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História Inimigas Classe A - O Dia da Caça


Escrita por: PirouLirou

Capítulo 3 - O Dia da Caça


O vento lanceava-se contra a janela da casa, e Hanna notava atentamente o sol que as espessas e carregadas nuvens de chuva- que posteriormente proporcionaria uma penosa tempestade – mantinham camuflado. Pela milésima vez, ela repetiu a mesma frase: Eu não sou a Anônima! As garotas a olhavam com certa desconfiança, e em momentos até acreditavam nela, mas então porque Hanna estava vestida misteriosamente com roupas pretas que a deixava como culpada pelo crime?

- Você é a Anônima! – Contestou Caleb.

- Eu não sou a anônima! – Esbravejou Hanna. – A final o que você está fazendo aqui, Caleb? Eu nem mandei mensagem para você.

As palavras dela fizeram todos a fitarem com mais certeza de que ela era realmente a Anônima. As garotas ainda encontravam-se assustadas com a entrada intimidante de Hanna coberta dos pés a cabeças com trajes basicamente curiosos, e pensar que estavam cara a cara com a provável expedidora do vídeo, as deixavam com o estomago embrulhado.

- Espera. – Spencer fez uma pausa. – Se você não é a Anônima, então porque mandou uma mensagem assinando com o nome dela?

- As mensagens que vocês receberam na festa dos pais da Lydia, minha roupa, este lugar, tudo é parte de meu plano. – Explicou Hanna com sua voz calma. – Eu só preciso que vocês me deixem esclarecer.

Brooke, Alison e Aria sentaram-se no sofá, enquanto, Chanel, ainda preocupada a respeito do acidente com o carro de Stefan, preferiu ficar em pé próxima à mesa de madeira junto a Spencer. Caleb encostou-se a parede e ficou encarando Hanna firmemente, esperando uma boa explicação. O tecido do móvel chegava a pinicar de tão velho e encardido e, surpreendentemente, para garotas acostumadas com sofás macios como algodões, elas não pronunciaram nenhum tipo de reclamação pela hospedagem.

- Bem, amigas! Depois que recebemos aquele vídeo da maldita Anônima, e acredite em mim, eu a odeio mais do que qualquer uma, nós nos separamos, portanto eu imaginei que o único jeito de nos reconciliarmos era apontarmos nossas armas não uma para outra, mas sim para a pessoa que acabou nos expondo. – Hanna esclareceu sua ideia.

- Não estou entendendo. – Murmurou Alison.

- Hanna imagina que podemos unir nossas forças, desvendar a Anônima e destruirmos ela, ou ele, seja lá quem for. – Explicou Spencer, seu coração ainda pulsava intensamente pelo susto segundo mais cedo.

- Você está de brincadeira? – Aria disse, em tom sarcástico. – Eu não vou fazer parte de um clube com a amante do meu ex-namorado. Qual seria o nosso dilema? As falsianes de Manhattan?

- Parece que você esqueceu este pequeno detalhe, Hanna. Nós não queremos ver uma à outra nem pintada de ouro! E sobre a proposta de nos unirmos para desmascarar Anônima, bem, eu realmente estou dispensando. – Brooke ergueu-se para sair da residência, os saltos de seu sapato estavam triturando seus pés a cada caminhada que ela fazia no revestimento de madeira daquela residência, embora não fosse os calçados adequados para um passeio em um lugar cheio de árvores, pedregulhos e insetos, ela imaginou que caso fosse encontrar Anônima, seria em grande estilo, porém acabou sendo decepcionada quando Hanna disse que não era a misteriosa pessoa que as perseguiam.

Por um instante, um barulho ecoou pela sala e diversos cacos de vidros estraçalhados se lançaram pelo chão. A janela do cômodo onde eles estavam se rompeu- quando uma flecha foi arremessada em direção a Brooke, e em enquanto eles tentavam entender o que tinha acontecido naquele instante, o ombro de Brooke encontrava-se perfurado por uma flecha de madeira. Foi questão de segundo até que algumas partes de seu vestido florido estivesse repleto de manchas causadas por seu sangue.

