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História Innocent Sinner - Sorrow


Escrita por: elusive

Notas do Autor


E aí molecada! Haha
Vocês estão bem depois do capítulo passado? <3
Eu ainda não tenho muito o que dizer aqui nas notas sobre o que tá acontecendo na história, mas estou muito satisfeita com o andamento da trama e especialmente com os comentários incrivelmente encorajadores que vocês andam me mandando! Obrigada, suas gracinhas!
Agora uma boa leitura~

Capítulo 11 - Sorrow


Fanfic / Fanfiction Innocent Sinner - Sorrow

O céu parecia refletir a intimidade de Hunter. Nuvens negras e carregadas cobriam o céu que até o dia anterior estava claro e luminoso.

Na madrugada, Hunter não soube como arranjou forças para carregar o corpo enrolado em plástico, colocá-lo cautelosamente no porta-malas e levá-lo até uma campina, onde foi embebido em gasolina e cremado. Matthew certamente teve de fazer boa parte das coisas, porque ela simplesmente parava em choque e ficava olhando o corpo ser arrastado, enrolado e empurrado.

Ela morava num bairro um pouco violento, então teve sorte de ninguém ter realmente se importado com o ruído do tiro ou ligado para a polícia, mas também não pode deixar o cadáver apodrecer em seu porão.

Agora, depois de passar a madrugada em claro, seus olhos ardiam em secura e ela se sentia ainda pior. Brian sempre quis ser cremado após a morte — ela nem sabia por que ele lhe dizia isso —, mas agora tudo sobre ele havia virado pó. Seu corpo não existia mais e ela não poderia mais se agarrar à pele gelada dele. Ele simplesmente esvaeceu.

Sanders tentou dormir no sofá, mas tudo o que conseguiu foram alguns minutos de sono. Ele se assustava a todo o momento com imagens grotescas que se formavam em sua cabeça. Em um momento, quando conseguiu cair num sono profundo, teve um sonho em que revia o corpo de Brian pegando fogo e dentre as chamas ele se levantava, mas o rosto emoldurado pelos cabelos escuros pertencia a um Zachary de expressão debochada. Quando não eram os curtos pesadelos, ainda era impedido de dormir pelo choro que vinha do quarto.

Quando o relógio apontava que a manhã tinha chegado, apesar do escuro lá fora, ele se arrastou do sofá e tentou preparar um café bem doce. Deixou a máquina coando e se atreveu a bater na porta do quarto da mulher. Ela não o respondeu, então abriu devagar.

— Hunter? — chamou baixinho. — Venha tomar café.

Ela não respondeu. Estava encolhida debaixo do cobertor, mas ele sabia que ela não estava dormindo. Pensou em ir até ela, mas não foi preciso esperar outro minuto, Hunter estava tão cansada que simplesmente fez o que ele queria. Levantou-se rastejante da cama e passou por ele como se o mesmo fosse invisível. Sentou-se na bancada da cozinha e não disse uma palavra.

Matthew pegou duas canecas velhas e postou na bancada. Pode finamente olhá-la com cuidado. A mulher tinha olheiras escuras debaixo dos olhos, vermelhidão nos glóbulos oculares e abatimento em todo o rosto. Até mesmo seus lábios haviam perdido a cor, ficando secos e de uma cor bege nada vital. Ele sabia que ele mesmo não estava muito melhor que ela, agora com todos aqueles cortes arroxeados e diversos curativos adesivos colados pelo rosto. Ele havia tido de molhar o rosto em água oxigenada para limpar todo o sangue, o que lhe arrancou reclamações de dor e ardor pelo toque químico em sua pele machucada.

Ele encheu as canecas com café quente e puxou uma lata de biscoitos do armário. Não fazia ideia se os biscoitos estavam velhos, mas ofereceu mesmo assim. Mastigou um e se sentiu aliviado por ainda estarem crocantes.

— Você precisa comer. — disse quando ela ignorou o café oferecido. — Jejum não vai te fazer sentir melhor.

Ela o olhou com olhos cansados e ele soube que deveria ter ficado calado.

— Não pretendo me sentir melhor.

Mas, apesar de não sentir fome alguma, bebericou o café sem nem mesmo fazer careta para a alta temperatura e o sabor demasiadamente adocicado. Puxou um biscoito e o mastigou com preguiça.

Pela primeira vez Matthew se sentiu desconfortável com o silêncio. Não sabia o que dizer para ela, nem o que fazer dali para frente. Talvez ela o mandasse ir embora de vez, ou talvez esperasse que ele tomasse essa atitude para não ter que gastar suas últimas energias com palavras duras. Mas, apesar de não estar confortável com a situação, ele não queria sair dali. Não queria deixá-la. Ele a olhava pelo canto dos olhos e sentia-se tentado a abraçá-la. Sabia que ela estava mais frágil que nunca e que nem mesmo Brian havia tido contato com a vulnerabilidade de Hunter.

