~POV MADELEINE~
Sinto a luz do sol no meu rosto,abro os olhos e pestanejo até me acostumar com a luz que passa por uma fresta da janela anunciando o início de um novo dia,saio de baixo dos lençóis,e observo o quarto,aparentemente está tudo em ordem,levanto-me fazendo o mínimo de barulho possível para não acordar minha mãe,que dorme tranquila virada para o lado da parede,sigo para o banheiro,Fasso minhas h igienes e tomo banho,quando volto eu bato com tudo meu pé na cadeira perto da janela,acabo acordando minha mãe com o barulho,ela me olha assustada.
-está tudo bem Mad?
-está mamãe,eu só bati meu pé nesta cadeira,não queria acorda-la.
Ela me olha com divertimento,se segurando para não rir,
-vai em frente ria de mim.falei já constrangida,mas ela me deu sorriso de canto,ela não parecia cansada,apesar de sua idade avançada,e mesmo sendo cega de um olho ela ainda consegue enxergar mais do que muitas,seus cabelos agora grisalhos de coloração loiro pálido como feno,antes seus cabelos eram ruivos e vivos como o fogo,assim como os meus são,mas com o passar dos anos foi desbotado,sua pele branca como a minha porém mais vermelha e com algumas manchas,suas feições simples e simpáticas,baixa estatura,não que eu fosse muito alta,mas era dois centímetros mais alta que ela,o que me deixa feliz,não há nada que deixe uma pessoa de baixa mais feliz do que encontrar uma pessoa mais baixa que ela,coloco um espartilho em meu corpo e pesso para minha mãe me ajudar a fecha-lo.Logo estamos as duas prontas para mais um dia nesse lugar nada agradável,mas era a única realidade que temos.
Saio pela porta da frente,e os raios do sol iluminam meu rosto e corpo por completo,me sinto quente por dentro,mas embora fassa sol,hoje não é dia quente estamos na estação do frio,a geada se forma por toda a parte,pela grama,pelas flores e folhas do jardim,pelos bancos e cobriu metade da Fonte,apesar de frio é realmente bonito a paisagem que se formara.
Um mês já se passou desde de que Abaddi chegou,desde então ele vem fazendo um ótimo trabalho com os loucos daqui,pensei que ele sairia correndo antes de se completar uma semana,e também vem desenvolvendo vários trabalhos que ajudam os loucos a se manterem ocupados,ele se tornou um grande amigo pra mim desde de que me levou ate meu quarto,pude perceber que ele não era má pessoa,e nos tornamos amigos quando ele me pediu para ajuda-lo a criar projetos para os pacientes daqui,juntos fizemos programas como arte,para os pacientes pintaren seus sentimentos,música,dança e até mesmo arrumamos um lugar que estava abandonado a muito tempo e o transformamos em um anfiteatro para os pacientes poderem realizar peças,não eram muito boas,mas pelo menos os mantinha ocupados.Sigo então para a lavanderia iniciar meu dia de trabalho.
-POV ABADDI-
A luz do dia me acorda,não tive uma boa noite de sono,aliás a muito tempo não tenho uma,desde de que botei os pés nesse lugar não tenho sonhos descentes,sempre sonho com alguma memória sórdida do meu passado,acordo no meio da noite excitado,não posso evitar,mas também não ouso me tocar,então eu simplismente me levanto Fasso cinquenta flexões e quando isso não é o suficiente,pego o chicote e o lanço em minhas costas até que sinta o desejo sair de mim,pelo menos pelo resto da noite,meus braços estão mais fortes e definidos do que quando entrei aqui,e em minhas costas ja não há mais espaços para novas feridas então acabo abrindo as que já estavam cicatrizando,acho que estou ficando louco,não me sinto culpado por nada so faço isso para me distrair do desejo pela luxúria,essa tem sido minha rotina noturna durante o mês inteiro que estive aqui,durante a manhã eu falava com Madeleine,não bastava te-la em meus sonhos,eu tinha que ve-la todos os dias e falar com ela sentir seu cheiro de maçãs do Campo,ver seu rosto angelical e desejar seu corpo de Lolita,e ouvir sua voz sensual e melodiosa,Deus aquela mulher vai me enlouquecer,sei que deveria ficar o mais longe o possível dela,mas tinha algo dentro da Minha cabeça que não me deixava agir de modo racional,assim,todas as manhãs eu falava com ela,com o passar dos dias nos tornamos bons amigos,a ponto de eu simplesmente não conseguir mais dormir em paz sem que meus sonhos não fossem invadidos pela minha imaginação,ela de quatro pra mim com a cabeça reclinada no travesseiro e o corpo empinado,deixando sua intimidade totalmente exposta para mim,em baixo de mim,amarrada pelos pulsos,pelos tornozelos;vendada;amordaçada e várias outras,nessa noite sonhei com ela cavalgando em cima de mim,descendo,subindo,rebolando e apertando no final e na glande do meu membro,seus movimentos pareciam tão reais que quando acordei minha intimidade latejava fortemente,as flexões não foram o suficiente para me acalmar,então peguei mais pesado do que o normal com o chicote,por isso estou mais dolorido e cansado hoje.
