

-Não. Ele te beijou a força, o nosso é recíproco.  –Disse.

-Sim, tem razão. –Sorri. –Obrigado... Eu não pensei que assumir um namoro na escola seria tão desgastante.

-As pessoas se incomodam demais com a vida alheia.  –O garoto comentou. -Mas, vamos deixa-los se incomodar. Em quanto eles falam, nós nos divertimos.

-Está certo... –Mordi os lábios.

- E, se quiser, podemos sair hoje para algum lugar.

-Você está afim? –O olhei.

-Apenas se você estiver. –Colocou o braço em volta do meu pescoço.

 -Surpreendentemente, não estou muito disposto... –Olhei para baixo, pensativo. –Oh, mas você pode ir lá em casa hoje! Meus pais e Armin sairão, então será um tédio ficar sozinho.

-Tudo bem. –Aceitou. –Eu estou curioso para conhecer a sua casa, vai ser legal. Só preciso avisar á Lysandre que não poderei ficar até mais tarde hoje.

-Ficar até mais tarde...? –Disse em quanto o observava digitar uma mensagem no celular.

-Eu nunca te falei sobre isso? –O próprio estava surpreso. –Eu e Lysandre ficamos até mais tarde aqui na escola algumas vezes, para ensaiar musicas.

-Oh, legal. –Sorri.

Após nosso combinado, o tempo nunca demorou tanto para passar. Na ultima aula, estava impaciente batendo os dedos sob a mesa e encarando o relógio o tempo todo. Até que: ‘’Trimmmmmm’’, como um som tão insuportável pode ser tão libertador?

Recolhi meus materiais, guardei-os no armário rapidamente e sai em busca de Castiel. Encontramos-nos quando Armin já havia ido embora com Lynn e praticamente todas as pessoas já estavam fora da escola.

-Oi. –O cumprimentei com um beijo.

-Oi. –Sorriu. –Vossa senhorita está pronta para ser cordialmente acompanhada até sua morada? 

-Oh, sim, nobre cavalheiro! –Entrei na brincadeira. –Estou lisonjeada pela oferta!  

Sempre me divertia com o irônico tratamento formal que eu e Castiel usávamos de vez em quando. O caminho inteiro de volta para casa seguiu esse ritmo: Ele fingia ser um burguês do século XVII, e eu o completava como uma madame, ou o contrário.

Quando vi, já estávamos em frente ao meu lar.

-Chegamos! –Avisei, abrindo a porta.

-Sua casa parece ser bem legal. –Comentou.

-É, dá pra o gasto. –Ri.

Ansioso para mostra-lo todos os cômodos e as coisas que tinha, puxei-o para dentro pela camisa e o arrastei até a sala, primeiramente.

-Eis aqui o lugar que eu esqueço que existe quando tem alguma visita indesejada. –Expliquei, seguindo o tour até a cozinha, banheiro, o corredor dos quartos e, por fim, o lugar onde eu dormia.

. –Aqui é o seu quarto? –Perguntou.

-Sim, o lugar em que passo a maior parte do tempo. –E acendi as luzes.

A iluminação revelava as quatro paredes azuis, repletas por posters de estilistas, cantores, algumas séries e desenhos. As demais decorações, como minhas luzinhas coloridas e figuras de ações ficavam evidentes. Era um lugar cheio de vida.

-Que legal... –Castiel andava pelo cômodo, mexendo em algumas das minhas coisas. –É bem aconchegante!

Sem muita cerimônia ou aguardar comandos, o garoto jogou-se na cama.

-Fico feliz que tenha gostado... –Sentei-me ao seu lado. –E então, o que quer fazer?

-Eu não sei, a casa é sua. –O bad boy encarou-me com seus olhos marcantes.

Entendi seu gesto como um sinal de liberdade para eu decidir o que faríamos, e, durante longos minutos, o obriguei a jogar Just Dance, assistir o clube das winx e passar trote em uma pizzaria. Todavia, no fim das contas acabamos fazendo pipocas de micro-ondas para assistir um filme qualquer da Netflix.

