História Inktale: Sentimento em Cores - Na Fazenda

Ink Sans ON

Eu acordei de manhã bem cedo.

Mesmo eu tendo dormido às onze e meia da noite.

Eu e Frisk chegamos na casa dela às onze. A mãe e o pai dela estavam super preocupados.

Inventamos uma desculpa para termos demorado.

A mãe de Frisk fez ela ir tomar um banho e lavar a cabeça. Porque ela estava cheia de terra.

Eu apenas fui para o quarto e deitei na cama. Nem me incomodei em tirar a roupa, ou seja, eu dormi com a roupa que usei para sair ontem.

Sentei na cama, com sono. Eu ainda estava processando que já estava de manhã.

Pude escutar sons vindos da cozinha. Nem sei como os pais da Frisk conseguem levantar tão cedo em pleno domingo.

Eu deitei de novo na cama, com nenhuma vontade de levantar. Fechei os meus olhos, esperando que eu pudesse dormir novamente.

Cinco minutos depois, eu escutei a porta sendo aberta.

Só pode ser a Frisk, pensei.

Minhas dúvidas foram embora quando ela simplesmente pulou em cima de mim. 

Acho que senti uma das minhas costelas estralar.

Frisk: Ink! Acorda!

Ink: Hum...

Frisk: Anda! Levanta!

Ink: Só mais cinco minutos...

Frisk: Não! Levanta dorminhoco!

Ink: Não...

Senti ela sair de cima de mim e descer da cama. Depois ela começou a me puxar pelo pé.

Ink: Frisk... para...

Frisk: Se você não levantar agora, eu vou derrubar você dessa cama!

Ink: Duvido...

Ela não parou de me puxar e quando percebeu que não conseguia me tirar da cama, Frisk subiu nela e ficou ao meu lado, perto da parede. 

Ela me empurrou e depois a única coisa que eu vi, foi o chão se aproximando do meu rosto.

Bati o nariz com tudo no chão.

Ink: Ai! Por que fez isso?

Frisk: É isso que você ganha por não levantar!

Ink: Fala sério!

Frisk: Anda, vai se arrumar e depois desce para tomar café. Daqui a pouco nós vamos sair.

Ink: Onde nós vamos?

Frisk: Você esqueceu? Vamos para fazenda do tio da Alice!

Me levantei do chão dando um salto. Eu tinha me esquecido!

Frisk saiu do quarto e fechou a porta.

Comecei a correr para todos os cantos, arrumando a cama, guardando cobertor e travesseiro, pegando outra roupa.

Depois eu fui até a cozinha, todos já tinham tomado café. Menos eu.

Alison: Bom dia, Vitor. Dormiu bem?

Ink: Bom dia, senhora Martin.

Derek: Pronto para mais um dia cheio de atividades?

Ink: Mal posso esperar!

Frisk: Nós vamos ficar o dia todo na fazenda. Então se prepare.

Ink: O dia todo?

Alison: Sim. Lydia ligou para falar comigo. Vocês vão passar o dia todo lá.

Vi Frisk fazendo um movimento de comemoração com a braço direito. Acho que ela estava esperando ficar lá o dia todo.

Derek: Então sente-se e tome seu café. Você saem em trinta minutos.

Ink: Está bem.

Eu comi um pão com manteiga e tomei leite. Depois lavei a louça que eu usei. A mãe da Frisk não estava por perto, então eu consegui fazer isso.

Depois de um tempo, Alison nos chamou para levar-nos para a fazenda do tio da Alice.

Dentro do carro, nós ficamos conversando sobre o que poderíamos fazer. Tanto eu quanto Frisk queríamos andar a cavalo, ela me contou sobre a égua da Alice, a Artemis. Disse que ela era muito bonita, e eu estou ansioso para vê-la.

Alguns minutos depois, nós chegamos em um portão de madeira.