Eu me levanto de uma vez e vou direto pro banheiro,tomo um banho de água gelada o que ajuda bastante a me esquecer,enquanto todo banho fragmentos da noite passada me invadem os pensamentos.
Eu caminhava pelo campo escuro e coberto de geada até a pequena igreja ao fundo do sanatório,entro nela,me ajoelho ao pé do altar tiro a capa vermelha que cobria meu tronco e meu dorso desprovidos de blusa ja que não queria manchar nenhuma blusa de sangue,só com a calça preta e o chicote,o mesmo atingia todas as regiões do meu dorço,fazendo um estalo alto e doloroso,não sei como não acordei todos com a barulheira,parei quando senti o sangue quente descer pelo meu dorço,coloquei a capa com dificuldade e voltei para o quarto.No momento em que a água gelada bate na minha pele machucada e sensível,me proporciona uma dor horrível,tão horrível que quase me faz desejar sentir mais daquela dor,acho que estou ficando realmente louco.Saio do banho com a região do dorso e os ombros ainda muito machucados,porém mais aliviados agora,a bata aperta muito meus ferimentos e me deixa desconfortável,então visto somente uma blusa de mangas cumpridas preta,sem colarinho,não preciso dele,todo mundo sabe que sou padre,visto as mesmas calças de ontem a noite.Depois de tomar café da manhã eu me direciono para o meu escritório,tenho que resolver algumas coisas,ir exemplo quando vai ser a data da apresentação de teatro,e aproveito para tirar da ultima gaveta,meu conjunto de confições sórdidas escritas nas folhas,trancadas às sete chaves,escrevo tudo em meu sonho,minha noite horrível,quando acabo de escrever Largo a pena ao lado da Folha e fico a pensar sobre mais um dos sonhos eróticos que tive com Madeleine,sou arrancado de meus pensamentos abruptamente com as batidas na porta,voltando a dura realidade eu escondo rapidamente os papéis,mas Não tenho tempo de trancar a gaveta que fica entreaberta,e Madeleine entre saltitando com um lindo sorriso dançando nos lábios carnudos,um brilho espetacular nos olhos azul-escuros como o oceano,vestida com um vestido vermelho modelador com mangas cumpridas,deixando amostra apenas seus ante-bracos,o vestido modelava bem seu corpo de Lolita,um decote Singelo,mas muito bonito enfeitado com babados,ela estava muito bonita hoje.
-bom dia Abaddi!
-bom dia Mad!como você está essa manhã?
-muito bem e você?
-bem,so com um pouco de dor nas costas mas vai passar,dormiu bem?
- sim,até demais,e você?
-ah minha cara eu sonhei com uma coisa muito agradável...
-hmm então me conta?
-haha,não Mad,não posso contar se não,não vai se cumprir. De novo aquele velho tom de cumplicidade na minha voz.
-tem razão... ela olha para os lados,bate os braços no corpo,da dois passos pra frente pega a cadeira e ai invés de se sentar ela apoia seu corpo na cadeira fazendo a mesma ir pra trás e ela encosta a cabeça na cadeira fazendo seu cabelo cair em ondas desarrumado,de cores vivas como o próprio fogo,a brisa gélida da manhã de inverno entrava pela janela atrás de mim e balançava os cabelos dela,ela levanta os olhos como uma criança entediada,ela me lança um sorriso de canto mas verdadeiro,ela sai de trás da cadeira e anda pra frente dela e se senta pesadamente e suspira.