O enredo não era lá dos melhores: Um grupo de jovens idiotas vai acampar numa floresta, faz muito sexo e depois acabam se perdendo. A partir daí, surge um maníaco que pretende matar todos eles. Uma cópia de Jason? Talvez.

-Esse cara é muito estúpido! –Castiel estava puto. –Ele diz ao vilão: ‘’Por favor, não me mate’’, como se o cara fosse simplesmente parar e dizer: ‘’Tudo bem, não mato’’.

-É mesmo, né?... –Concordei, na tentativa de disfarçar meu espanto com as cenas gores do filme.

-Alexy... Cê tá com medo? –Percebeu.

-O que? –Tentava me justificar. –Não, eu...

-Que fofo. –Meu namorado abraçou-me e beijou minha bochecha. –Cuidado, hein? Fiquei sabendo que há um psicopata a solto na nossa cidade!

-Isso é sério? –Encarei-o pasmo.

-Não! Estou brincando. –Riu da minha cara. –Que cara de medo mais bonitinha a sua!

-Castiel!!! –Fiz birra.

-Tudo bem, tudo bem. Eu paro de te zoar, mas pra isso... –Segurou minha mão. –Você tem que me dar um beijo...

-Não precisa nem pedir, idiota...

Aproximei-me suavemente para ‘’pagá-lo’’ o beijo. O fato de estarmos sozinhos na minha casa, comendo pipoca e assistindo um filme á noite remetia muito bem o clima de romance. Sentia-me pronto para ousar.

-Alexy... –O rapaz sussurrou meu nome em minha orelha.

-Eu não era o Smurf? –Ri, sentando-me em seu colo para facilitar minhas ações.

-Hm... Você ainda é. –Disse, em quanto mordia meus lábios inferiores.

Eu estava feliz. Sentia algo em meu interior que me dizia para ir com tudo, para embarcar nesse mar de sensações. Quis seu carinho e o tive. Quis seu amor, e o tive. Agora o quero, e o terei, aconteça o que acontecer.

Brincando de ‘’enviar sinais’’, coloquei suas mãos em minha cintura para que ele fizesse o que se sentisse á vontade com elas, em quanto as minhas desfilavam alegremente sob o corpo do garoto.

Meu namorado, que não era nenhum bobinho, aproveitou-se da situação para descer com os braços até minha bunda e acaricia-la, apalpa-la e logo em seguida, maltrata-la.  Era um tanto excitante, me fazia ter vontade de encostar a boca em seu pescoço para depositar marcas de ‘’agressão’’, seguindo até o peito e provando de seu mamilo sob a blusa.

Já inconformado com a peça de roupa atrapalhando o jogo, arranquei-a desesperadamente e atirei-a no tapete da sala. Agora o tinha sem a maldita camisa e podia apreciar a bela criação de meus sogros.

‘’Safadinho... ’’, Castiel sussurrou, dando-me ainda mais motivação para ataca-lo.

-Não sou safadinho, só... Um pobre adolescente com seus hormônios a flor da pele. –Pisquei.

-Estou aqui para acalmar esse desejo. –E então, o garoto jogou-me no mesmo tapete em que eu havia atirado sua camisa. –Vou ser gentil com você.

Não tinha muitas palavras para respondê-lo, as atitudes cairiam muito melhor naquela ocasião. Puxei-o pelo braço o fazendo ficar por cima de mim. Imagine só: Um ruivo gostoso, sem camisa, em cima de você e lhe encarando de modo um tanto malicioso, não é excitante?

Eu já estava semiereto e um pouco envergonhado, mesmo com toda intimidade que havíamos adquirido nos últimos tempos. Ainda era virgem, no fim das contas.

-Hey, Fique tranquilo... –Aproximou-se. –Vou te fazer relaxar.

E então, o bad boy entrou em minha camiseta para chupar meus mamilos. Era algo que não havia sentido com nenhum cara, nem em nenhum momento de masturbação. Fazia-me sentir a pressão e ainda assim, muito prazer, como já imaginava que seria.

‘’Ah... ’’, deixei escapar.

Entusiasmado, o garoto levou sua mão até a minha perna para alisa-la, e seguiu em direção ás partes mais intimas, fazendo-me corar e imediatamente sentir um calor insuportável.

