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História Innocent Sinner - Heat


Escrita por: elusive

Notas do Autor


Olha só quem está postando rápido como um raio! Ok, não tanto, mas pelo menos não estou deixando ninguém esperar por mais de uma semana.
Não há muito o que falar aqui, mas antes quero aproveitar para agradecer os novos leitores <3 Cada pessoinha nova, cada novo comentário e favorito é uma alegria para mim! Espero que continuem comigo porque a história não vai se estender por muito tempo não, mas acho que vou fazer um bom trabalho para vocês que estão acompanhando :3
Agora, sim, vamos ao que interessa! \o/

Capítulo 8 - Heat


Fanfic / Fanfiction Innocent Sinner - Heat

Ela decidiu sumir por algumas horas antes de voltar para casa. Não se dirigiu uma palavra sequer a Matthew e o deixou no escuro pelo resto do dia. Tomou o carro e dirigiu pela cidade por horas, às vezes parando em lugares aleatórios para comer alguma coisa ou fazer o tempo passar. Visitou Kirk, surpreendendo-o, mas disse que só estava passando para um treino rápido. Depois de uma aspirina sem efeito, ela sabia que sua dor de cabeça era raiva repreendida e ela precisava colocar tudo aquilo para fora até seu corpo se exaustar. Foi o que fez.

Quando terminou a hora de treino, despediu-se de Kirk com um abraço e voltou para casa, passando antes no mercado para comprar algumas coisas aleatórias. A noite já havia caído, então tomou uma boa ducha para se limpar do suor e relaxar. Achou que deveria ter contado sobre o dia para seu mentor, mas não queria preocupá-lo. E, afina, já se sentia melhor agora.

Depois do banho se vestiu e decidiu finalmente descer para o porão. Escondeu uma pistola curta no decote do vestido. Imaginava a reação que Matthew teria para com ela, então não seria desprevenida.

— Podemos conversar? — perguntou postando-se de frente a ele com os braços cruzados.

Ele levantou o rosto cansado e seu olhar estava carregado de frustração.

— Não acho que tenhamos o que conversar.

— Diga que você não levou aquilo a sério.

— Aquilo o que? — ele ergueu o queixo ainda mais. — Você me tratando como um lixo qualquer? Seu prisioneiro facilmente manipulável? Você é uma vadia mentirosa, Hunter. Por um momento eu realmente achei que você estivesse sendo sincera comigo, mas fui ingênuo demais.

— Você foi burro demais. — ela estava muito mais calma se comparado a ele. — Você viu, eles não acreditaram. Eles estão tão perdidos quanto você, Matthew. A verdade é que essa merda não vai durar muito tempo.

— Mas é claro, você vai me entregar a eles, afinal. Cansou-se de seus joguinhos comigo, não foi?

— Eu não vou te entregar a ninguém, Sanders. — ela curvou para olhá-lo no fundo dos olhos. — Olhe para mim e diga que estou mentindo. Não se faça de ingênuo, sei que você passou tempo o bastante naquela prisão para reconhecer um mentiroso.

— Você é completamente maluca. Insana. Tudo em você é pura mentira. — ele franzia o nariz cuspindo as palavras. — Me estapeie mais uma vez, Hunter. Ou aquilo foi somente uma parte do seu show?

Ela o ignorou e tomou seu rosto nas mãos, obrigando-o a encará-la.

— Olhe para mim! — aumentou o tom de voz. — Você não vê?

Ele não quis ver, mas era impossível negar. As íris escuras estavam carregadas, úmidas até. Um olhar daquele não pertenceria a uma mentirosa. Ninguém poderia ser tão bom fingindo. Todo o corpo pode ser facilmente moldado à farsa, menos os olhos. A pupila dilatada, a tensão das íris, a quietude dos cílios. Ele estava se afundando na escuridão dos olhos dela, consumindo-se.

— Isso não significa nada. Não significa que devo confiar em você.

Ela suspirou e soltou o rosto dele, afastando-se.

— Eu não me importo.

— Sim, você se importa. Você está perdendo o controle. Está confusa.

— Todos nós estamos.

— Então por que você não desiste de vez? — ele franziu o cenho.

Ela umedeceu os lábios e deu de ombros.

— Esse é o problema, Sanders. Eu já desisti.

* * *

Matthew estava agora sentado no banco do balcão da cozinha. Ela havia mesmo perdido a cabeça e desistido de toda aquela merda. Pelo menos até certo ponto.

Sob a luz branca era muito mais visível toda a tortura que o rosto masculino recebera nestes últimos dias. Apesar disso, ele ainda tinha uma presença forte e olhos de presa.

Havia acabado de matar a sede com dois grandes copos d’água e esticava seus membros doloridos.