— Eu preciso falar com Kirk.

Ela falou tão repentinamente e com uma voz tão baixa que ele franziu a testa e se aproximou mais do rosto dela.

— Desculpe, o que disse?

— Preciso... — ela respirou fundo produzindo um ruído. — ligar para Kirk.

— Quem é Kirk?

Ela não o respondeu, até porque estava mais falando para si mesma do que para ele, então lentamente deslizou do banco e buscou o celular que estava jogado numa mesinha perto do molho de chaves.

Ela não estava raciocinando, apenas deixava seu corpo no piloto automático. Enlouqueceria se tivesse de se preocupar com detalhes pequenos. Sentia-se um robô. Era como se sua alma não estivesse presente.

— Oi minha querida! — Kirk falou animadamente no telefone. — O que houve para me ligar essa hora da manhã?

— Você pode vir aqui? — ela murmurou meio rouca.

— Aí na sua casa? Agora?

— Por favor...

Houve um silêncio do outro lado da linha. O homem notara o tom de voz esmorecido dela e o uso aleatório por uma palavra educada como aquela.

— O que houve, Toni? — ele perguntou com uma ligeira preocupação.

— Só venha para cá o mais rápido que puder.

* * *

Kirk estava batendo à porta – Matthew havia dado um jeito na fechadura naquela madrugada – cerca de vinte minutos após a ligação.

— Desculpe a demora, o trânsito está horrível! — ele sorria, mas tomou outra feição assim que viu Matthew sentado no sofá. Ele o reconheceu das fotos imediatamente, apesar dos inúmeros machucados no rosto.

— Toni...? — chamou com uma ruga se formando entre as sobrancelhas. — O que ele está fazendo aqui? Onde está Haner?

Quando ele abaixou os olhos para sua querida garota, viu que os olhos dela estavam marejados e o rosto se franzia em um tipo de dor contida.

— Toni?

Os braços dela foram de encontro às costas do mais velho. Ela o abraçou como não fazia em anos. Na verdade, Hammett poderia dizer que só recebera abraços como aquele quando Hunter ainda era criança, toda vez que a presenteava com coisas estranhas como facas e pequenas luvas de boxe. Era sincero e apertado, mas tinha uma dose de algo que Kirk não reconhecia na garota: angústia.

Ele a abraçava com carinho, passando uma mão pelos cabelos da moça do mesmo modo que fazia quando ela era menor, mas por cima do ombro dela fixava o olhar curioso em Sanders. Esperava por qualquer atitude brusca vindo daquele corpo largo afundado no sofá, mas o rapaz parecia estar em outra dimensão, cabisbaixo e silencioso.

— O que houve? — perguntou outra vez, agora com menos urgência enquanto ela se desvencilhava do abraço.

— Brian... — a voz dela estava embargada e quase não saía da garganta. — Ele... Ele se foi, pai.

Kirk tomou um choque duplo. Ter ouvido pela primeira vez na vida a palavra “pai” saindo da boca de Hunter para se referir a ele próprio era algo dolorosamente caloroso, mas o que ouviu sobre Brian parecia mais importante no momento.

— Ele se foi? Para onde ele foi? Simplesmente sumiu?

Ela o olhou com rugas na testa. Certamente estava esperando que ele tivesse entendido o recado.

— Ele está morto. Morto! — gemeu. — Zachary o... matou. — falou a última segurando outra onda de choro.

Kirk ficou em choque olhando o rosto dela se encher de lágrimas silenciosas. Ela outra vez se derreteu nos braços dele, molhando a camiseta com o aguar dos olhos.

Ele não conseguia conceber a ideia de Brian assassinado. Sempre temia a vida de Hunter, mas não achava que alguém pudesse ferir ao rapaz.

— O que você fez... com o corpo dele? — falou com cautela na voz, temendo magoá-la ainda mais.

Hunter levou um bom tempo para contar todos os detalhes, e acabou recebendo ajuda de Matthew, já que ela sempre pausava suas sentenças para soluçar. Começou com o que estava acontecendo entre ela e Sanders e sobre como Brian tinha ficado chateado com tudo aquilo. Depois contou da tragédia que Zacky cometera e da forma brutalmente inocente que Haner morreu. Kirk continuou não gostando ou confiando na ideia de ver um prisioneiro solto fazendo papel de novo companheiro para Hunter, mas estava muito mais abalado com a morte do “genro” que tanto gostava.

Depois de relembrar as cenas, tudo o que Hunter queria era sair de casa. Odiava o olhar piedoso de Kirk sobre ela e o peso da mão grossa de Matthew sobre a sua. O ar estava muito pesado e ela mal podia respirar. Nenhum dos dois presentes poderia dar o que ela queria. Nenhum poderia confortá-la ou fazê-la se acalmar. Quem ela precisava e queria jamais poderia voltar.

