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História Ink - White Ink


Escrita por: gyack

Notas do Autor


oieeeeee
bem, eu só vou dizendo que essa fanfic não vai ser muito longa ~foge das pedras~
mas calma que ela ainda não tá perto de acabar XD

bem.. vai começar a batalha de indiretas \õ/ cês tavam esperando por isso, né? eu sei que sim kkkkkkkkkkkk
enfim, gente, cá estou eu com mais um capítulo
e bem... as indiretas começam agora :v ksoapksaopksaopksaop
a parada vai ficar interessante e não, não vou revelar a música tema da fic agora pq né? seria um baita spoiler sobre o que vai acontecer no final e ba


vamos ao que interessa, né? né :v


vale a pena lembrar que os gifs de capa fui eu que fiz e eles são dos clipes de Run e Burn do Mattia Cupelli ~link nas notas finais~

boa leitura e nos vemos lá em baixo com os pequenos detalhes!

Capítulo 7 - White Ink


Fanfic / Fanfiction Ink - White Ink

White Ink

 

 

Acordou e foi logo ver seu celular. Claro, ele não ia perder tempo. Tivera sonhos esquisitos depois de ter ouvido aquela música e queria saber a razão para tal. Ignorou o corpo dormente e o arder dos olhos e checou rapidamente para ver se havia alguma mensagem.

Duas mensagens de Jihoon.

Jihoon (00:52): Sem problemas, Soonyoung... aliás, que ideia foi essa? Eu nem tinha pensado nisso... bem, só podemos nos encontrar na loja na parte da manhã, já que é o único horário que só tem eu como funcionário... então, é isso

Notou que Jihoon não tinha muita habilidade com escrita digital. Provavelmente deveria ser fruto de composições ou coisa parecida. Claro, para fazer música é necessário ter um bom vocabulário para rimas e referências. Bocejou, soltando um murmúrio grogue. Teria de aturar mais um dia de aula prática com todas aquelas pessoas invejosas o encarando o tempo todo.

Ficou curioso a respeito da aula, fazia tempo que não tinha trabalhos práticos pra fazer. Levantou-se num pulo, ignorando os tombos que levava ao se direcionar ao banheiro. Antes de tudo, pegou alguns lápis de origem da mistura de azul e vermelho e papel especial. Não podia fazer um desenho num papel offset – ele considerava falta de respeito.

Após toda a sua higiene matinal e banho – que não adiantou muito, pois a cara de sono ainda continuava ali –, Soonyoung sentou e olhou para os lápis e papel. Vasculhou sua mente atrás de ideias para aquele desenho mais legal, levando em conta os trajes de Jihoon dia anterior.

Respirou fundo, pegando o lápis de cor mais clara – lilás, no caso – e começou a deslizar a ponta afiada pelo papel branco e grosso. A cor não aparecia muito bem devido a força, mas ficaria evidente conforme a resistência do traço. Depois de desenhar a figura sonolenta de Jihoon – que ficara até engraçado –, Soonyoung passara a variar os tons de roxo para os detalhes do desenho. Resolvera fazer um travesseiro amassado jogado no chão liso e um fone de ouvido apoiado nos ombros. Com isso, escureceu as bordas usando preto. O único problema é que não havia material para plastificar o desenho, mas achou que o pequeno não iria se importar.

— Certo, agora lá vamos nós...

Colocou uma blusa simples cinza, jeans preto e um tênis alto branco. Ajeitou os cabelos, agora meio acinzentados por conta do verde que estava antes. Saiu com sua mochila jansport preta média e o desenho num envelope pardo pelos corredores se esforçando para não bater em alguma coisa – ainda estava grogue.

Assim que chegou à porta da loja, Soonyoung verificou disfarçadamente se Jihoon estava ali – não queria pagar papelão perguntando para outro funcionário se ele estava lá. Lembrou-se de que ele o havia dito que estaria lá sozinho e sendo assim não haveria preocupação caso batessem um papo antes de Soonyoung ir para a aula.

Entrou, olhando diretamente para as prateleiras procurando pelo o que deveria ser de seu interesse. Havia uma mesinha específica com as novas tintas aromatizadas de uma marca famosa e ficou animado para saber como era. Sim, Hoshi estava acostumado a ver suas colegas usando canetas glitter aromatizadas, mas tintas? Aquilo era realmente novidade.

— O estoque está quase vazio – ouviu a voz de Jihoon. — Se quiser tem que levar logo. Desde o anúncio várias meninas vêm aqui encher meu saco perguntando sobre.

Soonyoung riu.

— Não há mesmo problema de conversarmos?

— Caso entre gente, eu terei que atender.

Soonyoung concordou.

—Estive pensando naquela música e tive uns sonhos estranhos – Soonyoung começou, mexendo nas tintas para ver o aroma. A vermelha, obviamente, tinha cheiro de morango. Notou a cara de desentendido de Jihoon quando parou para olhá-lo. — Não sei explicar, mas aconteceu.

— Uns sonhos estranhos. Fecha aspas. Que tipo de sonhos? Quer dizer, é a primeira vez que ouço. Me conta.