Alice estava com o Chris e a Letícia. Tinha um homem em cima de uma carroça, que seria puxada por um jumento.

Nós descemos do carro.

Alison: Cuidem-se vocês dois!

Frisk: Sim, mãe. Tchau!

Alison: Tchau, filha! Até mais tarde!

Vimos Alison sair com o carro.

Alice veio até nós, junto com o Chris e a Letícia.

Alice: Bom dia! Prontos para um dia diferente!?

Frisk: Com certeza!

Ink: Pode apostar!

Letícia: Frisk, nem se incomode em matar a Alice, eu já dei uma lição nela.

Frisk: Eu já tinha até esquecido.

O homem que estava na carroça nos chamou.

???: Alice, estão todos aqui.

Alice: Sim, tio.

Então aquele homem era o tio dela? Ele parece bem novo.

Nós subimos na carroça e então o tio da Alice fez com que o jumento a puxasse para entrar no portão.

Todos nós ficamos em silêncio, eu acho que ninguém tinha assunto para conversar.

Nós passamos por plantações de milho, trigo, pomar de maçãs, até que saímos para uma área descampada. Mais a frente, estava a fazenda. Uma grande casa, os estábulos, chiqueiro, galinheiro, um pequeno lago e, também, uma pista de treino.

O tio da Alice parou na frente da casa e nós descemos.

Ele disse que voltaria logo, pois iria guardar a carroça e soltar o animal.

Enquanto isso, Alice nos levou até um dos quartos da casa, para podermos guardar as nossas coisas. Já que vamos ficar o dia todo, trouxemos roupas, sapatos, toalha para tomar banho.

Depois Alice disse que teríamos muitas coisas para fazer até o horário de almoço. 

Perguntamos sobre os cavalos e ela disse que só poderíamos andar mais tarde, primeiro teríamos que ajudar o tio dela com as tarefas.

Nós saímos para fora, só para ver o tio dela nos esperando.

Ele nos levou até o chiqueiro, disse que tínhamos que colocar comida para os porcos. E antes de entrarmos, ele nos deu botas para podermos entrar e não sujarmos os nossos pés.

Depois de colocarmos as botas, nós entramos.

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Christopher ON

Eu não sei os outros, mas eu não estava conseguindo aguentar o cheiro no chiqueiro.

Colocamos comida para os porco o mais rápido possível, só para sairmos daquele lugar.

Depois nós fomos soltar as galinhas.

A Alice abriu um portão e entrou no galinheiro. Depois, só vimos as galinhas saindo, junto com um galo grande.

A Letícia saiu de perto delas e se escondeu atrás de mim.

Chris: Letícia? O que foi?

Letícia: Eu não gosto de galinhas.

Chris: Por quê?

Letícia: Porque elas bicam.

Chris: Alice! As galinhas bicam!?

Alice: Não, bicam não!

Chris: Está vendo?

Letícia: Mesmo assim!

Alice: Para de frescura, Letícia. Essas aqui não bicam. Só se você irritá-las.

Letícia: É por isso que não quero chegar perto delas!

Vi a Alice revirar os olhos.

Ela saiu, pegou um grande saco e voltou para onde nós estávamos.

Alice: Vamos. É só espalhar no chão. Elas vêm comer.

No saco, havia grãos de milho. Pegamos um pouco e espalhamos pelo chão. As galinhas vieram correndo e começaram a ciscar.

Letícia jogava os grãos de milho o mais longe possível dela. Alice pegou um monte do saco e começou a jogar em volta dela. As galinhas foram correndo comer o milho.

Letícia: Alice, tira elas daqui!

Alice: Não. Você é que vai sair daí.

Letícia: É sério, Alice!

Alice: Elas estão bicando você?

Letícia: Alice!

Alice: Responde à minha pergunta! Elas estão te bicando!?

Letícia: Não.

Alice: Então para de frescura. Galinha brava é galinha mal criada.

