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História Inimigos de infância (romance gay) - O primeiro adeus


Escrita por: Escritora_Ana

Notas do Autor


Desculpe-me primeiramente pela demora a postar esse capítulo, mas ultimamente eu não tenho tido muita criatividade para escrever essa história e principalmente força de vontade para isso. E como vocês sabem, eu não gosto de escrever uma coisa ruim só por escrever, eu gosto de sempre trazer algo bom e legível para vocês, e eu confesso que nesse capítulo eu talvez não tenha conseguido isso, mas é o que temos para hoje, peço desculpas por isso também.
Por isso como vocês devem saber, esse será o último capítulo antes de um hiatus de tempo indeterminado que eu vou fazer nessa fic para eu poder organizar minhas ideias para poder voltar com tudo no futuro.

Lembrando que isso não é um fim, e sim somente uma pausa, e também lembrando que minha doutras historias vão continuar com postagens regulares para a felicidade de vocês.

Mais uma coisa, sobre o "concurso" que eu propus no último capítulo postado (se você não viu corra lá e participe que ainda há tempo), eu vou dar mais duas semanas para quem ainda não participou ter sua chance e posto um capítulo com o resultado.

Enfim, beijinhos dá Tia Ana e obrigada pelo carinho e compreensão. Amo vocês :)

Capítulo 29 - O primeiro adeus


✓Leia o notas o autor acima porque é muito importante. 


Saio da garupa de Ethan meio tonto. 

- Dá próxima vez que for fazer uma manobra com a moto, me avise, eu quase caí dessa vez e você não iria querer um namorado todo ferrado- comunico a Ethan. 

Ele sai de cima da moto e passa a mão pelos cabelos desgrenhados. 

- Essa deve ser a sétima vez que você repete a palavra namorado hoje- ele comenta rindo. 

Tudo bem, talvez eu estivesse um pouco empolgado com essa ideia de finalmente estar namorando com Ethan, tipo oficialmente, mas será que ele não poderia me dar o crédito ao menos uma vez? 

- Talvez a palavra namorado tenha entrada na minha lista de palavras preferidas- falo enfiando a mãos no moletom amarelo limão de Ethan que eu havia casualmente roubado dele no terraço. 

- Você tem uma lista de palavras preferidas?- ele pergunta fazendo uma careta. 

- Todos nós temos alguma mania estranha, essa é a minha- falo dando de ombros. 

Ethan ri. 

- Se é assim, qual é a sua palavra preferida? Tipo de todas- ele pergunta curioso. 

Paro para pensar um pouco e respondo. 

- Trivial, significa algo comum, algo do dia a dia que pode ser facilmente trocado- recito e Ethan levanta as sobrancelhas. 

- Nunca ouvi essa palavra na minha vida- fala Ethan- Obrigada pela aula de português, namorado- ele completa sorrindo de lado. 

A forma como Ethan falava "namorado" era ainda melhor de quando eu falava, parecia mais real e incrível.

Talvez eu realmente esteja muito empolgado com essa história de namoro. 
 

- Acho melhor entrarmos, está muito frio aqui- comento e Ethan me olha indignado. 

- Quer mesmo falar sobre frio? Você está usando o meu casaco e ainda tem a coragem de dizer que está com frio? Eu que estou com frio por causa desse seu coração de gelo- ele diz soando ofendido- Hoje em dia nem um ato de puro cavalherismo é levado em conta- ele conclui. 

Reviro os olhos. Ethan às vezes era muito infantil. 

- Já pensou em virar ator? Aposto que você se daria bem em "Grey's Antomy" do jeito que você faz drama - digo. 

- Já vai começar a falar mau de "Grey's Anatomy"?

- Só vou parar de falar mau dela quando acabar, e isso significa nunca- rio- Sério, essa série é imortal. 

- Ela vai continuar enquanto ela tiver fãs- Ethan cruza os braços sobre o peito. 

- Um dia os fãs vão enjoar...

- Isso nunca vai acontecer- fala Ethan convencido. 

Reviro os olhos. 

- Podemos entrar agora?

- Claro, namorado- ela diz voltando a sorri. 

Pego a mão de Ethan e nós caminhamos até a porta de sua casa. 

Eu teria de dormir na casa de Ethan hoje, mas não fazia ideia do que faria no outro dia. 

- Já sabe o que vai fazer amanhã?- pergunta Ethan quando paramos na frente de sua casa. 