-eu estou tão entediada está manhã...
-...-não falo nada apenas a observo,seu geito despreocupado de menina inocente esta me matando.
-ja acabei minhas tarefas matinais,e agora não tenho o que fazer.
Continuo a observar sua pose,ela está sentada como uma menina,a perna direita balançando no ar por cima da esquerda,ela parecia tão inocente,nem se imagina as coisas que passam por minha cabeça,não sabe o perigo que corre,Ah senhorita Madeleine é mais seguro pra você ir pro seu quarto.
-você não vai falar nada Abaddi?
Quando me dou por conta ela está vindo em minha direção.
-o que tem ai?
Pergunta olhando pros meus papéis que estão sobre a mesa,meu coração acelera,se ela ver a gaveta entreaberta ela vai querer saber o que tem nela,ai sim eu vou estar perdido,me perdi em meus pensamentos por um momento, que mal percebi quando ela se sentou no meu colo,como uma filha senta no colo do papai,pra ela deve ter significado isso,mas pra mim era muito mais,eu teria que me concentrar para não ficar excitado agora,ou poderia me arrepender,ela olhava os papeis sobre a mesa com a curiosidade saltando de seus lindos olhos azul oceano,a excitação do momento,que me faz querer ataca-la,misturada com a tensão e o medo de que ela descubra algo que não deve estão me enlouquecendo.
-esses papéis parecem chatos,ainda bem que não posso os ler. Isso despertou minha curiosidade,preciso me agarrar a essa pergunta para não perder o controle sobre mim mesmo e sobre a ereção por que não sei quanto tempo vou conseguir evita-la.
-por que você não pode ler os papeis? Pergunto.
- Por que eu não s-sei. Ela disse com as bochechas em chamas e abaixou o rosto em um claro ato de vergonha,o que a deixara mais linda,ignorei este último pensamento,com a mão direita levei até seu queixo que tinha um pequeno furo no meio,e o puxei gentilmente para que pudesse ter uma visão completa de seu rosto,seu lindo cabelo caia em ondas modelando e afinando seu lindo rosto agora corado,seus olhos azul oceano estão marejados,como se as lágrimas ameaçassem cair,tudo nela me chamava atenção,sua pureza,seu corpo,sua voz,absolutamente tudo.
-não precisa ter vergonha Maddie,nem todo mundo sabe ler pequena. Tive uma ideia,estúpida,mas eu nao queria ve-la chorar,então disse a primeira coisa que me veio a cabeça.
-eu posso te ensinar! Ótimo agora eu passaria ainda mais tempo ao lado dela,uma parte de mim batia palmas e adorara a ideia com certeza a parte física de mim,mas a parte racional de mim,dizia que era uma péssima Ideia,se já é uma verdadeira tortura pra mim conter a ereção com ela sentada no meu colo,imagine isso então todos os dias,minhas costas não vão aguentar.
Quando ela ia responder,alguém bate na porta,o que a assusta e faz ela se levantar do meu colo bem rápido,como uma criança flagrada no ato ela me olha assustada,e não posso deixar de rir da situação em que ela se encontra
-entre. Digo,e o porteiro entra,nem parece notar Madeleine,claro ninguém duvidaria de um padre,por que o faria?
-padre,uma mulher o procura,ela diz que quer internar o seu marido.
-bem,diga a ela que eu a receberei em cinco minutos.
Ele acenou com a cabeça e deixou a sala,quando ouviu-se o som da porta se fechar,Madeleine parecia ter soltado a respiração.
-bem,eu acho que é melhor eu ir agora,sinto muito por ter tirado sei tempo Abaddi,mas eu adorei a conversa.
-eu também Maddie,até mais.
Ela me deu um sorriso,abriu a porta e desapareceu do meu campo de visão,e depois de tanto tempo,me permito finalmente respirar,acho que a prendia a respiração desde que Madeleine entrou na sala.
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