— Posso usar o banheiro?

— Deve. — ela respondeu colocando um pouco de macarrão para cozinhar na água fervente. — Tome um banho também. Banheiro no final do corredor.

Ele se arrastou até o banheiro e se fechou lá dentro.

Hunter não estava soltando-o para sempre. Pelo menos não era sua decisão naquele momento. Sabia que algumas coisas ainda precisavam ser feitas. Ela também sentia que ele estava agindo com cautela diante dela e que a qualquer momento ele tentaria fazer alguma coisa, mas ela estaria atenta a qualquer mínimo movimento dele.

Matthew havia aceitado subir mesmo sem entender o motivo para aquilo. Ao perguntar se poderia ir embora, ela negou e disse que apenas deixaria que ele tirasse uma noite te folga da “prisão”. Ele aceitou. No fundo sabia que não tinha um destino para seguir, e uma noite de jantar e bom descanso no sofá parecia ainda melhor do que o tratamento que recebeu por quinze anos em Ironwood. Apesar disso, queria tomar uma atitude, pensar em alguma coisa inteligente, mas ainda não havia tido nenhuma boa ideia.

Ele demorou tempo o suficiente para Hunter terminar de cozinhar o molho à bolonhesa que acompanharia o espaguete. Veio até a cozinha enrolado numa toalha. Seu tórax nu ainda trazia gotículas de água e o cabelo curto estava molhado.

— Eh, está molhando o meu chão! — ela reclamou. — Pare aí, já vou lhe conseguir roupas.

Ela desligou o fogo do molho vermelho borbulhante, limpou as mãos e foi até seu quarto. Matt a acompanhou mantendo uma boa distância. Hunter remexeu no guarda-roupa de Brian e atirou para Sanders uma cueca, uma camiseta cinza e uma bermuda camuflada que parecia a coisa mais possível de caber em seus quadris.

— Vai me dar uma cueca do seu namorado para vestir?

— Está limpa, é o que importa. — ela deu de ombros. — Te espero na cozinha. E não mexa nas minhas gavetas.

Ele se trocou rapidamente e seguiu o cheiro de volta a cozinha. Ela já começava a servir os pratos com macarronada e abria duas latinhas de refrigerante. Sentaram-se um ao lado do outro e Hunter notou que o espaço sobrando entre seus braços era muito pouco. Matthew era bem mais largo que Brian e a obrigava a conter os cotovelos ou ficaria roçando-os no rapaz.

Comeram em silêncio. Não porque a comida estivesse ruim, mas porque não havia muito assunto entre eles. Sem contar que Sanders estava faminto.

— Estava ótimo. — finalmente disse depois de repetir a refeição.

— Obrigada. — Hunter murmurou enquanto esfregava a louça na pia. — Brian nunca se importa muito que eu cozinhe. Ele fica mais feliz comendo coisas rápidas...

— Ele é assim no sexo também?

Pela primeira vez Hunter sentiu as bochechas queimarem ao tocar naquele assunto. Talvez a perigosa liberdade de Matthew começasse a assustá-la.

— Como assim? — ela mordiscou o lábio continuando de costas para ele.

— Rápido. Ele prefere comer rápido?

Ela chegou a soltar um ruído que pareceu uma risada, mas sua boca foi tapada e seu pescoço tomado por um braço largo e forte.

— Ele acaba com você bem rápido, não é, sua vagabunda? — Matthew a arrastou com dificuldade até a sala atrás do balcão da cozinha.

Ela não se debatia desesperadamente, mas era mais forte do que ele esperava. Hunter estava aguardando pelo ataque dele, mas não achou que ele pudesse fazer com que ela se dispersasse por um minuto sequer. Ela conseguiu atingi-lo nas costelas com o cotovelo, o que o fez se curvar um pouco, e quase conseguiu jogá-lo no chão, mas Matthew acabou jogando-se por cima dela, prendendo os braços dela com força contra o chão.

— Por que você está fodendo com a minha vida, hein garota? Sua puta louca! Eu não preciso dessa sua comida, não preciso de seus cuidados e das suas tentativas de entrar na minha cabeça! Eu não vou deixar que você faça de mim o seu boneco.

I don't need this shit!

You stupid, sadistic, abusive, fucking whore.

— Você está perdendo a cabeça de vez, Matthew. Não seja idiota.

Ele quis acertá-la no rosto, mas a falta de medo na expressão séria e irritada dela o impediu de continuar.

— “Como se alguém um dia fosse ser verdadeiramente leal a você”... É isso o que você acha, sua vadia maluca? Você vai me trair também, não vai?

