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História Inimigo dos Conformistas - Escolhas


Escrita por: Constantine01

Capítulo 2 - Escolhas


Agora estou na aula de Física, uma aula não muito ruim, eu fiquei dormindo um pouco e não gosto de falar do passado, mas o passado é a única coisa de marcante em minha vida e... É isso, só espero chegar logo em casa todos os dias e passar de ano, aliás, concluir logo. Escola é um ambiente realmente de dupla personalidade, te faz aprender de uma forma ou outra no fim de tudo. 

Chegou final do ano, todos pensando em faculdade e eu pensando em mais dores de cabeça, assim que eu saísse do ambiente escolar. Despedidas e coisas novas eu detesto, muito chato recomeçar mesmo que seja necessário e muitos em minha volta são os extrovertidos ou descolados, se preferir, eles sempre saem com roupas na moda da região e como uma seita, uma empresa de passeio, com suas roupas que inspiram a falsidade e a decepção, sempre atraindo a atenção alheia numa disputa de moda, principalmente as mulheres, que se enfeitam cheios de adorno ou a simples roupa do momento. Sinto-me cada vez mais distante, como um ser transparente e distante, apenas tentando achar o seu espaço longe do rebanho comum e ai percebi que antes eu tinha capacidade, eu tinha praticamente 30% de conhecimento nisso, eu tinha escolhas, mas se opor seria travar uma guerra ao enorme rebanho e isso era impossível para mim, meus traços de gentileza e agrado ainda surgem como grades e as próprias algemas que não me permitem agir e hoje estou com 70% de conhecimento, percebo que para enfrentar a todos precisaria enfrentar primeiro a mim mesmo, mas a minha aura é de um covarde, é uma linha que separa da ação e do 100%. 

Finalmente, depois de terminar o ensino médio, fui para a faculdade, lugar onde mais se assemelha ao colégio, aliás, como penso, a escola é o lugar onde prepara você para a vida e é a maior verdade até ir a outros ambientes e reparar o mesmo comportamento:

- Oi, me empresta a sua caneta?

- Trabalho manuscrito para amanhã

- Gente, viram a desconhecida...

- Mesmo amiga? -Risadas-


Essas foram as conversas existentes na sala assim que eu entrei e reparei que seria um longo ano. Enquanto isso, reparo meus ex-colegas em redes sociais, os mesmos sempre que foram indiferentes comigo e mesmo muitos que repetiram de ano mais do que a mim, vejo que continuam curtindo com amigos e os outros que concluíram primeiro, noto mais sucesso e eu o fracasso. Para lembrar disso, eu coloco o episódio dos Simpsons onde Homer viaja de jato com o Sr. Burns e fica infeliz e quando aparece a oportunidade dele ter seu jato para emprego, ele não consegue. Vejo esse episódio e penso demais na música Clair de Lune, que era como se fosse Beethoven para o Alex de Laranja Mecânica, que me envolvia e me fazia sentir uma melancolia interior das coisas passadas em seus lados bons e ruins, do futuro exato e do presente péssimo. Tinha que conviver dia e noite com os conformistas, era a única coisa que poderia fazer. Dia após dia, rotina monótoma na faculdade mas era normal:

- Kade, oi, como você está? Bem? 

- Estou

- Então, algum...

Sempre assim, sempre uma extrovertida a conversar com todos e só em sua fala, delata a uma conversa simples, para passar uma personalidade caridosa me achando um tímido entre todos. Tive que aturar comentários por toda a vida, inclusive opiniões tolas dos outros e que não poderia responder para não causar uma guerra contra todos e como acontece comigo desde sempre: O vilão sempre sou eu, a união deles é uma barreira contra os seus inimigos e encarar um rebanho mais comum na região? Impossível -é o que eu digo para mim mesmo- . 

Passam-se meses, noto que opositores aos conformistas aumentam, devo fazer escolhas em que seguir e me dedicar, sinto que devo largar o antro da faculdade onde sinto que não sou bem vindo. Acho que sei menos do que 70%, mas não tão longe desse percentual. Devo insistir em ser o que eu não sou e ser atormentado por dentro e minha escolha que conformistas dirão ruins ou ser verdadeiro e enxergar a verdade? O mundo não é conto de fadas, é o que eu sempre falo, mas qual é a minha dedicação? Qual o meu lugar? Serei peça importante? Estarei na história ou serei mais um que viveu e simplesmente virou pó? Não me canso de parar para pensar no niilismo que desvendava os meus olhos. 

Sentado na sala e pronto para copiar as tarefas, senti que deveria sair dali, então logo aconteceu:

- Tiros - 

- O que está acontecendo?

- Apenas modere o tom da sua voz, fale mais baixo, temos que nos esconder logo, então explico quando ficarmos bem





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