— Sonhei com o indivíduo da letra diversas vezes essa noite – começou, colocando o potinho de tinta no devido lugar. — Ele estava encolhido na cama, suando e chorando. Soltava uns murmúrios, olhando para os lados – parou para pegar a tinta amarela. — Pelo o que me lembro, havia um quadro em sua frente e o indivíduo parecia rezar ou coisa parecida – e cheirou a tinta amarela, reconhecendo o aroma de abacaxi. — Porém, por mais confuso que seja, o ambiente era cheio de fotos de uma garota sem rosto e, quando acordei de repente, pensei que ela fosse a menina que canta na parte mais calma da música.

— Que doido – Jihoon comentou, olhando para um ponto qualquer, como se refletisse.

— Quando caí no sono de novo, a menina estava lá, cantando pra ele... – fechou a tinta, mas não a pôs na mesinha de novo. Olhou para o teto. — Não cantar literalmente, ela meio que falava... Sei lá, mas foi estranho – e trocou pela tinta branca. — Você tem uns gostos bem peculiares.

Jihoon riu nasalmente.

— Você se deu ao trabalho de vir aqui para me contar seus sonhos e ficar cheirando tintas. Quem tem gostos peculiares é você.

— Na verdade eu vim comprar algumas coisas, como disse em uma das mensagens, e te dar isso – estendeu o envelope pardo para Jihoon, que o pegou imediatamente. — Eu disse que ia fazer de novo, mas desta vez não foi com tinta cor-de-rosa.

Jihoon riu de novo.

— ‘Tá, mas espero que não seja muito delicado igual da outra vez.

— Nem tanto – cheirou a tinta branca, ficando maravilhado com o aroma de lírio do vale. — Acho que devo levar essa branca se der.

— Por causa do cheiro?

— Exatamente – Soonyoung deu um sorrisinho. — Nada melhor do que ter quadros perfumados.

— E eu aqui tentando entender a existência de lápis branco.

— Serve para papéis coloridos, mas as pessoas preferem usá-lo em lixa preta – Soonyoung explicou, saindo pegando o que precisava. — Bem, o que consegui captar foram sentimentos... Cruéis para a saúde mental de uma pessoa.

— O protagonista não é saudável mentalmente, Soonyoung.

— Exato – o mais alto concordou, colocando a pilha de coisas em cima da mesa do caixa e voltando para algumas prateleiras. — Ele está desesperado e dependente dessa... garota. Sem ela, o protagonista começa a pedir perdão a Deus por tudo o que tem feito, sendo que nunca fez nada de errado para algo ou alguém – continuou, testando canetas nanquim. — Desde então, ele começa a se iludir, achando que essa garota o ama. Acho que é isso.

Jihoon olhava para os lados, sem parar. Ele parecia ainda estar refletindo sobre tudo. Soonyoung não disse mais nada, temendo criar uma confusão na mente do baixinho.

— Pra ser sincero, nem eu entendi o contexto daquela música – Jihoon disse sincero. — Aliás, acho que ninguém nunca entendeu, Soonyoung. Os vocalistas se expressam tanto que não há como saber o que se passa, entende? Na minha visão, entendo que eles querem dizer que não é fácil saber o que roda na mente de uma pessoa.

Soonyoung balançou a cabeça, tentando entender.

— Se parar pra ouvir de novo, o cantor parece desabafar enquanto canta – Jihoon continuou. — Não faço ideia se o que aconteceu na letra ocorreu de verdade com ele, mas dá a entender que sim. O sentimento, sabe?

— Sei... Então esse foi um desafio que nem mesmo você conseguiu resolver? – Soonyoung tinha um sorriso besta no rosto. — Que coisa...

— Posso lançar um pior ainda, se quiser.

— Depois – Soonyoung disse, terminando de colocar as coisas em cima da mesa do caixa. — Acho que eu posso ter sonhos esquisitos de novo e não vai ser legal.

— Dá pra ver pela sua cara de sono.

Soonyoung mantinha o olho na tela do caixa, verificando a faixa de preço e verificando se não tinha algum erro. Ao final de tudo, acabou levando a tinta branca. Despediu-se do baixinho, prometendo voltar depois para conversarem melhor. O estudante de artes plásticas havia refletido muito pouco tempo sobre aquela música e sentia que era capaz de desvendar o que tinha por trás dela.

 

 

No fim das aulas, Soonyoung acabou tendo que ajudar uma colega de classe a entender como se manuseava argila e como fazer para ela endurecer mais rápido. Levou alguns minutos, mas o acinzentado achou que fossem horas.

— Obrigada! – ela disse, direcionando-se para a saída depois da breve aulinha.

— De nada – Soonyoung respondeu num fio de voz, mesmo que ela não fosse ouvir, dando um longo bocejo em seguida.

Andou rapidamente para seu quarto a fim de descansar um pouco e ouvir a música novamente. Dessa vez não teria sonhos estranhos, já que estava acordado e não tinha como tirar um cochilo a tarde – ele não conseguia mesmo se não tivesse dormido durante uma semana.

