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História Ink - Mixed Ink


Escrita por: gyack

Notas do Autor


deixa pras notas finais, né?

Capítulo 12 - Mixed Ink


Fanfic / Fanfiction Ink - Mixed Ink

Mixed Ink

 

 

O dia de avaliação havia sido uma grande vitória para todos os que participaram. Foi realmente uma surpresa, já que, de acordo com o que souberam antes, os ajudantes estariam apenas ajudando e nada a mais. Claro que todos ficaram animados com a repentina mudança de planos, mas o estado nervoso sempre vinha à tona sempre que erravam algo durante o ensaio. Se eles erravam daquele jeito no ensaio, poderia ser bem pior na frente de muita gente.

Porém, ao contrário da maioria, o novo grupo de amigos sorria contente com o resultado que tudo deu. Olhavam felizes para as notas postas nos murais das salas e comemoravam entre lágrimas e tapas – coisa de quem é amigo há muito tempo. Principalmente Jeonghan que, mesmo muito cansado da viagem, conseguira fazer uma bela apresentação. Ele até mesmo descolou uma paquera.

Agora só o que faltava esperar era o dia da formatura. Soonyoung lia e relia o seu discurso para o final da segunda rodada da peça, que seria uma atração para os parentes dos alunos que iriam se formar – além dos shows, palestras etc. O garoto estava nervoso, muito mais do que imaginou estar. Seu corpo tremia só de pensar nas luzes que o cegariam quando estivesse recitando todas aquelas palavras em cima do palco decorado com sua própria parte do projeto.

Pôs-se a deitar novamente em cima do colchonete e observar a parede branca ao lado, esperando o sono vir. E quando veio, dormiu mais do que deveria – ou não.

 

 

— Estão todos aqui? – Wonwoo perguntava. Como esperado, ele ganhou um emprego a mais, este como técnico do curso de teatro. –—Os líderes podem ir para as cadeiras da frente, seus nomes estão marcados.

— Sim – responderam em uníssono.

A cadeira de Soonyoung ficava logo ao lado da de Jihoon, o que o fez sentir um arrepio na espinha. Fazia alguns dias desde que haviam aquilo e somente Jihoon se sentia confortável para sempre iniciar um diálogo. Era ridículo, mas o artista plástico realmente se sentia sem graça perto do baixinho.

— Nervoso? – ele perguntou, ajeitando os cabelos. — Você não falou muito hoje.

Talvez porque eu tenha dormido com você um dia desses – pensou.

— Ah, não é nada – corou. Só de pensar no tamanho de seu discurso ele já sentia ânsias. — Estou pensando no meu discurso.

— Não fez um?

— Fiz, mas acho que ele é longo demais.

Jihoon sorriu e não disse mais nada.

A peça corria e, conforme o tempo passava, Soonyoung tentava todo custo não passar mal com tanto calor humano – mesmo com a existência de seis aparelhos de ar-condicionado no local – e suor do próprio corpo. Aquele terno preto havia sido uma péssima escolha. Os outros vestiam azul marinho, cinza e vinho. Por que ele havia escolhido logo preto?

E então um novo discurso surgiu em sua cabeça. Era uma coisa besta, mas seria muito mais bonito – e não se gabava por dentro, pelo contrário.

Quando a peça terminou, todos se levantaram pra aplaudir. Soonyoung achava que somente quem passava pelo mesmo poderia entender toda a trama. Apesar de tudo, o que mais se comentava atrás das cadeiras dos alunos – crianças – eram as formas dos cenários e as músicas cantadas. Elas não faziam ideia do que se passava nas letras, o que o fez rir acompanhado de Jihoon.

— Está pronto? – ele perguntou quando o diretor subiu no palco. — Seremos os primeiros.

Soonyoung respirou fundo tentando não entrar em pânico.

— Estou. Acho que estou.

E então ele fez aquele longo discurso de sempre, dizendo que se sentia orgulhoso e bananas e pimentas. Soonyoung bocejou a maior parte do tempo – disfarçadamente – e esperou a hora em que seria chamado. Quando chegou, respirou fundo e olhou para Jihoon se aproximando de sua cadeira para se sentar. Ele lhe deu um olhar de ‘boa sorte’ e o artista plástico subiu as escadinhas do palco.

Como esperado, as luzes ofuscavam a plateia. Ele não sabia se isso era para deixar o falante mais confortável ou se era para este não manter o olhar fixo em um só ponto – dando a entender uma preferência de público. Ele respirou fundo, se lembrando do discurso rápido que havia criado enquanto estava sentado na cadeira vermelha do auditório. Não poderia colocar tudo a perder, não é?

Foi um pouquinho lento. Colocaram aquele chapéu de formatura super feio em sua cabeça, lhe deram seu diploma e finalmente pôde começar a recitar seu discurso.