Ela saiu pelo portão e esperou por nós. O portão não podia ficar aberto, para que os animais não fugissem. Nós saímos, um por um, até que só sobrou a Letícia, ainda parada no meio das galinhas.

Alice: Vem logo medrosa!

Letícia: Já vou! Já vou!

Ela começou a andar no meio delas, morrendo de medo de encostar em uma. Depois de vários minutos, Letícia conseguiu sair.

Então nós fomos para o lago. Alice disse que lá tem gansos. E nós iríamos levá-los para o cercado deles e dar comida.

A única coisa que eu sei sobre gansos, é que eles bicam. E são muito bravos. Quero ver com é que a gente vai levar eles.

Alice pegou ração e entregou um saco para gente.

Alice: Os animais não comem desde ontem à noite, então eles estão com fome. A melhor maneira de levar os gansos até o cercado ê atraindo-os com comida. Mas... se vocês tiverem alguma outra ideia criativa, podem usá-la. Eu recomendo não chegar perto deles.

Quando nós chegamos no lago, havia dois gansos nadando nele.

Alice: Gente. Esses são Patito e Patota.

Chris: Patito e Patota? Quem deu os nomes?

Alice: * Bufando * Meu primo.

Frisk: Quantos anos seu primo tem?

Alice: Oito.

Ink: Está explicado.

Nós jogamos um pouco de ração para gansos no chão. Patito e Patota saíram do lago e começaram a seguir a trilha de comida que nós havíamos deixado.

Quando chegamos no cercado, só vi um ganso entrando.

Alice: Cadê a Patota?

Depois que ela peguntou, vimos o Ink vir correndo na nossa direção. Com Patota indo atrás dele. Ele entrou no cercada, com o ganso atrás, e, quando saiu, Alice fechou o portão do cercado, prendendo os gansos.

Alice: Eu disse para não chegar perto dos gansos.

Ink: Foi mal.

Alice: Bem, eu acho que é isso.

Letícia: E então? O que vamos fazer agora?

Alice: Nós vamos para o tanque.

Ink: Que tanque?

Frisk: É onde ficam os peixes.

Ink: Mas os peixes não deveria ficar no lago?

Alice: Aqui não. Se os peixes ficassem no lago, Patito e Patota iriam comê-los. Então, temos um lugar especial para os peixes.

Ink: Ah, sim.

Alice nos conduziu para trás da casa, lá havia um grande tanque, cheio de água. Não era possível ver nada, a não ser um pouco de sujeira sobre a água.

Chris: Não dá para ver os peixes.

Alice: É porque já faz um tempo desde a última vez que limpamos o tanque, e é muito trabalhoso. Então limpamos a cada três meses.

Ink: Para que serve aquele aparelho.

Ink apontou para uma máquina na borda do tanque.

Alice: É para levar oxigênio para a água. Se não os peixes morrem.

Ink: Ah, entendi.

Alice: Aqui tem comida para eles. Nós os alimentamos três vezes ao dia. Uma agora de manhã, à tarde e depois à noite.

Ela trouxe um balde branco até nós. Estava cheio de ração.

Ink: Pensei que os peixes comiam minhocas.

Alice: Como se minhocas fossem fáceis de achar.

Alice pegou a ração e jogou na água. No mesmo instante os peixes subiram para comer, espirrando água para todos os lados.

Jogamos bastante, porque a Alice disse que tinha mais ou menos uns trinta peixes ali, depois a comida foi guardada.

Então retornamos para a casa. Fomos para a cozinha e encontramos a tia da Alice, ela estava começando a fazer o almoço, aí nós fomos ajudar.

Enquanto eu e o Ink cortávamos legumes, as meninas descascavam as cenouras e as batatas. Ficamos encarregado de amassar as batatas também, enquanto Frisk, Letícia e Alice ajudavam a temperar a comida.

Quando foi meio dia, a comida estava pronta. Nós fomos lavar as mãos e depois fomos comer.