Pôs os fones nos ouvidos, concentrando-se na letra encarregada de coisas estranhas e sentimentos confusos. Algo dentro de seu coração amoleceu, fazendo-o chorar desta vez. Não entendera se fora por conta da maneira como o cantor se expressava ou a série de acontecimentos na letra.

— Que coisa... – resmungou quando a música acabou.

Secou o rosto e abriu as mensagens, lendo a de Jihoon mais uma vez. Pensou no que mandaria, mas, antes que pudesse começar a digitar, um áudio foi enviado pelo baixinho. Não era mensagem de voz e Soonyoung estranhou. Quando viu que ele não iria digitar nada, Soonyoung abriu o teclado e começou a escrever, tentando não sair tudo embolado.

Hoshi (16:25): Escutei a música de novo, como eu disse... Eu disse? Não lembro. Então, tudo o que consegui captar foi dependência, depressão, ansiedade, medo, aflição, tristeza, amargura, desgosto e ilusão. Todos eles estão misturados e as combinações são diversas a cada verso da música, por isso não posso distinguir cada combinação de cada coisa.

Respirou fundo, aliviando-se pela mensagem não ter sido visualizada. Voltou a digitar, mas com mais calma.

Hoshi (16:30): O indivíduo não consegue sair do mesmo lugar e depende de alguém para movê-lo. Isso foi causado por um acontecimento anos antes, onde coisas cruéis de lendas, talvez, tenham se tornado realidade para ele. Mesmo com todas essas cicatrizes, o indivíduo foge e só não leva o irmão porque este foi morto – talvez por quem tenha os criado. Pode ser, então, que dentro desse sentimento, ele tenha criado uma amiga imaginária e agora está fantasiando a existência real dela. Se ela não está, os demônios o atacam – sendo eles os momentos sombrios que vivera e quem os fez ocorrer; e, quando ela finalmente parece perceber o problema, começa a dizer aquelas coisas. Por isso, ele vive dizendo para ela não ir, porque sente que não é capaz de viver sozinho. Ele tem medo de que esses monstros finalmente o alcancem e o façam viver tudo de novo.

As mensagens foram visualizadas, mas não respondidas. Talvez Jihoon ainda estivesse no trabalho e ainda por cima tendo que aturar as tais meninas que ele mencionara antes. Sendo assim, se contorceu para não ouvir aquele áudio enviado anteriormente. Queria conversar sobre a primeira música antes de ter conhecimento de uma terceira – não a terceira a ser apresentada, mas o terceiro desafio.

Minutos se passaram e recebera uma resposta.

Jihoon (16:52): se eu disser que tenho um crush em você, você acredita?

Soonyoung riu.

Hoshi (16:53): Não.

Jihoon (16:53): foi mal a demora, é que eu tava tendo que aturar aquelas garotas que eu te disse... elas levaram todas as tintas que restaram... e... ficaram com raiva ao saber que faltava uma tinta branca.

Hoshi (16:54): Que coisa... Se elas descobrirem que fui eu, estarei morto, sim?

Jihoon (16:54): sim... sobre sua interpretação, até que ela faz sentido, mas o que será que acontece no final? parece que tem um buraco no meio da história toda

Hoshi (16:56): Eu também acho, quem sabe a banda não tenha uma continuação desse negócio... A propósito, o que é esse áudio?

Jihoon (16:57): achei que não fosse conseguir Don’t Go, então mandei uma coisa mais fácil e calma... não que eu esteja te subestimando, mas é que BMTH é bem difícil de decifrar as coisas mesmo

Hoshi (16:58): tudo bem, eu vou ouvir!

 


Eu quero você
Sim, eu quero você
E nada chega perto
Da maneira que eu preciso de você
Eu gostaria de poder sentir a sua pele
E eu quero você
De algum lugar profundo

Parece que há oceanos
Entre mim e você mais uma vez
Nós escondemos nossas emoções
Sob a superfície e tentamos fingir
Mas parece que há oceanos
Entre você e eu

Eu quero você
E eu sempre vou querer
Eu gostaria de valer a pena
Mas eu sei o que você merece
Você sabe que eu prefiro afogar
Do que continuar sem você
Mas você está me puxando para baixo

Parece que há oceanos
Entre você e eu, mais uma vez
Nós escondemos nossas emoções
Sob a superfície e tentar fingir
Mas parece que há oceanos
Entre você e eu

Eu quero você
Eu quero você
E sempre vou querer

Parece que há oceanos
Entre você e eu

 

 

Não era fácil como Jihoon havia dito. Achou que fosse uma música de amor até ver o videoclipe. Uma garota que apanha dos colegas de escola e corre para os braços da mãe no final. O que poderia ser?


Notas Finais


antes de tudo, eu queria informar que, mesmo que os clipes pareçam ridículos, vocês vão viajar legal (só queria deixar avisado mesmo)

Run: https://www.youtube.com/watch?v=Cqnt8hFXBCA
Burn: https://www.youtube.com/watch?v=PxSMKEObsAQ

música: Oceans - Seafret (https://www.youtube.com/watch?v=XjR2DLw7mfQ)

gostaram? XD
até o próximo

see you SOONyoung!


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