- Ir para a escola?- sugiro e Ethan me olha feio. 

- Você sabe do que eu estou falando. 

Suspiro.

- Só vamos dormir e amanhã eu decido o que fazer da minha vida.

Ethan lança um último olhar para mim e caminha para entrada da sua casa sem dizer nada. 

Ethan podia não compreender minhas atitudes e nem aceita-las, mas ele sabia respeita-las quando necessário. 

Faço menção à acompanhar os passos de Ethan, quando ouço o som de uma porta batendo e gritos vindo da minha casa. 

Era meu pai e minha mãe. 

- Eu vou levar meu filho para casa, sem discussão- grita meu pai para minha mãe enquanto caminhava em passos longos e decididos em minha direção. 

Respiro fundo e me viro para o lado, para apenas ver Ethan assumir a posição ao meu lado. Sua mandíbula estava travada e seu rosto sem expressão. 

- Parece que eu não vou ter mais o livre arbítrio de escolher o que fazer amanhã- comento engolindo em seco.

Me viro para frente. 

Meu estava na calçada de frente para a casa de Ethan. Minha mãe estava ao seu lado. 

- Vamos para casa, Liam- diz meu pai sem brechas para eu recusar. 

-  Cristian, vamos deixar para resolver isso amanhã, são 23:00, os vizinhos podem acordar... -começa a minha mãe, mas é cortada por um olhar raivoso do meu pai. 

- Minha mãe está certa, vamos resolver isso amanhã, quando você estiver mais calmo- digo com a voz entrecortada. 

Meu pai ri sem humor. 

- Porque ? Porque não quer que os vizinhos saibam que você é um viadinho de merda?- ele diz aumentando a voz. 

Respiro fundo tentando controlar as batidas descompassadas do meu coração e também para me deixar mais calmo.

- Eu vou dormir aqui hoje, amanhã nós conversamos- digo calmamente e decidido. 

Faço menção a me virar para entrar na casa de Ethan, quando meu pai exclama. 

- Ou você volta comigo agora, ou você pode esquecer que tem casa assim como seu irmão.

Olho para Ethan tentando buscar ajuda ou pelo menos o apoio que eu precisava. 
Ethan pisca os olhos e assume feições quase que paternais. 

- Você tem que ir para casa- ela diz. 

- Está me pedindo mesmo para ir embora?

- Eu jamais faria isso, mas se você não o fizer...Será pior- ele diz baixo. 

Sinto a mão fria de Ethan se entrelaçar a minha com delicadeza. 

Tenho a noção do olhar reprovatório do meu pai sobre nós, mas opto por por apenas o ignorar.

- Eu não sei o que esperar do meu pai quando eu entrar dentro de casa...-comento de uma forma que só Ethan poderia ouvir. 

- Seu pai provavelmente irá surtar e até mesmo te tirar da escola, talvez até se mudar, somente para você não me ver mais- comenta Ethan com amargura na voz. 

- Então isso é um adeus? 

- O primeiro adeus- ela diz e é como se as palavras o machucassem. 
Engulo em seco e evito olhar nos olhos de Ethan. 

- Eu te amo- falo baixo.

Os dedos compridos de Ethan roçam na minha pele quando solto sua mão no ar e dou alguns passos para trás. 

Sinto minha respiração ser tirada do meu pulmão naquele instante. 

Ethan sorri pouco antes de eu me virar e caminhar até o encontro do meu pai. 

- Teremos uma boa conversa quando chegarmos em casa- diz meu pai quando chego até ele. 

- Estou ansioso por ela- digo sorrindo amarelo.

Meu pai lança um olhar enfurecido para mim, mas eu apenas o ignoro. 

Nós começamos a caminhar para casa enquanto meu pai gritava algo comigo sem eu se quer prestar a atenção para saber sobre o que era. 

Eu me sentia vazio e naquele momento meu corpo apenas andava no automático, pois minha mente não estava lá. Não mais. Minha mente estava naquele menino de olhos azuis e cabelos pretos plantando na frente da sua casa me vendo ir embora sem saber quando poderia voltar. Isso se algum dia eu pudesse voltar para seus braços novamente. 

✓ Deixe suas opiniões e teorias nos comentários que sempre me ajuda na hora de escrever, pois eu sempre leio todos mesmo quase nunca os respondendo. Beijinhos dá Tia Ana. 



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