Oh, I wish you were here today

All these days I know I’ll never get back

— Vou até o hospital. — disse se levantando do sofá e enxugando o rosto úmido.

— O que vai fazer no hospital? — Kirk perguntou franzindo o cenho.

— O pai dele precisa saber que seu filho se foi.

Matthew levantou o olhar para ela, mas não disse nada.

— Toni, é muito cedo para você se preocupar em lidar com a família dele... Você não precisa...

— É claro que não é muito cedo, Kirk! Ele já se foi, é tarde demais, acabou. Ele não vai voltar das cinzas, nada vai mudar o que aconteceu. E a culpa foi minha. Fui eu coloquei Brian nesse mundo, então sou eu quem preciso me desculpar pelo o que aconteceu.

Kirk não insistiu porque sabia que ela jamais o ouviria naquele momento. Entendia que talvez fosse uma forma de colocar para fora o remorso e o pesar que sentia pela morte de Haner, já que para ela não bastaria apenas chorar e sofrer.

* * *

Uma enfermeira prestativa e tocada pelo o que Hunter havia dito, encaminhou-a até a ala de internados, levando-a até um dos quartos particulares.

Hunter, que não fazia ideia de qual era a doença do velho já que Brian sempre se recusou a dizer, chocou-se em ver o pai de seu companheiro definhado na cama e ligado aos aparelhos. Quis dar um passo para trás no momento seguinte. Como poderia dar aquela notícia para alguém que já estava tão próximo da morte e do próprio sofrimento?

O velho Brian estava acordado e piscou quando viu a enfermeira conhecida, mas a expressão de tranquilidade se transformou quase que de imediato quando viu Hunter por trás dela. Ele nunca gostou de Toni. Sentia como se ela estragasse seu filho ainda mais, tornando-o um caso perdido. O que ele não via era que Brian transformara-se numa pessoa muito mais preocupada e cuidadosa depois de conviver com Hunter. Talvez por ela pedir para que ele fosse mais paciente com seu próprio pai e que aproveitasse a presença dele, já que ela sabia bem o que era ser traída pela própria família.

— Senhor Haner, a senhoria Harvey precisa conversar com o senhor. Como está se sentindo hoje? — a enfermeira foi até o lado dele, ajeitando o travesseiro nas costas do homem.

— Estava melhor antes de vê-la.

Hunter notou que a voz de Haner estava muito diferente do que ela se lembrava. Muito mais trêmula e fraca, como se ele tivesse muito mais idade do que deveria.

A enfermeira olhou para Hunter e franziu os lábios, provavelmente entendendo que havia algum tipo de desentendimento entre eles, mas se afastou para deixá-los a sós.

— O senhor pode me chamar se precisar de alguma coisa. Vou deixá-los a sós por um momento. Tudo bem?

O velho suspirou e assentiu a cabeça sem nenhuma animação.

Mesmo por trás das rugas e da magreza do definhamento da doença, o homem continuava sendo assustadoramente parecido com seu filho. O rosto era uma cópia mais antiga e destruída da beleza do jovem Brian, mas era tudo muito igual, o que fazia com que Hunter estremecesse com as memórias que lhe tomavam.

— O que você quer? — foi Haner quem perguntou com sua voz fraca.

— Senhor Haner, não vou prolongar essa conversa, mas sinto muito por ter de ser a pessoa a lhe dar essa notícia... — ela tentava segur os sentimentos no fundo do peito. — Mas... Brian está morto.

Os lábios finos e enrugados estremeceram e os olhos pálidos perderam o resto de luminosidade que tinham.

— Morto?

— Foi um erro. Eu jamais me perdoarei pelo o que aconteceu... — ela sentia a sua voz vibrando na língua e franziu o rosto, pausando a fala. — Eu... Ele não deveria, eu sei. Eu não... Eu não pude fazer nada, foi tão rápido...

Ela ouviu sua garganta gemer e levou a mão à boca, fechando os olhos que já voltavam a ficar molhados.

I’m torn to pieces, I’m broken down

I still see your face when you’re not around

Ela ouviu o aparelho começar a bipar com mais intensidade, avisando que os batimentos cardíacos estavam se acelerando. Por que ela não conseguia controlar sua dor? Aquilo era mais forte do que ela. Brian era mais importante e amado do que ela mesma poderia ter imaginado.

— Perdoe-me...

— Onde ele está? O que você fez com ele, sua vagabunda desprezível? — ele tentava gritar, mas suas cordas vocais estavam muito sensíveis, o que fazia o som parecer um guincho histérico.

— Ele queria ser cremado.

— Cremado? Você cremou o corpo do meu filho?

