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História Inimigo! Amigo... Paixão?! - "Meu futuro sogro é o dêmonio em pessoa"


Escrita por: Lakeia

Capítulo 14 - "Meu futuro sogro é o dêmonio em pessoa"


O castelo tanto por fora quanto por dentro era assustador como sempre, o lugar era escuro e o fogo que clareava apenas dava um toque mais sombrio. Marco suava de nervoso e suas pernas pareciam não querer mais andar, ao saber que ia conhecer os pais de seu namorado aquele lugar definitivamente ficava mais assustador, ele apenas gostaria de segurar a mão de Tom e fugir, mas era tarde. Tom bateu na porta e avisou a chegada e Marco tentava controlar seu nervosismo. Marco estava esperando que um dos gárgulas estranhos avisassem a chegada e abrissem a porta gigante, mas a visão foi diferente, quem abriu a porta foi uma mulher, ela estava vestida de um curto e decotado vestido preto que ia até metade de sua coxa, ela também estava usando um salto-agulha preta e seu cabelo negro era longo indo até sua panturrilha e ela tinha chifres como de um boi na mesma cor que as de Tom, a pele dela porém era bem mais vermelha, ela também tinha um terceiro olho em sua testa, olhos vermelhos e um olhar venenoso, mas o perturbador na moça era a cobra viva que ela carregava enroscada em seus ombros e braços. A mulher olhou com nojo e desaprovação para Tom:

— Quem é essa humana com um cheiro de suor deplorável? — Perguntou, Marco engoliu seco.

— Mãe... — Tom disse com um Tom de voz menos animado que o normal — Essa é minha namorada, princesa Marco

Foi nesse momento que o coração de Marco quase parou, seu pior medo foi confirmado. Ele já tinha lutado contra monstros, mas ele não podia lutar contra ela, ela é a mãe do namorado dele, e estava claro que ela já não o aprovava.

— Oi — Ele acenou e ela não parecia nem um pouco feliz.

— Tem ideia de quem eu sou, garota? — Ela perguntou — Faça reverência, como uma dama! Sinceramente, Tom! Isso foi o melhor que conseguiu? —  A mulher o encarou esperando a reverência, depois de uns momentos sem paciência e reação Marco a fez do modo que imaginava. A mulher se virou de costas —  Sigam-me

—  Precisamos conversar — Marco sussurrou e Tom fez sinal com as mãos implorando:

—  Desculpe —  Sussurrou de volta

O corredor parecia mais longo do que das outras vezes que ele tinha ido ali, era como se fosse um corredor infinito de tanta pressão que a Mãe de Tom colocava em cima deles.

—  Manima! —  Ouviram um grosso grito vindo do final do corredor, na sala de jantar. Tom engoliu seco.

—  Já vou! —  Respondeu a mãe de Tom com um tanto de raiva 

—  Mulher! —  Um grito demônio chamou outra vez do mesmo lugar —  Eu estou com fome! Se apresse!

—  Eu já vou, caralho!  —  Respondeu abrindo a porta da sala de jantar  com força. Tom e Marco a seguiam. Quando percebeu a presença de Dai, pai de Tom, Marco teve um sentimento que aquilo ia piorar, já sem paciência ele apenas ficou parado fitando-o. —  O que estão fazendo parados aí! Reverência! —  Disse Manima os empurrando para o chão

Ambos fizeram reverência e Marco estava contando os segundos para explodir, não que ele fosse do tipo irritado ou impaciente, mas ele não conseguiria se imaginar ter que ir visitá-los ou ver a cara deles sempre, quando Marco estava se levantando o pai de Tom começou a dar uma gargalhada.

— Se apresente e venha cá, querida! 

"Por que ele me chamar de querida me irrita mais do que o modo que eles estão agindo?" Pensou Marco

—  Minha namorada! Princesa Marco! —  Respondeu Tom rápido com medo que Marco não fosse faze-lo.

—  Eu não estava falando com você! —  Disse Dai —  Venha! —  Sinalizou para Marco se aproximar. Extremamente incomodado ele chegou mais perto de Dai que logo pegou sua mão e cheirou —  Humana...? —  Ele começou a rir —  Tom, pode parar com brincadeiras agora! Uma humana! Esse meu filho brincalhão! —  Ele olhou em volta —  Vai, cadê ela?