Todos começaram a gritar. Eram gritos de espanto e medo. O que está acontecendo? Eles pensaram. Tudo foi tão rápido, e os olhos de Chanel avistavam aterrorizantemente Brooke gritando de dor enquanto caia no chão.

Outra flecha foi lançada, agora acertando a parede.

- Abaixem-se. – Ordenou Alison.
Eles se tacaram no chão sem pensar duas vezes, era aquilo ou ter um ferimento igual ao da Brooke, afinal elas não possuíam tempo para raciocinar, estava acontecendo um festival de flechas, um após uma era lançada por todas as direções.

- Nós vamos morrer. – Aria disse enquanto chorava.

- Cala a boca! – Caleb a censurou com determinada raiva. Não era para ele estar ali, ele não havia sido convidado pela mensagem de Hanna, apenas deu carona para Chanel chegar ao local, uma boa ação não poderia terminar em morte, ele pensou respirando fundo enquanto ficava inerte sobre o chão. Mas Caleb sabia que também estava envolvido em todas as sujeiras das garotas, ele não era nenhum anjo, e agora encontrava-se literalmente em um situação de vida ou morte junto com todas as garotas.

Spencer tinha seu rosto encostado na madeira, à poeira do antigo carpete que estava localizado próximo a seu rosto evaporava-se dentro de sua narina.

- Pessoal, escutem. – A voz de Spencer foi baixa e prudente. – Nós precisamos agir logo ou todos vamos realmente morrer neste lugar, quem está atirando aparentemente não se importa conosco, ou somos mais espertos ou deixamos que seja-lá-quem-for acabar com nossas vidas aqui e agora com uma maldita flecha.

- O que você tem em mente? – Questionou Chanel.

A dor que Brooke sentia fazia seu corpo recontorcer no chão e as flechas arremessadas fincavam-se nas paredes do cômodo, Alison tampou sua boca com a própria mão para não gritar.

- Bem, precisamos que alguém vá até a janela. – Explicou Chanel.

- O que? Isto é loucura. – Esbravejou Hanna. – Qualquer pessoa que tentar se aproximar da janela vai ser acertada com uma flecha no meio do rosto.

— Não! Espera, É o plano perfeito! – A fala de Spencer os surpreendeu. – A pessoa que está arremessando as flechas pode ser vista através da janela, pelos meus cálculos ela demorando basicamente três segundos para tacar essas malditas flechas, caso alguém chegue no tempo certeiro desse intervalo de três segundos poderemos conseguir ver onde o maldito atirador está.

- Ok, vamos esperar uma flecha ser lançada e apenas a Spencer e eu vamos nos levantar. – Disse Alison. – Eu vou até a janela, e a Spencer cuida do ferimento da Brooke.

Uma flecha foi arremessada. As duas levantaram-se em um anglo totalmente possível de serem acertadas pelo mesmo objeto que havia perfurado o braço de Brooke. Iniciaram a contagem de três segundos e se tacaram no chão novamente. Spencer e Alison fizeram os mesmos passos até chegar ao propósito estimado.

- Me ajuda, por favor. – Implorou Brooke a Spencer enquanto a mesma liberava alguns gemidos de dor no tom de sua voz. Seu braço não parou de sangra sequer um minuto, talvez ela já tivesse perdido muito sangue, não dava para saber ao certo, mas ao seu redor já se formava uma poça com seu líquido vermelho. – Droga, por quê eu tinha que levantar logo naquele instante?!

- Fica calma, ok? – Spencer disse enquanto segurava o braço dela. – Brooke, olha pra mim, eu preciso tirar essa flecha do seu braço, não é a melhor coisa a se fazer, mas caso precisarmos correr ela pode acabar te atrapalhado.
Enquanto elas conversavam flechas eram lançadas contra a casa.

Brooke maneou com a cabeça dando sinal positivo para retirar aquilo de seu ombro. Spencer rasgou um pedaço de sua blusa e amarrou acima da flecha numa tentativa de retarda o sangramento. Quando ela principiou a puxar o objeto, Brooke começou a se debater contra o chão de madeira tentando controlar a dor, Aria e Chanel tamparam os ouvidos para não escutarem os gritos de angustia que Brooke. Spencer aproximou seus olhos do ferimento quando retirou a flecha por completo, não estava muito fundo, e ela não entendeu o motivo de Brooke ter sangrado tanto.

