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História Innocent Sinner - Instinct


Escrita por: elusive

Notas do Autor


Sim, estou aproveitando o momento de lançamento de mais um álbum do A7X para comemorar postando essa história! \o/ haha
Eu não deveria estar me dedicando a mais uma fanfic no momento, na verdade deveria estar gastando menos tempo com fics, mas eu já estou escrevendo essa história há mais de mês e gosto muito dela para mantê-la guardada... Confesso que, por ler muita coisa do Avenged, acabo ficando ainda mais atiçada para postar coisa com eles, então não consegui me controlar!

Estou nervosa porque nunca sei se alguém vai mesmo ler e gostar, mas realmente espero que alguém acompanhe porque quero muito que vocês se divirtam com essa história tanto quanto eu estou me divertindo <3
E sim, Avenged é o foco principal da fanfic, principalmente Shadows e Gates, mas James e Kirk do Metallica farão papéis importantes também e eu espero que gostem desse crossover :P

Início bem curto porque é apenas um prólogo/flashback, mas espero que gostem da leitura e do que está para vir!

Capítulo 1 - Instinct


Fanfic / Fanfiction Innocent Sinner - Instinct

Huntington Beach, Califórnia

Quinze anos antes

Na noite fria daquele domingo o rapaz inquieto aguardava à espreita. O toque do cano metálico em sua lombar era gélido e desconfortável. Acreditou que ter a pistola consigo o traria confiança, mas, em verdade, o angustiava. Quando decidiu sair armado de casa não tinha plano algum em mente e tentava acreditar que a presença do apetrecho em sua cintura seria utilizado apenas para assustar seu alvo ainda desconhecido.

Esperou a ponto de começar a sentir as pontas de seus dedos ficarem adormecidas pelo frio. Deveria passar das vinte e três horas quando o conhecido Mustang vermelho, modelo de 99, deslizou lentamente pelo chão britado e estacionou no espaço vago em frente à casa amarela da família Hetfield. Os faróis desligaram e o motor silenciou. Ele sentiu o peito bater mais forte com o nervosismo. Estavam demorando muito para saltar do veículo. Imaginou em sua cabeça a cena que se passava dentro do veículo, já que não podia enxergá-los graças aos vidros escuros. As portas destravaram depois de um longo minuto.

Ela desceu sorridente como sempre, e do banco do carona saltou o suspeito. De todos que ele poderia imaginar aquela era a última pessoa que gostaria de ter visto no momento. Sua cabeça girou e ele não conseguia analisar seus próprios sentimentos no momento. Confusão, descrença, raiva, mágoa, tudo se misturou num turbilhão dentro de seu peito.

Os alvos se abraçaram pelas cinturas e caminharam para dentro da casa com os hormônios eriçados e risos acalorados. Ele forçou suas pernas a acompanhá-los. A porta se fechou sem ser trancada e o rapaz se postou na sombra dos arbustos, os olhos faiscando e buscando enxergar da janela o cômodo interno. Precisava de algo que provasse mais do que seus olhos já pudessem ver... Não conseguia acreditar, não queria nutrir aquela vingança por alguém que ele tanto amava e respeitava, mas era impossível não sentir a dor afligi-lo quando, pelo vidro liso, enxergou mãos e beijos, roupas sendo arrancadas com paixão.

As mãos amigas tocavam as partes volumosas de sua namorada e as línguas se entrelaçavam como se já fossem conhecidas. Os olhares que trocavam pareciam cheios de admiração e intensidade. Depois de assistir àquilo, teve de ceder ao instinto que tomou conta de seus sentidos.

A porta se escancarou com o baque repentino, assustando aos amantes que se amavam no sofá. O agressor cego de raiva não notou a agilidade de seu subconsciente e já trazia a pistola destravada na mão.

— MATT! — a jovem gritou tomando rapidamente suas roupas despidas para cobrir seus seios nus.

— Matthew, o que é isso? — o amigo tinha terror nos olhos. — Matt!

— Como pôde? — a voz arranhou pela garganta seca. — Como você pode fazer isso comigo?

— Matt, por favor! Eu posso explicar! — a garota tentou ir de encontro ao namorado, mas foi jogada de volta ao sofá.

— Eu não esperava menos de você, sua vadia! — sua voz trovejava por toda a casa. — Eu não me importaria tanto se você estivesse com qualquer outro homem da cidade, mas não ele! Puta que pariu! Jimmy, como pôde?

— Matthew... Por favor, largue a arma. — o amigo implorava tentando manter a calma.

— Vão se foder! Vão se foder vocês dois! — sua mão tremia e os dedos apertavam o metal com demasiada força. — Eu jamais imaginaria ato tão baixo vindo de você, Jimmy. Acho que poderia esperar isso até mesmo de Zacky, mas você?

— Nós podemos explicar...

— Você não vê Jimmy? — ele podia sentir lágrimas quentes molhando seu rosto raivoso. — Eu já não acreditava mais que ela fosse a mulher da minha vida, eu já não era mais enganado por ela, mas eu tinha esperanças de que pelo menos a nossa amizade fosse eterna. Você era como um irmão! Seu filho da puta, você mentiu para mim! Hoje mais cedo você... — calou as palavras para grunhir o ódio que se acumulou no peito. — Eu não acredito que entre todos nós o maior traidor seria você.

— Matthew, eu a amo... — os olhos claros suplicavam. — Eu sei que você não iria me perdoar por isso, eu sinto muito! Mas, por favor...