—  Pai, está na sua frente! —  Respondeu Tom, impaciente.

Dai parou de rir imediatamente e seus olhos ficaram vermelhos de raiva—  Está brincando, não é?

Manima acendeu um cigarro e se sentou na cadeira com uma garrafa de cachaça na mão —  Eu queria que estivesse.

—  Tom...

—  Pai!

—  Ah, Por que cargas d'água não podemos simplesmente sentar e jantar! —  Marco gritou com o fim de sua paciência, Tom e Manima arregalaram os olhos em sua direção, foi nesse momento que ele achou que sua vida ia acabar, mas Dai começou apenas a rir de novo o que fez Manima derrubar o cigarro que estava em sua boca. 

—  Atitude! É disso que eu gosto! —  Ele bateu na mesa —  Pode se sentar!

Marco olhou para Tom, confuso, e Tom ainda mais confuso deu um sorriso orgulhoso. Marco se sentou ao lado esquerdo da mesa em frente a Manima e Tom ao lado dele. 

—  Então....Marco? — Dai olhou para Manima para saber se tinha acertado o nome.

—  Algum nome masculino e estranho assim...—  Respondeu Manima —  Humanos são estranhos, como espera que eu lembre?

—  Não seja mal educada —  Disse Dai

—  Como se você fosse o rei da educação —  Manima assoprou a fumaça na cara dele e Dai começou a rir, Dai abriu um sorriso tossindo pela fumaça inesperada, e por um segundo isso fez Marco pensar que talvez eles fossem só mais uma família normal. —  Ei, garota! —  Manima Chamou Marco que olhou em sua direção —  Não se deixe levar pelas pessoas, pode soltar as frangas porque aqui ninguém...bem, vamos te julgar, mas não precisa ficar sendo santinha — Ela deu uma pausa para beber mais cachaça direto da garrafa, então começou a rir —  Os caras ficam falando que temos que ficar lavando a louça e cuidando dos filhos...— ela riu mais —  Eles se sentem fracos com mulheres poderosas como eu, por isso não se ache obrigada a nada!

Foi nesse momento que Marco se sentiu mal, eles podiam ser cruéis e estranhos, mas não pareciam ser tão ruins agora.

—  Mãe, você está bêbada —  Disse Tom 

—  Olha como fala comigo, garoto! —  Ela tomou mais um pouco de cachaça —  Eu sou cachaceira, mas ainda sou sua mãe!

—  Ela tem razão, deixa ela beber —  Dai disse enquanto enfiava uma coxa de galinha enorme na boca. —  Pelo menos assim ela fica exigindo menos respeito de mim e mais de você.

—  Precisamos conversar agora —  Marco sussurrou para Tom

—  Tudo bem —  Sussurrou de volta e se lebantou —  Já voltamos! —  Disse dando a mão para marco levantar também.

—  Não façam nada que eu faria! —  Disse Dai o que fez Tom revirar os olhos. Tom então o levou conduziu pelo caminho até seu quarto.

—  O que queria falar?

—  Não posso continuar mentindo para eles, Tom —  Respondeu —  Eles são seus pais

—  Marco....Marco! Você viu como eles são!

—  Mas agora não parecem tão ruins assim —  Disse o fitando

—  Porque minha mãe está bêbada! E meu pai está muito ocupado amando aquele frango...

—  Mas eu não posso fingir ser uma garota para sempre, Tom!

—  Só mais um pouquinho —  Implorou 

—  Não, Tom!

Tom estava segurando sua raiva, tanto de seus pais quanto de Marco não ser nem um pouco flexível —  Eu disse para fingir mais um pouco —  Seus olhos estavam vermelhos de raiva

Marco ia retrucar com ele, mas no momento que ele abriu a boca a porta abriu forte.

—  Então é isso...meu próprio filho! —  A mãe de Tom apareceu com os olhos brilhando vermelhos de raiva.

— Mãe o que está fazendo aqui?