- Isso é estranho. – Opinou Spencer olhando nos olhos de Brooke. – A flecha não foi tão funda, você não deveria ter sangrado tanto ou sentindo este tormento gigantesco.

Alison aproximou seu rosto ligeiramente para espiar acima da borda da janela apenas com os olhos. Avistou um individuo com as mesmas peças de roupas totalmente preta e uma mascara branca sem nenhuma fora, era impossível saber quem estava fazendo aquilo, o rosto estava coberto por uma mascara branca material de plástico aparentemente derretido, nem a própria mascara tinha uma forma concreta, e a escuridão da noite não os favoreciam. Era impossível dar sequer um palpite, mas de algo ela sabia, com certeza era a Anônima.

- Temos que sair daqui, agora. – Opinou Alison. – É a Anônima e ela está vindo em nossa direção.

- Como sairemos daqui? – Questionou Chanel. – Essa vadia da Anônima deve ter cercado o perímetro.

Alison ainda olhava com cautela pela janela enquanto eles discutiam um modo de fuga.

Anônima cada vez se aproximava mais, e ainda manuseava um arqueiro que cuspia flechas de madeira continuamente contra quem estava lá dentro. As garotas decidiram fazer novamente a contagem e correr para fora da residência, Spencer e Caleb ajudaram a Brooke se erguer.

Todos estavam receosos em sequer tentar colocar os pés para fora da casa, mas era preciso, não havia muitos métodos a serem praticados, eles eram presas fáceis para Anônima.

Agora! – Esbravejou Alison quando uma flecha foi lançada. Eles saíram correndo sem olhar para trás, Aria e Chanel abriram a porta da casa e saíram correndo em meio à estrada de chão. Naquele instante o restante estava descendo a escadaria da varanda e indo em direção aos seus carros estacionados não muito distantes. Mesmo longe de quem estava lançando as flechas, era possível ouvir os passos de Anônima sobre as folhas secas aproximando-se.

- Vamos, Brooke, precisamos de sua ajuda. – Spencer disse olhando para trás enquanto Brooke estava sendo praticamente carregada por ela e Caleb.

- Eu estou sem forças. – Explicou Brooke.

- Estamos perto de escapar daqui, não desiste. – Apoiou Caleb segurando ela pela cintura enquanto Spencer tinha o peso de Brooke nos ombros.

Eles estavam consideravelmente atrasados em comparação às outras meninas. Aria e Chanel já entravam juntas no mesmo carro, enquanto Hanna dava partida em seu automóvel e saia em direção à rodovia.

- Vadia! – Gritou Brooke para Hanna enquanto a via fugir com o carro entre a estrada, ela lembrou da tentativa de Hanna em fazer o grupo se reunir. – Bela união, sua piranha!

Faltava pouco, bem pouco para elas chegarem, alguns passos seriam o suficiente, mas o espetáculo não havia acabado.
A chuva que o céu pronunciava finalmente desmoronou-se. Aria tentava ligar o carro e Chanel gritava com ela para ser mais ágil. Spencer procurou a chave do automóvel no bolso de sua calça onde ela havia guardado, mas não encontrou, provavelmente teria deixado cair quando se jogou no chão para escapar das flechas. A chuva ficava cada vez mais furiosa, mas naquele instante não era o pior dos problemas, nem poderia ser considerada um problema

Repentinamente Anônima finalmente surgiu-se próximo à varanda, em suas mãos estava o arqueiro, Anônima acionou o dispositivo e mirou. Do carro, Aria e Chanel assistia a cena de camarote: Spencer, Brooke e Caleb estavam na mira de uma flecha, restaria saber quem seria atingido.

Brooke olhou para trás, ela gritava veementemente, não apenas pela dor que sentia, mas também por estar na mira de Anônima.

O barulho do lançador ecoou entre as árvores da floresta, a primeira flecha a ser arremessada acertou na vidraça do carro de Spencer, eles estavam tendo se esconder atrás do automóvel, mas devido o ataque surpresa de Anônima tiveram que mudar de rumo, não havia mais como ir para o veiculo que encontrava-se próximo.