Ele a prendia com força, mas havia deixado uma brecha para as pernas dela, que foi o suficiente para que ela conseguisse atingi-lo na barriga, soltar suas mãos e jogá-lo no chão, ficando por cima.

— Matthew! — ela o acertou no rosto sem muita força. — Matthew, olha para mim!

Os olhos dele estavam profundos e opacos como da vez em que ela o estapeou pela manhã.

— Ei, sou eu! — ela agarrou o rosto dele com as mãos. — Sou eu, Hunter. Não sou a Cali. Não vou te trair, Matthew. Não vou te entregar a ninguém.

Madness has now come over me!

Os cílios dele tremularam e piscaram algumas vezes seguidas. Ele apertou os olhos e sacudiu a cabeça.

— Urgh, não!

— Matt... — ela chamou com a voz mais calma. — Está tudo bem.

— Cala a boca, não está nada bem! Ah Deus, eu estou... — ele arfou. — Eu estou... Estou vendo coisas. Tenho visto coisas no porão, mas eu achei que... — ele tentou controlar a respiração pesada. — Achei que eram ilusões por causa das dores e da escuridão. Ah, Deus...

— Shhh. — ela passou as mãos pelo rosto assustado dele com delicadeza. — Olha para mim. Você está passando por um período estressante e traumático. Depois de todos os esses anos você voltou a sentir medo e pavor... Seu cérebro atinge seu maior trauma toda a vez que você se coloca em situação de risco. Está tudo bem, você só precisa confiar.

— Eu enlouqueci?

— Você explodiu, só isso. Não vai acontecer outra vez.

— Como você sabe?

— Eu só sei.

— Mas eu ainda posso tentar te matar... Deus, eu quis mesmo te matar. — ele franziu o rosto como se sentisse dor.

— Você não seria o primeiro a tentar.

E, sem pensar muito, se curvou sobre ele e tomou os lábios dele nos seus.

Não houve nenhum tipo de constrangimento. Ambos sabiam que queriam aquilo. Os lábios se encontravam com volúpia e as línguas eram gentis e calorosas. As mãos dele subiram pelas costas dela, tomando a nuca e os cabelos. Foram se doando e se consumindo com calor. Os corpos se mexeram para se aproximarem ainda mais e os lábios se separaram por um minuto para buscarem ar para os pulmões. Entreolharam-se com seriedade.

— Você fez isso por pena. — ele murmurou com a respiração entrecortada.

— Pena é um sentimento que não me deixa nem um pouco excitada. E minha calcinha pode te dizer que não estou tendo pena alguma de você.

Matthew sorriu de forma maliciosa, deixando os dentes alinhados apareceram e mordiscarem seu o lábio inferior.

Os dois já estavam cegos e afogados na luxúria. Não haveria volta dali para frente. Não haveria questionamentos para serem raciocinados. Hunter não se questionaria se aquilo era errado e Matthew não duvidaria da veracidade dos desejos dela. Haveria apenas corpos necessitados se entendendo de forma mútua.

Tear down my reason

It's your sex, I can smell

Sanders não conseguiu aguentar por muito tempo. Já sentia o calor tomando-lhe o abdômen e excitando-lhe a intimidade depois de tanto tempo em abstinência. Desceu em beijos pelo pescoço dela e suas mãos voaram para debaixo de seu vestido. Suas coxas eram quentes e firmes. Ele arrancou a calcinha, logo sentindo a seiva dela em seus dedos intrusos.

Ela puxou a camiseta apertada do tronco dele e despiu-lhe a bermuda. Ele gemeu rouco ao sentir a mão feminina buscar pelo seu membro ao invadir a cueca. Queria tomá-la o mais rápido possível e sentia que Hunter estava tão sôfrega e urgente quanto ele.

Ele ficou nu por completo e também arrancou dela seu vestido. O corpo dela o chamava. Ele a deitou de volta no chão e tomou seu rosto para outro beijo enquanto sua pélvis se acomodava ao quadril dela, penetrando devagar para sentir Hunter acolhê-lo com prazer. Ela gemeu manhosamente ao sentir toda sua extensão e já sabia, somente com aquele primeiro toque, que Matthew a faria chegar ao clímax rápido demais. Ele era simplesmente delicioso demais e seus corpos pareciam opostos feitos um para o outro. Ele era muito alto e largo para ela, mas não sentia como se pudesse machucá-la, muito pelo contrário: estava louco para abusar de seu corpo de mulher e sentir até onde ela poderia ir.

Ele logo começou a se mover sobre ela, contraindo os músculos das nádegas toda vez que a atingia no fundo. Hunter sentia o corpo vibrar, o ar lhe faltar nos pulmões devido aos beijos acalorados que recebia e a garganta gemer incontrolavelmente. Ela, que não gostava de ser ruidosa, estava quase gritando junto a ele.

