[2 Anos depois]
|Ana Clara|
- Não pai, eu não quero ir... Quero ficar aqui.
Digo calma encarando o jardim pela janela observando a árvore com folhas de diversos tons de vermelho, laranja e amarelo.
- Filha... Tente me entender...
O interrompo novamente ficando irritada com essa sua insistência, fecho o livro sobre a escrivaninha.
- Sabe pai, eu não sou mais uma criança, já posso muito bem decidir qual meus planos para o futuro, e com certeza eles passam longe de Londres, eu vou ficar no departamento brasileiro.
Digo me jogando na cama indireitando o telefone no ouvido.
- Ainda sou seu pai e ainda me deve respeito Ana Clara, por isso abaixe o tom para falar comigo... Depois conversamos melhor, mas essa conversa ainda não acabou, tenho que buscar seu irmão na escola...
Diz rude do outro lado e suspiro massageando minhas têmporas.
- Tá... Okay, fala que mandei um beijo...
Ele suspira.
- Okay, Tchau filha...
- Tchau pai...
Desligo a chamada jogando o celular sobre a cama respirando fundo colocando a curva dorme braço sobre meus olhos.
- Ele anda meio impaciente esses tempos.
Diz uma voz rouco bastante familiar ao meu ouvido e faço uma careta.
- Você ouviu ?
Digo tirando os braços dos meus olhos o encarando, ele usava uma calça Jeans e uma camisa branca.
- Tudinho...
Diz se aproximando e sentando na minha cama ao meu lado e me encosto em seu ombro e suspiro tombando a cabeça sobre o mesmo.
- Á 2 meses ele está tentando te convencer a ir para o departamento de medicina em Londres e eu sei que você quer ir...
Diz entre um suspiro e me ergo rapidamente.
- Não, eu não quero, eu quero ficar no Brasil com meu namorado, eu disse que não iria lhe deixar até que você se cansasse de mim e me mandasse embora.
Digo séria e percebo está sentada em seu colo com uma perna para cada lado do seu corpo e ele sorrir passando os braços ao redor da minha cintura e me puxa para mais perto colando nossos lábios.
Nos separamos por falta de fôlego e o abraço.
- Eu nunca vou cansar de você e nunca vou te mandar embora...
Sorriu mordendo o canto dos lábios e dou uma mordida de leve no nódulo da sua orelha.
- Então eu nunca vou te deixar...
Sussurro em seu ouvido e ele deixa um beijo molhado em meu pescoço e prendo a respiração.
- A janta está pronta, venham comer crianças !!!
Grita Damon imitando uma voz feminina e eu e James gargalhamos, saiu de seu colo e seguimos lado a lado até a cozinha.
- Desculpa se interrompi vocês crianças, sei que essas últimas provas são super difíceis...
Diz Damon ainda com voz feminina e sorriu negando.
- Eu não falo assim seu idiota...
Diz minha mãe se esticando para pegar o pote de açucar, Damon rir se aproximando da mesma a pegando pela cintura e a levantando e a mesma pega o pote e ao ser colocada no chão se vira para Damon o dando um selinho demorado e desvio o olhar para os biscoitos mornos no pote sobre a bancada.
- Como aguenta todo esse açucar todo dia ?
Diz encarando Damon e minha mãe que se agarravam ignorando nossa presença.
- Faz que nem eu e ignora...
Digo rindo e ele me acompanha, como alguns biscoitos em silencio encarando James que fazia o mesmo.
Sinto minha barriga cheia e puxo James pela mão até o jardim, me jogo na grama puxando James comigo que gargalha ao cair ao meu lado de forma atrapalhada.
Encaro o céu estrelado e me lembro de algo.
- Ainda não me disse o que desejou naquela estrela cadente...
Digo virando rosto em sua direção e ele faz o mesmo, foco meu olhar no seu.
- Pedi que nossos momentos fosses eternos enquanto durassem.
Diz e fico em silêncio o encarando sem desviar meu olhar do seu.
- Vai ser...
Digo por impulso e ele sorrir.
- Deveríamos estar estudando para a última prova de amanhã...
Diz e riu.
- Nós sabemos que estamos mais que capacitados para passar nessa faculdade, até por que não estudamos como condenados para nada.
Digo e ele rir.
- Tem razão, Chris vai dar uma festa na casa dele para quem passar e para quem perde.
Diz e me alinho ao seu peito ouvindo sua respiração calma e as batidas do seu coração.
- Se você for eu vou, afinal, não vai faltar motivo para comemorarmos.
Ouvimos passos e alguém pula sobre nós.
- Que me matar pirralha ?
Pergunta James para Cecília que gargalhava do pulo que damos.
- Tinham que ver as suas caras de assustados, foi hilária.
Diz ainda gargalhando e suspiro a acompanhando já que James mantinha uma cara zangada.
- Amanhã é a prova de vocês né ?
Diz se recuperando e se ajeitando entre eu e James na grama, e nós confirmamos com um aceno de cabeça.
- Não deveriam estar estudando...
Riu e James bagunça seu cabelo.
- Sim, mas não somos obrigados a nada...
Ela revira os olhos.
- Falou o fodão...
Arregalo os olhos junto a James e a encaramos.
- Quem te ensinou isso ?
Perguntamos juntos e ela rir baixo abaixando o olhar.
- Boa noite para vocês...
Diz se levantando rapidamente e correndo para dentro de casa.
- Essa conversa ainda não acabou mocinha...
Diz James começando a se levantar e logo volta me ando um selinho rápido.
- Até amanhã amor...
Diz e se levando seguindo em direção a sua casa e riu.
Perdendo o namorado para a cunhada.
Me levanto seguindo em direção a minha casa e entro encontrando minha mãe e Damon conversando as gargalhadas no sofá e resolvo não atrapalhar indo direto para o quarto, tinha que acorda cedo para fazer a prova final de medicina, depois disso quem estivesse passado iria ver onde os seus responsáveis escolheram fazer sua pós-graduação.
Tomo um banho visto meu pijama e me jogo na cama cansada e minha mente corre para James e é inevitável não sorrir mas meu sorriso logo se desmonta quando me lembro da ideia sem lógica do meu pai, ele não pode me obrigar a escolher entre minha carreira e o amor da minha vida, isso me matava por dentro.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.