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História Innocent Sinner - Home


Escrita por: elusive

Notas do Autor


Chegamos ao fim :(
Apesar do sofrimento que é acabar uma fic, eu to feliz que consegui finalizá-la :) IS foi muito importante para mim e eu gostei muito de escrevê-la! Nesse último capítulo resolvi escrever em primeira pessoa, sobre a visão da nossa menina Hunter. Eu achei que conseguiria explicar melhor sobre tudo, e também queria que se sentissem íntimos com ela <3

Agora aproveitem e tenham uma boa leitura!
Vejo vocês nas notas finais~

Capítulo 15 - Home


Fanfic / Fanfiction Innocent Sinner - Home

Lakewood, Colorado

Dois anos depois

Estávamos agora a uma semana do aniversário de Kirk. Eu sabia que era a hora de ir visitá-lo depois de todo aquele tempo longe. Desta vez eu queria visitá-lo, mostrar-lhe como tudo mudou drasticamente desde que saí de Huntington Beach.

Matthew me incentivava a tomar o caminho de volta para casa mesmo quando ele próprio ainda guardava suas más memórias daquele lugar. Não iríamos voltar para sempre, mas era uma visita necessária até mesmo para que víssemos e entendêssemos que nosso passado nunca mais voltaria a nos assombrar. Na verdade, nada mais me assombrava desde aquele dia em especial.

But I realized that I need you

And I wondered if I could come home

Fora há um ano e três meses atrás e na minha cabeça ainda parecia ter acontecido há poucos dias. No começo aquilo me assustou mais que tudo. Eu temi que a mínima ideia daquilo fizesse Matthew sair correndo, principalmente porque sabia, lá no fundo, que aquele não era um pedaço dele e sim de Haner. Talvez ele soubesse também. Talvez soubesse mais que eu, porque quando lhe dei a notícia com os olhos marejados e vermelhos do choro, ele sorriu com toda a sinceridade de seu coração e me prendeu em seus braços como um teto abriga um cão molhado de chuva.

Matthew foi importantíssimo para mim durante aqueles meses. Enquanto eu deveria dar-lhe apoio moral para lidar com seu psicológico ainda enfraquecido, ele tornou-se o pilar daquela relação sem mesmo que eu o pedisse. Ele parecia feliz enquanto eu ainda chorava de medo e até desgosto. Eu nunca quis passar por aquilo. Para alguém acostumada a tirar vidas, era óbvio que nunca me imaginei sendo portadora de uma, além da minha própria.

Era dolorido carregar uma parte dele dentro de mim. Isso fazia com que eu continuasse a me culpar por sua morte, mas Matthew se esforçava para me ver melhor a cada dia e me fazer esquecer daquilo.

— Você acha que o mini-Brian vai ter aquela cara ossuda do pai? Ou vai ser tão bonito quanto a mãe? — ele perguntou num dos dias que me viu chorando às escondidas com as ultrassonografias de rotina nas mãos.

Era impossível não sorrir toda vez que ele tocava no assunto com tamanha naturalidade. Ele se mostrava extremamente confortável com aquilo enquanto eu ainda tentava organizar meus sentimentos com relação àquilo.

Confesso que pensei seriamente em doá-lo, abrir mão da maternidade que parecia um assunto tão incompatível com minha personalidade e realidade, mas Matt se irritava com a mínima menção à ideia. Ele queria aquilo mais do que eu, queria dar e sentir amor de verdade pela primeira vez na vida. E eu não seria, em hipótese alguma, a pessoa que lhe tiraria esse mérito. Depois de tudo o que ele fez para mim, não o impediria de amar.

Nossa vida no Colorado era a mais simplória possível. Eu demorei a me acostumar com a rotina normal de uma cidadã comum, mas acabei gostando com o passar dos meses. Matthew conseguiu um emprego numa madeireira, o que foi bom para fazê-lo começar a movimentar novamente seus músculos, e eu, após forjar uma papelada de profissionalização, consegui ser contratada para dar aulas de artes marciais para crianças e adolescentes. Assim que descobri a gravidez, olhar para os rostos de todas aquelas crianças todos os dias me dava um nó na barriga e enjoos cada vez mais frequentes, mas consegui levar meu novo trabalho pelos meses seguintes até não conseguir mais me movimentar direito e receber uma licença para ficar em casa.