Matthew tinha vontade de falar alguma coisa, de dizer o quanto aquilo era bom, mas seus corpos já produziam ruídos vulgares que falavam por si só. Hunter o prendia pela cintura com suas pernas e ele continuava com as estocadas rudes. Se não houvesse tanto desejo em sua vulva ela estaria reclamando de dor, mas, graças a sua umidade, estava recebendo a selvageria apressada dele com prazer.

I wanna feel you from the inside

Ele gemia enrouquecido sentindo os estímulos naturais dela. Puxava-a pelos cabelos para morder e lamber seu pescoço. Massageava seus seios e a beijava até o fôlego faltar. Ela o retribuía com carinhos animalescos e arranhões pelo pescoço, ombros e braços musculosos. As bocas não conseguiam ficar muito tempo separadas uma da outra e, quando existia um espaço entre um beijo e outro, os dois pares de olhos se encaravam lascivamente como duas bestas selvagens e ardentes.

Ambos queriam fazer o ato perdurar por horas a fio, tamanha a tensão sexual entre os corpos, mas seus sexos extremamente estimulados pela constante intensidade não aguentavam muito mais. Ao sentir seu ápice chegando, Matthew se frustrou porque queria parar imediatamente e voltar tudo desde o início, mas o momento era perfeito para os dois se deleitarem nos curtos segundos de prazer extremo. Hunter chegou a movimentar o quadril e arquear as costas, gemendo cheia de tesão enquanto sentia seu corpo tremer ao receber o orgasmo de Matthew dentro de si. Ele rugiu e se obrigou a abandonar a visão do corpo dela para apertar os olhos e tombar a cabeça para trás enquanto ela se deleitava com a sensação de fazê-lo atingir o clímax, não demorando muito para que ela mesma desfalecesse de prazer.

* * *

Ele estava ao seu lado na cama, o braço rígido de músculos por baixo de seu pescoço. Estavam ambos nus debaixo da coberta fina, olhando silenciosamente para o teto. Aquilo era errado, ela sabia, mas nunca fora uma mulher de fazer as coisas da forma correta. Não deveria ter Matthew Sanders deitado no espaço que pertencia a Brian. Seu peito se aquecia com uma pequena faísca de remorso pelo o que acabara de fazer, mas a maior parte de seu corpo estava relaxado e despreocupado.

Tentava entender em que ponto pecou para se deixar levar pelos sentidos. O sexo a deixou confusa. Fora tão bom, se não ainda melhor, do que suas noites com Brian. Mas isso não significava que deixava de se importar com seu parceiro, muito pelo contrário. Ao experimentar e analisar as reações de seu corpo com Haner e Sanders, talvez começasse a entender as diferenças entre o desejo incontrolável que tivera com o prisioneiro e a afeição e intimidade que sentia somente com Brian.

Pensar naquilo fez seus olhos piscarem e quase teimarem em aguar, mas ela virou para o lado e prendeu tudo aquilo dentro do peito. Odiava aquela sensação de fraqueza e não deixaria espaço para que ela se manifestasse. Matthew se remexeu tirando o braço debaixo dela e se aproximando mais. Sua respiração agora resvalava na nuca da mulher.

— Você está bem? — ele sussurrou com a voz cansada.

Ela não o respondeu.

— Quer que eu saia?

— Não. — ela puxou seu braço livre para a cintura dela e se aninhou no cobertor. — Quero que fique. Só até eu cair no sono.

— Acha que vou fugir?

— Tenho certeza.

Ele sorriu provocando um ruído baixo pelas narinas e se recostou mais ao corpo menor. Encaixou o rosto no pescoço dela, suspirou fundo e fechou os olhos esperando para que ela adormecesse.


Notas Finais


Sobre o hot: confesso que escrevi a cena bem rápido, mas ainda me sinto muito estranha tendo que detalhar essas coisas. Acho que é pior ainda em terceira pessoa porque me sinto uma intrusa observando a transa alheia kkk
Também foi difícil achar letras que se encaixassem nesse capítulo, mas Disturbed me ajudou com Down With the Sickness e também tive que enfiar Closer do Nine Inch Nails, mesmo que eu não goste dela.

Sobre a conversa do Matt e da Hunter, talvez não tenha ficado muito detalhado ou explicado, mas Matt tava pior do que a gente pensou, né? Alucinando já, coitado. Mas agora,mais relaxadinho, será que ele vai fazer merda?? Vai picar a mula e sumir no mundo?? Vou deixar vocês ficarem queimando seus neurônios! Teorias são sempre bem aceitas! Haha
Nos vemos no próximo~~


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