Outro barulho do lançador arqueiro arremessando flecha ecoou entre a floresta, Spencer sentiu um liquido quente e espesso golpear seu rosto, com sua mão livre, ela passou os dedos em sua face para confirmar o que estava imaginando: Era sangue. Com apenas a lua daquela madrugada fria iluminando o local, Spencer encarou seu corpo para vê se o sangue dela, tudo aquilo foi em questão de segundos, e analisando cada parte de si ela notou que a flecha não havia acertado seu corpo, mas sim de alguém próximo a ela.

Brooke levou ar até seus pulmões enquanto olhava para o lado, ela gritou quando notou uma flecha atravessada entre as costas e o peitoral de Caleb.

Caleb caiu na lama que havia se formado em poucos segundos, provavelmente morto. O objeto de madeira havia se encravado praticamente por completo em seu peito, não havia solução.

Mesmo com Caleb caído, Anônima não deu trégua, continuou tacando suas flechas em direção as garotas. Chanel percebeu que Spencer e Brooke nunca chegariam sem serem atingidas caso não fossem ajudadas, e, portanto, ela buscou coragem em seu interior saindo do automóvel para auxiliar as garotas.

Aria e Spencer praticamente jogaram Brooke no banco traseiro junto com Chanel, enquanto as duas sentaram-se nos bancos dianteiros do automóvel.

Teria varias chances de acertar pelo menos uma quando o carro deu partida, mas Anônima por algum motivo não fez questão, apenas parou ao lado do corpo de Caleb que estava engolido numa lama misturada com folhas de árvores, Anônima encarou o corpo do Caleb.

Chanel abriu o vidro da porta de seu carro e apontou o dedo do meio em direção ao novo serial killer da cidade. Anônima sem mover um osso de seu corpo, ergue seu rosto coberto por aquela mascara deformada e ficou observando a fuga das meninas.

                        ***

Trinta minutos depois Lydia chegou ao local onde Stefan havia dito que tinha sofrido um acidente. Ela estacionou seu carro em um dos cantos da estrada e caminhou em direção a ribanceira, seus passos foram precisos e calmos, tudo estava bastante silencioso e por um instante ela acreditou que Stefan havia pregado uma pegadinha nela, mas quando ergueu seu rosto para baixo do barranco, Lydia avistou o carro branco dele capotado entre o local distante.

- Lydia. – Murmurou Stefan a fazendo sobressaltar-se e ela virou o encarando. O rosto de Stefan estava sangrando e sua roupa encontrava-se marcada num misto de sujeira preta, provavelmente das ferragens do carro, e manchas de terra.

- O que aconteceu? – Ela o questionou boquiaberta.

- Eu, Caroline, Blair, Bella e Elena estávamos seguindo a Aria... – O tom de voz dele foi tenso até que ela o interrompeu.

- Pula esta parte. – Lydia rebateu pasma e esperou uns minutos para fazer a pergunta que desejava, mas estava com certo receio de fazer. – Cadê as garotas, Stefan?

- A Caroline entrou na mata para procurar sinal a um bom tempo e não voltou. Desde que eu acordei não vi a Elena, quando ela notou que eu tinha perdido o controle do carro ela abriu a porta e saltou-se mesmo com o automóvel em movimento provavelmente ela não se feriu muito e acabou fugindo por medo de estarmos mortos, Bella saiu entre a rodovia para ver se encontrava alguém que pudesse nos auxiliar e Blair, ela... – Stefan pausou e suspirou fundo.

- O que tem a Blair? – Lydia o questionou.

- Olha, eu juro não foi minha culpa, eu estava dirigindo bem, até alguém entrar no meio do caminho e... – Ela o interrompeu e aproximou-se dele, o encarando.

- Stefan, cadê a Blair? – A voz dela saiu em um tom elevado.

- Eu acho a Blair pode estar morta. – Stefan disse.


Notas Finais


Espero que tenham gosta ♥ Comentem, ajuda muito. E aí, já sabe quem é o(a) Anônima? Próximo capítulo saberemos se Blair realmente morreu, Brooke corre perigo, Stavo pode saber porque Caleb morreu, e as garotas tentam desvendar o mistério de o porquê Anônima estar perseguindo elas!


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