Acredito que o contato com as crianças me ajudou a lidar comigo mesma e com o que estava acontecendo com meu corpo. Era satisfatório finalizar as aulas e receber abraços suados de pequenos bracinhos cansados. O contato com as crianças me levou a um nível de sensibilidade no qual eu nunca havia chegado antes.

No terceiro mês de gravidez, recebi uma ligação de Kirk para me avisar que o pai de Brian havia falecido. Ele tinha curiosidade para saber como as coisas estavam caminhando em Lakewood, mas eu mantive o segredo maior somente para mim e Matthew. Eu sabia que Kirk viajaria até o Colorado com a mínima ideia de uma gravidez, mas não queria ele ali naquele momento, então rezei para que ele me perdoasse por todo o tempo em que eu manteria o segredo dele. Segredo que finalmente eu havia tomado coragem para revelar ao meu velho homem.

* * *

— Você tem certeza que quer fazer essa viagem de carro? Brian pode se cansar... É muito longe.

— Ele tem um ano, Matthew. — expliquei enfiando o saco de fraudas na mochila. — O máximo que vai fazer é dormir, comer e fazer muita merda para você limpar.

— Vai sonhando.

A Hunter de dois anos atrás teria calafrios apenas de imaginar uma cena como essa, mas as pessoas dizem que uma mulher muda completamente após sua primeira gestação. Eu garanto isso. Ainda estranho essa pessoa que sou agora, mas tento me acostumar. Não é fácil ser mãe quando você não tem em quem se espelhar e quando se lembra que sua própria mãe passava muito tempo dopada com remédios e lhe esquecia de dar carinho e atenção. Mas eu não sou ela, afinal.

No final das contas, Brian Harvey não havia ficado muito parecido comigo. Aquele olhar fundo, escuro e piedoso que ele tinha definitivamente pertencia ao seu falecido pai. E toda a vez que o bebê me olhava nos olhos com aquele sorriso de dois dentes, eu ainda sentia um aperto no peito, mas que agora havia se transformado em algo confortável e muito menos pesaroso.

Eu sabia que Haner ficaria orgulhoso por ter feito um bebê dentro de mim, deixado seu sangue e DNA para gerações futuras. Eu quase podia ouvi-lo fazendo piadas sobre eu, Toni Harvey, me tornando uma mãe do dia para a noite por culpa dele. Sei e sinto que ele esqueceria tudo e todos para se dedicar àquela pequena e frágil vida, exatamente do mesmo jeito que Sanders fez.

Eu passei noites em claro imaginando como teria sido minha vida se Sanders morresse no lugar de Brian. O que era um pensamento maldoso de minha parte, eu sei, mas era uma dúvida que se prendia ao meu coração. Eu queria que Brian visse o que fez, que estivesse presente no dia do nascimento do bebê e que lhe desse um nome mais criativo do que Brian Junior, mas eu não conseguia imaginar Matthew morto em minha vida para dar lugar a Haner. Talvez o homem que mudou minha vida preferiu se tornar eterno para mim numa alma completamente nova e livre de ódio, sabendo que assim eu o amaria acima de qualquer outro homem, e o amaria eternamente.

— Vamos lá, garotão! — Matt jogou Brian para cima, fazendo-o soltar uma gargalhada gostosa de diversão. — Vamos fazer uma surpresa para seu avô!

Eles saíram na frente e minha atenção foi laçada pelo reflexo no espelho da sala. A mulher na minha frente tinha os cabelos mais longos, expressão tranquila e roupas mais coloridas e confortáveis. Tinha um emprego, um filho, um companheiro fixo e uma casa cheia de janelas e sem porão.

Eu estava olhando para minha vida como uma personagem posta em terceiro plano, questionando a mim mesma sobre aqueles sentimentos que vibravam no meu coração. Eu gostava realmente de quem eu era agora? Aquilo que vibrava em mim era arrependimento ou verdadeira felicidade?

— Toni? — a voz dele me chamou com delicadeza, os braços se enrolando na minha cintura e o queixo deitando em meu ombro, fazendo-o aparecer no reflexo junto a mim. — No que está pensando?

— Nada. — menti automaticamente.

Matthew deslizou os dedos pelo meu perfil, trazendo alguns fios de cabelo para trás da orelha.