Ela ouviu mais uma série de xingamentos odiosos, mas o sangue quente fez o coração de Brian palpitar ainda mais, os bipes agora pareciam uma buzina desenfreada e o velho parecia lutar pelo pouco ar nos pulmões. Ela só conseguia ficar imóvel assistindo a cena, mas foi tirada do transe quando a porta se abriu e duas enfermeiras correram até a maca, acudindo o paciente.

— Início de parada cardíaca! — uma das enfermeiras berrou.

Hunter não quis mais assistir àquilo, então apressou o passo, correndo pelos corredores, sentindo as pernas arderem até levarem-na de volta ao estacionamento. Trancou-se no carro e sentiu o próprio peito faltar ar. Encostou a testa no volante, sentindo o estômago e o coração doerem como se facas pontudas a perfurassem.

Ela sabia que o velho Brian certamente jamais sairia daquela cama de hospital, mas sentiu amargura por imaginar que aquela notícia pudesse adiar o sofrimento do homem. Sabia também que Haner não era o pai mais amoroso, muito menos quando se tratava do filho mais velho, mas ele não deixaria de ser atormentado pela morte do rapaz.

Agora, além de sentir-se culpada pelo assassinato, culpava-se também por ter sido quem foi, por ter aceitado Brian em sua vida e ter deixado que ele padecesse de forma tão abrupta e martirizada.

Having trouble breathing, suddenly I’m screaming

Why wasn’t I good enough

* * *

Estava de volta ao quarto, enfiada nos cobertores que pareciam não conseguir aquecer o seu frio interno. Já era noite novamente e o céu trovejava anunciando uma tempestade. O ar estava abafado e pesado.

Matthew estava ao lado, sentado com as costas coladas à cabeceira, mantendo uma boa distância de Hunter. Ele a havia obrigado a jantar depois que ela passou o dia enfurnada no quarto, e por fim ela cedeu por já estar se sentindo muito fraca para ignorar as necessidades do seu corpo.

Eles ainda não haviam tido nenhuma conversa que durasse mais de um minuto, nem mesmo haviam tocado no assunto que parecia ser proibido. Mas ele já se sentia agoniado, incomodado por dentro. Ela precisava daqueles momentos de pungência e isolamento, não pediria menos dela, mas sabia que não podiam perder tempo. Não podiam simplesmente esperar que mais morte viesse até eles.

— Toni? — ele usou o nome pessoal dela como forma de mostrar mais intimidade. Ou talvez só sentisse que ela já não era mais aquela personagem por trás do apelido.

Ela nem mesmo resmungou em resposta.

— Olhe para mim. — e puxou o ombro dela, fazendo-a se virar com olhos secos, porém cansados e avermelhados.

Ela continuou calada, esperando.

— O que vamos fazer?

Ela piscou e respirou fundo olhando sem muito interesse para as ilustrações pintadas permanentemente no peitoral dele.

— Por que está se colocando no meio disso? — perguntou com voz baixa e lentidão.

Ele não soube responder. Nem mesmo havia parado para pensar na possibilidade de não participar daquilo. Ela até poderia fazer aquilo sozinha, porque ele sabia que ela era capaz, mas certamente não deveria.

— Essa história não é só sobre você, afinal.

Ela assentiu devagar com a cabeça ainda deitada no travesseiro.

— Você acha que consegue extravasar isso?

— Está brincando? — ele franziu o rosto. — Não vejo a hora.

— Não fique ansioso, pode estragar as coisas. Não podemos deixar que a raiva nos consuma a ponto de tornarmo-nos incontroláveis. É vingança, e por isso mesmo deverá ser muito bem calculada.

— E você acha que pode se controlar na presença de Baker?

Ela olhou-o nos olhos por um longo tempo silencioso. Ela não piscou e ele manteve o olhar sério dela sobre o seu devolvendo com a mesma intensidade.

— Não. Não acho.

 Hunter estava mais do que ciente de que absolutamente nada poderia trazer Brian de volta ou sequer diminuir todo o sofrimento que a morte dele estava lhe causando, mas ela havia sido criada para a vingança, treinada para pagar tudo o que lhe fizessem na mesma moeda e no mesmo valor. Mesmo que estivesse arrasada, ela não havia deixado Hunter para trás. Não ainda. Não até que tudo voltasse a estar em paz.

Even though I know you’re not gonna come back

I can’t wash it away


Notas Finais


Eu sei que esse capítulo pode ter sido um pouco corrido e que também poderia ter sido mais longo, mas prolongar sofrimento é uma barra, tá? Sem condição para escrever mais bad... haha
E então? Zachary está com seus dias contados, isso é certo, mas será que mais alguém morre nesse fic? D: Comentem aí! Espero que tenham gostado <3

A música do capítulo foi muito difícil de achar, mas optei pela esculhambação de Torn to Pieces do Pop Evil.


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