— Boa noite – ele disse, avoado sobre o horário em questão. — Primeiramente eu queria agradecer a todos os comentários sobre o cenário, trilha sonora e moda aos quais pude ouvir antes de subir aqui – a plateia soltou risos. — Me sinto orgulhoso de mim e dos meus colegas – apesar das luzes, ele conseguiu ver Jihoon ruborizar. E então chegou a hora do discurso. — Eu nunca tive tanta vontade de pintar um quadro até que aquele ser parou em minha frente, perguntando o que eu fazia – e então sentiu o baixinho lhe encarar. — Cada traço, seja perfeito ou imperfeito, me fez pensar sobre o quão estúpido eu era por nunca ter cogitado misturar tantas tintas de variadas cores numa só arte – sentiu Jihoon sorrir. — Aquela pessoa me fez mudar muito, não só artisticamente como emocionalmente; me fez acreditar que eu posso me abrir através dos pincéis e telas... – mesmo que não pudesse ver claramente a plateia, o artista plástico rodava os olhos pelos cantos, como se estivesse procurando uma pessoa em específico. Parou por um segundo no meio da plateia, com o olhar distante. — E talvez um dia eu possa dizer a ele a imensidão de pensamentos que borbulham em minha mente.

A plateia bateu palmas ao fim de seu discurso. Não tinha mais ninguém a falar sobre, certo? Ninguém gostava de Soonyoung até aceitar ajudar com a peça de teatro. Foi pouco tempo, mas podia ter uma mínima certeza de que sua saída dali lhe traria bons momentos – apesar de saber que os comentários maldosos ao seu respeito continuariam.

— Os quadros que ele faz são muito bonitos, recomendo a todos – e saiu rindo junto com a plateia.

 

 

Ao fim da cerimônia, os amigos se juntaram num grande abraço, este de pura felicidade. Pulavam, gritavam e choravam. Era o momento final de todos juntos, certo? Ainda que não fosse próximo, Soonyoung sentiu aquela velha pontada no peito. Era seu último dia naquele lugar. Ah, o último. Poderia dizer ‘finalmente’, mas sentiria saudade do local.

— Agora estou curioso – Jihoon disse quando chegaram ao seu apartamento. Soonyoung juntou as sobrancelhas em confusão. — Sobre a imensidão de pensamentos que borbulham a sua mente.

Soonyoung riu, puxando-o para um abraço.

— Eu creio que a maioria deles você já saiba – ‘eu não ia dormir com você por simples vontade’, pensou. — E dos outros; metade eu vou dizer com o tempo; metade você vai ter que descobrir.

Jihoon arqueou a sobrancelha esquerda.

— A partir de agora? – ele perguntou num tom desafiador.

— Pode ser.

— Você ‘tá apaixonado por mim – ele disse como se fosse a coisa mais fácil do mundo. — Acertei?

Soonyoung bufou. Não esperava que fosse ficar tão na cara. Apertou ainda mais a cintura do baixinho, sorrindo de canto.

— Acertou.

Buscou os lábios finos do músico e não tardou em torná-los seus – ainda que por um curto tempo. Nem se deu ao trabalho do clichê de se encostar-se à parede, ficou parado ali mesmo. Acariciou os cabelos da nuca do mais baixo, aproveitando a sensação de beijar a boca pequena e macia. Quando o ar lhes faltou, finalizaram o ato com algumas mordidas e voltaram novamente.

 

 


Você é a avalanche
Um mundo de distância
O meu fazer acreditar
Enquanto eu estou acordado


Apenas um truque de luz
Para me trazer de volta ao redor novamente
Aqueles olhos selvagens
Uma silhueta psicodélica


Eu nunca quis me apaixonar por você, mas eu
Estava enterrado e tudo o que eu podia ver
Era branco
Meu salvador, meu, meu
Meu salvador, meu, meu


Você é a tempestade de neve
Estou purificada
O mais escuro conto de fadas
Na plenitude da noite


Deixe a banda se desenrolar
Enquanto estou fazendo meu caminho para casa novamente
Glorioso nós transcendemos
Em uma silhueta psicodélica


Meu salvador, meu, meu
Meu salvador, meu, meu

 

 

 

 

— Soonyoung? – Jihoon chamou quando já estavam para dormir abraçados encolhidos no colchonete.

— Sim?

— Você dá valor às suas artes.

— ...É.

— Você me dá valor também?

— ...Sim.

— Então sou sua mais nova obra de arte.

— Você é.

 

 

Ink, fim.


Notas Finais


música: Gabrielle Aplin - Salvation
ou seja, o tema principal da fic
cês acharam que era Ink do Mattia Cupelli? inocentes '3'

então, chegamos ao fim
quem me conhece sabe que costumo finalizar fanfics com capítulos curtos assim, então.. não há com oq se preocupar shuahsaushua

desculpem pelos meus atrasos, falta de resposta em comentários, demoras, falta de beta.. mas é que.. sabe como é, né? faz parte da vida
e agradecer à todos que me aguentaram até aqui, sei que não deve ter sido fácil, né? por ter favoritado, acompanhado, lido, comentado, dado estrelinha, vocês me ajudam muito, sério <3
e claro, agradecer às milhares de visualizações que a fic teve, eu não esperava tanto pra alguém como eu ;u;

see you SOONyoung mas agr em outras fics


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