— Qual o problema?

Qual era o problema?

Eu não sabia responder à pergunta. Talvez porque não houvesse problema algum.

Virei-me de costas para o espelho, segurando a cintura de Matthew e encarando o par de olhos claros que me acalmavam em todas minhas tempestades emocionais. Eu nunca me imaginei doando-me tanto a alguém, deixando-me ser tão aberta ao outro, mas ali estava eu tendo minha alma lida e relida por Sanders.

— Acho que o problema é que eu amo você.

Ele me sorriu largamente, fazendo suas covinhas das bochechas aparecerem e seus olhos diminuírem. Suas mãos largas me agarraram pela nuca e puxaram meu rosto para que ele depositasse um beijo delicado em meus lábios.

— Em dois anos esta é a primeira vez que você me diz isso.

— Eu sei. — me deixei sorrir de volta para ele.

I'm glad I didn't die before I met you

Now I don't care, I could go anywhere with you

And I'd probably be happy

* * *

Demoramos um dia inteiro na estrada com todas as paradas que fizemos até chegarmos à Huntington Beach. Era fim de tarde e de longe eu já via que a academia estava fechada. Esperava que Kirk estivesse em casa para nos receber.

Quanto mais próximo nosso carro se aproximava, mais eu me sentia agoniada e ansiosa para saltar, e foi o que fiz assim que Matthew estacionou. Tirei o bebê da cadeirinha no banco de trás e peguei-o no colo, fazendo com que ele largasse os brinquedos que tinha nas mãos para se agarrar aos meus cabelos soltos. Ele resmungou alguma sílaba e eu sorri, movendo o nariz para fazê-lo rir da bobagem.

— Pronta? — Matthew parecia tão ansioso quanto eu.

Assenti com a cabeça e subimos as escadas externas de metal até o apartamento conhecido. Bati na porta com o nós dos dedos, fazendo força para que ele ouvisse o toque independente de onde estivesse dentro daquele apartamento. Na segunda tentativa, ouvi a voz abafada de Kirk resmungar do outro lado. Percebi que ele nem olhara pelo olho mágico, mas abriu somente uma fresta.

— Ah, você tá brincando comigo! — ele exclamou com a voz já modificada pela animação.

Ouvi a corrente ser destrancada e a porta escancarada de vez. Seus cabelos pareciam mais cinzentos do que eu me lembrava, mas o sorriso largo e sincero continuava o mesmo, enchendo-me de carinho.

Os dentes não brilharam por muito tempo para mim, mas eu já esperava por aquela reação. Os olhos dele recaíram imediatamente sobre a criatura em meu colo agarrada a mim. Ele piscou algumas vezes seguidas e um par de rugas se formou no meio das sobrancelhas demonstrando confusão.

— Toni?

— Oi pai. — sorri quase não conseguindo manter o riso ao ver sua expressão. — Cheguei a tempo para o seu velório?

Ele olhou para Matthew atrás de mim ainda com o misto de desentendimento e preocupação.

— Que é isso?

— Um bebê. — continuei lhe sorrindo.

— Sim, é claro que é um bebê... Quero dizer... — ele suspirou e limpou a garganta. — É seu bebê?

Assenti esperando a terceira reação do dia.

— Seu... de vocês dois?

— Ele tem sangue Haner, senhor Hammet, mas é meu filho sim.

Aquilo pareceu confundir ainda mais o velho. Ele sacudiu a cabeça e coçou a nuca.

— Toni, que merda é essa?

Eu ri alto e o puxei para um abraço com o braço livre. Kirk pareceu ter medo de encostar na criança, porque ficou olhando-o com desconfiança como se fosse uma bomba ativada prestes a explodir, mas cedeu ao meu carinho e me abraçou de volta com força.

— Eu senti saudades, velho. — murmurei.

— Toni... — ele começou respirando fundo. — Você tá brincando comigo? Isso... Esse é seu filho? Por que você não me contou? Toni, puta que pariu, por que não me disse que estava grávida de Brian?

— Bi-an. — o bebê conseguiu gaguejar seu próprio nome de forma errada e engraçada.

— Ah Jesus... — Kirk voltou a olhar para o bebê, mas acabou sacudindo a cabeça e rindo. — Isso quer dizer que eu sou avô? Aquele filho da puta... Ele me deu um neto, bem como eu o pedi!