-C-Castiel... –Estava nervoso.

-Fiz algo errado? –Assustou-se.

-Não... –O olhava tímido. –Só... Eu estou duro...

-Oh. –Sorriu. –Eu também estou.

-J-já? –Gaguejei.

-Sim, no momento em que se sentou no meu colo eu...

-Entendi. –Mordi os lábios e levantei-me. –Quer terminar isso no quarto?

-Seria ótimo. –Aceitou.

Encaminhamos-nos até o cômodo entre beijos e agarrações. O ruivo não soltava de minha cintura, e eu não queria parar de beija-lo nem por um minuto.

Assim que chegamos, o empurrei na cama.

-Eu sempre quis fazer isso! –Ri.

-Foi sexy... –O rapaz me encarou. –Vem cá, vem...

Tirei minha jaqueta jeans, os sapatos e a calça, ficando desta forma apenas com a blusa, a cueca e as meias. Confortável, leve e pratico.

-Você tem pernas lindas. –Comentou.

 -Elas são todas suas. –Subi na cama para, mais uma vez, consumi-lo e deixa-lo me consumir.

Estava confuso, estava feliz, animado e com medo do prazer. Como poderia resumir todas essas sensações? Amor. Amor é a palavra. E eu sabia o que precisava fazer: Apenas me entregar ao teu abraço.

-O que acha de colocarmos uma musica? –Castiel sugeriu. –Ajuda a relaxar...

-Ótima ideia! –Exclamei, pegando meu celular. Optei por Lana del Rey, Blue jeans. Após aquilo, a situação engatou-se num ritmo suave e aconchegante, como se pudéssemos flutuar.

Para aliviar a ereção, meu namorado tirou sua calça e começou a roçar sua parte intima na minha, em quanto trocávamos beijos intensos e transbordados de atração.

Eu me esforçava para não gemer, mesmo que fosse bastante difícil. Queria preservar a voz para o pós-preliminar.

-Alexy... –Sussurrou.  –Quero te chupar...

-Oh... –Surpreendi-me e consenti. –Fique a vontade, meu garoto rebelde.

Estava ansioso. Quando o rapaz tirou minha cueca e abocanhou meu pau, eu entendi o motivo de as pessoas gostarem tanto de sexo.

Ele fazia movimentos de vai e vem com a boca, ao mesmo tempo em que estimulava meus testículos e eu puxava seus cabelos com um bocado de agressividade. Dentro de uns dois minutos, senti que estava prestes a gozar antes da hora e puxei-o pelos fios da cabeça.

O melhor era poder ver sua carinha vermelha, os cabelos cobrindo os olhos e os lábios rosados bem molhadinhos.

-É a minha vez de brincar. –Avisei, enfiando a mão dentro da cueca dele e tirando de lá, seu pênis durinho.

Primeiro o masturbei, depois usei a língua para experimentar todas as regiões de sua intimidade, ambicioso por mais e mais.

Pela dificuldade de ‘’segurar a barra’’, comecei a me masturbar ao mesmo em que o chupava.

-Chega... –Castiel gemeu. –Não aguento mais... Deixe-me provar de você...

Impulsionado pelo tesão, o ruivo arrancou minha camisa, me deixando completamente nu e exposto aos seus olhos. Também terminou de se despir, atirando a cueca longe. Agora, estávamos os dois pelados na minha cama.

-Eu vou... –O garoto tentava completar a frase, em quanto se admirava com meu corpo. –É...

-Você vai...? –Interroguei.

Também estava desconcentrado por sua beleza.

-Vou prepara-lo. Você está pronto?

-S-Sim, eu acho. –Engoli o seco.

-Prometo ser gentil... No começo. –Mordeu os lábios.

Eu não sabia exatamente o que ele estava prestes a fazer, apenas confiava que seria gostoso como todos os outros passos.

Assim que fechei meus olhos, o senti tocar a parte mais sensível: O anus. Primeiro, enfiou seu dedo indicador molhado, fazendo movimentos de vai e vem. Quando estava começando a ficar largo, colocou mais um e fez uma ‘’tesourinha’’.