— Você sente muito, seu filho da puta? Você sente muito? — Matthew gargalhou de forma maníaca e assustadora. — Você é um covarde! Você acha que ela ama a você? Acha que ela não trairia você também?

A pistola semiautomática estava apontando para o chão e a mira dançava perigosamente. Matthew não tinha controle em seus movimentos, sua atenção estava turva.

— É claro que o amo! — a garota chorava, a maquiagem dos olhos escorria e borrava seu rosto pálido. — Eu o amo como nunca amei você! Você é um idiota, Matthew, que não consegue enxergar nada além de si próprio! Você é só um egoísta filho da puta como qualquer outro!

A jovem cometeu o erro de se jogar para cima do namorado. O dedo pendia nervoso sob o gatilho e os corações, que até então estavam disparados, pararam por um segundo perturbador.

So stay away from me, the beast is ugly

I feel the rage and I just can't hold it

O tiro ecoou pela casa e zuniu dolorosamente pelos ouvidos do atirador. Os olhos da garota estavam grudados aos dele em choque. Por cima do ombro dela ele o viu caído. Olhos abertos. Matthew afrouxou os dedos imediatamente deixando a arma cair e sentindo seu corpo tremular. A garganta se fechou e ele sentia a dor tomando seu corpo. Começava no peito e o consumia pouco a pouco.

— Jimmy? — chamou. A voz embargada quase não saía dos lábios. — James?

— JIMMY? — a moça berrou com a voz histérica.

O líquido quente deslizou pelo chão de madeira encerada saindo do peito do amigo. Matthew deu dois passos e caiu de joelhos na poça que se formava. Puxou o rosto do amigo, apertou e balançou desesperadamente a cabeça sem vida. Os olhos apagados fitavam a escuridão da morte e apavoravam o homicida.

— Não. — murmurou ainda rouco. — Não... Por favor, por favor, não faça isso... JIMMY!

— Olha o que você fez! — a namorada gritava e soluçava em desespero. — Ai meu Deus, que merda Matthew, que merda você fez! Ai meu Deus...

Ele não havia feito aquilo. Recusava-se a acreditar nas palavras dela. Ele era seu amigo, seu melhor amigo, ele nunca faria aquilo para Jimmy. Não teve a intenção, jamais teria.

The nightmare's just begun

Você. — sibilou voltando-se à garota. — Você fez isso.

Ela, desesperada, borrada pelo negrume dos olhos e descabelada, chegou a abrir a boca para gritar contestando, mas foi impedida pela mão forte que a agarrou. A cabeça loira bateu no chão e seu corpo foi imobilizado pelos membros dele, muito maiores e mais fortes que os seus.

— Você fez isso com ele! — a rouquidão estrondava outra vez. Os olhos úmidos em fúria. — Você, você, você!

Matthew... — gemeu com o mínimo de voz que lhe restava na garganta pressionada pelas mãos másculas.

— Você matou a ele! Sua vadia, você acabou com as nossas vidas!

I must confess that I feel like a monster

Cego e descontrolado pelo frenesi, sendo alimentado por seu instinto animal, esticou-se para portar novamente a pistola suja de sangue. Os olhos dela se arregalaram, a boca já perdia a cor e seu corpo fraco e imobilizado, ao invés de lutar, congelou-se por fim. Ele não sabia o que se passava em sua cabeça. Estava tudo vazio e ele só conseguia enxergar o vermelho vivo. A arma ainda esperava por outro abate, o cão da pistola pronto para bater outra vez. Tudo o que ele sentiu foi o indicador escorregar pelo sangue e, trêmulo, puxar o gatilho.

Seus olhos encharcados só viam o borrão. Seu corpo de homem largou a pobre garota e se arrastou outra vez para o cadáver do amigo. Embebeu as roupas escuras em sangue abraçando o corpo já frio. As lágrimas desciam sem pausa e ele começava a se sentir fraco e impotente. Seu peito o fazia sentir uma dor surreal e seu olfato era embriagado pelo cheiro de ferrugem, provocando-lhe náuseas.

O que durou cerca de cinco minutos pareceu, para ele, a eternidade. Continuou imóvel e em choque mesmo quando viu as luzes azuis e vermelhas invadindo o cômodo pelos vidros da janela e a sirene ressoando por toda a rua. Os vizinhos deveriam ter ouvido os disparos e acionado a emergência.

Ele agora estava fraco, exausto e perdido. A dor e o medo se misturavam, doíam como ferro quente sobre seu peito. Ali no chão, abraçando o corpo vazio e sentindo o arrependimento e o sofrimento da perda, ele apenas parou e esperou pelo o que viria.

Why won't somebody come and save me from this, make it end?


Notas Finais


Ai Jimmy, eu sinto muito 💔
Então gente, a garota aí é uma Hetfield, então nessa fic o James só vai ter uma filha e vamos fingir que ele foi papai cedo e que ela já era adolescente nessa época, certo? haha Futuramente vou usar o nome da filha mais velha dele, Cali, para se referir à essa daí, mas obviamente não é a mesma pessoa.

Decidi que esta vai ser uma songfic, então vamos ter letras no meio do texto, mas se vocês acharem que atrapalha a fluidez ou tensão (sei lá), deixem-me saber! A música desse capítulo foi: Monster - Skillet

Obrigada a você que chegou até aqui! Se possível, deixe sua opinião nos comentários ;)
Nos vemos no próximo~


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