— Pai, cuidado com a língua na frente do bebê. Sem palavras feias.

— Você só pode estar de brincadeira...

Kirk repetiu aquela mesma frase diversas vezes pelo resto do dia. Ele demorou a se acostumar com a ideia de que eu agora era uma mãe e que Matthew continuara ao meu lado por todo esse tempo, tornando-se o pai do meu filho por vontade própria. Ele se irritou em alguns momentos por eu ter lhe tirado a oportunidade de ver o nascimento do pequeno Brian e de estar em seu aniversário de um ano, mas ao final do dia os dois estavam grudados como se já se conhecessem por muito tempo. Brian, por sua vez, gostou ainda mais dos cachos de Kirk e não quis soltá-los por nenhum minuto.

Bebericando um chá doce, encostada ao batente da cozinha e vendo Matthew e Kirk jogados no tatame da sala para brincarem com o bebê eu só pude sentir o calor inundando meu peito.

Eu quase podia enxergá-lo ali junto aos outros, em paz, sendo ele mesmo. Quando as lágrimas começaram a enxercarem os olhos, teimando em não caírem, a visão tremulou tirando-me o foco e eu tive certeza de que poderia senti-lo ali e que gostaria de vê-lo por perto uma última vez.

There's so much I would say

If I could see you one last time

But now I can't cause you're not here

But you're always on my mind

Quando as lágrimas começaram a pesar nas bolsas dos olhos, começaram a cair sem medidas. Caíram dos olhos para o rosto e do rosto para o copo de chá, mas eu não me importava em estar salgando minha bebida.

Eles não me notaram ali, então deixei que tudo saísse de mim. De uma vez por todas, queria por um fim a tudo aquilo que esteve dentro de mim nesses dois anos. A saudade que eu ainda sentia, o arrependimento por tudo que fiz e deixei de fazer e, principalmente, meu agradecimento sincero por, apesar da dor que me fez sentir, Haner ter dado sua vida para mim em todos os sentidos possíveis.

Eu saí silenciosamente de volta para a cozinha antes que Kirk ou Matthew me visse debulhar em choro. Não queria que entendessem aquilo como sofrimento, nem que meus sentimentos atrapalhassem a felicidade que eles sentiam agora. Eu só precisava me livrar daquilo de uma vez. Tempo suficiente havia se passado para que eu começasse a deixar tudo ir para me sentir mais leve e livre.

Quando as lágrimas pararam, limpei meu rosto na pia e deixei de lado meu chá. Respirei fundo e sabia o que precisava fazer para dar fim ao pedaço doloroso daquela história. Chamei Matthew no canto, deixando Kirk continuar a brincar e rolar no chão com o bebê que não parava de gargalhar das caretas do mais velho.

— O que houve? — ele sussurrou. — Você tá bem?

— Sabe o dia em que enterramos Brian?

— Toni... — ele tombou a cabeça e suspirou.

— Não, tá tudo bem. Eu só gostaria de visitá-lo uma última vez...

— Toni, o lugar pode estar completamente diferente agora. Pode ter sido tomado pela vegetação.

— Por favor, eu quero tentar.

— Tem certeza?

— Ele merece um adeus definitivo, Matt. Ele tem vivido em mim por todo esse tempo, eu preciso deixá-lo ir de vez.

Eu sabia que aquelas palavras não machucariam Matthew, porque ele me conhecia mais que eu mesma, e porque respeitava meus sentimentos por Brian e pela pessoa que ele havia sido para mim. Ele suspirou profundamente pela última vez, fazendo o peito musculoso subir e descer, mas por fim assentiu devagar.

* * *

Eu havia pedido para Matthew que me deixasse dirigir porque acreditava que ele não se lembraria com tantos detalhes do lugar em que enterramos Haner, mas estava enganada. Tivemos que parar o carro há alguns metros de distância antes do início da subida. Seguimos pelo caminho aberto até entrar na floresta. A estradinha de terra, desta vez bastante úmida e lamacenta, seguia até o final da subida do pequeno morro. Meus pés se afundavam na terra escura e as coxas reclamavam um pouco com o aclive do terreno, e eu só pude pensar em como consegui trazer um corpo até ali. Questionei se era científica e fisicamente possível se tornar mais forte quando a dor e o desespero te encontram.