—  Eu vim ver se vocês estavam transando e olha o que eu encontrei! Dois garotos mentirosos! —  A mãe de Tom colocou fogo no vestido e no cabelo de Marco que pararam ao revelar sua aparência verdadeira.

—  Tom!—  Dai disse furioso —  Um garoto?! Você mentiu para nós! —  Dai se aproximou pegando Tom pelo pescoço —  Seu garotinho idiota!

Ao ver aquilo Marco explodiu de raiva, ele não poderia deixar que machucassem Tom então correu na direção deles e usou os golpes de karatê para derrubar Dai que começou a rir.

Seu filho da...! Eu sempre soube e você sempre soube que nossa família representa os piores erros da humanidade, mas ser Gay, um viado na nossa família, isso é uma vergonha! —  Dai gritou

—  É exatamente por representarmos os piores erros da humanidade que vocês dois são homofóbicos! —  Tom retrucou, os dentes de Manima ficaram rígidos de raiva:

—  Você vai se casar com aquela garota queira ou não! Talvez ela seja capaz de consertar você!

Marco estava prestes a responder a ela, mas Tom disse antes —  Você é a única que precisa ser consertada aqui é você!

Manima ficou possessa de raiva e jogou o salto alto que atingiu o braço de Tom

—  Nós estamos indo, Marco! —  Tom pegou ele pelo braço e levantou uma corrente de fogo para levá-lo para casa

—  Nem precisa voltar! —  Manima gritou.

Tom deu uma ultima olhada para ela —  Eu nem quero

Quando chegaram na casa de Marco eles apareceram na sala. Já era noite e estava frio, ao contrário do sempre quente clima do submundo, Tom fez algo que Marco nunca esperou que ele fizesse. Ele caiu de joelhos no chão e começou a chorar.

—  Tom? —  Marco ficou confuso —  Tom! Calma! —  Ele se abaixou e o abraçou—  Tom eu estou aqui! —  Tom ficou em estado de choque por uns segundos, mas depois o abraçou forte o que fez Marco chorar também.

—  Me desculpe por isso...

—  Podemos seguir o seu plano de morar em baixo da ponte — Marco brincou o que fez tom continuar a chorar e o abraçar, Marco secou suas lágrimas.

Então ambos ouviram o barulho de passos e se viraram na direção

—  Para que tanto choro, Mi hijo? —  Disse o Pai de Marco se aproximando ao lado de sua mãe

—  Pai...nós... —  Marco ficou sem saber o que dizer

—  Oh, quem é esse? —  Perguntou a Mãe de Marco

Tom já estava começando a sentir como se fosse incômodo e Marco suspirou — Esse é meu namorado, Tom —  Disse e Tom engoliu seco

—  Oh! Então é ele! — O pai de Marco abriu um sorriso —  Um prazer, sou Rafael Diaz, Pai do Marco

—  E eu sou Angie Diaz —  Disse a mãe de Marco

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Tom que ele secou 

—  Oh, para que chorar? Esse é um dia feliz! Nós finalmente conhecemos o namorado do Marco!

—  Venha! Venha! Devem estar com fome o jantar está pronto.

Marco levantou sorrindo e deu a mão para Tom levantar —  Venha, Tom...vai gostar deles 

Tom abriu um sorriso —  Vamos! —  Marco o ajudou a levantar e ambos foram em direção a mesa.

— Marco! Tom! Estão de volta! —  Star veio correndo —  Não comecem o jantar sem mim!

Todos se sentaram e Anggie chegou  com os cachorrinhos— Ninguém nem me esperou —  Anggie se sentou a mesa —  Ei! Oi, Tom!

A mãe de Marco começou a colocar a comida na mesa enquanto o pai de Marco conversava com Tom sobre coisas constrangedoras de Marco que brigava com ele, Anggie e Star estava brincando com os cachorrinhos e falando sobre o Oskar, Janna entrou pela janela e se sentou a mesa.

Marco sussurrou para Tom —  Somos sua família também. —  Tom sorriu olhando para todos ali.

—  Sim, são...—  Respondeu contente 

 

 

 

 

 

 



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