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História Inimigo dos Conformistas - Zero a Esquerda


Escrita por: Constantine01

Capítulo 1 - Zero a Esquerda


- Zumbido de carros e pessoas conversando - 

- Nossa, quem diria, teremos um menino e ele vai se chamar Kade, acho um bom nome, sou até fã desse nome

- Querido, Kade é meio estranho não acha? Não é um nome para o nosso país

- O que importa mais é o nome que achamos legal, com tantos nomes diversos por ai, também poderia investir nesse -risadas - até que também, ecoa um nome legal para o nosso filho

- Certo, mas quando crescer, quero ver se ele vai gostar mesmo desse nome


Meses depois, nasce Kade, um menino saudável, apesar da gravidez conturbada de sua mãe que lhe desejou muito. Foi ai que tudo começou, aliás, como tudo sempre começa na Terra: Nascimento.

No perído da escola, precisamente entre os primeiros passos a chegar no 3 ano eu era um pouco feliz, seguia sempre o rebanho ou como alguns também dizem, o gado colegial. Buscava sempre tirar boas notas, conversava com uma pessoa ou outra no colégio e aprontava as vezes, mas já nessa época, alguns diziam que eu tinha uma vocação por causa da minha inteligência em certos momentos, já pessoalmente não me achava tão esperto como alguns achavam, sempre falhava, era preguiçoso e não tinha amigos, só "amigos de papo". Acho que após o 5 ano tudo mudou por completo, anteriormente os passos para a destruição da minha vida apenas eram prelúdios do que estava por vir de pior, ainda mais que comecei a tirar notas baixas, ganhei minha primeira nota baixa errando questões fáceis de responder, fui advertido e aprontei um pouco, admito, porém, para os outros, isso é uma espécie de indiferença. Quando você se torna o inimigo da classe, é como se qualquer ato que fazer com eles é como atacar o império aliado, basicamente é como uma zona de guerra e por mais que eu não goste de bancar a vítima, acabo fazendo essa ação mas na própria vida acabei lidando com situações iguais a essas, não é fácil ser o único e agir como o opositor de mentes unificadas, tudo o que farão é que se sinta vazio por não seguir tal ideial.

No 6 ano, comecei  a ser apresentado a completa realidade que foi a zombaria, cada vez mais perceber que era fraco e tendo que aturar as diversas discussões em casa quando alguém me provocava e mesmo se revidar ou não, eu era o culpado. Meus pais iam na escola reclamar mas eu sempre levava a culpa no final, tanto pelos meus pais e pelo diretor e isso cultivava ódio e cada vez mais gerava mais ódio e mais ódio mas percebi que não tendo tanto contato visual e ficando apenas fora da vista da sala, iria sobreviver ao inferno. Escola em si é uma ambiguidade, ao mesmo tempo que é um ambiente para em termos serem "tranquilos" e ao mesmo tempo é uma preparação para as dificuldades futuras. Fiz a minha primeira recuperação e subestimava cada vez mais a minha capacidade, nem fiz amigos, como sempre, e era sempre deixado de lado, ainda mais as advertências e idas a sala da diretoria, que para mim era como a sala mais aterrorizante que já existiu e a única coisa que achava bom era a simplicidade daquele tempo. 

No 7 ano tudo começou a ficar mais difícil e assim que entrei na sala do novo colégio em que fui alvo de gargalhadas, até em mim naquele momento superou o que passei no 6 ano. O colégio anterior já não me aceitaram mais, recusaram a minha matrícula por me considerar hostil para os outros alunos, um mero baderneiro que ia para caçada procurar discórdias entre todos, era como um pescador que jogava minhocas e sempre conseguia os peixes, era o Leviatã que Hobbes dizia, o Estado que veio para destruir as suas vidas, eles eram o povo que foram manipulados por mim e que me tornava uma altura gigantesca que precisava ser abatido. Vivia em uma dupla zona de guerra, em casa com minha mãe sempre reclamando até de um simples objeto que sofreu um pequeno movimento de algo ou qualquer coisa de diferente, tudo se resumia a eu ser o culpado. Sinto repulsa de pessoas que se fazem de vítimas, porém, a minha história apenas foi baseada em fatos que realmente ocorreram, o que acaba me fazendo contraditório colocando meu sentimento e alguns por relatar apenas um pouco dela, não sentiram nada, apenas o grande olhar me dizendo por dentro que sou insignificante, mas foi assim, isso se resume ao 7 ano, um dos piores anos até naquele momento, onde comecei a apanhar e levar ainda mais a culpa por todo ano. Já no 8 ano, tudo se normalizou e não houve agressões, aprendi a arte do silêncio e da "invisibilidade na sala", deu tão certo que as rixas acabaram e voltei a ter um pouco do gosto do ensino fundamental, onde eu conversava com todos mas apenas eram "amigos de papo" mas me acostumei a isso e no 9 ano fiquei invisível e fui cada vez mais deixado para lado como um zero a esquerda.

No ensino médio, iniciou-se uma Era das Trevas, insultos, zombarias, agressões e mais fracassos terminando o ano com mais inimigos e nenhum aliado, apenas informantes para meus inimigos surgiram e isso durou até o 2 ano depois das repetições de ano no colégio. Nessas Trevas surgiria alguém que seria o meu rival, era a minha versão gadista, a que atraia e agradava a todos com dom natural, com um bom intelecto e sempre me usava para minha ruína, mais indiretamente do que diretamente.


Tudo que relatei até agora foram os flashbacks que passaram em minha mente nesse instante enquanto estou no colégio, exatamente no 3 ano do ensino médio. Pensar em minha patética vida é a única coisa que consigo, o passado me puxa novamente e tudo isso acarretou no que me tornei hoje e apenas pensei no básico das cefaleias que ocorreram em mim e que tive que presenciar, até pensava que a minha vocação era causar o caos, um inimigo social que causava tudo numa reação da minha presença, já que como diz Newton que toda ação possui uma reação, a causa que eu praticava ou simplesmente o ato de me adentrar para um determinado ambiente era o efeito destrutivo, a inibição da paz alheia.




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