Quando chão voltou a ficar mais reto, segui o instinto e passei da estrada para a mata. Estaria ali em algum lugar. Vegetação rasteira havia nascido por toda a extensão do lugar graças à umidade e sombra das árvores altas, mas imaginei que seu túmulo improvisado ainda poderia estar ali à espera.

Matthew, que estava andando um pouco acima de mim, me chamou mais à frente. Apressei o passo.

Apesar de o verde ter coberto a terra da cova e o musgo ter nascido por cima da cruz de gravetos que fizemos no chão, tudo continuava ali. Ele continuava ali. Senti o nó na garganta, mas respirei com calma e engoli a saliva. Senti Matthew atrás de mim, sua quentura me confortando sem sequer haver algum toque.

— Quer que eu te deixe um pouco sozinha? — ele sussurrou, sua respiração resvalando na minha nuca.

— Não precisa. — puxei sua mão para que ele viesse para o meu lado. — Não há nada que deva esconder de você. E você não precisa se esconder dele.

Matthew continuou encarando o túmulo sem piscar, sua palma estava fria e os dedos se mexiam apertando mais minha mão.

— Quer dizer algo para ele?

Ele me lançou um olhar rápido e quase nervoso.

— Eu só... — começou com uma voz baixa e fraca.

— Pode falar.

— Eu só queria que ele soubesse que vou cuidar muito bem de você e do bebê. Jamais vou abandoná-los, eu prometo.

— Ele sabe. — murmurei.

Deixei a mão de Matthew e me ajoelhei sobre a terra, sentindo a maciez e umidade sujando meu jeans. Mexi nos gravetos, tentando alinhá-los novamente nas duas linhas que formavam a cruz. Animais pequenos deveriam ter passado correndo por ali, bagunçando e afundando o adereço simplório.

— Eu não trouxe flores porque sei que você não gosta delas. — sussurrei para o túmulo e arranquei com meus dedos algumas ervas nascidas ao redor. — Como você está, garoto? Eu senti saudades... E nunca pensei que diria isso para você.

Continuei sujando meus dedos na terra tentando encontrar as palavras certas que pareciam ter sumido da minha cabeça. Matthew se mantinha imóvel ao meu lado.

— Sabe, o bebê é a sua cara. Infelizmente. — soltei um riso frouxo. — Matthew tem sido bom para ele. Não fique zangado, está bem? Vocês dois tem muito em comum, por incrível que pareça. Ele está sendo um pai tão bom quanto você seria.

Senti uma última lágrima silenciosa correr até meu queixo, mas nenhuma outra a seguiu. Eu sentia um pouco de frio, mas não sabia se era pela temperatura dentro da floresta ou se era o vazio nos meus braços. Eu gostaria de abraçá-lo por uma última vez, se pudesse, mas só pude deixar minhas mãos espalmadas por cima da terra como um último ato de carinho.

When it's the first time that you'll never see someone again

— Fique em paz... — sussurrei pela última vez.

E ainda encarando a terra e minhas unhas sujas, movimentei somente os lábios sem formar nenhum som. Sei que ele ouviria meu coração, o que era mais importante no momento. Movimentando minimamente a boca, deixei que ele soubesse o que tentei o dizer em seu último dia de vida, mas que fora em vão. Contei-lhe o que ele sempre quis ouvir durante todo o tempo que esteve comigo. Finalmente lhe disse, eu te amo.


Notas Finais


Ê SOFRÊNCIA!
Acabou gente :( Eu demorei pra finalizar esse capítulo porque estava morrendo de dó de dar adeus, mas era necessário... Nesse capítulo usei as músicas First Day Of My Life do Bright Eyes e a maravilhosa Goodbyes dos meus maravilhosos 3 Doors Down <3

Eu estou muito agradecida por todo o apoio que recebi nessa história, toda e cada palavra de incentivo e elogio que só me fizeram ter ainda mais vontade de continuar a fazer isso. Vocês foram uns amores e eu agradeço a cada um em especial, mesmo os leitores fantasma.
IS acabou, vai me deixar saudades, mas vou continuar escrevendo e postando novidades aqui no site, fiquem de olho caso se interessem! :P
Espero que tenham gostado desse final, apesar da mistura de sentimentos! haha E obrigada a todos mais uma vez! <3


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