’O-oh, nossa... ’’, Sussurrei, sentindo a pressão.

A maior surpresa veio quando meu namorado pôs os lábios naquela região e começou a chupar. Já conhecia a pratica de alguns pornôs, mas não esperava que fosse vivencia-la tão brevemente.

-Isso é gostoso... –Senti a necessidade de conta-lo.

Quando Castiel tirou a boca daquela região, ele disse:

-E vai ficar ainda mais. Você está pronto?  

-S-sim... –Tremi na base.

Após aplicar uma espécie de lubrificante que tinha na minha gaveta (Sabe-se lá porque), o homem abriu minha bunda e se posicionou. Iríamos fazer aquilo juntos.

Primeiro, colocou apenas a cabecinha do pênis. Depois a removeu e deu com ela algumas ‘’batidinhas’’ no meu anus, o que só deixava-me ainda mais ansioso.

-Entre, por favor... –Implorei.

-Com prazer! –Sorriu.

 Castiel começou a encaixar seu pau dentro de mim e quando vimos meio caminho já estava andado.

Precisei envolver meus braços em seu pescoço para que me sentisse seguro, e ele, segurando minhas duas pernas, iniciou a sequencia de estocadas, penetrando cada vez mais profundo e atingindo rapidamente o ponto G.

Nós dois gemíamos em sincronia, excitados pelo poder de atração de dois corpos fundidos, excitados pelo prazer de ser e ter, excitados um pelo outro.

Em quanto movíamos nossos corpos juntos, eu mordia seus ombros, arranhava suas costas e liberava os prazerosos gemidos. Ele, por outro lado, não tinha dó de me masturbar até a última gota.

O fato de estar sendo a minha primeira vez transformava o ato em algo ainda mais especial. Nós fizemos sexo deitados, de lado, de quatro, em pé, e até arrisquei cavalgar um pouco no seu colo.

-C-Cast... Isso é tão bom! –Exclamei. –Estou quase gozando...

-A-Ainda não. –Arfou, segurando minhas duas mãos acima da cabeça e tapando o buraquinho de meu pênis com seu dedo indicador.

-Não...? –O encarei confuso.

-Vamos juntos. –Disse autoritário.

E então, acelerou as estocadas de maneira ainda mais profunda, fazendo-me contorcer de prazer.

Tive a leve sensação de ser admirado por meu parceiro durante a transa, o que me motivou a fazer expressões ainda mais fofas.

-É sério... Eu não aguento mais, ah!  -Estava chorando de tanta excitação.

-Implore... Implore para gozar! –Ordenou.

-Por favor, Cast, me deixe gozar... Deixe-me... Oh! –O obedeci como um cãozinho.

-Tudo bem. –O homem sorriu e tirou o dedo de meu pau já melecado.

Um... Dois... Três! Jatos de esperma foram liberados por nós dois ao mesmo tempo. O meu, atingiu todo o lençol da cama e parte de seu abdômen, já o dele preencheu minha bunda inteira.

Exausto, meu namorado se desencaixou e deitou ao meu lado.  Em um gesto de carinho, repousei a cabeça sob seu peito e fechei os olhos.

-Você... Gostou? –Interrogou.

-Eu achei ótimo!  –Respondi. –E você?

-Foi a melhor noite da minha vida! –Exclamou. –Mas agora estou quebrado...

-Eu também. –Nós rimos. –Quer ir tomar um banho?

-Daqui a pouco... –Me observou.

-Quer um cigarro? –Perguntei mais.

-Não. –Surpreendentemente, negou.

-Por quê?

-Fumo para relaxar. –Explicou. –E hoje, você me deixou bem o suficiente para não precisar disso.

Suas palavras alegraram-me ainda mais.

A sociedade é uma extensa conexão humana. Todos nós somos influenciados por movimentos, ideais, emoções, todos nós somos guiados por pessoas que nos fazem enxergar um novo caminho, seja ele bom ou ruim. E agora, eu havia encontrado o meu.

Passei um bom tempo me sentindo vazio e só, entretanto, hoje sou preenchido por amor, esse amor tão condenado, cujo as pessoas dizem que escraviza. Se é assim, porque me sinto tão livre? 



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